Fahui da China | Tolerando o que outros não suportam

(Minghui.org) Eu gerencio um grande hotel e vendo carros de luxo, mesmo sem ter ainda me formado na faculdade. Em comparação com muitos recém-formados na China que não conseguem encontrar trabalho, a minha experiência profissional parece quase um milagre. As pessoas muitas vezes comentam que sou “uma boa pessoa”. Eu sei que sou uma boa pessoa graças ao Mestre. Eu não seria tão boa como sou se não fosse pela orientação dos princípios do Falun Gong: Verdade-Compaixão-Tolerância.

Eu sou bem-aventurada; obtive o Fa do universo.

Eu me lembrei de como Han Xin foi humilhado

Han Xin (falecido em 196 a.C.) foi um general militar que contribuiu grandemente para a fundação da Dinastia Han. Ele é conhecido por ter sido capaz de suportar o que outros não conseguem.

Segundo a lenda, uma vez Han Xin se encontrou com um patife no mercado. O sujeito desafiou-o para um duelo, mas Han Xin recusou-se a lutar. Então o canalha exigiu que Han Xin escolhesse entre duas opções: lutar ou rastejar entre as suas pernas. Han Xin escolheu a última.

Eu me tornei gerente aos 19 anos. Eu vesti paletó e treinei funcionários por mais de dez anos. No começo, eu era mais do que tímida. O gerente sênior disse que queria me treinar como líder, porque eu era “uma boa pessoa”.

Uma funcionária veterana não gostava particularmente de mim. Ela se opunha a mim em quase tudo, me desafiava em público e tentava tornar os outros hostis em relação a mim. Eu não tomava nada pessoalmente e ainda a tratava com gentileza. Normalmente, eu suportava e olhava para dentro. Assim, eu melhorava a mim mesma.

Mais tarde, essa funcionária veterana ficou doente. Eu levava para ela pratos especiais que eu encomendava no restaurante do hotel. Ela ficava na cama e não conseguia comer ou beber. Eu fui ao meu dormitório e trouxe uma lata de fruta que eu tinha guardado e a alimentei. Ela ficou muito emocionada e desculpou-se sinceramente. Depois disso, ela se tornou a minha melhor assistente.

Eu digo para o pessoal da minha equipe como eles podem ser boas pessoas e como o caráter de uma pessoa é mais importante do que qualquer diploma. Eu compartilhei com eles alguns dos princípios que tinha aprendido no Dafa.

Os membros da nossa equipe gradualmente pararam de fazer intrigas. Nós passamos a cooperar melhor. Eles gostavam de me contar tudo e propor soluções. Eles me chamavam de “irmã mais velha”, apesar de eu ser pelo menos dez anos mais jovem do que qualquer um deles.

O desempenho da nossa equipe era muito bom em comparação com as outras equipes do hotel. Por causa disso, eu ganhei uma boa reputação. O gerente sênior frequentemente pedia a minha opinião sobre questões relacionadas com o trabalho. Eu acredito que isso era por causa da sabedoria adquirida no Fa e o poder da bondade.

Mais tarde, eu fui transferida para uma posição de vendas. Uma professora universitária visitou nossa empresa com a sua filha. A professora estava discutindo negócios com o meu supervisor e eu estava brincando com a menina quando o telefone tocou. Eu peguei o aparelho, mas a garota desligou a chamada.

Nós não tínhamos identificador de chamada. A ligação poderia ter sido de um cliente importante. Eu sorri para a menina e disse: “não faça isso da próxima vez. Não é educado”.

A professora, que estava na sala ao lado, me ouviu dizer isso. A menina correu e começou a gritar comigo. Meu gerente tentou acalmá-la. Eu fui para casa.

Quando cheguei em casa, recebi uma ligação do escritório, me pedindo para voltar imediatamente. A professora tinha se queixado à gerente geral e tentou me demitir.

Eu não pude evitar pensar que isso era injusto. Mas então eu me lembrei imediatamente de história do Han Xin no Zhuan Falun. Eu disse a mim mesma que eu teria que passar bem por esse teste.

“Quando é difícil suportar, você pode suportar.” Estas palavras do Zhuan Falun vieram à minha mente.

Quando eu voltei, a professora ainda estava reclamando no escritório da gerente geral. O meu gerente de departamento desculpou-se comigo: “Peço desculpas por fazê-la voltar durante o seu tempo de descanso”. Ele também fez alguns comentários negativos sobre a professora.

Eu não fui afetada pelas palavras do gerente de departamento. A gerente geral me chamou ao seu gabinete e disse-me que esta cliente queria que lhe pedisse desculpas. Senti-me calma e disse: “Sim, eu peço que me desculpe”.

