(Minghui.org) [Ouça esta experiência]

Eu não tinha muitos passatempos quando era jovem, mas gostava de ajudar aqueles que sofriam intimidação, então muitas vezes acabei brigando com os outros. Depois de crescer, tornei-me um policial armado e atuei em outro emprego ao me aposentar.

Eu me dava bem com gângsteres e tinha muitos maus hábitos, incluindo fumar e beber. Juntamente com o meu mau humor e impaciência, fui considerado um criador de problemas tanto no trabalho como na minha família.

No meu coração, no entanto, acreditava em Budas. Às vezes olhava para o céu, imaginando onde ficava meu verdadeiro lar. Quando era jovem, muitas vezes via um Buda em pé não muito longe de mim. Todas essas experiências me fizeram ansiar por ser um monge.

1. Influenciado pelo Dafa

Eu ouvi falar do Falun Dafa em março de 1999, aos 31 anos, depois de haver sido exposto à corrupção praticada pelo Partido Comunista Chinês (PCC). Meus pensamentos se concentraram em entrar em um templo.

O colega de trabalho que apresentou o Falun Dafa para mim me conhecia muito bem. Ele disse uma vez aos praticantes: “Ele é uma forte influência demoníaca. Esta pode ser a única chance de ele conhecer o Dafa”.

Concordei em assistir à palestra em vídeo do Mestre. Vendo os gestos de mão do Mestre Li Hongzhi no início do vídeo, de repente entendi tudo e sabia que ele era um verdadeiro Buda. Eu pedi uma cópia do Zhuan Falun, o principal livro do Falun Dafa, e comecei a lê-lo das 10h às 14h do outro dia. Depois de ler o Zhuan Falun, aprendi que esse qigong era uma prática de cultivo. Quando li que os praticantes do Falun Dafa seguem a Verdade-Compaixão-Tolerância, pensei que poderia aceitar seus princípios.

Eu me tornei um praticante do Falun Dafa. Sorria todos os dias e estava muito feliz. Como não conseguia me sentar com as pernas cruzadas, pedi a outros que empurrassem para baixo as minhas pernas. Levei um mês para conseguir meditar com as duas pernas cruzadas. Todos os meus maus hábitos desapareceram. Os funcionários do meu local de trabalho ficaram surpresos por ter me transformado em uma boa pessoa.

Muitos praticantes e eu fomos a Pequim em 25 de abril de 1999, para um apelo pacífico. Ao retornar à nossa cidade natal, esclarecemos a verdade sobre o Dafa para as pessoas em muitos lugares.

Eu também aprendi a melhorar meu caráter. Um dia, quando andava de bicicleta, fui atropelado por um carro e a minha bicicleta ficou inutilizada. Se não fosse um praticante, teria brigado com o motorista. Como era praticante, considerei isso uma oportunidade de praticar tolerância e melhorar o meu caráter.

2. Início da perseguição

Após o início da perseguição em 20 de julho de 1999, muitos praticantes e eu fomos à capital provincial para apelar pelo direito de praticar o Dafa. Os policiais nos arrastaram para um ônibus e nos levaram para uma delegacia de polícia onde nos ordenaram a dar informações sobre nós mesmos. Recusei-me a fazê-lo e fui para casa.

Quando fui ao local de prática dos exercícios em grupo no dia seguinte, havia apenas alguns praticantes. Então, decidi visitar outros locais de prática dos exercícios em grupo e conheci alguns praticantes. Percebemos que o grupo de estudo do Fa e os exercícios em grupo não deveriam parar. Então ouvi que alguns praticantes haviam entregado seus livros do Dafa e assinado declarações de garantias escritas que difamavam o Dafa.

Havia muitos policiais à paisana perto dos locais de prática dos exercícios em grupo. Muitos praticantes estavam hesitantes e não sabiam o que fazer. Compartilhei minha compreensão: o Mestre nos ensinou a ser compassivos e a nos tornarmos pessoas melhores. Não há nada de errado com isso. Nós não podemos entregar nossos livros ou difamar o Dafa.

Alguns praticantes e eu fomos a Pequim apelar por justiça para o Dafa. Antes da viagem, vi o Mestre de pé em um kasaya branco com uma palma levantada. Ele também me deu dicas para ler os poemas do Hong Yin (como “Assistir o Fa”, “Poder benevolente”, “Nada mantido”) e artigos em Essenciais para Avanço Adicional.

