(Minghui.org) "Ninguém poderia duvidar seriamente da natureza do problema ou do tamanho do problema. O que chamamos de negação plausível se foi", disse Scott Reid, presidente da subcomissão de Direitos Humanos do Parlamento do Canadá numa audiência em 21 de outubro.
Irwin Cotler, membro do Parlamento ressaltou que a extração de órgãos na China é sancionada pelo Estado e são "crimes contra a humanidade contra os mais vulneráveis na sociedade chinesa".
O sr. Cotler disse que uma abordagem multifacetada, incluindo a legislação e conscientização pública, seria necessária para parar o crime: "Se não agirmos, então tornamo-nos cúmplices da criminalidade e, por isso, há uma responsabilidade sobre nós aqui como parlamentares, como governo e como sociedade civil de manter a China responsável."
A audição no Parlamento do Canadá em Ottawa foi organizada pelo sr. Scott Reid. Sete membros do parlamento adicionais participaram do evento. O dr. Damon Noto, representante da DAFOH (Médicos Contra a Extração Forçada de Órgãos) e o jornalista Ethan Gutmann foram testemunhas.
"O depoimento de hoje foi uma espécie de ponto de inflexão no tocante a nossa consciência em relação à extração de órgãos na China", disse o membro do parlamento Tyrone Benskin. Ele disse que a extração de órgãos foi difícil de aceitar no inicio, mas agora não restava mais dúvidas. A questão agora é o que fazer sobre isso. O Canadá pode imediatamente parar o turismo de transplantes de órgão e impedir os canadenses de viajar para a China por órgãos, disse ele.
Wayne Marston, membro do parlamento, disse que ele ganhou um conhecimento aprofundado sobre o assunto depois de ouvir os praticantes do Falun Gong e a reunião com dois especialistas no assunto: o advogado de direitos humanos David Matas e o ex-diplomata canadense David Kilgour. "Estou muito satisfeito com o seu testemunho aqui hoje porque a compreensão de algo tão importante adiciona algo a todos", disse ele.
Oito membros do parlamento participaram de uma audição parlamentar referente a extração de órgãos sancionada pelo regime na China
O jornalista Ethan Gutmann (direita) e o dr. Damon Noto (esquerda), representante da DAFOH, conversam com o membro do parlamento Scott Reid, presidente do Parlamento Canadense do subcomitê de direitos humanos
O jornalista Ethan Gutmann (centro) e o dr. Damon Noto (direita), representante da DAFOH, conversam com o membro do parlamento Tyrone Benskin
Os praticantes do Falun Gong são o alvo principal
De acordo com o dr. Noto, o número de transplantes de órgãos na China disparou de algumas centenas por ano em 1999 para vários milhares em 2004. O mesmo ocorreu com os centros de transplante. Os hospitais chineses publicaram anúncios de transplante de órgãos compatíveis em questão de duas semanas e cirurgias de transplante podiam ser agendadas com antecedência.
Alguns hospitais ainda alegaram "resultados superiores" e que podiam ser feitos testes nos "doadores" antes da remoção dos órgãos, disse o dr. Noto.
Ele acrescentou que o número de presos no corredor da morte, que varia entre 2.000 a 5.000 por ano, não poderia explicar a origem enorme de órgãos na China. A única possibilidade é que há um banco de órgãos vivos na China. A preponderância da evidência aponta para o fato de que os praticantes do Falun Gong, conhecidos por sua boa saúde e por serem livres de maus hábitos, são o alvo principal. A perseguição nacional ao Falun Gong tornou possível que os culpados que cometeram o crime não assumam as consequências legais.
O sr. Gutmann também compartilhou suas descobertas publicadas no seu último livro The Slaughter. Ele disse que oficiais demitidos do Partido Comunista Chinês, incluindo Bo Xilai e Wang Lijun, se envolveram neste crime, que ainda está em curso hoje.
Os membros do parlamento David Sweet, Nina Grewal, Gary Ralph Schellenberger e Judy Sgro também participaram da audiência.
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