(Minghui.org) De acordo com informações coletadas pelo Minghui.org, o mês de março de 2019 registrou 245 casos de praticantes do Falun Gong presos e outros 162 perseguidos na China por se recusarem a renunciar à sua crença.

O Falun Gong, também conhecido como Falun Dafa, é uma prática integrada para aprimoramento de mente e corpo baseada nos princípios Verdade-Compaixão-Tolerância que tem sido perseguida pelo regime comunista chinês desde julho de 1999.

Entre os praticantes perseguidos em março de 2019, 107 tiveram suas casas saqueadas e 145 permanecem detidos no momento desta reportagem.

Com a estrita censura da informação na China, os casos de perseguição nem sempre podem ser relatados em tempo hábil, nem todas as informações estão prontamente disponíveis.

Os praticantes detidos são provenientes de 24 províncias e municípios controlados centralmente. Dez das regiões relataram prisões de dois dígitos, com a província de Shandong sendo a origem da maioria dos praticantes presos (30), seguido por 28 presos em Pequim.

Número de praticantes detidos e assediados em março de 2019

36 dos praticantes alvo em março de 2019 tinham 65 anos ou mais. Entre eles, dez praticantes foram assediados, sendo o mais velho de 83 anos de idade.

Número de praticantes idosos de Falun Gong detidos e assediados em março de 2019

Podemos ignorar criminosos, mas devemos prender aqueles que praticam o Falun Gong

Em 11 de março, o Minghui.org informou que três policiais da Delegacia de Polícia do Distrito de Gurao, na província de Shandong, foram à casa da Sra. Ma Yilun para prendê-la. Quando sua família se recusou a abrir a porta, a polícia ameaçou prender Sra. Ma e mandá-la para um centro de lavagem cerebral.

Sua família exigiu saber o motivo de sua prisão e argumentou que a polícia deveria prender criminosos em seu lugar.

"Podemos ignorar os criminosos, mas devemos prender aqueles que praticam o Falun Gong", disse o chefe da delegacia de polícia.

Sra. Ma é uma mãe jovem conhecida por sua gentileza. Como ela se recusou a renunciar à sua fé, ela foi presa antes do Ano Novo de 2019 e detida por 15 dias.

Homem de Pequim é preso novamente após recente libertação da prisão

Na manhã de 7 de março, a polícia de Pequim e a Agência 610 começaram a monitorar Sun Fuyi, de 70 anos, e sua esposa, Sra. Xu Junming, quando eles foram para sua cidade natal, em Jiuduhezhen, do condado de Huairou, em Pequim. Os policiais estavam monitorando as atividades do Sr. Sun durante o Congresso Nacional do Povo. Ele foi preso à tarde e detido no Centro de Detenção Huairou.

 Sr. Sun Fuyi

Após a prisão, vários policiais saquearam a casa do Sr. Sun em Jiuduhezhen e confiscaram livros do Falun Gong, materiais relacionados e outros itens pessoais.

Esta não é a primeira vez que o Sr. Sun foi preso por sua crença. Ele tinha acabado de cumprir três anos de prisão e liberado em 10 de janeiro de 2019.

Logo após a prisão de Sun, Sra. Xu foi presa no mesmo dia e levada para o Centro de Detenção de Quanhe. No dia seguinte, a Sra. Xu foi enviada ao Centro de Detenção de Huairou para um exame físico, mas o centro se recusou a aceitá-la devido à pressão alta. Durante o interrogatório, ela se recusou a assinar uma declaração de garantia para renunciar ao Falun Gong e disse à polícia como o Falun Gong havia lhe dado uma segunda vida. A Sra. Xu foi mandada de volta para casa à meia-noite.

