(Minghui.org) Minha mãe e eu começamos a praticar o Falun Gong no dia 8 de agosto de 1993. Perguntava-me quantos praticantes jovens estavam cheios de vaidade como eu.
Minha mãe achava que eu atuava com arrogância e dizia: “Parece que você sempre sente orgulho de si. Olhe para aqueles praticantes que tem capacidades sobrenaturais, mas não tem mentalidade de ostentação. São retos. Você desenvolveu alguma capacidade sobrenatural apesar de tantos anos de cultivo?”
Respondi lembrando do Fa do Mestre quando falava sobre uma pessoa com uma grande qualidade inata: “Quem sabe eu seja uma pessoa que possui uma grande qualidade inata.”
O Mestre disse: “Uma pessoa comum não pode ver as suas próprias deficiências. Ela pensa que cada coisa sua é boa, como se fosse uma flor, correto?” (Expondo o Fa no primeiro Fahui da América do Norte).
O Mestre se referia aos não praticantes. Porém eu tenho me cultivado por 20 anos e continuo me sentindo como uma flor. Acreditava que era atrativa e que não tinha apego ao dinheiro. Também pensava que não era desviada e que tinha uma personalidade reta. Estava emocionada porque era inteligente e podia entender rapidamente o Fa do Mestre e sentia orgulho de ser eficiente nas minhas atividades.
Ainda dizia para as pessoas comuns que todas as minhas capacidades se desenvolveram por praticar o Falun Dafa. Seguia inflando-me de orgulho, ainda mais quando escutava o Fa do Mestre: “... nem todos podem trabalhar em grandes empresas ou serem chefes, então os demais necessitam fazer outras coisas...” (“O que é um discípulo do Dafa”)
Todo meu orgulho se deve ao meu trabalho numa grande empresa e também pelo meu bom salário.
Nutrindo os apegos
Contemplei-me internamente e percebi meus apegos profundamente enraizados. Por exemplo, me dei conta de que possuía uma forte mentalidade de ostentação. Isso torna uma pessoa comum arrogante e é especialmente nocivo para um praticante.
Durante os últimos 18 anos perdi vários empregos. Perdi um porque era contrário às relações entre pessoas do sexo oposto. Despediram-me do outro emprego porque me tornei uma praticante do Falun Dafa. Em minha mente sentia que o meu supervisor tinha inveja da minha espetacular capacidade no trabalho e que estava sendo perseguida por praticar o Falun Dafa.
Continuava com uma mentalidade de competição. Buscava uma alta posição para demonstrar que eu era poderosa e capaz. Consegui um cargo elevado e recebia um bom salário. Sentia que isso ocorria porque tinha passado a prova do Mestre e que merecia. Como resultado me tornei mais arrogante.
Porém, os problemas continuaram. Embora eu pensasse que me promoveriam, eles não me promoveram. Uma pessoa de nossa sede que carecia de integridade e conhecimento foi promovida. A corrupção estava descontrolada no meu trabalho e mostrei meu desprezo. Pediram-me que ocupasse um cargo administrativo nas funções do departamento. Parecia que as pessoas ao meu redor pensavam mal de mim.
Voltei para casa decepcionada e disse à minha mãe que tinha fracassado. Assistindo à conferência do Mestre “Ensinando o Fa para os praticantes australianos” com a minha mãe, ela me disse que eu ainda continuava manifestando um forte apego de competição. Sentei-me em silêncio diante da televisão assistindo à conferência do Mestre.
Minha mãe comentou que havia melhorado no cultivo, porém continuava manifestando um forte apego à competição. Disse que eu queria ser uma estrela e que esquecia de que todas as minhas capacidades foram desenvolvidas porque eu praticava o cultivo no Dafa. Quando me encontrava com dificuldades na vida diária via como uma perseguição por estar praticando o Falun Dafa. Não observava o meu interior e, portanto, não me dava conta de que tinha uma mentalidade de competição. Ao invés disso, pensava que os demais me invejavam. O Mestre disse:
“Não são somente os exemplos que dei. Nesse momento todas as pessoas do mundo, incluindo a maioria das pessoas de distintas classes, não sabem por que vieram ao mundo, todos estão lutando em suas carreiras. Especialmente aqueles que têm um pouco mais de êxito, se esquecem ainda mais e se sentem orgulhosos; aqueles que têm um pouco de habilidade também se esqueceram da razão, sentem injustiça e amargura porque as suas vidas não são tão boas”. (“O que é um discípulo do Dafa”)
Esse Fa era dirigido a mim. Tinha um entendimento diferente quando lia esse Fa e às vezes comentava sobre a debilidade das pessoas que não praticam o cultivo. Nesse momento, senti que era uma pessoa comum.
Embora que eu acreditasse que tinha passado pela prova do meu caráter e que o Mestre me ajudaria a encontrar um outro trabalho, eu falhei novamente e não me ofereceram outro cargo em outra empresa. Novamente eu fiquei deprimida.
Busquei no meu interior meus apegos enraizados, mas não os encontrava. Algum tempo depois, me dei conta de que estava apegada à reputação e tinha uma mentalidade de competição e ostentação. Ainda que tivesse reconhecido esses apegos no passado, realmente não havia eliminado.
Ainda que fosse altruísta e inocente centrava-me na minha reputação e não melhorava verdadeiramente. Se uma pessoa comum me dissesse que eu era uma boa pessoa, me emocionava, se alguém me criticava, me entristecia.
Mesmo quando me acalmava e estudava o Fa diligentemente, não focava em estudar verdadeiramente. O Fa do Mestre falava de uma pessoa como eu.
Finalmente reconheci a minha mentalidade de ostentação e competição, bem como os apegos da busca por reputação. Olhei para o interior várias vezes para eliminar esses apegos.
Agora sei que preciso sempre lembrar que se não for diligente, não passarei os testes que põem a prova o meu caráter.
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