Depois de chegar a Pequim, ouvimos dizer que Jiang Zemin, ex-líder do regime comunista, disse à imprensa internacional que 99% dos praticantes pararam de praticar depois que ele proibiu o Falun Dafa. Para refutar as mentiras, recolhemos muitas assinaturas dos praticantes e as encaminhamos às Nações Unidas. Mais de 60 praticantes e eu erguemos uma faixa na Praça da Paz Celestial. Fui preso e levado para o Centro de Detenção de Chaoyang. Depois fui detido em um centro de detenção local por 27 dias.

Ao ouvir que os praticantes da província de Anhui tinham que caminhar até Pequim porque não podiam pagar a viagem, comprei comida para eles. Policiais então cercaram a montanha para nos procurar. Eles me levaram para a Delegacia de Polícia de Chongwenmen, mas consegui escapar.

3. Torturado brutalmente

A polícia prendeu minha esposa, eu e vários praticantes em novembro de 2000 e nos deteve por 19 meses. Eu sofri tortura durante esse período.

Guardas amarraram minhas mãos e pés em uma cadeira de ferro em 19 de janeiro de 2001. Eles também pressionaram uma barra de metal contra a minha barriga e fecharam ambas as extremidades. Depois de jantar, alguns guardas me torturaram. Dois deles soltaram meus pulsos, puxaram-nos pelas minhas costas, os algemaram novamente, prenderam uma corda de náilon e puxaram-nos para cima e para baixo. Eles expuseram minhas costas e um guarda me deu choques com um bastão elétrico, do pescoço à cintura, para frente e para trás, repetidamente. Eu senti uma dor excruciante.

Fiquei suando depois de alguns minutos, mas me recusei a responder a qualquer pergunta. Um guarda disse aos outros que me tratassem ainda mais severamente. Um guarda continuava a empurrar meus braços, enquanto outros jogavam água fria nas minhas costas enquanto me davam choques com os bastões elétricos. Depois de um tempo, perdi a consciência. Eles despejaram água fria em mim e recuperei a consciência.

Os guardas amarraram-me firmemente com uma corda. Quando fizeram isso pela terceira vez, os guardas puxaram com mais força, esticando meu braço das costas até a cabeça, quase tocando minhas coxas. Ao mesmo tempo, dois guardas pressionaram com força as correntes que estavam amarradas ao redor dos meus pés. Eu perdi a consciência mais uma vez. Depois de recuperar a consciência, descobri que eles haviam derramado água fria sobre mim e meu braço ficou roxo. Os guardas desceram para tomar banho.

Depois de um intervalo, os guardas me torturaram ainda mais brutalmente. Eles deram choque no meu pescoço e nas minhas partes íntimas com os bastões elétricos. Eles também inseriram o bastão na minha boca para me dar mais choques. Isso continuou por várias rodadas e os oficiais queriam que eu admitisse o que eles diziam que os outros praticantes haviam falado, para que pudessem condenar todos nós.

A tortura durou cerca de 30 horas. Depois de voltar para a cela, dormi três dias e duas noites seguidas. Eu tive fraturas nas minhas costelas e no pé esquerdo. Tive dificuldade para respirar e minha pressão sanguínea estava instável. Meus braços e pernas estavam roxos devido aos hematomas.

Outros praticantes também foram torturados e interrogados naquela noite. Os métodos incluíam ser amarrados a uma cadeira de ferro, terem seus pés acorrentados, sentar no banco de tigre, ter os braços alongados nas costas sobre a cabeça, derramar água fria nas costas e ser submetido a choques com bastões elétricos. Houve um praticante cuja barriga foi rasgada por um guarda com uma haste de metal.

Um guarda disse que ele tinha outro método de tortura. Se alguém se recusasse a admitir culpa, o guarda quebraria uma garrafa de cerveja e colocaria o restante com as bordas afiadas no ânus daquela pessoa. Ele aplicou isso a um praticante mais tarde. O praticante gritou de dor, mas não confessou nada a ele.

4. Prisão

O tribunal local marcou uma audiência para mim e 12 praticantes no outono de 2001. Cerca de 1.000 praticantes ficaram do lado de fora da sala do tribunal para protestar. A audiência foi cancelada.