Havendo levado choque com seis bastões elétricos de 150.000 volts, cidadão de Chanchun enfrenta julgamento

O Sr. Mu Junkai, de 49 anos, um praticante do Falun Gong na cidade de Changchun, província de Jilin, foi preso pela primeira vez em 7 de setembro de 2018, depois de ser monitorado pela polícia por algum tempo. A polícia saqueou sua casa e o armazém de seus negócios familiares. Muitos de seus pertences pessoais e propriedades comerciais foram confiscados.

Sr. Mu Junkai

Enquanto estava sob custódia policial no Centro de Detenção nº 1 de Changchun,Sr. Mu foi espancado na cabeça e no rosto e também foi maltratado durante um exame físico no hospital. Um policial o algemou com tanta força que seus pulsos ficaram inchados.

Ele foi libertado sob fiança em 30 de setembro devido a evidências insuficientes.

No final de fevereiro de 2019, Mu saiu da cidade a negócios após obter a aprovação da procuradoria. No entanto, ele foi preso e levado de volta em custódia no Centro de Detenção nº 1 de Changchun em 20 de março, quando ele retornou. Foi-lhe dito pelo promotor que eles estavam tentando encerrar seu caso e movê-lo para julgamento.

Mulher de Heilongjiang sustenta danos cerebrais e problemas cardíacos após ser espancada pela polícia

A Sra. Zhang Liping, 56, foi presa junto com outra praticante, a Sra. Tong Guixiang, 75, em um mercado local na cidade de Qitaihe, província de Heilongjiang, em 11 de março de 2019, depois de ser denunciada à polícia por distribuir folhetos contendo informações sobre o FalunGong.

Durante o interrogatório, a Sra. Zhang disse que praticar o Falun Gong é legal, mas a polícia disse a ela que era seu trabalho perseguir os praticantes do Falun Gong.

Quando a Sra. Zhang se recusou a revelar seu nome e endereço, um oficial agarrou seu cabelo e tentou tirar uma foto dela. Outro oficial comentou que não importava como eles torturaram os praticantes do Falun Gong, desde que não os torturassem até a morte na delegacia.

A Sra. Zhang foi algemada a uma cadeira de metal naquela tarde, mas ela continuou a pedir aos policiais que parassem de participar da perseguição. Um oficial apertou suas algemas em retaliação.

À noite, a polícia ordenou que Sra. Zhang pressionasse suas impressões digitais em um scanner de impressões digitais, mas ela recusou. Os oficiais, em seguida, bateram a mão dela contra a máquina antes de tentar abrir os punhos para obter suas impressões digitais, causando-lhe dificuldades para respirar e falar. Ela quase desmaiou.

Em seguida, seis policiais levaram-na para um banheiro para forçá-la a fornecer uma amostra de urina. Ela foi espancada quando se recusou a assinar o formulário de consentimento para o exame de urina. Posteriormente, a Sra. Zhang foi arrastada para uma cela e solicitada a assinar um documento. Em vez disso, ela escreveu uma declaração afirmando que a Constituição permite a liberdade religiosa. Antes que ela pudesse completar sua declaração, a polícia levou o documento embora.

À meia-noite, quando estava nevando, a polícia levou a Sra. Zhang vestindo roupas finas para um hospital para um exame físico. Eles lhe deram um tapa no rosto e bateram nela quando ela se recusou a cooperar. A polícia a alimentou forçadamentecom drogas desconhecidas quando descobriu que sua pressão arterial estava alta.

Ela foi levada para um centro de detenção. Um oficial levou-a para a cela, pois ela estava fraca demais para andar e instruiu os presos a espancá-la.

Em 15 de março, a Sra. Zhang foi liberada depois que sua pressão sanguínea subiu para 260 mmHg. Embora tivesse voltado para casa, ainda tinha hematomas e inchaço no rosto. Ela também tinha dificuldade em sentar e levantar, devido ao seu quadril e pernas estaremferidos.

