(Minghui.org)
Funcionário corrupto perde toda a sua fortuna
Na antiguidade, um funcionário chamado Wang vivia na região que atualmente é a província de Hebei. Ele utilizava a lei de maneira indevida para encher seus bolsos ao invés de defender a justiça. Cada vez que acumulava ganhos de forma indevida, ocorriam infortúnios que os reduziam.
Certa noite, um servo jovem que praticava o taoismo estava no templo local e escutou uma discussão entre dois funcionários que estavam no inframundo. “Ele teve um ganho considerável esse ano”, disse um deles. “Como vamos fazer para quitar-lhe os ganhos?”
“Cuiyun será mais do que suficiente para concluir essa tarefa. Não é grande coisa”, respondeu o outro.
O jovem frequentemente via ou escutava fantasmas no templo e não tinha medo. Porém, se perguntava de quem tirariam os ganhos, e quem era Cuiyun.
Logo uma prostituta chamada Cuiyun apareceu na região onde Wang vivia. Wang não pode controlar a sua luxúria e gastou grande parte dos seus ganhos entregando-se aos encantos da prostituta. Também desenvolveu lesões na pele que lhe consumiram os recursos que havia sobrado.
Quando faleceu, não tinha dinheiro suficiente sequer para um caixão.
Nós nem sempre vemos a conexão
Durante o reinado de Yongzheng (1722 a 1735 a.C.) na Dinastia Qing, um cavaleiro chamado Su Dounan encontrou um amigo em um bar perto do rio Baigou. O amigo bebia e se queixava: “Já não existem os princípios celestiais”. “Ninguém é recompensado por suas boas ações e ninguém sofre retribuições pelas suas maldades”.
De imediato um homem que montava um cavalo se deteve e entrou no bar. Dirigiu-se diretamente até onde estava o amigo de Su e disse a ele: “Estás queixando-te de que não existe retribuição? Pense nisso: aquele que se entrega à luxúria termina com enfermidades sexualmente transmissíveis. Um jogador termina perdendo até a sua camisa, e por acaso um ladrão não termina sendo preso? E um assassino, não tem que pagar o crime com a sua própria vida? Esses são exemplos de retribuição cármica”.
“Quando se trata de luxúria, alguns têm mais desejos, enquanto que outros têm menos. Ademais, alguns jogadores enganam. Entre os grupos de ladrões existem chefes e cúmplices. Quando se trata de matar, existem atos premeditados e homicídios acidentais”.
“A retribuição é imposta segundo o grau, dependendo da infração. Inclusive quando se impõe um castigo, algumas pessoas têm méritos acumulados para compensar as suas faltas, e por isso, algumas vezes as causas e efeitos não são vistas”.
“Algumas pessoas não se enfrentarão com uma retribuição até que a boa fortuna que ganharam em outras situações anteriores se esgote. Tudo isso é muito misterioso, complexo e preciso”.
“Estás queixando-te sobre a incerteza dos princípios celestiais baseado na tua própria e estreita perspectiva, a que lhe situa em uma posição vulnerável. Agora falemos de ti”.
“Tu estavas predestinado para alcançar um cargo elevado no governo imperial. Porém, devido que planejaste ganhar favores de qualquer um que estivesse no poder, nunca alcançou esse posto. Sabotaste o teu próprio status predestinado porque não cumpriu com os requisitos desse nível aos olhos do divino”.
Essa pessoa misteriosa que se aproximou do amigo de Su e lhe falou ao ouvido por um bom tempo. Logo o desconhecido perguntou algo que todos puderam ouvir: “Essas coisas que fizeste, esqueceu-se de todas elas?”
Gotas de suor corriam pelo rosto do amigo. Ele murmurou: “Como você sabe tudo a meu respeito?”
A pessoa misteriosa sorriu: “Qualquer coisa que uma pessoa faz, todos os seres divinos sabem”.
Depois de dizer isso, saiu e montou em seu cavalo e desapareceu tão rapidamente como havia aparecido.
Tranquilidade depois de um sonho
Um homem chamado Cui perdeu uma ação contra uma família rica e poderosa, perdeu apesar de que havia provas suficientes de que lhe haviam prejudicado. Ele ficou desanimado.
Naquela noite, seu falecido pai apareceu em sonho e disse-lhe: “Pode-se enganar a um homem, porém não o divino. Quanto mais injustamente uma pessoa for tratada durante a vida, mais recompensado será no outro lado. Aqueles que se alegram das desgraças das suas vítimas, depois tremem quando são julgados pela lei divina. Há um espelho que reflete todos os seus crimes passados. Eu sou aquele que serve chá no inframundo. O juiz registrou os danos que você sofreu nesse caso”.
A ira de Cui dissipou-se e ele nunca mais disse uma palavra sobre as injustiças que sofreu.
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Categoria: Cultura tradicional