(Minghui.org) Eu sou uma dentre os 150 mil praticantes do Falun Gong que recentemente apresentaram uma ação judicial contra o ex-líder chinês Jiang Zemin. Jiang iniciou a perseguição ao Falun Gong em julho de 1999. Esse tratamento brutal e injusto aos praticantes já dura 16 anos.

Depois de enviar as queixas criminais ao Supremo Tribunal Popular e à Suprema Procuradoria Popular, no final de maio passado, recebi as confirmações de ambas as agências no dia seguinte.

No mês passado, fui detida pelas autoridades locais pelo meu envolvimento na ação judicial e mantida presa por dois dias. Conversando com os policiais, eu descobri que a maioria deles concorda com o esforço para processar Jiang.

“Eu admiro a sua coragem”

Um oficial me interrogou em 24 de agosto de 2015. Depois que eu expliquei a ele por que estou processando Jiang Zemin, ele fez algumas perguntas.

– Mao lançou a Revolução Cultural e causou um grande sofrimento ao povo chinês. Será que alguém vai processá-lo?

– Eu acho que não – respondi.

– Alguém o processou depois que ele morreu?

– Não que eu saiba – disse eu.

– Processar Jiang por perseguir o Falun Gong enquanto ele ainda está vivo é muito perigoso - o oficial fez uma pausa antes de continuar – eu trabalho como policial para ganhar a vida, então não posso pensar da mesma forma que vocês. Para ser honesto, não entendo muito bem dos riscos à segurança, mas eu admiro a sua coragem.

“Processar Jiang? É razoável e legal”

Um policial de um distrito vizinho me viu e perguntou ao outro policial:

– O que ela fez de errado?

– Ela é praticante do Falun Gong - respondeu o outro policial – e processou Jiang Zemin usando sua verdadeira identidade. Ela é a autora e Jiang é o réu.

– Processar Jiang? É razoável e legal - não se admirou o oficial.

“É melhor você se apressar!”

Depois que o policial me levou para o centro de detenção da cidade, um guarda perguntou ao oficial por que eu estava detida.

– Ela está processando Jiang Zemin por perseguir o Falun Dafa, usando seu verdadeiro nome e endereço – disse o oficial.

– Ah, eu compreendo” – disse o guarda.

Ele então virou-se para mim e disse:

– É melhor vocês se apressarem! Ele já tem mais de 80 anos e pode morrer a qualquer momento.