(Minghui.org) Em 17 de junho de 2019, um tribunal popular independente em Londres, estabelecido para investigar a extração forçada de órgãos de prisioneiros de consciência na China, anunciou suas descobertas. O tribunal concluiu que o Partido Comunista Chinês (PCC) tem extraído órgãos de praticantes vivos do Falun Gong na China por muitos anos, e que esta brutalidade ainda continua hoje.

Muitas agências de notícias cobriram o julgamento final do tribunal em 17 de junho, incluindo o Reuters, The Guardian, Newsweek, Forbes, ABC Radio Austrália e The Globe and Mail.

Reconstituição em 2018 em Viena, na Áustria, para demonstrar a extração forçada de órgãos realizada pelo Partido Comunista Chinês dos praticantes do Falun Gong na China.

Reuters: A China está extraindo órgãos de membros do Falun Gong

“A China está assassinando membros do grupo espiritual Falun Gong e extraindo seus órgãos para transplantes, de acordo com um tribunal de advogados e especialistas, realizado na segunda-feira, enquanto incentivam mais investigações sobre um possível genocídio”, escreveu Sonia Elks da Reuters em sua reportagem em 17 de junho.

O artigo explica que a conclusão foi baseada no julgamento final do Tribunal da China, cujas investigações confirmaram que a extração forçada de órgãos está em andamento há pelo menos 20 anos na China.

Elks escreveu que, embora Pequim tenha repetidamente negado essas acusações, os peritos integrantes do tribunal encontraram provas de que esses crimes ainda continuam e que os praticantes do Falun Gong são provavelmente a principal fonte desses órgãos.

“A conclusão mostra que muitas pessoas morreram indescritivelmente sem razão”, disse o presidente do tribunal, Sir Geoffrey Nice, segundo a reportagem da Reuters.

O Tribunal da China foi criado pela Coalizão Internacional para Acabar com o Abuso de Transplantes na China (ICETA). Em 17 de junho, o tribunal de sete membros disse em seu julgamento final que essas más práticas ocorreram em larga escala e são indicativas de genocídio. “Crimes contra a humanidade e tortura foram cometidos contra o Falun Gong e os Uigures”, escreveu Elk em sua reportagem para a Reuters.

Jennifer Zeng, uma praticante do Falun Gong, testemunhou no tribunal que ela foi submetida a exames de sangue e exames médicos enquanto esteve detida. Ela espera que as descobertas do tribunal desencadeiem ações para impedir os assassinatos.

Newsweek: prisioneiros chineses são mortos para extração dos seus órgãos

O Newsweek informou em 17 de junho: “Prisioneiros na China ainda estão sendo mortos [para a extração dos] seus órgãos, concluiu um tribunal independente na segunda-feira”. A autora da reportagem, Katherine Hignett, escreveu que os praticantes do Falun Gong são provavelmente a principal fonte desses órgãos. Além disso, não há evidências de que a prática tenha cessado.

“Com base em múltiplas fontes de informação, foi alegado que os prisioneiros de consciência foram mortos ‘por demanda’ para fins de extração e uso de seus órgãos para cirurgias de transplante lucrativas”, afirmou a reportagem, citando o site do tribunal.

O artigo da Newsweek também citou Jennifer Zeng, que disse ao tribunal que, enquanto estava detida, ela e outros praticantes passaram por extensos exames físicos, incluindo raios-X e exames de sangue.

“Quando alguém desaparecia do campo de trabalho forçado, eu supunha que [essa pessoa] tivesse sido libertada e havia ido para casa…. mas na realidade isso não pode ser confirmado, porque eu não tinha como rastrear outros depois da minha libertação e agora temo que eles possam ter sido levados para um hospital e tiveram seus órgãos removidos sem consentimento e, portanto, foram mortos no processo.”

The Guardian: China está extraindo órgãos de prisioneiros

O The Guardian informou que o Tribunal da China foi presidido por Sir Geoffrey Nice QC, promotor do tribunal criminal internacional da ex-Iugoslávia. Em uma decisão unânime, o tribunal anunciou que estava “certo de que o Falun Gong era uma fonte – provavelmente a principal fonte – de órgãos para a extração forçada de órgãos”.

“A conclusão mostra que muitas pessoas morreram indescritivelmente sem razão, que mais podem sofrer de forma semelhante e que todos nós vivemos em um planeta onde a extrema maldade pode ser encontrada no poder daqueles que, por enquanto, administram um país com uma das civilizações mais antigas conhecidas pelo homem moderno”, disse Nice, segundo a reportagem.

A matéria afirma que o tribunal coletou evidências de especialistas médicos, investigadores de direitos humanos e outros, e que os tempos de espera para transplante na China são de apenas algumas semanas. Quando os investigadores ligaram para hospitais na China, disseram-lhes que as fontes de alguns órgãos eram praticantes do Falun Gong.

Forbes: Veredito sobre a extração de órgãos na China

A Forbes informou que um resumo de 60 páginas foi divulgado como julgamento final pelo Tribunal Independente de Extração de Órgãos Forçados de Prisioneiros de Consciência na China (o Tribunal da China).

“Ao analisar o crime de genocídio, o Tribunal da China reconheceu que o Falun Gong e os Uigures eram grupos especificamente visados e que as atrocidades perpetradas se enquadram no conteúdo do Artigo II da Convenção das Nações Unidas sobre a Prevenção e Punição do Crime de Genocídio.

Além disso, o artigo dizia que o Tribunal da China havia descoberto que haviam sido cometidos crimes contra a humanidade, conforme definido no artigo 7 do Estatuto de Roma. Isto incluiu: “assassinato; extermínio; prisão ou outras privações severas de liberdade física em violação às regras fundamentais do direito internacional; tortura; violação ou qualquer outra forma de violência sexual de gravidade comparável; perseguição por motivos raciais, nacionais, étnicos, culturais ou religiosos universalmente reconhecidos como inadmissíveis pelo direito internacional; e desaparecimento forçado”.

Durante uma discussão na Câmara dos Comuns do Reino Unido, a parlamentar Fiona Bruce exigiu ação do governo do Reino Unido. A reportagem da Forbes disse que ela pediu ao Conselho de Direitos Humanos da ONU para promulgar resoluções para estabelecer “em primeiro lugar, um relator especial da ONU sobre a situação dos direitos humanos na China e, em segundo lugar, uma comissão de inquérito para investigar as violações sistemáticas, generalizadas e graves dos direitos humanos na China.”