(Minghui.org) O Mestre disse:
Aqueles que são apegados à afeição pela família serão certamente consumidos, confundidos e atormentados por esse afeto. Puxados pelos fios da afeição e atormentados por eles durante toda a vida, acharão muito tarde para se arrepender quando chegarem ao fim de suas vidas. (“O que os cultivadores devem evitar” de Essenciais para Avanço Adicional)
Como cultivadores, temos reencarnado inúmeras vezes ao longo das últimas centenas de milhares de anos e tivemos muitos cônjuges, pais e filhos; tudo devido ao carma e às relações predestinadas.
Devemos tratar gentilmente a todos nas nossas vidas, mas se nos tornarmos excessivamente ligados à afeição por nossa atual família, podemos prejudicar a nós mesmos e aos outros.
Por anos, alguns praticantes não cultivaram seus corações, devido aos apegos afetivos para com suas famílias. As velhas forças tiraram a vida de seus parentes e agora têm total controle sobre estes praticantes. Há cada vez mais casos assim.
Uma praticante idosa recentemente perdeu seu filho e, muitas vezes, lamenta a morte dele. Ela fala sobre o quão bom ele era, quão bem ele a tratava, e como era uma tragédia ele ter morrido tão jovem.
É verdade que é muito triste ver uma mãe idosa enterrar seu filho. No entanto, isso afetou tanto esta praticante que ela não conseguiu voltar a cultivar.
Outra praticante idosa perdeu dois filhos pequenos no período de um mês entre uma morte e outra, em acidentes de carro. Será que foi porque ela não conseguiu abandonar seu apego que as velhas forças exploraram essa brecha, tirando a vida dos filhos dela?
Como podemos abrir mão de tais apegos e permanecer cultivando?
Histórias budistas
Em Shravasti, uma antiga cidade da Índia, viveu um brâmane. Ele era rico, mas também mesquinho e ganancioso. Ele fechava sua porta durante o horário das refeições para evitar que os mendigos entrassem. Certo dia, ele matou e cozinhou uma galinha. Durante a refeição, ele e a sua esposa sentaram-se cada um ao lado do filho e deram vários pedaços do frango para a criança.
Um Buda transformou-se em um monge e apareceu diante dele. O brâmane ficou muito chateado. “Você é muito atrevido”, disse ele ao monge. “Como você entrou aqui?”
“Você é o tolo”, disse o monge ao brâmane. “Você matou o seu pai, casou-se com sua mãe e mimou o seu inimigo. Como você ousa chamar um monge de atrevido?”
O brâmane ficou confuso e pediu ao monge para que se explicasse.
“O frango no seu prato era seu pai na sua vida anterior. Por ter sido mesquinho e avarento, ele reencarnou como uma galinha. Seu filho era um rakshasa (demônio) e matou você em muitas vidas anteriores. Por causa de carma não pago, ele reencarnou como o seu filho nesta vida, para poder matá-lo novamente.
“Sua esposa foi sua mãe na sua vida anterior. Por causa de sua profunda afeição por você, ela se tornou sua esposa nesta vida. As pessoas comuns não podem ver através de tais relações predestinadas. Apenas um cultivador pode ver isso claramente.”
Em seguida, o Buda usou seu poder divino e mostrou as vidas anteriores do brâmane. Ele ficou chocado ao saber da verdade e, arrependido, se dispôs a tornar-se um cultivador asceta. O Buda concedeu seu Darma ao brâmane e o aceitou no budismo. Ao final, ele alcançou o estado de sotapanna no seu caminho para a iluminação.
Há mais de tais histórias no budismo. O pai de Duti reencarnou como um cão e roubava comida do prato de Duti. O pai de Zhantan reencarnou como um mendigo e, quando ele implorou por comida na porta de Zhantan, o porteiro o espancou e quebrou um de seus braços.
Renunciando aos apegos e recuperando o tempo perdido no cultivo
Uma praticante compartilhou em um artigo no Minghui que, no fundo, alguns praticantes ainda desejam uma família feliz, um marido amoroso e filhos obedientes.
Se conseguirmos nos elevar e ampliarmos nossa perspectiva, veremos que nossas vidas são como um filme, e que os membros da nossa família são apenas personagens desse filme. Se nós nos envolvermos na trama, iremos nos perder. No entanto, se nós apenas dermos um passo para trás e observarmos, não seremos afetado.
Alguns praticantes não se cultivaram solidamente, por causa da afeição aos familiares. Eles e os seres sencientes que eles deveriam salvar agora estão além da redenção. Os corpos cósmicos do universo que eles representavam não existem mais. No entanto, eles ignoram as consequências e continuam a se descuidar.
Muitos praticantes haviam se cultivado para níveis muito elevados antes da perseguição começar, mas, por estarem apegados ao conforto e às emoções humanas, eles caíram na latrina do mundo humano. O nível de seu xinxing decresceu e eles se agarraram a várias coisas sujas das pessoas comuns. Suas famílias nos céus estão de coração partido, porque o seu lado humano se encontra tão perdido.
Nosso compassivo Mestre tem esperado e esperado para que esses praticantes acordem. Contudo, o teste final para a consumação começou, e a retificação do Fa do universo tem uma data limite. Quando o Dia do Julgamento chegar, o Mestre cuidará de tudo com um gesto de mão.
O Mestre está preocupado com esses praticantes, mas o que ele pode fazer? Não importa o quanto ele queira ajudar. O Mestre não pode exibir o seu poder divino na sua frente e lhe dizer diretamente o que fazer. Ele vai lhe dar dicas por meio de palavras dos outros praticantes ou das pessoas comuns, mas você tem que ser capaz de se iluminar a isto e fazer melhor no cultivo. Está tudo nas suas mãos.
Temos relações predestinadas com muitos seres sencientes nesta vida e definitivamente precisamos resolvê-las para que possamos voltar para nossas casas nos céus. Não vamos perder nosso foco do porque estamos aqui, nem nos concentremos nas ilusões do mundo humano. Somente quando nos cultivarmos de forma diligente no tempo limitado que nos resta, podemos concluir nossa missão e cumprir os nossos votos.
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Categoria: Autoaprimoramento