(Minghui.org) Este artigo é apenas uma referência para os colegas praticantes. Tomar o Fa como Mestre é fundamental para os cultivadores. Quando os outros apontarem onde os praticantes do Falun Dafa estão aquém, devemos comparar os nossos comportamentos em relação ao Fa, olhar para dentro, corrigir a nós mesmos e encontrar a raiz da nossa incompleta crença no Fa e no Mestre.

Continuação da Parte 2

Eu também conversei sobre outra preocupação minha com o ser iluminado: por que tantos praticantes que têm o olho celestial aberto abandonaram a prática de cultivo?

Ele respondeu mais ou menos isso: “Uma pessoa não teria esse problema se confiasse totalmente no Mestre e no Fa. Algumas pessoas duvidaram do Fa quando iniciaram o cultivo e algumas pessoas ainda têm dúvidas sobre algumas questões fundamentais. Essas pessoas não têm uma base sólida, por isso elas não são capazes de se corrigirem usando o Fa, quando encontram problemas. Gradualmente, elas desenvolvem ilusões e acabam confiando nessas ilusões, em vez de confiar no Fa.”

“Algumas pessoas acham que são a reencarnação de alguma pessoa famosa da história. Elas acreditam que essa é a razão delas serem inteligentes. Na verdade, o que elas viram geralmente são ilusões. A sabedoria de um cultivador provém do Fa e não de ter sido uma figura histórica famosa ou de ilusões demoníacas. Quando elas pensam muito bem de si mesmas, elas irão se deparar com problemas. Elas sofrerão interferência de demônios gerados de suas próprias mentes. A situação irá cada vez se tornar pior. No final, elas não serão capazes de ajudar nem sequer a si mesmas.”

Eu me dei conta de que o Mestre estava usando as palavras desse ser iluminado para apontar as nossas falhas. Reanalisando a minha jornada de cultivo, eu desenvolvi algumas capacidades sobrenaturais, quando eu não acreditei totalmente no Mestre. Devido às capacidades sobrenaturais, minha crença no Mestre e no Fa se fortaleceu. Comparado aos praticantes que não possuem capacidades sobrenaturais, mas confiam completamente no Fa baseando-se em sua iluminação, eu estou bem atrás no meu cultivo.

Capacidades sobrenaturais não são nada do qual alguém deva se alegrar ou se orgulhar. Meu olho celestial está aberto e eu fui tentado pelas ilusões que já vi. Fui capaz de romper com elas, porque me livrei dos apegos à curiosidade e à exultação. Alguns praticantes, porém, não conseguem romper com as ilusões se eles se sentem felizes com suas capacidades sobrenaturais.

Alguns praticantes até escreveram artigos com base nas ilusões que viram. Será que isso não induzirá os leitores ao erro? Quem ficaria feliz caso os leitores fossem induzidos ao erro? São demônios que geram essa interferência. Alguns praticantes falharam em avaliar as ilusões com base no Fa. Eles acharam que as ilusões eram reais e se desviaram cada vez mais do Fa. Assim que um cultivador se orgulha de si mesmo, demônios irão tirar vantagem dessa brecha e irão amplificá-la, fazendo com que o praticante se torne cada vez mais arrogante. Então uma pessoa precisa se livrar dos apegos à curiosidade, à exultação e à arrogância.

O Mestre disse:

“Há muitas pessoas como essa; inclusive nesta palestra há pessoas que pensam muito alto sobre si mesmas e até falam de uma maneira diferente. Querer saber qual é a própria situação é um tabu até mesmo no Budismo.” (Zhuan Falun)

Nós precisamos verdadeiramente nos lembrar disso e policiar nossa fala e comportamento.

O ser iluminado também me contou que alguns praticantes acreditam apenas em um pedaço do Fa. Eles não acreditam naqueles ensinamentos contidos no Fa, os quais eles não conseguem viver de acordo. Suas crenças são baseadas nas suas próprias noções. Algumas pessoas não têm uma crença sólida nos ensinamentos do Mestre sobre o carma de doença, então elas não irão experimentar o poder do Fa nesse aspecto e, por conta disso, a sua fé se tornará ainda mais fraca.

Ele disse que alguns praticantes são pessoas capazes na sociedade das pessoas comuns, mas a sua qualidade de iluminação é pobre. Eles são bem-sucedidos em organizar as atividades do Dafa e parecem diligentes no cultivo. Mas não estudam o Fa ou fazem bem os exercícios. Quando não tem ninguém olhando, eles vivem de acordo com as noções das pessoas comuns e por isso não cultivam solidamente. Eles não aguentam críticas e tentam proteger seus apegos. Os deuses realmente desprezam esse tipo de gente.

Suas palavras me lembraram de um parágrafo do Fa:

“Ser Divino: Alguns deles vieram procurar pela parte do Fa que consideram boa, mas não são capazes de renunciar à outra parte que lhes impede de ter um completo entendimento do Fa.” (“Um diálogo com o Tempo” de Essenciais para Avanço Adicional)

Eu nunca prestei muita atenção a esse parágrafo e nunca achei que alguns praticantes tinham esse problema.

