Falun Dafa Minghui.org www.minghui.org IMPRIMIR

2.038 praticantes do Falun Gong são perseguidos por causa da sua fé em novembro de 2020

15 de janeiro de 2021 |   Por um correspondente do Minghui

(Minghui.org) Em novembro de 2020, pelo menos 754 praticantes do Falun Gong foram presos e 1.284 assediados por causa da sua fé, elevando os casos de prisão e assédio até à data a 5.933 e 7.192, respectivamente.

Falun Gong, também conhecido como Falun Dafa, é uma antiga disciplina espiritual e de meditação que tem sido perseguida pelo regime comunista chinês desde 1999.

Entre os 2.038 praticantes perseguidos, 285 tiveram suas casas saqueadas. 26 praticantes e seus parentes tiveram um total de 689.110 yuans confiscados pela polícia, variando de 1.000 a 220.000 yuans cada, com uma média de 10.302 yuans por pessoa. A Sra. Cui Weiwei, da cidade de Changchun, província de Jilin, foi presa em 9 de novembro de 2020, e a polícia confiscou mais de 200.000 yuans em dinheiro e uma grande quantidade de pertences pessoais dela durante uma invasão domiciliar.

Um total de 144 praticantes perseguidos, incluindo 64 presos e 80 assediados, tinham mais de 65 anos, sendo que o mais velho tinha mais de 90 anos. Trinta e um praticantes estavam na casa dos 80.

Jilin, Shandong, Heilongjiang, Hebei e Liaoning foram as cinco províncias com o maior número de praticantes presos. No mês passado, trezentos e quinze praticantes foram assediados em Hebei, seguidos por 176 praticantes assediados na província de Heilongjiang.

Desde que o Partido Comunista Chinês (PCC) lançou sua campanha "zerar" no início deste ano para tentar forçar todos os praticantes do Falun Gong nas listas negras do governo a renunciarem à sua fé, muitos praticantes e seus familiares foram perseguidos pelas autoridades. Quando os praticantes se recusaram a obedecer, as autoridades ameaçaram saquear as suas casas ou a proibir os seus filhos de frequentar a escola. Um funcionário do Comitê de Assuntos Políticos e Jurídicos até disse aos praticantes diretamente que "a lei serve à classe dirigente".

As autoridades também realizaram prisões em grupo e individuais simplesmente porque os praticantes se recusaram a desistir de praticar o Falun Gong.

Na cidade de Daqin, província de Heilongjiang, 14 praticantes foram presos em dois dias e muitos deles tiveram suas casas saqueadas. Seus pertences pessoais também foram confiscados.

Na cidade de Baoding, província de Hebei, um vice-presidente do Grupo de Agricultura e Pecuária de Dawu foi preso no meio da noite por policiais armados. A polícia também prendeu o fundador da empresa, alguns de seus familiares e vários outros executivos. O vice-presidente foi preso por praticar o Falun Gong, enquanto o fundador foi preso por criticar o PCC.

A Sra. Gao Qiongxian, de 81 anos, da cidade de Kunming, província de Yunnan, foi novamente presa em 3 de novembro, uma semana após a sua prisão em 27 de outubro. A polícia forçou a porta da sua casa e a levou para o centro de detenção local. Depois que ela não passou no exame físico exigido, a polícia extorquiu-lhe 1.000 yuans antes de liberá-la.

As autoridades também usaram vários métodos para prender os praticantes. Na cidade de Zhuozhou, província de Hebei, o departamento de polícia gastou mais de 10.000 yuans para alugar uma residência de dois andares com o objetivo de preparar sessões de lavagem cerebral para perseguir os praticantes. Quando a polícia levou os praticantes locais para a sessão de lavagem cerebral, seus familiares e membros do comitê local da vizinhança foram instruídos a acompanhar, a fim de forçar os praticantes a renunciarem à sua fé. Se os praticantes se recusassem, seus familiares poderiam ser implicados.

Os policiais que prendem um praticante são recompensados. Na cidade de Gaomi, província de Shandong, três policiais da Delegacia de Polícia do município de Xiazhuang receberam, cada um, 3.600 yuans por prender um praticante em 13 de novembro de 2020. O praticante foi liberado em 27 de novembro.

Abaixo estão os resumos de algumas das prisões e incidentes de assédio. Devido às restrições de informação na China, o número de praticantes do Falun Gong perseguidos por sua fé nem sempre pode ser reportado em tempo, nem toda a informação está imediatamente disponível.

