(Minghui.org) Tenho notado um problema comum entre os praticantes: a questão de não ter uma mente tranquila. Muitos praticantes não são capazes de manter a mente calma enquanto praticam os exercícios, estudam o Fa ou enviam pensamentos retos. Segundo a minha observação, uma das razões é não identificar claramente e falar sobre as interferências internas entre os praticantes.
1. Abordar questões sobre cultivo pessoal nos grupos de estudo do Fa, onde muitos praticantes querem “ajudar” a resolver problemas
Por exemplo, alguém pode perguntar ao grupo: “Meu marido me repreendeu... o que vocês acham que ocorreu?” ou “Tive um conflito com o meu filho. Por favor, ajudem-me a analisar as razões”, ou “Meu familiar não se cultiva diligentemente. O que devo fazer?”. Todas essas situações devem ser resolvidas medindo-nos com o Fa e olhando para dentro em vez de olhar para os outros.
Conheci uma praticante que sempre me pedia que lhe ajudasse a resolver problemas de cultivo. Cada vez que falava com ela, precisava de vários dias para me retificar. O Mestre me deu pistas muitas vezes de que ela deveria estudar o Fa e resolver os problemas por si mesma. Porém, foi difícil eliminar o hábito. Ela ficou dependente de mim e eu possuía uma mentalidade de ostentar, o que tornou a interferência significativa.
De fato, esse problema é muito comum. Tenho conhecido vários companheiros praticantes muito bons que têm caído na armadilha de “ajudar” outros praticantes dessa forma. Sua mentalidade de ostentar e seu apego à fama têm crescido consideravelmente, colocando-os numa situação perigosa. Dois deles faleceram e outro se tornou alvo dos espiões do PCC, sendo perseguido e preso.
Acredito que há várias razões por trás desses eventos: todas essas manifestações são provas que cada um precisa atravessar por si mesmo e não contam se nos baseamos muito no apoio de outras pessoas. Se isso continuar ocorrendo, as velhas forças considerarão que alguns interferem no cultivo dos outros e os praticantes que querem resolver os assuntos pessoais dos outros estarão em perigo.
Como praticantes, não podemos determinar exatamente que apegos os outros têm, então se dizemos algo incorreto podemos acumular carma facilmente, impactando negativamente o próprio cultivo. Não somos mais praticantes novos. Os diferentes períodos de tempo têm requerimentos distintos. Se não prestarmos suficiente atenção a esse assunto, muitos praticantes bons ficarão bloqueados nesse ponto.
Eu mesma tenho cometido erros nesse aspecto. Agora já retifiquei essa questão e tornei a ter uma mente tranquila. Quando estudo bem o Fa, sinto que os meus pensamentos retos são muito poderosos. Espero que todos os companheiros praticantes possam intensificar a vigilância nesse aspecto.
Alguns coordenadores pioraram essa situação por não atuar segundo os requisitos do Fa. Tenho notado essa situação na minha área onde o coordenador solicitou a ajuda dos praticantes locais para resolver o problema pessoal de um praticante. Todos discutiram sobre o que aquele praticante deveria ter feito, de que se tratava o seu problema, etc, e todos pensaram que estavam ajudando aos outros. Sentiam curiosidade e estavam comovidos, satisfazendo dessa forma os seus apegos humanos.
2. Como os praticantes deveriam se ajudar mutuamente?
Nós estamos transitando o caminho de cultivo da Grande Via sem forma. Cada um tem o seu próprio caminho. Estritamente falando, os companheiros praticantes não podem prestar auxílio mútuo, porque o reino e nível de cada indivíduo são diferentes. Não seríamos capazes de dizer com precisão quais são os apegos dos demais. Todos nós deveríamos nos concentrar em nosso próprio caminho e cooperar entre nós quando houver necessidade, para validar o Fa.
Se algum praticante não é suficientemente diligente, ele ou ela poderia participar no estudo do Fa em grupo e enviar pensamentos retos com os demais. Se o seu coração está no cultivo, será capaz de seguir o seu próprio caminho. Se o coração desse praticante não está no cultivo, não importa o quanto insistimos em ajudá-lo, será inútil. Também geraria interferência com o nosso próprio cultivo. A melhor maneira de nos ajudar é lembrando que precisamos cultivar diligentemente seguindo os ensinamentos do Mestre: “Compare-se no estudo, compare-se no cultivo” (“Cultivo sólido”, Hong Yin).
Não tenho nenhuma intenção de culpar os companheiros praticantes. Simplesmente sinto que isso tem se convertido num problema grave na China continental e que devo compartilhar. Espero que os praticantes estejam conscientes desse problema.
Esse é o meu entendimento pessoal. Por favor, apontem qualquer coisa inapropriada.
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