Estudante universitário preso por falar com professor universitário sobre o Falun Gong

Wang Yuanyuan, 20 anos, é atualmente estudante da Universidade de Artes e Ciências de Hubei. Em 29 de março de 2019, ela contou a seu professor sobre o Falun Gong e deu um livreto contendo informações sobre a prática. O professor recusou-se a aceitá-lo e a denunciou ao conselheiro da escola.

Naquele dia, o conselheiro falou duas vezes com ela. Durante a segunda conversa, o conselheiro e outra secretária pediram que ela contasse a origem dos materiais e os entregasse a eles. O conselheiro expressou que ele não iria levá-la em apuros e permitiu-lhe sair por volta das 9 da tarde.

A Sra. Wang estava inacessível na noite de 30 de março. Quando seu conselheiro foi contatado, ele disse que a Sra. Wang havia violado as regras da escola e, portanto, foi presa e enviada para um centro de detenção local.

Mulher de Xangai é acusada de realizar conscientização pública sobre a perseguição

A Sra. Jiang Yuying, de 58 anos, foi presa em 7 de março de 2019 e teve sua casa saqueada depois de ser denunciada por escrever mensagens em papel-moeda sobre a perseguição ao Falun Gong.

Sua prisão foi aprovada em 21 de março e agora ela enfrenta acusação por sua crença.

Esta não é a primeira vez que Sra. Jiang foi presa. Em 12 de abril de 2012, ela foi condenada a três anos com três anos de liberdade condicional por se recusar a renunciar à sua fé.

Homen da Mongólia Interior é preso; esposa está desaparecida

Na manhã de 29 de março de 2019, o Sr. Wu Jinggang da cidade de Chifeng, na interior de Mongólia , estava em casa com sua mãe quando os oficiais da comissão local invadiram a resdência e os prenderam. A casa, que o Sr. Wu e sua esposa alugaram da irmã de sua esposa, foi saqueada e muitos itens pessoais e dinheiro foram confiscados.

Mais tarde, a polícia disse à irmã do Sr. Wu para levar a mãe de volta para casa enquanto o Sr. Wu permanecia detido no Centro de Detenção de Zuoqi. Enquanto isso, a família perdeu contato com a esposa de Wu, a Sra. Zhao Chunhua, que não estava em casa durante o ataque.

Alguns dias depois, no dia 2 de abril, a filha do Sr. Wu foi ao comitê do município para pedir o retorno dos 12 mil yuanes em dinheiro confiscados durante a prisão de seu pai. Ela foi informada de que o dinheiro estava com o governo local. No entanto, quando os funcionários do governo local chamaram a polícia, foram informados de que o dinheiro havia sido confiscado e não seria devolvido.

Mulher de Chongqing enviada para centro de lavagem cerebral

A Sra. Huang Zhongying, 76, de Chongqing, foi presa em 3 de março ao distribuir materiais contendo informações sobre o Falun Gong. Ela só foi libertada à meia-noite depois que a polícia tirou sua foto, impressões digitais e uma amostra do sangue dela.

No entanto, no dia seguinte, ela foi presa novamente em sua casa e enviada para o centro de lavagem cerebral local, onde foi forçada a assistir a vídeos que difamavam o Falun Gong. Cerca de sete a oito pessoas a cercariam todos os dias para tentar forçá-la a assinar uma declaração para renunciar à sua fé.

Sra. Huang, desde então, voltou para casa.

Agência 610 de Hebei usou programa de bem-estar para assediar praticantes

Desde 31 de março de 2019, a Agência 610 da província de Hebei ordenou que a polícia assediasse muitos praticantes no condado de Yishui. A Agência 610 usou como desculpa de realizar o controle do bem-estar para visitar os praticantes locais e coletar informações sobre os membros de sua família.

Na época deste relatório, mais de uma dúzia de praticantes de Yishui haviam sido presos.

