(Minghui.org) Os praticantes do Falun Gong em Zhangjiakou, província de Hebei do norte da China, realizaram vários processos judiciais contra o ex-líder do Partido Comunista Chinês, Jiang Zemin, no mês passado. Jiang ordenou a repressão brutal do Falun Gong em 20 de julho de 1999 e a perseguição continua ao longo dos últimos 16 anos.

De acordo com estatísticas do site Minghui, 83 praticantes em Zhangjiakou foram mortos por meio de tortura e outros abusos sob custódia do Estado. Desde 1999, 164 foram presos e 310 foram colocados em campos de trabalho.

No total, pelo menos 4.319 praticantes em Zhangjiakou foram detidos e 782 foram submetidos a sessões de lavagem cerebral. Além disso, as casas de 1.026 praticantes foram saqueados por autoridades e seus bens foram apreendidos. As autoridades extorquíram dos praticantes em Zhangjiakou, pelo menos 6.608.900 de yuanes (~ 1060 mil dólares), no total.

Ex-funcionário do governo processa Jiang

Cinco praticantes, Wang Haojun, Ge Haibin, Ren Qiaoling, Tang Yaxian e Shen Xiaojie, levaram uma ação judicial coletiva contra Jiang Zemin. A acusação foi enviada à Procuradoria Popular Suprema em 19 de maio de 2015.

Wang Haojun e sua esposa Liang Ying começaram a praticar o Falun Gong em fevereiro de 1995. O sr. Wang foi o diretor associado do Escritório da Indústria e Comércio do Condado de Chicheng na época e a sra. Liang era uma contadora.

Menos de um mês depois, o casal relatou que suas doenças crônicas tinham desaparecido. Gratos pela enorme melhoria na sua saúde e bem-estar, tornaram-se determinados a continuar a praticar o Falun Gong.

Mas, sob a diretriz de Jiang para "destruir suas reputações, arruiná-los financeiramente e destruí-los fisicamente" (referindo-se aos praticantes do Falun Gong), o sr. Wang foi detido quatro vezes e preso num campo de trabalho por dois anos. Sua casa foi revistada ilegalmente cinco vezes.

Sua esposa viajou com outros praticantes para Pequim para peticionar ao governo central e protestar contra a perseguição em maio de 2001. Ela foi presa pela polícia na Praça da Paz Celestial (Tiananmen) e brutalmente espancada.

Ela então foi condenada a cinco anos de prisão.

Na prisão, a polícia arrastou a sra. Liang para uma cela com criminosos no corredor da morte e mais tarde fizeram-na desfilar nas ruas para humilhá-la. Depois que ela foi libertada da prisão, ela foi presa três vezes por praticar o Falun Gong. Ela sofreu mais de 10 anos de tortura física e psicológica antes de falecer em 14 de maio de 2010, com a idade de 57 anos.

A mãe de 88 do sr. Wang, que perdeu o apoio tão necessário fornecido pelo seu filho e nora, ficou devastada pelo assédio contínuo que sofria das autoridades locais. Ela faleceu em 2002.

Os praticantes Wang Haojun, Ge Haibin, Ren Qiaoling, Tang Yaxian e Shen Xiaojie escreveram na sua acusação:

"Quando éramos todos novos praticantes do Falun Gong, tivemos nossa saúde e mente melhoradas muito por praticar o Falun Gong. Tínhamos pessoalmente nos beneficiado do Falun Gong. No entanto, as infrações infligidas contra o Falun Gong não foram exoneradas. Não temos liberdade de praticar abertamente o Falun Gong ou a liberdade de crença ou de expressão. Esta perseguição significa que temos de estudar e praticar de forma restrita. Jiang Zemin é responsável por esta situação. Gostaríamos de levá-lo à justiça por seus crimes contra o Falun Gong. Limpar o nome do Falun Gong e do nosso Professor! Ter de volta a liberdade de religião e os direitos humanos para os praticantes do Falun Gong!"

Recibo do correio expresso do praticante Ge Haibin para a sua reclamação enviada para a Procuradoria Popular Suprema em 19 de maio de 2015

Ex-bancário: Leve Jiang à justiça!

Wang Xinyu, um empregado do Banco Industrial e Comercial da China em Zhangjiakou, enviou sua denúncia à Procuradoria Popular Suprema em 22 de maio.

"Eu não mencionei as pessoas que estavam diretamente envolvidas em me perseguir. Gostaria de dar-lhes uma oportunidade [para mudar suas formas de pensar e agir] processando Jiang diretamente", disse Wang. "Mesmo que a perseguição que eu tenha experimentado pessoalmente foi algo muito sério, eu gostaria de dar aos perseguidores a oportunidade de aprenderem a verdadeira história e reconhecerem o certo do errado. Eles foram enganados, afinal de contas", acrescentou, referindo-se aqueles obrigados a realizarem a perseguição por ordens de cima, resultantes de propaganda de ódio do regime usados para justificarem a repressão ao Falun Gong.

O sr. Wang disse que levar Jiang à justiça vai ajudar a restaurar a moralidade na China. Ele espera que os praticantes do Falun Gong que foram perseguidos vão dar um passo adiante e processar o ex-ditador.

"Isso vai ajudar a restaurar a civilização tradicional da nação chinesa e permitir que a justiça prevaleça no mundo", disse ele.

Recibo do correio expresso de Wang Xinyu e confirmação de entrega a Procuradoria Popular Suprema.

Empregado de empresa de carvão processa Jiang

Pang Xiaosen, um empregado da empresa Maquinaria de Minas de Carvão Ltda., enviou sua denúncia à Procuradoria Popular Suprema em 23 de maio.

Na acusação, ele relatou seis casos de perseguição que ele experimentou. "Meus pais idosos ficaram profundamente magoados ao saber sobre os abusos que sofri por seguir Verdade-Compaixão-Tolerância, eles ficaram devastados. Meu pai morreu em 2003, quando eu estava no campo de trabalho. Minha mãe me disse que ele chamou meu nome repetidamente quando faleceu com os olhos abertos."

A esposa do sr. Pang foi obrigada a se divorciar dele sob enorme pressão das autoridades, que incluíram assédio reiterado pela polícia.

Recibo do correio expresso do Pang Xiaosen