(Minghui.org) De acordo com um artigo do New York Times, o presidente da The Transplantation Society (TTS), uma organização de transplante não-governamental global com sede em Montreal, contra-argumentou nesta sexta-feira a afirmativa chinesa de que o sistema de transplante da China é apoiado pelo mundo.
Durante o 26º Congresso Internacional da Sociedade de Transplantes em Hong Kong, o jornal chinês estatal Global Times, relatou: "Os estudiosos dizem que esta reunião chinesa especial de transplante de órgãos mostrou que o transplante de órgãos da China foi realmente aceito pela Sociedade de Transplantes".
No entanto, o Dr. Philip J. O'Connell, presidente da TTS, que organizou a reunião em Hong Kong, disse numa conferência de imprensa que "ele havia dito aos palestrantes chineses na sessão de quinta-feira que a prática de décadas do país deles, de usar o órgãos de prisioneiros executados, havia horrorizado o resto do mundo", de acordo com o artigo do New York Times “Chinese Claim That World Accepts Its Organ Transplant System Is Rebutted” (A afirmação dos chineses, de que o mundo aceita o seu sistema de transplante de órgãos, é refutada).
Durante a última década, várias investigações independentes forneceram evidências convincentes de que o aumento excessivo em cirurgias de transplante da China é construído sobre a extração forçado de órgãos de prisioneiros de consciência, a maioria dos quais são praticantes do Falun Gong.
O New York Times relatou:
"‘É importante que se entenda que a comunidade global está consternada com as práticas a que os chineses aderiram no passado', foi o que Dr. O'Connell disse aos chineses.”
“Relatando aos repórteres na sexta-feira, o Dr. O'Connell disse que ‘ninguém poderia interpretar’ o que ele disse para os representantes chineses no sentido de que o seu sistema foi "verdadeiramente aceito pela Sociedade de Transplantes”.
"‘Assim eles podem dizer isso, mas não é essa a verdade’, acrescentou.”
O ex-presidente da The Transplantation Society, Dr. Jeremy Chapman, disse que um paper apresentado na conferência pode ter violado as regras da sociedade, de não utilizar órgãos de prisioneiros executados na pesquisa.
De acordo com o artigo do New York Times, o autor do artigo é Zheng Shusen, um cirurgião de transplante na Universidade de Zhejiang, China.
O Dr. Chapman disse que ele pediu que os representantes do governo chinês na reunião investigassem este caso.
Se for verificado que os autores violaram a regra, o Dr. Chapman disse: "Em seguida, eles serão advertidos e envergonhados, e serão excluídos de nossas reuniões para sempre – e das publicações em journals transplante".
Zheng Shusen, de 66 anos, é um dos mais experientes cirurgiões de transplante de fígado na China. De acordo com a publicação estatal de mídia, Guangmingwang, e da Associação Chinesa para Ciência e Tecnologia, Zheng realizou 1.850 transplantes de fígado até março de 2016.
Captura de tela da entrevista de Zheng Shusen pela Guangmingwang, no qual Zheng disse que realizou 1.850 transplantes de fígado.
De acordo com um artigo publicado no Zhongxinwang, outra mídia controlada pelo Estado chinês, em 10 de janeiro de 2016, Zheng está liderando uma equipe de várias centenas de funcionários no Primeiro Hospital Filiado à Universidade da Escola Médica de Zhejiang, que é capaz de realizar 200 transplantes de fígado anualmente.
Vale ressaltar que Zheng é o presidente da Associação Anti-Culto na província de Zhejiang. Uma das principais funções desta associação estatal nas últimas duas décadas tem sido a de ajudar a perseguição ao Falun Gong. Zheng tem estado ativamente envolvido em caluniar e difamar o Falun Gong. Ele era o editor-chefe de um livro, publicado em 2009, que difama o Falun Gong.
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Categoria: Extração de órgãos