A segunda audiência foi marcada para 6 de março de 2002. Funcionários do tribunal local e da procuradoria estavam presentes. Testemunhei que o Falun Dafa ajudou-me a me tornar uma pessoa melhor, mas fui torturado por minha crença. Durante o recesso, os guardas me espancaram e me aplicaram choques com bastões elétricos para me impedir de testemunhar.

Na terceira audiência de 8 de março de 2002, fui sentenciado a 13 anos de prisão.

Quatro presos foram designados para me monitorar o tempo todo. Eu disse aos guardas que eles estavam violando meus direitos humanos. Como não fiz nada de errado, não havia razão para sermos presos e vigiados por criminosos. Os guardas não tinham resposta para isso e mandaram os detentos pararem. Mais praticantes foram presos e expusemos a tortura. Um instrutor político na prisão parou de perseguir os praticantes depois de nos ouvir.

Quando os funcionários da prisão descobriram que estávamos estudando o Fa, eles nos torturaram. Um praticante foi colocado em um leito de morte com seus quatro membros estendidos em todas as direções. Outro praticante teve suas partes íntimas apertadas com força. Depois que um praticante perdeu a vida como resultado de tortura, todos nós protestamos. Por causa disso, vários praticantes e eu fomos transferidos para outra prisão em 23 de fevereiro de 2003.

5. Recusamos a nos render

Quando cheguei à nova prisão, visitas familiares eram permitidas. Os guardas intensificaram a perseguição e pediram aos praticantes “transformados” que fizessem “lavagem cerebral” em nós. Não falei com eles nem escrevi uma declaração de renúncia ao Dafa.

Depois de voltar para a cela, pensei na tortura vivida por esses ex-praticantes. Eles não suportaram a tortura e ajudaram os guardas a “transformarem” outros praticantes. Para ajudar os praticantes a permanecerem determinados, eu fui para o corredor e gritei: Falun Dafa hao!” Um guarda me chutou e fui enviado para uma solitária. Ninguém tinha permissão para falar comigo ou até mesmo de olhar para mim. Visitas familiares foram proibidas.

Um praticante foi espancado com um cinto. Ele gritou: "Mestre, por favor, me ajude!" O guarda imediatamente parou de bater nele e disse aos presos para tratá-lo bem. Os detentos perguntavam a esse praticante todos os dias sobre o Falun Dafa e conseguiram uma cópia dos Nove Comentários sobre o Partido Comunista.

Então eu ouvi dizer que, depois que um funcionário da Agência 6-10 foi a Pequim para relatar as realizações da prisão, ele voltou com uma ordem de Luo Gan, secretário da Comissão Central de Assuntos Políticos e Jurídicos (CAPL). Luo Gan instruiu a prisão a intensificar a tortura contra alguns praticantes, incluindo eu e dois outros praticantes determinados. Não haveria consequências, mesmo se fôssemos torturados até a morte, dizia a ordem.

Eu conhecia um dos praticantes da lista muito bem. Em dias gelados, guardas derramaram água fria e salgada sobre ele e o deixaram ao ar livre por um longo tempo quase nu. Depois que sua pele foi queimada por choques elétricos, os guardas a cobriram com papel e o retiravam depois que secava para aumentar a dor. Ele foi acorrentado a uma cama por um longo tempo. Ainda assim, ele não esqueceu de esclarecer sobre o Dafa. Um preso que o acompanhou renunciou ao partido.

Por se recusar a escrever declarações que difamassem o Dafa, este praticante levou choques com oito bastões elétricos simultaneamente. Vendo as costas do praticante toda queimada, eu gritei: “Falun Dafa hao!” Os guardas ouviram e pediram aos presos para me baterem. Eles me chutaram no rosto, quebrando um dente.

6. Incentivo do Mestre

Alguns funcionários tiraram meus direitos a visitas familiares. Minha esposa me procurou em todos os lugares e depois foi autorizada a me ver. Ela vinha de trem todo mês e me incentivava. O tempo passou rapidamente e nosso filho recém-nascido logo estava na escola. Minha esposa aprendera a ser independente, cuidando de si mesma e do nosso filho. Outros praticantes também a ajudaram e enviaram pensamentos retos para mim. Então, as visitas da família foram interrompidas novamente.