“Não, isso não basta”, disse a professora. Ela posicionou duas cadeiras, sentou-se numa e pediu à criança que sentasse na outra. Ela ordenou que eu ficasse diante delas e me curvasse enquanto pedia desculpas a cada uma. Depois de me curvar, ela disse que eu teria que pedir perdão especificamente para a menina. Se a menina, que tinha uns três ou quatro anos, não me perdoasse, a situação iria se arrastar.

Mais de dez pessoas estavam presentes, incluindo a gerente geral, o gerente de departamento e alguns dos meus colegas. Eu fiquei um pouco perturbada, mas disse a mim mesma que eu deveria lidar com isso abertamente e com dignidade.

Eu parei diante delas, curvei-me e pedi desculpas a ambas, como a professora tinha exigido. A garota não entendeu exatamente o que estava acontecendo. Ela disse: “Eu ainda quero brincar com a tia (eu)”.

Então, essa situação complicada foi resolvida.

No dia seguinte, a gerente geral recuperou imagens da câmara de vigilância para verificar o que tinha acontecido. Ela me disse: “Eu lhe admiro muito. Você não é uma pessoa comum. Você foi capaz de suportar tudo isso com calma. Foi verdadeiramente notável. Outra pessoa provavelmente teria brigado com a professora, mesmo que isso significasse que ela teria que se demitir”.

Eu pensei em como o espírito tolerância de um praticante pode tocar o coração das pessoas. Eu compartilhei o Zhuan Falun com a gerente geral. Talvez sua hora ainda não tenha chegado; ela ainda não começou a praticar o Falun Gong.

Minha gerente insistiu em manter-me

No meu trabalho atual, eu lido principalmente com agências governamentais e empresas estatais. Tendo em vista a corrupção geral, minha chefe não confia em ninguém. Ela verificou duas vezes o inventário antes de sair de férias, temendo que os funcionários roubassem as mercadorias ou os pagamentos.

Depois de entrar para a empresa, era eu quem mantinha todas as contas em dia. Eu até mesmo pagava por itens se eu notasse que algo estava faltando. Preferia incorrer numa perda pessoal do que tirar vantagem dos outros. As pessoas diziam que eu era “tão esperta que até parecia ser tola”.

Eu gradualmente ganhei a confiança da chefe. Ela disse: “por toda a minha vida, eu não confiei em ninguém, exceto em alguns membros da família. Mas eu confio em você”. Ela disse que preferia contratar praticantes do Falun Gong.

Minha mãe, que também é praticante, foi detida ilegalmente há alguns anos. Nós conseguimos resgatá-la. Mas a polícia manteve minha ficha separada. Mais tarde, outro praticante foi detido. Na época, os membros da sua família moravam comigo, então eu fui com eles tentar a sua libertação.

A polícia ameaçou divulgar a minha ficha para me humilhar em público. Eles também vieram ao meu local de trabalho exigir que minha chefe me demitisse.

Na época, o pai da minha chefe tinha sido diagnosticado com câncer. Eu lhe disse para recitar “Falun Dafa é bom. Verdade-Compaixão-Tolerância é bom”. Isto ajudou na sua recuperação. Minha chefe tinha um parente que era oficial de alta patente do Partido Comunista Chinês (PCC). Esse parente discutiu com a minha chefe e exigiu que ela me despedisse. Ele também disse que iria assistir à minha prisão.

Naquela época, meu marido e eu estávamos nos divorciando e ele já tinha saído da nossa casa. Se eu não tivesse um emprego, eu não seria capaz de fazer face às despesas. Eu realmente senti o que é ter “centenas de dificuldades acontecendo de uma vez." (“Temperando a vontade e o coração”, em Hong Yin)

Todos esses conflitos e problemas aconteceram ao mesmo tempo. A dificuldade e o estresse eram além da imaginação.

A única coisa que eu poderia fazer era estudar mais o Fa. Minha chefe também estava sob muita pressão.

Ela me disse: “Sua competência é óbvia. Ultimamente, eu tenho recebido muita pressão para demiti-la. Eu pensei sobre isso por vários dias. Então eu decidi que quem decide sobre quem trabalha para mim sou eu e mais ninguém. Meu parente me pediu para demiti-la. Por acaso, ele pode encontrar outro membro da equipe como você? Ele é tão capaz? Eu não quero mais ninguém. Só quero que você trabalhe aqui”.

Eu quase chorei e agradeci ao Mestre no meu coração. Eu também me senti feliz pela minha chefe ter feito a escolha certa. Ela resistiu à pressão de uma variedade de fontes e escolheu um bom futuro para si mesma.

Demitindo-me e retornando – seguindo o curso da natureza

O filho da minha chefe veio trabalhar para a companhia e tentou colocar-me para fora. Então, eu decidi pedir demissão. Eu senti que era hora de deixar a empresa, então eu saí, mesmo que minha chefe quisesse que eu ficasse. Ela contratou dois substitutos para preencher a minha posição, mas não estava feliz com o trabalho deles.