Mais tarde, eu pensei sobre a história do cultivo de Milarepa. Ele nunca duvidou de seu mestre. Seu mestre preparou muitas tribulações e dificuldades para ele, mas ele nunca teve um pensamento não-reto sobre o seu mestre. Tudo o que ele fez foi procurar dentro dos seus próprios defeitos e tentou fazer melhor, para alcançar os requisitos definidos pelo seu mestre. Por conta de uma firme fé, ele alcançou uma posição-de-fruto e se tornou um Buda.

Por outro lado, alguns dos nossos colegas praticantes são egocêntricos. Eles desenvolvem dúvidas a respeito do Fa quando têm dificuldades. Um que é bem conhecido entre os praticantes não foi capaz de passar em um teste de carma de doença e foi ao médico. No hospital, ele me perguntou em segredo: “Esse Fa é real ou falso? Eu sempre tive dúvidas. Agora olhe para a minha situação. O Fa não funciona.”

Mas, do meu ponto de vista, o Fa já havia estendido a sua vida. Ele pôs para fora todas as suas dúvidas e não queria ouvir os outros. Ele achava que havia feito tanto e sofrido muito pelo Dafa, por isso o Mestre deveria dar uma atenção especial a ele––remover o seu carma de doença, mesmo que não estivesse cultivando genuinamente. Ele tentou negociar com o Mestre e queria atenção especial sem ter cultivado com firmeza. Ele se agarrou aos seus apegos e dúvidas com força. Por um lado, ele queria dar uma chance e pediu ajuda aos praticantes para que enviassem pensamentos retos em benefício dele, porém, enquanto isso, foi ao hospital para obter tratamento.

Como resultado, ele faleceu no segundo dia depois de chegar ao hospital. Ir ao hospital significa pedir ajuda às pessoas comuns, assim os resultados do tratamento também serão restringidos pelas leis do nível das pessoas comuns.

O ser iluminado também falou sobre outro grupo de praticantes que possui uma firme crença no Mestre e no Fa e está verdadeiramente cumprindo os seus juramentos. Eles fizeram muito pelo Dafa. Porém eles o fazem à maneira das pessoas comuns. Eles não estudam o Fa ou fazem os exercícios bem.

Na verdade, esses praticantes não possuem uma crença firme nos seus corações de que podem ganhar sabedoria do Fa, por conta de seu serviço em prol do Dafa, e de que um cultivo firme pode tornar mais fácil o seu serviço em prol do Dafa. Eles abordam esse serviço à maneira das pessoas comuns, então eles acabam por buscar as leis no nível dessas pessoas. Assim, algumas leis das pessoas comuns irão restringi-los, como o envelhecimento rápido e a morte, por conta de excesso de trabalho.

Alguns que não cultivam firmemente a si mesmos, até mesmo têm o pensamento de que fazer bem o serviço em prol do Dafa é o mesmo que ter seguro de vida, e o Mestre irá ajudá-los a superar o carma de doença, por conta de sua forte crença no Mestre. Isso não é perigoso?

Há praticantes desse tipo ao meu redor. Atualmente, eu me dei conta de que tenho um problema similar também. Eu achava que tinha uma fé firme no Fa, mas ela realmente não é 100 %.

O Mestre disse:

“Na realidade, sempre disse que praticar o cultivo não afetará o trabalho do Dafa. Isto é certo. Isto porque praticar os exercícios é a forma mais efetiva de se livrar da fadiga, é a melhor forma de fazer com que seu corpo se recupere rapidamente.” (“Expondo o Fa no Fahui de Atlanta”)

Às vezes eu me sinto exausto de fazer o serviço em prol do Dafa. Em vez de fazer os exercícios, eu vou dormir. Verdadeiramente, meu comportamento demonstra que eu não acredito completamente no poder do Fa a respeito disso. Eu não acredito que eu posso me recuperar fazendo os exercícios. Essa é uma falha no meu cultivo. Como resultado, eu tenho as sensações das pessoas comuns sobre estar exausto. Ao contrário, quando eu faço os exercícios diligentemente, eu não me sinto cansado. Após olhar profundamente para dentro, eu percebi que eu não tenho um bom entendimento dos ensinamentos do Mestre sobre esse assunto e, por isso, eu não tenho uma crença firme neles.

Eu conheço dois colegas praticantes que tiveram tribulações em forma de doença, após serem torturados na prisão. Nenhum dos dois tinha preocupações, mas acabaram em situações diferentes. O primeiro praticante foi diagnosticado com câncer terminal. A força policial local até mesmo deu algum dinheiro para os familiares, pedindo que não abrissem um processo contra eles. Todavia, esse praticante estudava o Fa e fazia os exercícios bem. Um mês depois, ele se recuperou completamente. Esse fato já faz muitos anos. Ele agora está fazendo as três coisas diligentemente. Os policiais testemunharam esse milagre e pararam de perturbá-lo.