Na primavera do nono ano, ninguém falava comigo há mais de um ano. Os guardas então tiveram outra ideia. Eles me forçaram a ficar de frente para uma parede. Presos foram designados para me vigiar e eu não tinha permissão para falar com ninguém. A solidão extrema me deixou em desespero. Sem acesso ao Fa há muito tempo, eu tinha muitas perguntas: o Mestre ainda estava cuidando de mim? Quando isso terminaria, para que pudesse sair desse inferno? As pessoas aqui já estão podres, qual é o sentido de salvá-las?... eu estava à beira de um colapso mental.

Naqueles dias mais escuros e assustadores, de repente me lembrei que, quando minha esposa me visitou pela última vez, ela me lembrou de recitar o Lunyu. Mesmo que eu não falasse com ninguém, eu sempre podia recitar o Lunyu. Então parei de ter pensamentos aleatórios e comecei a me acalmar, recitando o Lunyu repetidamente.

Um dia, ao recitar o Lunyu, vi uma grande foto na parede, que era uma publicação anterior a 1999 do Zhuan Falun, com a impressão do Lunyu. Depois de um tempo, os caracteres se tornaram redondos e começaram a girar e, mais tarde, se transformaram em um Falun individual. Na parede, vi uma pessoa abrindo uma porta de pedra e saindo. Ele chegou à ilha de Lantau em Hong Kong e, com as palmas das mãos pressionadas uma contra a outra, curvou-se em frente ao Fashen do Mestre. Fiquei surpreso e feliz, sabendo que este era um incentivo do Mestre.

Quando me deitei na cama naquela noite, de repente um demônio me disse: Dez anos se passaram. Você não alcançará o estado de Buda, nem alcançará a consumação. Pena que você tenha perdido 10 anos aqui – muito sofrimento sem consumação.

Eu fiquei chocado e pensei comigo mesmo: Mesmo que eu não conseguisse alcançar o estado de Buda nem alcançasse a consumação, eu não iria reclamar sobre isso, já que o Mestre Li me ensinou a ser uma pessoa melhor e a seguir os princípios Verdade-Compaixão-Tolerância. Não há nada de errado com esses princípios e eu continuaria nesse caminho, não importa o que acontecesse.

Um dia, ao dobrar um cobertor depois de me levantar da cama, vi através do meu olho celestial um dos poemas do Mestre:

“Uma pessoa malvada é dominada pelo coração da inveja. Motivada pelo seu egoísmo e rancor, se queixa da injustiça contra ela própria.

Uma pessoa bondosa sempre tem um coração de compaixão. Sem nenhuma queixa nem ódio, leva a dificuldade como alegria.

Um ser iluminado não tem nenhum apego. Ele observa tranquilamente as pessoas do mundo enganadas pelas ilusões.”

(Níveis de Consciência – Essenciais para Avanço Adicional)

Eu li os caracteres um por um e os recitei. Então, um emblema azul do Falun apareceu acima do cobertor. Enquanto comia, vi o Falun na tigela também. Eu desenhei o Falun com a minha colher enquanto lia o poema do Mestre:

“(…) Comendo, mas não se importando em saborear –
Os apegos do palato rompidos.

Fazendo, mas sem perseguir –
Tão constante, permanecendo no Tao (...)”

(Permanecendo no Tao, em Hong Yin)

Eu ouvi o Mestre me dizendo para seguir o requisito descrito no artigo Níveis de Consciência em Essenciais para Avanço Adicional.

Um guarda me pediu para renunciar ao Falun Dafa um dia depois, mas eu recusei, então fui espancado. Enquanto continuava a recitar o Fa, vi o Fashen do Mestre em um kasaya branca me empurrando de uma caverna escura. Eu caí de novo e o Mestre me empurrou de novo. Isso aconteceu várias vezes. Meu olho celestial também viu o seguinte parágrafo de um dos artigos do Mestre:

“O Fa e os princípios do Falun Dafa podem fornecer orientações para a prática de cultivo de qualquer pessoa, inclusive para aqueles que possuem crenças religiosas. Este é o princípio do universo, o verdadeiro Fa que nunca foi ensinado. No passado, não era permitido aos seres humanos conhecer o princípio deste universo (O Fa Buda). Ele transcende todas as teorias acadêmicas e os princípios morais da sociedade humana desde os tempos antigos até hoje. O que foi ensinado pelas religiões e o que as pessoas experimentaram no passado foram somente superficialidades e fenômenos de pouca profundidade. O vasto e profundo conteúdo do Fa só pode se manifestar e ser experimentado e compreendido pelos praticantes que estão em diferentes níveis do cultivo verdadeiro. Só então se pode ver o que realmente é o Fa.” (Vasto e Profundo, em Essenciais para Avanço Adicional)

Eu li e memorizei, palavra por palavra. Além disso, lembrei-me de muitas palestras que havia memorizado no passado.

