(Minghui.org) No dia 16 de outubro a Agência de notícias Xinhua, o canal da mídia ditatorial da China, publicou um artigo que negava a existência de extração forçada de órgãos no país.

O pesquisador religioso Anxin, da Universidade Pai Chai, na Coreia do Sul, fez alguns comentários à mídia depois que os praticantes do Falun Gong falaram sobre a extração forçada de órgãos de praticantes vivos do Falun Gong aos estudantes e acadêmicos chineses do campus.

Influenciados pela propaganda hostil do regime chinês contra o Falun Gong, vários estudantes chineses debateram a questão. Anxin, então, propôs ao regime chinês que fornecesse aos estudantes chineses no estrangeiro, provas sustentando aquela informação. Mas na notícia publicada pela Xinhua, a proposta de Anxin foi distorcida e usada como exemplo de recusa à verdade dos estudantes no estrangeiro sobre a extração forçada de órgãos.

Discrepâncias nos dados de hospitais chineses envolvidos em cirurgias de transplante de órgãos

Na China, as regras totalitárias e os meios de comunicação controlados pelo governo fazem com que muitos funcionários, médicos e acadêmicos não forneçam dados concretos sobre cirurgias de transplante de órgãos. No entanto, com base nas informações que foram publicadas, podemos encontrar algumas pistas da existência de um enorme banco de órgãos vivos.

Um artigo no Phoenix Weekly de novembro de 2013, disse que o turismo de transplante de órgãos para a China ficou muito popular. "É tão fácil fazer um transplante de rim que é como estar indo a um açougue comprar um rim de porco”. Esta afirmação referia-se aos curtos tempos de espera em toda a China para quase todos os tipos de transplante de órgão onde, em um ou dois dias, seria possível encontrar no mínimo um órgão compatível. Nos Estados Unidos, o país mais avançado no mundo em transplantes de órgãos, o tempo de espera para um rim de um doador falecido é de cinco a dez anos.

Observando os curtos tempos de espera por órgãos, muitos especialistas médicos fora da China irão recomendar aos seus pacientes que não viajem para a China para fazer um transplante porque suspeitam da existência de um fornecimento ilegal de órgãos, ou de um depósito de órgãos vivos para extração.

Em certa ocasião, o Dr.Zhu Jiye, cirurgião-chefe do Setor Hepatobiliário do Hospital Universitário de Pequim, revelou que anualmente são realizados no hospital mais de 4 mil transplantes de rim. Esse número é 40 vezes mais elevado que o número de 100 casos anuais de transplantes de rim oficialmente publicado pelo hospital.

Essas discrepâncias de dados também são encontradas em outros hospitais

O Centro Oriental de Transplante de Órgãos é um hospital de 500 leitos, aberto em 2006 e ampliado em 2008. Um funcionário do Instituto de Design de Arquitetura de Tianjin disse que o hospital tem uma taxa de ocupação de leitos de mais de 90 por cento, o que significa que no hospital são realizadas anualmente entre 5 mil e 8 mil cirurgias de transplante de órgãos.

Esses números contradizem diretamente os números oficiais alegando que em todo o país, apenas 10 mil casos de transplante de órgãos acontecem anualmente na China.

Os fatos falam por si mesmos

Após aprovação da H. Res. 343, em junho de 2016, por unanimidade da Câmara dos Deputados dos E.U.A., três pesquisadores independentes, David Kilgour, David Matas e Ethan Gutmann publicaram um relatório atualizado contendo informações detalhadas sobre o crime sancionado pelo Estado de extração forçada de órgãos.

Sem nenhuma evidência para refutar os relatórios, o regime comunista chinês continuou negando as alegações e até afirmou que seus procedimentos de transplante tinham sido aceitos pela sociedade internacional.

De 19 a 23 de agosto de 2016, período em que foi realizado em Hong Kong o 26º Congresso Internacional da Sociedade de Transplantes, o presidente da Sociedade de Transplantes, Dr. Philip J. O'Connell, disse na convenção aos representantes chineses: "É importante que vocês entendam que a comunidade mundial está chocada com as práticas que os chineses adotaram no passado".

O Global Times e outros meios de comunicação controlados pelo PCC alegaram que a observação do Dr. O'Connell "mostra que a comunidade chinesa de transplantes de órgãos foi devidamente aceita pela Sociedade de Transplantes”.

No dia seguinte, em uma conferência coletiva de imprensa, o Dr. O'Connell refutou os comentários feitos na mídia controlada pelo PCC e disse que "ninguém poderia interpretar" o que ele disse aos representantes chineses como significando que o sistema chinês de transplante de órgãos foi "devidamente aceito pela Sociedade de Transplantes".

O Dr. O'Connell também disse: "Portanto, eles podem dizer isso, mas isso não corresponde à verdade".

À medida que forem presos mais e mais funcionários envolvidos na perseguição ao Falun Gong, principalmente os envolvidos na extração forçada de órgãos, vai ficando cada vez mais próximo o dia em que o mundo saberá a verdade.