(Minghui.org) O ex-comissário australiano para Direitos Humanos e proeminente especialista na área, Dr. Sev Ozdowski, expressou recentemente em uma entrevista o seu apoio às medidas legais contra o ex-presidente chinês, Jiang Zemin, tomadas por praticantes do Falun Gong.

Até a presentes data, mais de 103 mil indivíduos apresentaram queixas criminais à Suprema Procuradoria Popular e ao Supremo Tribunal Popular da China, contra Jiang Zemin, por detenção ilegal, privação do direito constitucional à liberdade de crença, abuso de poder e muitos outros crimes praticados contra os cidadãos chineses.

O Dr. Sev Ozdowski (laureado com a Medalha da Ordem Australiana) foi o comissário australiano para Direitos Humanos de 2000 a 2005 e atualmente atua como Presidente do Conselho Australiano para Educação em Direitos Humanos.

Dr. Sev Ozdowski, Presidente do Conselho Australiano para Educação em Direitos Humanos

O Dr. Ozdowski foi entrevistado em Sydney sobre as queixas criminais contra Jiang Zemin que estão sendo levadas à justiça por praticantes chineses do Falun Gong, ao redor do mundo. Dado que a China é um dos poucos países no mundo ainda governados pelo comunismo e onde a lei não é respeitada, o Dr. Ozdowski apoiou a utilização do sistema jurídico do país para levar Jiang Zemin à justiça.

“Quando você olha para trás na história, você vê que as pessoas vencem a opressão, e vocês [também] vão vencer”, disse ele. “Apenas continuem a fazer o que estão fazendo, mantenham-se fortes e continuem a apresentar as queixas e a exigir o respeito aos seus direitos humanos!”

O Dr. Ozdowski acredita que a onda de queixas criminais movidas contra Jiang Zemin pode ajudar as pessoas na China a ganhar mais confiança no sistema jurídico.

“O partido comunista ainda está no comando de diversas regiões do planeta, onde não vigora o Estado de Direito”, disse o Dr. Ozdowski. “O que está acontecendo [com as queixas criminais] é um bom sinal! Isso está fortalecendo a confiança das pessoas no sistema jurídico e está permitindo que elas digam o que pensam, mas isso está longe de ser suficiente. Precisamos de ir muito mais longe”, acrescentou. O Dr. Ozdowski acredita que Jiang Zemin cometeu crimes contra a humanidade e que “o processo penal criminal deve aplicar-se a ele devidamente”.

O Dr. Ozdowski também elogiou a estação de televisão australiana SBS TV por transmitir o documentário “Colheita Humana” em seu programa Dateline. Este premiado documentário expõe a comercialização de órgãos extraídos de praticantes do Falun Gong e outros prisioneiros de consciência perseguidos pelo regime chinês.

“Para pôr fim ao crime de tráfico de órgãos na China é necessário expô-lo publicamente”, disse Ozdowski.

Em uma carta de apoio à passeata contra a extração forçada de órgãos realizada em Sydney, em abril, o Dr. Ozdowski escreveu: “A perseguição aos praticantes do Falun Gong, que começou em 1999, tem todas as características de genocídio. Isso está bem documentado em um relatório de autoria de David Kilgour, antigo Membro do Parlamento Canadense e Secretário de Estado para a Ásia-Pacífico, e David Matas, advogado de direitos humanos, mostrando que os praticantes do Falun Gong têm sido mortos para que suas córneas, corações, pulmões, fígados e rins possam ser roubados e vendidos a clientes comerciais.”

Contexto da reportagem

Em 1999, Jiang Zemin, então presidente da China e chefe do Partido Comunista Chinês, passou por cima das visões de outros membros permanentes do Comitê do Politburo e lançou pessoalmente a campanha de supressão violenta do Falun Gong.

A perseguição levou à morte milhares de praticantes do Falun Gong ao longo dos últimos 16 anos. Muitos morreram a fim de terem seus órgãos extraídos e comercializados. Outros milhares têm sido detidos ilegalmente, presos e torturados por sua crença. Jiang Zemin é diretamente responsável pelo lançamento e sustentação dessa perseguição brutal.

Sob a sua direção pessoal, o Partido Comunista Chinês constituiu um órgão ilegal de segurança, a “Agência 610”, em 10 de junho de 1999. A agência sobrepõe-se às forças policiais e ao sistema judiciário do país para executar as ordens de Jiang com respeito ao Falun Gong, buscando “arruinar a sua reputação, levar os praticantes à falência e destruí-los fisicamente”.

Com as mudanças recentes, a lei chinesa agora permite que os cidadãos sejam autores de processos criminais. Muitos praticantes estão exercendo o direito de levar à justiça suas queixas criminais contra o ex-ditador.