(Minghui.org) Um tempo atrás eu tive a seguinte atitude: contanto que eu não seguisse o mal e fosse capaz de tolerar o mal e seus maus efeitos, estava tudo bem. Contanto que eu estivesse reto, eu não precisava me preocupar com o mal. Esse entendimento limitado era refletido em ambos, meu próprio cultivo e meu entendimento do processo da retificação do Fa e da situação na China. Pensei que nós tínhamos apenas que reconhecer as forças do mal na China, saber que nós éramos retos, dizer a verdade, expor as ações demoníacas e que isso era suficiente. Eu aceitei a existência do mal com um coração tranquilo, pensando que isso era uma manifestação de Ren, mas não pude ver por detrás desta posição, minha própria atitude passiva e inadequada. Em meu coração, eu não pude aceitar completamente dar um passo adiante, para crer e acreditar que o mal deveria ser destruído e que ele não deveria existir. Encontrei-me também com muito carma de pensamento – eu pensei que era para testar a minha determinação e me dar uma chance de reforçar minha consciência principal. Eu aceitei o ataque do carma de pensamento conforme ele vinha, tentando manter o coração calmo para me separar desses maus pensamentos, sabendo que eles não eram eu mesmo, pensando que se eu me separasse deles, isso bastaria e o Mestre iria eliminá-lo. Mas ele continuava voltando sem cessar. Na verdade, eu tive a mesma atitude passiva perante o carma de pensamento como eu tive no meu entendimento da retificação do Fa. De alguma forma, eu temia que erradicar ativamente o mal fosse um ato de "agressividade" e não era de maneira alguma um ato compassivo. A partir da ideia de não querer prejudicar nenhum ser vivo, permaneceu o vestígio de uma falsa noção, onde querer destruir ativamente o carma e o mal em si não era um ato compassivo ou tolerante, pois eles eram também formas de vida em si. O Mestre Li diz em Explicando sobre o Fa (Essenciais para avanço adicional):

"Você também deve estar claro de que “natural” não existe e que há uma razão para a inevitabilidade. Na verdade, natural é uma palavra usada pelas pessoas comuns para se justificarem quando são incapazes de explicar os fenômenos do universo, da vida e da matéria. Elas não podem imaginar o que natureza é por si só. Sob a influência de tal noção, você pensa que todas essas tribulações são inevitáveis e que esta é justamente a maneira que são, portanto desenvolve uma atitude passiva e pessimista."

Graças às conversas com os outros, à leitura dos artigos no Minghui e os últimos artigos do Mestre Li, minha compreensão mudou. Minha mente agora é clara. Não é suficiente reconhecer o mal como mal e o reto como reto. Não é suficiente reconhecer que nós somos retos e nos mantermos separados do mal. Nós precisamos perceber que o mal não deve existir e nós precisamos fazer tudo em nosso poder para destruir o mal. Quando o carma de pensamento vem, ao invés de simplesmente tolerá-lo, sabendo que ele não é eu mesmo, esperando que o Mestre o remova como eu fazia antes, eu reúno, com meu coração, toda a força da minha determinação por destruí-lo, sabendo que não deve mais existir e que isso é a manifestação da minha própria natureza demoníaca que permite passivamente que isso exista.

Anteriormente, minha determinação para eliminar o mal foi reprimida por várias noções passivas e incorretas. Agora que não é mais reprimida, eu estou surpreso pela determinação absoluta e poder por detrás do meu desejo de erradicar o mal. À medida que minha determinação aumenta, minha mente torna-se sólida como um diamante e eu sinto que um simples movimento de minha mente pode rachar uma montanha ao meio. Entendo melhor agora a frase "ira dos deuses". Isto não é raiva humana, intolerância, nem vingança, etc. Isto é a reta e nobre eliminação de tudo que vai contra a característica do universo Zhen-Shan-Ren e não merece mais permanecer nele.

Essa mudança de entendimento se reflete na minha compreensão do atual processo de retificação do Fa e do nosso papel dentro dela. Nós não devemos permitir que as velhas noções passivas deixem brechas em nossas mentes e adotar uma atitude passiva ao exterior, permitindo assim ao mal continuar existindo. Observar o mal passivamente é aprová-lo e encorajá-lo também. Se nós esperamos que o mal seja necessário e que ele deve existir, pouco importa a desculpa, então ele existirá, tanto nas nossas mentes como no universo. Nós não somos somente responsáveis por nosso processo de cultivo, pela realização da nossa natureza Buda e pela eliminação da nossa natureza demoníaca; nós somos responsáveis por nossa parte na eliminação da natureza demoníaca do universo. Isso não é justamente o processo da retificação do Fa?

Nós deveríamos eliminar todas as forças demoníacas que se opõe ao Dafa, seja dentro ou fora de nós mesmos – não pelo bem do nosso próprio progresso no cultivo, mas sim pela compaixão por todos os seres.

27 de setembro de 2000


Comentário I

O entendimento é muito bom. Com respeito à manifestação do carma de pensamento, o dano que as forças do mal criaram para nós e nosso esclarecimento da verdade às pessoas, nós estamos eliminando ativamente os demônios ao invés de aceitá-los ou aguentá-los passivamente; mas nossos pensamentos e ações precisam ser benevolentes.

Li Hongzhi
5 de outubro de 2000