O guarda me pediu para fazer algum exercício de relaxamento e eu comecei a fazer o quarto exercício do Falun Dafa. Mas, tinha se passado tanto tempo, que não conseguia lembrar os movimentos. Um guarda ligou a televisão e nos obrigou a assistir a programas de lavagem cerebral. Uma cena mostrou o Mestre ensinando os exercícios. Isso me ajudou a lembrar os exercícios um a quatro. Eu sabia que o Mestre ainda estava cuidando de mim.

Uma noite, meu olho celestial viu o Mestre colocando a cena de Jesus sendo pregado em uma cruz em uma caixa. Ficou claro para mim que a perseguição como esta, contra os deuses, não existirá no futuro, nem os praticantes serão maltratados assim na prisão. O Mestre não reconhece a perseguição.

O Mestre também me mostrou que praticantes em todo o mundo estavam fazendo exercícios pela manhã às 3h50 da madrugada. Então vi uma cena da apresentação do Shen Yun. Eu também vi uma vigília à luz de velas realizadas por praticantes canadenses vestidos de branco. Destas cenas aprendi sobre a retificação do Fa.

Um dia eu não pude fazer os exercícios, então sentei-me com as duas mãos sobrepostas na posição jieyin. Eu vi energia branca girando na minha mão. Uma flor de lótus carregando o Falun estava girando no meu cérebro. Minha mão inteira então se transformou no livro Zhuan Falun e eu vi a Quarta Palestra e a Sexta Palestra. Um livro amarelo apareceu com as palavras: Nove Comentários sobre o Partido Comunista. Muitas cordas do Falun voaram do céu e entraram no meu cérebro, mostrando-me muitos princípios do Fa. Eu também vi o Falun girando do meu abdômen para o meu coração, o qual girava quando eu recitava o Fa e parava quando eu terminava. Então, vi o poema do Mestre:

“Com Verdade Compaixão Tolerância abrigado no coração,
Cultivar a si mesmo, por sua vez, melhora uma sociedade.
Com Dafa nunca fora da mente,
Certamente você irá transcender outros no tempo.”

(Pura Harmonia, em Hong Yin)

Eu também vi meu espírito principal brilhando como uma substância dura como diamante. O Mestre tirou meu espírito para limpá-lo. Isso aconteceu muitas vezes, durante as quais recebi dicas e os princípios do Fa foram revelados a mim. Entendi que várias formas de vida foram produzidas em diferentes dimensões e em diferentes momentos. As formas de vida também diferiam umas das outras. Além disso, embora as substâncias possam ser transformadas em outras formas, elas não podem ser purificadas. Somente através do Falun Dafa pode-se melhorar a mente e verdadeiramente alcançar a saúde. No entanto, é impossível que essas substâncias retornem à sua pureza original, assim como a água poluída. Mas o Mestre poder transformar o ruim e o impuro em bom.

7. Olhando para dentro e enviando pensamentos retos

Antes de praticar o Falun Dafa, eu tinha um temperamento forte e muitas vezes brigava com os outros. Depois de começar a praticar em março de 1999, comecei a olhar para dentro e melhorar a mim mesmo, mas não entendi os ensinamentos do Fa suficientemente. Então, entrei no apelo pacífico de 25 de abril e comecei a me opor à perseguição depois que esta começou em julho de 1999. Depois, fui detido, sem acesso ao Fa ou oportunidades de compartilhar experiências com os praticantes.

Mais tarde, um praticante foi detido na mesma cela que eu. Ele recitava o Hong Yin II todos os dias, cantava músicas compostas por praticantes e me ensinou como enviar pensamentos retos. Os guardas descobriram e espancaram-no brutalmente. Fiquei chateado e senti um forte ressentimento.

Um dia, não consegui encontrar um par de pinças necessárias para o trabalho. Procurando, a encontrei em meio a camadas sobre camadas de material. O praticante e eu nos entreolhamos e sorrimos. O Mestre estava me dizendo para procurar soluções olhando para dentro.

