(Minghui.org) Este artigo é apenas uma referência para os colegas praticantes. Tomar o Fa como Mestre é fundamental para os cultivadores. Quando os outros apontarem onde os praticantes do Falun Dafa estão aquém, devemos comparar os nossos comportamentos em relação ao Fa, olhar para dentro, corrigir a nós mesmos e encontrar a raiz da nossa incompleta crença no Fa e no Mestre.

Continuação da Parte 1

Durante minha discussão com este taoísta, eu levantei a questão de que alguns praticantes do Dafa tinham morrido depois de terem sidos libertados da detenção. Eu disse: "Alguns praticantes fizeram coisas boas para o Dafa. Ele foram então perseguidos severamente, até mesmo espancados até a morte. Isso é porque eles fizeram grandes coisas e, portanto, tiveram que suportar ainda mais? São esses casos especiais entre os cultivadores?"

O taoísta compartilhou a sua visão de que não deveria haver nenhum caso especial ou exceções no Dafa. Ele me disse que muitos praticantes não examinaram verdadeiramente a si mesmos, mesmo depois de terem sido perseguidos por tanto tempo.

Ele citou a história do cultivo de Milarepa. Nela, a pura compaixão de um cultivador pode fazer os malfeitores derramarem lágrimas e quase todos os criminosos podem ser salvos. Apenas alguns poucos estão além da salvação.

Esse ser divino observou que alguns praticantes pareciam tentar apelar ao lado bom dos malfeitores, mas mantinham ressentimento ou os desprezavam nos seus corações. Assim, as tribulações dos praticantes prolongaram. Gradualmente os praticantes podiam até desenvolver apegos de dúvida ou medo. Tais pensamentos não escapam dos olhos dos deuses.

Por outro lado, alguns praticantes alcançaram um estado de pura bondade e, apesar da severidade da perseguição, não enfrentavam perigo. Até mesmo os malfeitores ofereceram proteção aos praticantes em segredo. Os deuses ficaram maravilhados por isso.

As palavras do ser iluminado me lembraram que minha consideração sobre os praticantes serem "casos especiais", mostrava minha falta de fé completa no Fa.

Eu refleti sobre o que o Mestre disse em "Consciência Lúcida" de Essenciais para o Avanço Adicional:

"Já é tempo para fazer algumas observações sobre os atuais métodos de trabalho empregados pelos coordenadores dos Centros de Assistência em diferentes regiões. Está correto implementar as exigências da Sociedade de Pesquisa, mas vocês devem se importar com a maneira como o fazem. Eu frequentemente digo que, se tudo o que uma pessoa deseja é o bem dos outros, sem a mais leve motivação ou entendimento pessoal, o que ela disser levará o ouvinte às lágrimas."

Eu costumava pensar que esse parágrafo apenas significava que deveríamos ser compassivos e generosos para com os companheiros praticantes. Eu não aplicava esses princípios ao lidar com as pessoas que não eram praticantes ou com os malfeitores, que perseguiam os praticantes.

Minhas noções restringiram meu entendimento no Fa e impediram-me de entender o poder do Fa de uma perspectiva mais ampla. Como consequência, eu não tentei salvar os criminosos que encontrei na prisão.

Eu também me recordei que alguns praticantes relataram como um policial, conhecido por perseguir praticantes, foi comovido às lágrimas por tamanha compaixão. Esse policial, mais tarde, contribuiu muito para ajudar os praticantes.

Era um milagre além da minha imaginação e mostrou-me que o tanto que pudermos alcançar dentro dos requisitos do Fa, será o tanto de maravilha e poder do Fa que será revelado a nós. Além disso, se nós desenvolvermos ressentimento e ódio em relação aos perseguidores, não estaríamos aquém dos requisitos?

O Mestre disse:

"Especialmente nessa perseguição, não podem emitir pensamentos retos e, em vez disso, aumentam incrivelmente o ódio."

"Porém, vocês sabem o que é uma pessoa boa ou uma má? Com o seu coração cheio de ódio, de maldade, pensem todos, que tipo de vida é essa? Isso se manifesta no comportamento, inclusive em sua face, você acaba sendo visto como um ser perverso. Não estou dizendo que alguns discípulos do DaFa não se cultivam bem, o lado que foi bem cultivado já foi separado. Enquanto nesse lado humano existem suas coisas humanas, existem também as coisas não boas, os pensamentos não bons e, quando chegam à superfície, as manifestações são piores." (Ensinando o Fa no Fahui de São Francisco 2014)

Assim que abrigarmos ódio para com os outros, nós estaremos poluindo com maus pensamentos o caminho que deveríamos cultivar. Nosso xinxing cai como resultado disso. Então como poderemos nos livrar das tribulações?

O Mestre disse na Conferência "Ensinado o Fa em Manhattan":

"A forma de cultivo para os discípulos do Dafa não tem forma, tudo na sociedade comum se converte em sua forma de cultivo."

Mais uma coisa se tornou clara para mim: talvez esses malfeitores se tornaram maus por influência das velhas forças. Essas pessoas concordaram com os arranjos das velhas forças porque acreditaram que poderiam obter a salvação exercendo esse papel na retificação do Fa. No entanto, eles não sabiam que a intenção das velhas forças era de enganá-los e arruiná-los.

