(Minghui.org) O Conselho Escolar do Distrito de Toronto (TDSB), o maior conselho escolar do Canadá, decidiu rescindir o contrato com o Instituto Confúcio (IC) no final de outubro. Ele também decidiu devolver 225 mil dólares para a China e por fim ao problema que tem incomodado Toronto por cerca de meio ano.
"Há informações disponíveis publicamente afirmando claramente que as agências de contra-inteligência ocidentais identificaram os Institutos Confúcio como formas de agências de espionagem utilizados pelo governo [chinês] e empregados pelo governo [chinês]", afirmou Michel Juneau-Katsuya, ex-chefe do Serviço Canadense de Inteligência de Segurança para Ásia-Pacífico, durante seu discurso numa reunião do TDSB em 1 de outubro.
"Uma estratégia comum utilizada pelo Instituto Confúcio em muitos países ao longo dos anos foi a manipulação de pontos de vista políticos e comentários, por meio de infiltração política", disse o sr. Juneau-Katsuya ao Epoch Times no Canadá. Ele disse que os ICs também recrutam espiões para espionagem comercial nas aulas de idioma chinês em corporações ocidentais.
O conselho votou contra o Instituto Confúcio no mesmo dia. A decisão do conselho inteiro surgiu em 29 de outubro.
"Que alívio, que alívio! Fizemos a coisa certa", disse a administradora Irene Atkinson no final da reunião.
"[Uma vez que os administradores do TDSB entenderam] as conexões diretas entre os Institutos Confúcio e o Partido Comunista da China, acho que isso os deixou extremamente desconfortáveis", disse a administradora Pamela Gough.
"Eles ficaram muito desconfortáveis com a falta de liberdade de expressão por parte dos professores contratados que vinham da China", acrescentou sra. Gough.
Canadenses exigem o fim do programa Instituto Confúcio em frente ao Conselho Escolar do Distrito de Toronto
Canadenses exigem o fim da parceria com o Instituto Confúcio
Michel Juneau-Katsuya, ex-chefe do Serviço de Inteligência de Segurança Canadense para Ásia Pacífico, falou numa reunião do TDSB em 1 de outubro
Chris Bolton, ex-presidente do TDSB, iniciou a parceria com o IC. Os detalhes do contrato não foram divulgados para os administradores, de acordo com a sra. Gough.
Após a cerimônia de abertura do IC em 22 de maio, muitos pais e cidadãos em Toronto conheceram o contexto pró-Partido Comunista Chinês e sua infiltração ideológica nas comunidades. Mais de 1.000 pessoas assinaram uma carta-petição ao TDSB no prazo de duas semanas. Os curadores do TDSB também receberam muitas reclamações por telefone e por email.
Várias centenas de cidadãos protestaram em frente ao TDSB antes de sua reunião em 11 de junho. O conselho aprovou uma moção para suspender o IC. Chris Bolton renunciou dois dias depois. Mais de 400 pessoas protestaram antes de uma reunião geral do TDSB em 18 de junho.
Fang Li, Cônsul Geral Chinês pediu para a comunidade chinesa em Toronto "exercer os seus direitos" em 25 de outubro. No dia 29 de outubro, o dia da reunião do conselho TDSB, o Consulado Chinês em Toronto despachou vários ônibus para transportar chineses locais para protestar em frente ao TDSB e pediu pela "reintrodução" do IC após a eleição de novos administradores.
Zhang Weiqun, que ensinou chinês no distrito escolar de Toronto durante muitos anos, disse: "Os Institutos Confúcio promovem o Partido Comunista Chinês (PCC). Não tem nada a ver com Confúcio... Os comportamentos do diplomata chinês mostram o fato de que o PCC é o verdadeiro condutor do IC."
Ambas Universidade McMaster e a Universidade Sherbrooke do Canadá também encerraram suas parcerias com os institutos.
Nos Estados Unidos, a Universidade Estadual da Pensilvânia e a Universidade de Chicago encerraram suas parcerias com o programa controverso ao longo dos últimos meses e o corpo docente da Universidade Estadual Dickinson na Dakota do Norte votou contra a criação de um IC, apesar da aprovação anterior pelo Conselho da Educação Estadual.
O Instituto Confúcio Lyon, na França, também cessou operação no ano passado.
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