Casos de prisão

Mulher de Jilin presa após invasão policial à meia-noite

Mais de uma dúzia de policiais se reuniram em frente a um apartamento na cidade de Jilin, província de Jilin, na noite de 17 de novembro de 2020 e passaram as duas horas seguintes tentando forçar a porta com pés de cabra e martelos.

A polícia finalmente quebrou a porta depois das 23 horas, e a Sra. Sun Yazhen foi retirada por volta da meia-noite da casa da sua irmã onde estava hospedada, para evitar ser perseguida por praticar o Falun Gong

A mulher de 60 anos está atualmente detida em um centro de lavagem cerebral no Jinqiao Hotel, gerido pelo Escritório 610.

Sra. Sun Yanzhen

A Sra. Sun começou a praticar o Falun Gong em 2004. Ela foi presa quando falava com as pessoas sobre o Falun Gong em um shopping center em 3 de fevereiro de 2018. A sua casa foi posteriormente saqueada e ela foi levada para o Centro de Detenção da cidade de Jilin. Mais tarde, ela foi condenada a um ano e meio de prisão com liberdade condicional de três anos. Após sete meses de detenção, ela foi libertada.

Todavia, ela esteve sob rigorosa vigilância após o regresso a casa e recebeu ordens de se apresentar todos os meses ao comitê residencial. Como a Sra. Sun não mostrou intenção de desistir de sua fé, oito pessoas do Escritório 610 local e do comitê residencial apareceram de repente em sua casa um dia em março de 2019. Eles filmaram a casa e procuraram por materiais relacionados ao Falun Gong, tentando persegui-la ainda mais.

Os parentes da Sra. Sun também foram perseguidos por praticar o Falun Gong. Seu cunhado foi condenado a dois anos de trabalhos forçados em 2001; o filho de seu cunhado (seu sobrinho) foi torturado até a morte aos 30 anos; a esposa de seu sobrinho foi duas vezes condenada a um total de três anos de trabalhos forçados; a irmã de seu cunhado teve transtorno mental depois de ser forçada a tomar drogas que danificam o sistema nervoso central enquanto esteve detida no campo de trabalhos forçados e seu marido se divorciou dela.

Mãe presa enquanto exigia a libertação da filha

Uma mãe e filha da cidade de Hefei, província de Anhui, foram presas uma após a outra em novembro de 2020 por sua fé no Falun Gong. A Sra. Shen Mengting está atualmente detida em um hotel que virou centro de lavagem cerebral, e o paradeiro de sua mãe, Sra. Zhou Ping, é desconhecido.

A polícia ficou vigiando a casa da Sra. Zhou entre 17 e 19 de novembro de 2020. Eles cortaram o cabo de internet, o fio da campainha, e também pediram ao sobrinho para bater em sua porta, na tentativa de induzi-la a abrir a porta.

A Sra. Zhou manteve a porta fechada e disse que era sua liberdade de crença praticar o Falun Gong, e os policiais estavam violando seus direitos humanos.

Ren Mianhui, o diretor do Escritório de Segurança Doméstica, disse do lado de fora: “Que direitos humanos? Não fale sobre isso conosco. O que fazemos é privá-la de seus direitos. Nós somos os direitos. Vamos forçá-la a mudar de ideia e apoiar o Partido Comunista.”

A Sra. Shen foi presa no caminho de regresso a casa depois do trabalho, por volta das 17h40, em 19 de novembro de 2020. Seu automóvel particular foi apreendido.

Após a prisão de sua filha, a Sra. Zhou foi todos os dias ao Escritório de Segurança Doméstica e ao Escritório 610 para exigir a libertação de sua filha.

Na manhã de 26 de novembro, a Sra. Zhou encontrou o carro da filha no seu bairro. Também soube, não muito depois, que a sua filha havia sido levada para uma sessão de lavagem cerebral no Hotel Viena depois da prisão.

A Sra. Zhou foi ao Hotel Vienna procurar a filha às 10 da manhã do dia 26 de novembro, mas ela nunca mais voltou para casa depois disso.

O marido da Sra. Zhou sabia que ela também teria sido presa, mas a polícia se recusou a fornecer qualquer informação sobre ela.

Essa é a segunda vez este ano que a Sra. Zhou e a filha são presas por causa de sua fé. Elas foram presas anteriormente em 7 de janeiro de 2020 e detidas por 13 dias, depois que a polícia as viu, por meio de câmeras de vigilância, distribuindo materiais do Falun Gong.

Três residentes de Shandong foram presos e tiveram o sangue colhido contra sua vontade

Um casal e um parente, todos residentes na cidade de Shouguang, província de Shandong, foram recentemente presos pela polícia por compartilharem a sua fé no Falun Gong. A polícia tirou à força fotos, impressões digitais e amostras de sangue.

