(Minghui.org) Gostaria de compartilhar minha mais recente experiência e entendimento a respeito de olhar para dentro para encontrar as causas fundamentais dos problemas quando surgem os conflitos.
Quando examinava os outros, percebia que as suas falhas eram as minhas falhas
A praticante “A” recentemente veio à minha casa e disse para minha esposa (uma praticante) que a sua televisão (via satélite) deixou de funcionar e que eu deveria consertá-la. Não estava em casa nesse momento. Logo que minha esposa me contou o que ocorreu, fiquei chateado.
Há tempos havia formado noções negativas sobre essa praticante: tinha muitos apegos humanos e na minha opinião, não era diligente. Talvez por esse motivo o sinal da NTDTV da sua família era instável. Fui várias vezes na sua casa no passado para ajustar o sinal e agora novamente estava com problemas. Cheguei a lamentar o fato de ter instalado a antena na sua casa.
De repente tive um pensamento: porque estava tão incomodado? Era uma oportunidade de olhar para dentro? Dei-me conta de que o meu pensamento negativo sobre ela era uma noção. Ela não havia feito nada de mal. Fiquei chateado porque não tinha afinidade por ela, o que me fazia pensar que tudo estava mal.
Minha raiva desapareceu num instante. Senti-me aliviado. Vendo o que tinha acabado de acontecer, me dei conta de que fui enganado pela minha noção negativa.
A praticante “A” se encontrava sorridente quando visitei a sua casa. Disse-me: “Obrigada por ter vindo, mas meu sobrinho solucionou o problema. Ele é um grande fã da NTDTV.” Logo me dei conta de que a verdadeira razão pela qual ele veio não foi para reparar a antena, já que era a minha noção humana que necessitava ser reparada. Logo que melhorei a minha falta de tolerância a antena foi consertada.
Conversar honestamente faz com que possamos ver nossos apegos
Assisti uma reunião há alguns dias que se tratava do uso de celulares e da instalação de antenas da NTDTV. Falei acerca da minha experiência enquanto instalava as antenas. Contei para as pessoas várias histórias sobre olhar para dentro e resolver problemas. As pessoas receberam bem as minhas palavras e isso me deixou alegre.
O praticante “B” também compartilhou suas histórias sobre instalação de antenas da NTDTV. Era um homem de poucas palavras. Disse que uma vez teve que subir por uma escada que chegava a um terraço de um prédio de sete andares enquanto levava a antena nas suas costas. Tinha medo de altura e era assustador subir a escada.
Imediatamente sua visão ficou borrada e não podia escutar nada. Sentia enjoo e esgotamento pelo calor. Enquanto se segurava fortemente na escada, pediu ajuda ao Mestre: “Por favor, me ajude a instalar a antena para essa família. Essa é a sua oportunidade de conhecer a verdade e serem salvos.”
Um momento depois, seus sintomas pelo esgotamento provocado pelo calor desapareceram. Subiu a escadaria e terminou a instalação.
Sua história me afetou profundamente. Quando se encontrou com perigo, a sua única preocupação era salvar as pessoas, não sua própria segurança. Minha história revelava como encontrei minhas brechas e melhorei no cultivo. Senti-me envergonhado do meu egoísmo.
O praticante “C” passava muito tempo usando um celular para salvar pessoas. Ele disse: “Se olharmos para dentro somente depois que um conflito surgir, não teremos evitado exitosamente o dano que causou ao nosso esforço.” Disse que constantemente recita as escrituras do Mestre de memória. Pode fazer projetos quando mantém poucas noções humanas e raras vezes se encontra com problemas.
Tomei seu comentário como uma crítica para mim. Estava falando para todos, minutos atrás sobre como olhei para dentro quando ocorreram problemas. Agora me sentia inútil porque o seu entendimento obviamente estava num nível superior. Senti um pouco de inveja dele. Porém logo me dei conta de que o meu pensamento era incorreto.
O Mestre nos disse: “... quando se encontrarem com um conflito, todos devem procurar no seu interior.” (“Ensinando o Fa no Fahui do Oeste dos Estados Unidos”, 1999)
Compreendi que tinha que retornar a examinar-me para encontrar a minha brecha. Pensei: “O praticante ‘C’ apontou a minha brecha, ele fez isso para melhorar a salvação das pessoas e a validação do Fa. O que têm de mal nisso? Provavelmente, eu necessitava corrigir o meu caráter moral. Talvez devesse me sentar com as costas eretas ao ler o Fa. Também deveria passar mais tempo memorizando-o.”
