Paralelos observados na história infantil “A Rainha da Neve”

(Minghui.org) Na Rússia, o país onde nasci, o conto de fadas infantil “A Rainha da Neve”, do autor dinamarquês Hans Christian Andersen, é considerado um clássico. É claro que a versão que lemos na União Soviética removeu todos os elementos e citações religiosos, porque o governo comunista a censurou.

Outro dia eu comprei a versão sem censura do livro para o nosso filho e vi alguns paralelos com o que está ocorrendo com o cultivo dos praticantes do Dafa e a salvação dos seres conscientes. É claro que os praticantes se iluminam aos princípios do Fa através do estudo do Fa, não através do estudo de contos de fadas. Ainda assim, descobri que a história ilustrava certas semelhanças com a situação atual no mundo, levando-me a ver as coisas de uma nova e interessante perspectiva.

Em resumo, a história começa contando sobre um espelho criado por um troll malvado (o demônio) que distorce a realidade. Ele não reflete os aspectos bons e bonitos das pessoas e das coisas, e amplia seus aspectos ruins e feios.

O demônio leva o espelho a olhar o mundo todo e eles tentam levantá-lo para o Céu com o objetivo de enganar os anjos e o próprio Deus. Quanto mais alto flutuavam, mais o espelho fazia uma careta e chorava de rir. Eventualmente, o espelho cai de volta à Terra e se quebra em bilhões de pedacinhos. As lascas penetram nos olhos e nos corações das pessoas do mundo e as congelam, tornando-as indelicadas, como o próprio espelho.

A história então se volta para duas crianças pequenas, Kai e Gerda, que são vizinhos. Suas famílias cultivam rosas e legumes em caixas de janela. Os dois gostam muito um do outro, como se fossem irmãos, e adoram brincar juntos até que uma lasca do espelho malvado penetra nos olhos de Kai. De repente ele se torna muito cruel com Gerda e sua avó. As únicas coisas que parecem bonitas para ele são os flocos de neve que ele vê através de uma lupa.

Então a Rainha da Neve sequestra o garoto e o leva para o seu castelo. Desolada, Gerda vai procurar por Kai. No caminho, uma feiticeira que mora em um lindo jardim de verão quer que Gerda fique com ela, então ela faz todas as rosas afundarem debaixo da Terra, já que ela sabe que elas vão fazer Gerda recordar-se de Kai.

Mas ela se esquece de tirar uma rosa de seu chapéu, então Gerda fala com aquela rosa e descobre que Kai está vivo. Ela se lembra dele e continua sua jornada para encontrá-lo. Ela se depara com diferentes desafios no caminho, mas também recebe ajuda. Ela também é informada de que sua maior arma é o coração puro de criança.

Eventualmente, ela chega ao palácio da Rainha da Neve, mas mesmo quando ela finalmente conhece Kai, ele a afasta com seus olhos frios... ele simplesmente não a reconhece. Somente quando Gerda derrama lágrimas de tristeza e compaixão por Kai, a lasca em seus olhos se derrete, e ele finalmente desperta e a reconhece. Juntos, eles derramam lágrimas de alegria, abraçam-se e voltam para casa, até que percebem que ambos cresceram e que o verão finalmente chegou.

Para mim, a Rainha da Neve na história simboliza o Partido Comunista Chinês. Os pedaços quebrados do espelho são espíritos possuidores do partido que distorcem a realidade, fazendo com que as pessoas busquem o que é mau, perverso e temporário, esquecendo seu verdadeiro propósito na vida. Eles estão "Confundindo o bem e o mal", como diz o Mestre ("Bem e mal agora distintos" em Hong Yin).

Kai representa os seres conscientes que os discípulos do Dafa devem salvar. Gerda representa os discípulos do Dafa, que devem manter seus pensamentos retos, determinação e coração puro de compaixão para derreter o feitiço do demônio.

A parte interessante da história para mim é que, enquanto estava no jardim da feiticeira, Gerda ia esquecer Kai. Isso é semelhante a como alguns discípulos do DaFa se perdem no tonel de tinta da sociedade comum e esquecem suas verdadeiras missões por terem vindo a este mundo. Atraídos pelo conforto e pelo prazer no mundo humano, eles esquecem seu profundo amor pelos seres sencientes.

Somente quando estudamos muito o Fa e nos cultivamos, começamos a ver a salvação de seres conscientes como verdadeiramente salvar aqueles a quem amamos profundamente e paramos de vê-la como um fardo ou uma tarefa a ser completada. Talvez também nos esqueçamos de que esses seres são nossos seres sencientes aos quais nos importamos profundamente em nossos mundos.

Independentemente do quão cruel e duro Kai foi com Gerda, ela ainda queria salvá-lo das garras do feitiço da Rainha da Neve. Eventualmente, suas lágrimas puras e inocentes de compaixão derreteram seu coração.

Vejo semelhanças em como os discípulos do Dafa salvam seres sencientes que foram envenenados pelo comunismo, e como esses seres são frequentemente cruéis para os discípulos do Dafa, mesmo quando os discípulos do Dafa trabalham duro para salvá-los.

Quando Kai e Gerda finalmente voltam para casa, eles estão crescidos, lembrando-me da maturidade que os discípulos do Dafa alcançam enquanto passam por tribulações no mundo humano.

Eu certamente concordo que os praticantes deveriam estudar o Fa e estudar mais o Fa, mas achei interessante ler essa história clássica infantil e me senti compelido a compartilhar a experiência com outras pessoas.