Então, tive os sintomas de trombose e não consegui mover minhas pernas no primeiro dia. No segundo dia pude movê-las, mas elas ainda estavam doloridas. Ignorei e andei como sempre. Eu me recuperei no terceiro dia.

Meu olho celestial viu uma espada de justiça, que poderia detectar o mal. Um praticante estava sentado com a espada penetrando-o. Quando este praticante escolheu abandonar a inveja, a luxúria e a ostentação, a espada da justiça limpou seu corpo. Cheguei a entender que deveria deixar de lado as noções humanas. Quando pude olhar para dentro e abandonar essas noções humanas, vi meu espírito andando para cima, e os deuses observaram isso com respeito enquanto colocavam as palmas das mãos uma com a outra na posição heshi em minha direção. Ao recitar “Quando o Fa é reto” e “O sábio” de Essenciais para Avanço Adicional no dia seguinte, de repente vi meu espírito saindo da Via Láctea.

Quando os detentos estavam fazendo exercícios de relaxamento, fiz o quarto exercício do Falun Dafa. Os guardas me levaram para um quarto e me deram choques com oito bastões elétricos simultaneamente. Enquanto estava deitado no chão, meu olho celestial viu as palavras do poema do Mestre "O coração sabe" do Essenciais para Avanço Adicional II:

“… Muita conversa não leva a nada, quando se trata de vida e morte,
Ações revelam o que é verdadeiro.”

As correntes elétricas sacudiram meu corpo, mas não senti nenhuma dor. Eu vi o meu corpo e ele estava coberto de bolhas e minha pele estava queimada. Um guarda perguntou: O seu Mestre é bom? Você ainda vai praticar depois de voltar para casa?

Não respondi, mas vi um Fashen dourado do Mestre acima do guarda. Eu sabia que isso era uma sugestão do Mestre para eu enviar pensamentos retos. Quando o guarda me deu choques novamente, o bastão parou de funcionar. Ele jogou os bastões para o lado, murmurando para si mesmo.

Eu respondi: O Falun Dafa é bom. Vou continuar praticando.

Frustrado, o guarda me disse para voltar para a cela. Esta foi a primeira vez que testemunhei o poder do envio de pensamentos retos.

Muitas vezes, vi na frente da minha testa e olhos os princípios do Dafa, Verdade-Compaixão-Tolerância. Eu também vi o Falun girando e subindo. Além disso, havia donzelas celestiais espalhando flores ou voando. Havia também formas de vida com a parte superior do corpo feminino e a parte inferior do corpo de fênix, que tocavam tambores, encorajando os praticantes a permanecerem diligentes.

Assim, tribulação após a tribulação, eu me tornei mais diligente. Entendi que o mal queria me destruir, mas o Mestre estava me ajudando – alguém cheio de carma – a ter sucesso no cultivo.

O Mestre também me ajudou a entender que, independentemente do tipo de situação em que nos encontramos, sempre precisamos olhar para dentro e depois enviar pensamentos retos.

Mais tarde, depois de levantar de manhã, eu fazia os exercícios e enviava pensamentos retos, limpando assim toda a dimensão ao meu redor. Eu só dormia duas horas por noite. Durante toda a noite, o Mestre me ensinava e me iluminava. Eu podia assim estudar e recitar o Fa.

Em 2011, fui libertado e voltei para casa.

8. Mantendo a fé firme no Mestre

Durante os dias mais difíceis em que fiquei detido por 10 anos e 1 mês, reclamei do desespero e do medo. Mas, enquanto tivermos plena fé no Mestre, não haverá tribulação que não possamos superar. Em momentos críticos, precisamos ter claro que somos discípulos do Mestre Li Hongzhi. Isto é, não queremos nada além do Fa. Com isso, o Mestre nos revelará o Fa, explicará os princípios do Fa e nos dará fé.

Eu pude sentir o cuidado compassivo e atencioso do Mestre e do Fa. Também quero aconselhar os praticantes que, desde que começamos a nos cultivar no Dafa, não importa o que tenha acontecido no passado, nossos pensamentos devem ser retos. Não importa quão difícil seja, independentemente da situação em que nos encontramos, precisamos ter firme fé no Mestre e no Fa. Isto é porque o Mestre compassivo está cuidando de nós a cada momento.