O Sr. Zhang Keliang foi preso no trabalho por volta das 13h00 em 11 de novembro de 2020. A polícia confiscou a chave e foi até sua casa na tentativa de prender sua esposa, a Sra. Wang Zhongyun.

Visto que a Sra. Wang trancou a porta por dentro, a polícia não conseguiu entrar. Eles permaneceram no corredor do prédio desde as 13h até à manhã seguinte.

Por volta das 9h do dia 12 de novembro, a polícia usou um elevador exterior para entrar na casa da Sra. Wang, no quinto andar. Oito policiais vasculharam o local e prenderam a Sra. Wang e sua parente, a sra. Fan Huili, que estava de visita desde o dia anterior.

Depois de levar a Sra. Wang e a Sra. Fan para a Delegacia de Polícia de Shengcheng, para onde o Sr. Zhang já havia sido enviado, a polícia foi saquear a casa da Sra. Fan.

Mais tarde na delegacia, a polícia ordenou que os três praticantes tirassem suas impressões digitais, fotos e dessem amostras de sangue. Quando a Sra. Wang se recusou a obedecer, um jovem policial agarrou sua mão com força e puxou o dedo. O policial enfiou uma agulha com força no dedo. A Sra. Wang desmaiou imediatamente. O policial então colheu o seu sangue.

Quando a Sra. Fan também se recusou a cooperar, três policiais a seguraram no chão enquanto um quarto lhe puxou o braço e tentou abrir seu punho e endireitar seus dedos. Ela gritou de dor. O policial espetou quatro vezes a agulha no dedo dela, mas não saiu sangue. Só então eles desistiram.

Os três praticantes foram libertados na manhã de 13 de novembro. Os braços e as pernas da Sra. Fan foram torcidos enquanto ela lutava com a polícia. Ela teve dificuldade em andar e não conseguia levantar o braço.

Após 11 anos de prisão por manter a sua fé, engenheira foi presa novamente

A Sra. Wang Meihong, uma engenheira sênior de 60 anos no Instituto de Exploração Geológica de Heilongjiang, foi presa em 23 de novembro de 2020, perto da Universidade de Heilongjiang na cidade de Harbin, província de Heilongjiang, por falar às pessoas sobre o Falun Gong.

Os policiais a detiveram arbitrariamente por 15 dias no Centro de Detenção de Yaziquan. Antes deste último incidente, a Sra. Wang foi presa em outubro de 2003 e torturada na prisão durante 11 anos por não renunciar a sua crença.

Sra. Wang Meihong e sua filha a Sra. Yu Minghui

A Sra. Wang sofreu muito depois que a perseguição começou. Policiais da Delegacia de Polícia de Xinhua a prenderam na casa de sua tia na cidade de Mudanjiang em 22 de outubro de 2003. Seis policiais a espancaram e a arrastaram desde o sétimo até ao primeiro andar e a jogaram em um veículo policial.

Na delegacia, um policial agarrou-a pelos cabelos e a puxou para o segundo andar, arrancando muitos fios de cabelo no processo. Outro policial bateu repetidamente em seu rosto com um livro pesado.

Duas dezenas de policiais se revezaram no interrogatório da Sra. Wang 24 horas por dia, enquanto ela estava acorrentada a uma cadeira de ferro durante três dias e não tinha permissão para dormir.

Cinco meses depois, um juiz do Tribunal Distrital de Aimin condenou a Sra. Wang a 11 anos de prisão. Ela foi colocada na Prisão Feminina de Heilongjiang em 24 de março de 2004. Um capitão a forçou a ficar de pé o dia todo quando ela não era indicada para trabalhar.

A Sra. Wang trabalhava em uma sala com duas grandes máquinas que operavam a uma temperatura de até 180 °C. Era especialmente cansativo no verão e afetou a sua saúde ao longo do tempo.

As autoridades da prisão transferiram a Sra. Wang para outra enfermaria em novembro de 2006, onde ela tinha que ficar sentada em um banquinho por muito tempo todos os dias, o que machucava suas nádegas, costas e pernas. Um prisioneiro foi designado para vigiá-la e segui-la o tempo todo, não importava o que ela fizesse. Ela não podia falar com outros praticantes, e era repreendida sempre que isso acontecia.