Por outro lado, o outro praticante não estudava o Fa e não fazia os exercícios com frequência, além disso ele não estava preocupado com sua doença, mas esclarecia os fatos sobre a perseguição às pessoas. Eu sabia que ele não acreditava firmemente que fazer os exercícios iria ajudá-lo. Seu pensamento era de que o Mestre iria protegê-lo de doenças, se ele fosse aplicado em dizer às pessoas sobre a perseguição ao Falun Gong. Na verdade, ele tinha sim algumas preocupações sobre a sua doença e tinha alguma esperança de que o Mestre iria ajudá-lo, por conta do tanto que ele era aplicado em esclarecer os fatos.

Além do mais, esse praticante tinha o “pavio curto”. Os colegas praticantes frequentemente o lembravam para não ser controlado pela sua natureza demoníaca. Porém ele sempre tentou encobrir o seu temperamento e não dava atenção. Três anos depois, ele faleceu. Foi um milagre a sua vida ter durado mais três anos, após ser diagnosticado com câncer terminal. Mas ele falhou em se corrigir nesses três anos. É uma pena.

O Mestre disse:

“Como disse, inclusive se vocês, alguma vez na história, realmente firmaram uma espécie de pacto, se hoje seus pensamentos retos são muito fortes, se vocês não o consideram válido e perseveram em não tomar parte dele, então vocês de fato podem rejeitá-lo. Porém esses casos são difíceis de tratar. O difícil é que as velhas forças não deixarão vocês se libertarem tão facilmente e tentarão se aproveitar de suas falhas e se fraquejarem somente um pouco, elas se aproveitarão dessa oportunidade.” (“Ensinando o Fa na Conferência Internacional da Filadélfia”)

Se uma pessoa não tem um bom entendimento desse ensinamento e falha em perceber o quão sério é o cultivo, então essa pessoa não prestaria atenção suficiente no seu próprio cultivo, não percebendo que ela já está em perigo. Ter pavio curto é um exemplo de brecha da qual as velhas forças tiram vantagem. Aquele praticante não percebeu o quão perigosa era a situação.

Finalmente o velho ser iluminado me disse que ele teria morrido há 1.700 anos, caso ele tivesse algum desses apegos. Nos últimos 1.700 anos, se ele tivesse desenvolvido qualquer uma dessas noções, ele também teria decaído e morrido.

Eu testemunhei alguns praticantes que não conseguiram vencer o teste da doença e acabaram indo ao hospital, mas perderam as suas vidas. Para uma pessoa comum, a duração de sua vida é predeterminada. Quando uma pessoa é diagnosticada com uma doença terminal, isso provavelmente quer dizer que o seu tempo de vida predeterminado chegou ao limite. Nesse caso, como pode um hospital salvar a vida dela?

Eu vi muitos praticantes que estudam o Fa e fazem os exercícios de maneira superficial e não tentam verdadeiramente se corrigir. Eles falham em desfazer os nós nos seus corações, com a ajuda do Fa. Eles têm muitas preocupações de pessoas comuns ocultas profundamente nos seus corações. Quando se deparam com problemas, essas preocupações vêm à tona.

Assim, eles não tentam resolver o problema da perspectiva do Fa. Em vez disso, suas preocupações são ampliadas por conta de suas noções de pessoa comum. Quando eles olham para dentro, eles veem apenas o nível superficial. Eles guardam seus apegos bem no fundo. Quando leem o Fa, possuem pensamentos retos. Mas após fecharem o livro, sua fala e comportamento são cheios das noções das pessoas comuns.

Enquanto observo esses problemas, eu também me analiso. Eu percebi que todos os meus apegos são um perigo e um obstáculo no meu cultivo e isso pode me levar à morte. Se eu não seguir os pré-requisitos do Fa com rigor, falhar em romper com todos os apegos e permitir que esses apegos fortaleçam-se, eu provavelmente não conseguirei passar o teste de vida ou morte.

Nós poderíamos ter evitado muitas perdas. Muitos colegas praticantes não precisavam ter morrido. É normal uma pessoa ter dúvidas sobre o seu cultivo. Mas nós não devemos deixar as dúvidas se acumularem. Se tivermos questionamentos, devemos procurar pela resposta no Fa e precisamos abrir os nosso corações, para nos comunicarmos com outros colegas praticantes. Compartilhar experiências de cultivo pode realmente nos ajudar a melhorar. Se nos livrarmos do apego ao “ego”, nós seremos capazes de achar o nosso verdadeiro ser, o qual tem uma natureza altruísta.

Eu compartilhei o meu entendimento. Por favor me corrijam se houver algo errado. Aqui eu gostaria de relembrar aqueles praticantes que possuem o olho celestial aberto: se você vir algum ser iluminado enquanto estiver meditando, não tenha curiosidade ou exultação. Uma pessoa deve seguir o Dafa. Não tente conversar com eles. Se você desenvolver curiosidade e tentar falar com eles, você sofrerá interferência e, por conta disso, o seu gong se bagunçará. Eu não teria falado com aquele ser iluminado se eu não tivesse falado com ele na vida real. Devemos nos lembrar da seriedade que é praticar apenas um caminho de cultivo. Tudo precisa ser retificado pelo Fa, para o futuro.