Ex-pesquisadora da Marinha é monitorada durante o Congresso Nacional do Povo

A Sra. Dong Xiangru, 74 anos, ex-pesquisadora veterana do Departamento de Pesca Marinha da província de Zhejiang, foi condenada a dois anos e meio de prisão em outubro de 2018 por se recusar a renunciar à sua crença. Devido à sua saúde fraca, ela está atualmente em prisão domiciliar. As autoridades locais repetidamente a assediava em sua casa. Durante o Congresso Nacional do Povo do regime comunista, de 5 a 15 de março de 2019, a polícia e a comissão do comitê residencial a monitoraram todos os dias e a seguiram aonde quer que ela fosse.

Como ela se recusou a desistir de praticar o Falun Gong, ela recebeu uma notificação verbal de seu ex-empregador de que sua pensão seria suspensa a partir de março de 2019.

Mãe idosa de cidadão de Jiangxi é assediada durante o Congresso Nacional do Povo

Desde que a perseguição ao Falun Gong começou em julho de 1999, o Sr. Yang Dexin da cidade de Yichun, na província de Jiangxi, foi repetidamente detido e preso por se recusar a renunciar à sua fé. Em 2017, ele saiu de casa para evitar ser perseguido novamente depois de ter sido libertado após um ano e meio de prisão.

Com o Sr. Yang morando longe de casa, os policiais foram à sua casa para assediar sua mãe e seu irmão idosos. A polícia assediou sua família novamente durante o Congresso Nacional do Povo e perguntou a sua mãe por seu paradeiro e se ele estava em contato com sua família. Antes de sair, a polícia disse à mãe que lhe dissesse para visitar a delegacia, caso ele voltasse para casa.

Polícia à paisana invade casa para forçar a mulher a assinar documento

Em 22 de março de 2019, quatro policiais à paisana da cidade de Qingdao, província de Shandong, foram à casa da Sra. Wang Xiuyun e exigiram que ela abrisse a porta. Wang foi libertada sob fiança de 2 de setembro de 2017 a setembro de 2018, antes de ser colocada em vigilância residencial por meio ano.

Quando a Sra. Wang se recusou a obedecer, a polícia chamou um serralheiro para abrir a porta. Eles saíram depois de invadir sua casa para forçá-la a assinar um documento.

Casal de Jinan detido brevemente na estação ferroviária de alta velocidade de Xangai

O Sr. Yu Yaou e sua esposa, a Sra. Li Shanshan, viajaram para Xangai em meados de março de 2019 para participar de uma exposição de comércio exterior, enquanto Li representava sua empresa. Eles foram monitorados. Depois da exposição em 21 de março, eles planejavam embarcar no trem de alta velocidade para deixar Xangai quando a polícia pediu para verificar sua identidade e bagagem.

Eles se recusaram e disseram à polícia que é ilegal perseguir o Falun Gong. A polícia tentou arrastar o casal para longe, o que logo atraiu a atenção dos espectadores da estação.

Depois que o casal foi levado a um escritório, um policial pegou um pedaço de papel e disse à Sra. Li que ela estava espalhando informações sobre o Falun Gong no Minghui.org, quando na verdade, foi um relatório publicado em 20 de março de 2019. , sobre a perseguição que o casal experimentou entre maio e junho de 2018.

O casal disse à polícia que não há lei na China que criminalize o Falun Gong. Eles foram posteriormente liberados na tarde daquele dia e deixaram Xangai.

Antes da perseguição em 2018, o Sr. Yu, então estudante de doutorado, foi preso e detido em março de 2015. Ele havia apresentado sua tese de doutorado com o parágrafo de abertura expressando sua gratidão ao Falun Gong por lhe dar a força para escrever sua tese.

Relatórios relacionados:

Relatório do Minghui: 101 praticantes do Falun Gong presos em fevereiro de 2019

Relatório do Minghui: 181 praticantes do Falun Gong presos em janeiro de 2019

Relatório do Minghui: Cerca de 9.000 praticantes do Falun Gong foram presos ou assediados em 2018 por se recusarem a desistir de sua crença

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