Após o Ano Novo chinês, ela me ligou e pediu para eu voltar a trabalhar na empresa. Ela me ofereceu o dobro do tempo de férias e um alto salário. Ela disse que poderia entrar mais tarde e sair mais cedo e que eu poderia sair a qualquer hora do dia, caso eu tivesse emergências para cuidar. Ela ainda disse que eu poderia manter o meu trabalho atual, de modo que eu poderia ganhar dois salários ao mesmo tempo.

Ela continuou dizendo: “Existem poucas pessoas em quem eu confio e eu confio mais em você. Se você não voltar, eu vou deixar a posição vaga até que você voltar”.

Ela começou a me ligar todos os dias. A cada vez, nós conversávamos por 30 minutos e até por uma hora. Eu discuti a questão com os colegas praticantes. Todos pensamos que isto não era uma coincidência. Então eu voltei para a empresa.

Mais tarde, o filho da minha chefe me pediu desculpas. Ele disse: “Eu sei que você saiu da empresa por minha causa. Sua partida fez com que minha mãe ficasse com raiva de mim por muito tempo. Toda vez que ela me via, ela perdia a paciência. Eu não aceitava me desculpar com você.

“Mas hoje eu quero me desculpar. Me desculpe. Espero que você possa trabalhar aqui por muito tempo. Se você tiver qualquer problema, em casa ou no trabalho, é só falar comigo. Eu vou ajudar. Minha mãe não me deixa mais visitar a companhia. Ela receia que eu cause problemas.

“Eu não desgosto de você. Eu apenas estava sob muita pressão na época quando eu pedi para você sair da empresa. Eu sei que você é uma pessoa muito boa. Você apenas trabalha aqui e nós todos iremos tratá-la bem”.

Então, eu lhe disse: “Você não foi a razão pela qual que eu deixei a empresa. Foi porque eu não cultivei tão bem e a minha tolerância não era grande o suficiente. Não se preocupe. Eu faço um bom trabalho onde quer que eu vá, porque o meu Mestre nos pede para sermos pessoas boas. Sua empresa me paga, como eu poderia não fazer o meu melhor? Se eu cumprisse mal o meu dever, eu não seria uma boa pessoa”.

“Oh, o Falun Gong parece muito bom”, ele disse.

Ele havia servido no exército, por isso tinha sido influenciado pela propaganda do PCC. Eu já havia esclarecido a verdade para ele antes, mas ele se recusou a ouvir. Desta vez, ele abriu seu coração.

Minha chefe ainda teme que eu possa sair da empresa novamente. Há alguns dias ela me disse: “Trabalhe aqui e os seus esforços não serão em vão. Você vai receber uma boa recompensa. Você sabe o que quero dizer”.

Ela estava se referindo à loja de departamentos. Ela disse, mais de uma vez, que queria uma boa pessoa para tomar conta da loja. Seu filho tem sua própria fábrica e não quer cuidar da loja. Então ela espera que eu possa aprender e trabalhar lá. Ela sugeriu mais de uma vez que faria de mim uma executiva.

Eu sabia que ela falava de coração, mas eu não fui influenciada. O meu caminho é arranjado pelo Mestre e as necessidades da retificação do Fa é o fator mais importante para o meu caminho futuro. Mas eu fiquei feliz ao ouvir o que ela disse. Ele mostrou como havia posicionado o Falun Gong em seu coração.

Uma vez, alguém da delegacia local de polícia veio à nossa empresa. Ele apontou para mim e disse: “Eu conheço você”. Na época, nós havíamos estado da delegacia para resgatar a minha mãe. Minha chefe se aproximou e fez sinal para eu sair. Ela estava tentando me proteger.

Às vezes ela também ajuda os meus esforços de esclarecimento da verdade. Ela diz às pessoas: “O Dafa é permitido em todos os outros países do mundo. A China está se desenvolvendo também. Pessoas inteligentes não prendem pessoas de bem. Não é bom que estejamos todos nos tornando pessoas boas?”

Uma colega praticante sugeriu que eu compartilhasse minhas experiências no trabalho. Eu pensei sobre sua sugestão e concordei. Se não fosse pelos ensinamentos e orientações do Mestre, como eu poderia não ser afetada por toda a corrupção e “regras tácitas” da China de hoje?

Eu resolvi escrever minha história para validar o modo como o Dafa nos ensina a ser pessoas gentis. Somente os cultivadores do Falun Dafa são capazes de agir contra a degradação moral da sociedade de hoje. Nós somos como flores de lótus, que brotam na lama, sem serem afetadas pela imundície.