(Minghui.org) Eu fui preso ilegalmente em julho de 2015, porque entrei com uma queixa-crime contra Jiang Zemin. Minha casa foi revistada e eu fiquei detido por 15 dias. A polícia me telefonou em dezembro e me pediu para que eu fosse até lá buscar os objetos que eles levaram da minha casa: meu computador, a impressora, os gravadores de DVDs e outros acessórios.
Processo contra Jiang Zemin
Em abril de 2015, eu fiquei sabendo que os praticantes estavam processando Jiang Zemin, por conta do papel que desempenhou na perseguição ao Falun Gong. Eu fiquei muito feliz, pois finalmente havíamos chegado a esta fase, após sermos perseguidos durante 17 anos.
A princípio, eu achava que, por não ter sido perseguido fisicamente, processar Jiang Zemin não tinha relação com a minha pessoa. Porém após estudar o “Expondo o Fa no Fahui de Nova York 2015”, eu passei a compreender melhor o assunto.
O Mestre disse:
Efetivamente ele deve ser levado à justiça (fortes aplausos de todos os discípulos do Dafa); toda a humanidade deveria levá-lo à justiça. Ele trouxe sérios danos a todos os chineses, além de prejudicar muita gente em outras regiões do mundo inteiro. Um grande número de pessoas será arrastado ao inferno devido às suas mentiras.
Eu percebi que ainda tinha o apego ao medo. O Mestre já havia explicado o Fa até aquele ponto, então eu precisava apenas segui-lo.
Eu enviei a minha queixa-crime contra Jiang Zemin pelo correio expresso, na agência dos correios. Dois dias depois, eu recebi um recibo da Suprema Procuradoria Popular da China.
Preso e enjaulado
Em julho, a Divisão de Segurança Doméstica invadiu a minha casa e a revistou. Eles estavam com as queixas-crime que eu havia enviado. Eles me algemaram e me levaram para a delegacia. Eu me recusei a cooperar com eles.
“Não importa se você irá falar com a gente ou não, ou se você irá assinar ou não os documentos”, disseram eles. “Você processou Jiang Zemin, então nós iremos lhe prender e iremos usar de exemplo o que fizermos com você, para servir de aviso aos outros. Você pode nos processar se quiser.”
Eles foram violentos e algemaram as minhas mãos atrás das costas.
Mesmo assim, permaneci muito calmo, quando cheguei ao centro de detenção. Lembrei-me dos ensinamentos do Mestre:
Não importa qual seja a situação, não cooperem com as exigências, ordens e instigações do mal. Se todos fizessem isto, o ambiente não seria assim. (“Os pensamentos corretos dos discípulos do Dafa são poderosos” de Essenciais para Avanço Adicional II)
Eu me recusei a assinar qualquer documento, a vestir o uniforme de detento, a responder às listas de chamada, ou a sentar como forma de punição. Quando o guarda conversou comigo, eu expliquei sobre como o Falun Gong estava sendo perseguido injustamente. Ele respondeu: “Muitas vezes recebemos telefonemas e mensagens de texto de praticantes do Falun Gong. Eu sei sobre essas coisas”. Essa foi a única vez que os guardas me incomodaram enquanto eu estava detido.
Um dos detentos, que cumpre pena de nove anos, me disse que, na década de 2000, os guardas espancavam brutalmente qualquer praticante do Falun Gong, quer eles estivessem em um centro de detenção ou em uma prisão. Ele viu um guarda pendurar um praticante do Falun Gong em uma cesta de basquete, para ficar exposto ao Sol escaldante. Posteriormente esse praticante morreu. Ele também disse que agora, no entanto, as coisas mudaram, e os guardas não mais incomodam os praticantes do Falun Gong. Ele me contou: “Os praticantes do Falun Gong recebem o melhor tratamento aqui”.
Eu pensei que, já que estava ali, eu não deveria desperdiçar aquela oportunidade. Eu procurei dentro de mim os meus apegos. Eu conversei sobre a perseguição com os outros detentos na minha cela e expliquei o porquê da urgência de se desfiliar do Partido Comunista Chinês (PCC) e das suas organizações afiliadas. Também disse para se lembrarem que o “Falun Dafa é bom. Verdade-Compaixão-Tolerância é bom”. Muitas vezes eles repetiram essas palavras.
Trabalhando juntos para salvar mais pessoas
Eu conheci um colega praticante que também fora detido. Após eu ser libertado, através dele eu me juntei a um grupo de praticantes do Falun Gong. Anteriormente, eu praticava sozinho e não conhecia outros colegas. Um dia, tivemos uma pequena troca de experiências. Chegamos à seguinte conclusão:
- Nós não podemos parar de fazer as três coisas. Devemos entrar em contato com as pessoas que costumavam praticar o Falun Gong.
- Precisamos encorajar mais praticantes a processarem Jiang Zemin e encorajar os que não praticam a apoiarem os processos judiciais.
- Devemos falar com os funcionários locais do governo e de suas organizações relacionadas, através de mensagens de texto e de voz, dizendo-lhe sobre como o Falun Gong está sendo injustamente perseguido.
- Nós devemos encorajar aqueles praticantes que foram perseguidos a escrever cartas ou a telefonar à polícia, aconselhando-os a serem bons e ajudando-os a entender como o Falun Gong está sendo perseguido.
A política toma a iniciativa de devolver os objetos confiscados
O policial que me algemou durante a prisão me telefonou posteriormente em dezembro e me pediu para ir à delegacia para retirar os objetos que eles haviam tomado de mim. Quando eu o encontrei, ele tinha um grande sorriso no seu rosto. Falei para ele que não era fácil para nenhum de nós dois, para nos entendermos. Eu consegui perceber que ele ficou comovido. Ele queria me ajudar com as minhas coisas e se comportou com uma pessoa totalmente diferente daquela de vários meses atrás.
Eu nunca achei que os policiais iriam devolver o meu computador. Eu o usava para confeccionar materiais de informação sobre a perseguição. Os praticantes do Falun Gong não possuem inimigos. Eles tiveram a iniciativa de devolver o meu computador e assim expiarem os seus crimes. Eu fiquei muito feliz por eles!
Sem tempo a perder
A situação está mudando muito rápido. O número de pessoas que se desfiliaram do PCC ou das suas organizações afiliadas aumentou. Alguns praticantes na nossa região estão fazendo os exercícios em áreas abertas.
Colegas praticantes, se vocês não processaram Jiang, vocês devem se apressar. A polícia parou de interferir, e as correspondências não são mais interceptadas. Até mesmo os nossos objetos confiscados agora são devolvidos. Mesmo assim vocês não conseguem dar um passo a frente?
Por fim, quero compartilhar com os colegas praticantes essas palavras do Mestre:
Eu já disse isso há muito tempo, até quando vão esperar? Até quando vão esperar! Não há mais tempo. (“Ensinando o Fa no Fahui de São Francisco” - 2014)
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Categoria: Casos de perseguição