A compaixão dos praticantes desperta o poder do Dafa para destruir os arranjos das velhas forças e assim salvar os malfeitores. Que noção admirável!

O Mestre disse: 

"Os seres, sem esperanças, não se refreariam diante de nenhuma maldade." (“Ensinando o Fa na Conferência do Oeste dos Estados Unidos em 2000”)

Eu percebi que, se nós considerarmos os malfeitores como "além da salvação", então os seus lados que sabem irão se tornar loucos, não se refrearão frente a maldade e continuarão a perseguir os praticantes. Mas foram nossos pensamentos que os tornaram dessa forma.

É claro, as velhas forças utilizam os malfeitores para afetar os pensamentos retos e gentis dos praticantes, mas essa abordagem não atende aos requisitos da retificação do Fa. Isso equivale a uma tremenda interferência aos praticantes e a uma sabotagem ao Fa.

O Mestre disse:

"Na tentativa de fazerem que os estudantes cumprissem com o padrão––na realidade com os requisitos desses seres perversos––eles utilizaram esses seres malvados para agredir brutalmente os estudantes. Quando esgotaram os meios mais perversos sem poderem alcançar suas metas, exacerbaram-se e colocaram-se nervosos, então, foram para cima dos nossos estudantes com mais raiva ainda. No final, mesmo não alcançando suas metas, disseram que tinham feito seus maiores esforços. Vá maldade! Nem mesmo camadas após camadas de seres no imenso Cosmo puderam sentir a maldade das perversidades que estão ocorrendo, pois todos os seres estão se degenerando." (“Ensinando o Fa na Conferência dos Grandes Lagos na América do Norte”)

Quando os praticantes guardam ressentimentos e ódio, só podem tornar as coisas piores. Enviar pensamentos retos nesse estado não adianta nada. Nós devemos firmar nossa fé no Fa em 100 % e ter uma imensa compaixão para quebrar os arranjos das velhas forças.

Como falamos sobre a cooperação entre os praticantes do Dafa, a visão do ser iluminado era de que os praticantes colocam muita ênfase no "eu", porque eles não acreditam na imensidão do Fa ou não levam a sério o cultivo.

O ser divino disse que alguns coordenadores não trabalham bem um com o outro. Em vez disso competem por "crédito". Isso é particularmente verdadeiro para aqueles que são mais capazes, que tendem a pensar que suas inteligências são a chave do sucesso. Eles não acreditam verdadeiramente que as suas sabedorias provêm do Mestre e do Dafa. Os seus egos estão inflados, e eles estão, na verdade, validando a si mesmos.

Alguns coordenadores pensam de modo excessivo sobre si mesmos, acreditando que obtiveram instruções diretas do Mestre. Tais pensamentos inadequados podem ser vistos pelos deuses. Essas pessoas deveriam pensar sobre isso: se eles pensam que precisam de instruções diretas para o seu cultivo, eles não estão na verdade ficando para trás daqueles que dependem dos seus próprios entendimentos no Fa para ter sucesso no cultivo?

Quando alguns praticantes se tornam mais distantes dos outros, a arrogância deles cresce. Quanto menos eles estudam o Fa, mais eles não acreditam no poder do Fa. Eles tomam mais desvios no seu cultivo e causam problemas a si mesmos. No final, eles pensam equivocadamente que o Dafa não tem poder suficiente e que eles têm que confiar nas suas noções humanas ou técnicas para conseguir algo.

Muitos praticantes têm cooperado bem. No entanto, assim que são tomados pelo ego, problemas poderão surgir.

Eu me lembro das palavras do Mestre:

"O mal se aproveitará e causará problemas se vocês não coordenarem e cooperarem bem. Com muitas coisas sendo feitas na retificação do Fa, não é que não haja uma maneira de fazê-lo. Não importa quão difícil seja, haverá sempre um caminho que possa tomar, ainda que seja um caminho muito estreito. Deverá seguir esse caminho corretamente e não dará certo se você se desviar, mesmo que seja somente um pouco. Existe um caminho para você. Em outras palavras, necessita transitá-lo corretamente. Se não o fizer, o mal que atualmente existe, se aproveitará disso e lhe causará problemas. Na realidade, o que acabo de dizer é que quando trabalham juntos há a questão de se você valida a si mesmo ou se valida o Fa." (“Expondo o Fa no Fahui Internacional de Nova York, 2004”)

Mais tarde eu percebi que o meu "eu" bloqueou meu acesso à imensidão do significado interno do Fa. Nós deveríamos olhar para dentro quando sentirmos falta deste poder. Isto é por nós não abandonarmos o nosso “ego”?

O Mestre disse: 

"Quando você deixar seu ego ainda mais, sua sabedoria para validar o Fa irá naturalmente vir à tona." (“Ensinando o Fa na Conferência de estudantes da região Ásia-Pacífico”)

Eu tenho que perguntar, você já alcançou isso?

Tudo se resume à questão do quanto eu acredito no Mestre e no Fa.

(Continua)