A praticante “D” começou a falar. Disse: “Se não tivéssemos noções humanas, por acaso não seríamos deuses?” Pensei que estava se referindo ao entendimento do praticante “C”. Ambos os pontos de vista tinham sentido. Era difícil saber quem tinha razão e quem não tinha. Dei-me conta de que necessitava me esforçar mais estudando o Fa.
A praticante “D” passa muito tempo esclarecendo a verdade para as pessoas utilizando um celular. Ela é muito inteligente e eloquente. Eu gostava das suas histórias e admirava seu entendimento do Fa. Mas não aprendia muito com ela.
Depois do almoço, pedi ao coordenador da reunião que desse a sua opinião sobre a minha experiência. Relatou-me que a minha experiência tinha sido boa.
No final da reunião, perguntei ao praticante “C” o que achava da experiência que eu havia compartilhado. Disse-me: “Não vi nada incorreto na sua experiência.” Afinal de contas, o seu entendimento não foi uma crítica para mim.
O praticante “E” sugeriu que eu lesse os Nove Comentários sobre o Partido Comunista. Perguntei-lhe: “Detectaste algo da cultura do partido no meu entendimento?” Depois de uma breve pausa me disse que havia me confundido com outra pessoa.
Logo que nos reunimos para jantar, uma praticante me elogiou e disse que eu era “famoso”. Isso não moveu meu coração. Talvez esse comentário surgiu devido ao meu apego à fama.
Escutei perto de mim o praticante “G” perguntando ao praticante “H”: “Você descobriu algum problema enquanto instalávamos as antenas da NTDTV?” Gostaria que o praticante “H” dissesse algo sobre a minha experiência. Mas não disse nada.
Descobrindo os meus apegos
No dia seguinte pensei sobre a reunião, em especial sobre os meus próprios problemas. Dei-me conta do meu problema. Por trás da minha experiência, encontrei várias mentalidades, por exemplo: ostentação, fanatismo e auto-validação. O Mestre me lembrou acerca disso usando as palavras dos outros praticantes.
De fato, as “críticas” do praticante “C” me recordaram examinar os meus próprios problemas. A praticante “D” era eloquente e assim apreciava escutá-la. Porém logo depois também detectei ostentação e fanatismo nas suas palavras. A partir da sua experiência pude ver problemas similares em mim.
Quando o coordenador disse que o meu entendimento era “bom”, provavelmente estava comentado acerca da minha habilidade em me expressar, porém isso era auto-validação, não estava validando o Fa.
O Mestre também arranjou um diálogo entre os praticantes “G” e “H” para que eu pudesse descobrir o meu apego. Quando o praticante “E” sugeriu que eu lesse os Nove Comentários sobre o Partido Comunista, pensou que havia me confundido com outra pessoa, mas não era esse o caso. Pelas palavras casuais do praticante “E”, o Mestre me disse que a minha experiência tinha a cultura do partido: exagerei um detalhe na minha história para ostentar as minhas conquistas.
Quando a praticante “F” me chamou de “famoso”, entendi que o Mestre estava me recordando do meu apego à fama por meio do seu comentário. A história do praticante “B” me fez ver o meu problema.
Minha esposa muda logo após compartilhar com ela as minhas brechas
Depois de encontrar o meu problema, minha mente se tornou pacífica. Nessa noite, compartilhei meus entendimentos com a minha esposa. Antes de ir embora, lembrou-me docemente: “Por favor, lembre-se de fechar a estante dos livros.”
Fiquei surpreendido com o seu tom de voz. No passado sempre que me esquecia de algo, me criticava com raiva na sua voz. Mas dessa vez não havia raiva. Disse a ela: “Você mudou.”
Ela sorriu e me disse: “A sua experiência me fez pensar sobre os meus próprios problemas.” Fiquei tão comovido com a sua sinceridade que cheguei a chorar.
Nunca havia escutado algo assim. No passado sempre a lembrava de ser mais diligente e melhorar no cultivo. Porém ela quase não me escutava. Desta vez quando lhe contei sobre os meus apegos, ela viu as suas próprias falhas.
Certamente quando compartilhamos nossas experiências sem apegos humanos, os outros verão as suas próprias faltas.
Quando os praticantes falavam sobre as pistas que o Mestre nos dá pelas outras pessoas, não pensei que isso pudesse ocorrer comigo. Agora vejo claramente que o Mestre têm estado me lembrando das coisas constantemente.
Por favor, corrijam qualquer coisa incorreta que eu tenha dito.
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