A perseguição piorou em fevereiro de 2008. As autoridades colocaram a Sra. Wang na 6ª ala e uma criminosa com histórico de agressão a praticantes também foi transferida para essa ala. A ala era fria e úmida e a Sra. Wang sofreu dores nas costas, problemas cardíacos e teve tosse. Um dia, enquanto a Sra. Wang estava meditando em sua cama, uma agente e a criminosa a arrastaram para baixo da cama e a atacaram. No processo, seu joelho direito bateu no chão com tanta força que ficou com danos permanentes.

As autoridades da prisão separaram a Sra. Wang de outros praticantes em dezembro de 2011 e fizeram com que dois prisioneiros monitorassem cada movimento seu. Ela não podia falar com outros praticantes e tinha de pedir permissão para atividades simples como fazer compras de artigos de uso pessoal.

O marido da Sra. Wang, o Sr. Yu Zonghai, também é praticante do Falun Gong. Ele foi preso em 12 de novembro de 2001 e posteriormente condenado a 15 anos e trancado na prisão de Mudanjiang, onde sofreu espancamentos e torturas. Em 2006, o seu canal lacrimal rompeu após um espancamento. Os guardas jogaram água fria nele no inverno de 2009. Eles quebraram sua costela e suas pernas durante os espancamentos violentos. Seu peito estava tão machucado que ele tinha dificuldade para respirar. A maioria de seus dentes foram arrancados. Os choques com bastões elétricos causaram graves danos ao coração e à cabeça. Apesar de todos os ferimentos físicos, ele ainda foi obrigado a fazer trabalhos forçados.

A filha do casal, a Sra. Yu Minghui, foi levada a um centro de lavagem cerebral quando tinha 12 anos. Ela teve que viajar entre a Prisão Feminina de Harbin e a Prisão de Mudanjiang para ver os pais. Os guardas frequentemente recusavam as visitas porque os pais se negavam a desistir do Falun Gong.

O avô da jovem (pai do Sr. Yu), um homem saudável, vivia preocupado com a segurança de seu filho e foi aterrorizado pelas autoridades. Ele morreu durante a perseguição ao filho e à nora.

Mulher de Jilin presa por sua fé, sogra de 87 anos intimidada pela polícia

A Sra. Wang Guofen, uma professora aposentada na cidade de Changchun, província de Jilin, foi presa e detida durante uma semana por sua fé no Falun Gong. A sogra da Sra. Wang, de 87 anos, também foi assediada e intimidada pela polícia.

Um grupo de policiais bateu na porta da Sra. Wang por volta das 18h em 16 de novembro de 2020, mas a Sra. Wang se recusou a abrir a porta.

Às 6h da manhã seguinte, cinco policiais chegaram em dois carros de polícia. Um agente bateu novamente na porta da Sra. Wang, fingindo estar realizando um censo. Não sabendo que isso era um truque, a sogra da Sra. Wang abriu a porta, justamente para ver cinco policiais entrando em casa.

Sem exibir suas identidades, os agentes perguntaram à Sra. Wang se ela ainda praticava o Falun Gong. Ela não respondeu diretamente a eles, mas em vez disso tentou explicar que praticar o Falun Gong estava dentro de seu direito à liberdade de crença e não violava a lei.

Os policiais se recusaram a ouvir e continuaram a revistar a sua casa. Três de seus livros do Falun Gong, um laptop, um celular, um rádio e sua identidade foram confiscados. A sua casa ficou uma bagunça e suas roupas foram tiradas do armário e jogadas no chão.

Quando a sogra da Sra. Wang disse à polícia que ninguém cozinharia para ela se prendessem a Sra. Wang, um policial a ameaçou e a culpou por usar sua idade como desculpa.

Quatro policiais conduziram a Sra. Wang de sua casa no quarto andar para o carro da polícia. Ainda de pijama, ela não teve permissão para trocar de roupa.

A Sra. Wang foi então levada para a Delegacia de Polícia de Gongnong e trancada em um quarto. Um oficial foi designado para monitorá-la. À tarde, a polícia levou-a ao hospital para um exame físico antes de enviá-la ao departamento de polícia e tirar suas fotos e impressões digitais à força.

Quando a sogra da Sra. Wang foi à delegacia para levar roupas para ela, a polícia disse-lhe que se ela queria que sua nora fosse libertada em breve, ela deveria assinar uma declaração para renunciar ao Falun Gong por ela, ou eles não a libertariam. Não está claro se a idosa foi forçada a cooperar.

A Sra. Wang foi então levada para o Centro de Detenção Weizigou e detida durante sete dias. Ela foi liberada no momento da elaboração deste artigo. Ela disse que a polícia nunca lhe apresentou nenhum documento legal ou lhe disse para assinar quaisquer formulários.

Justamente dois meses antes da prisão, a Sra. Wang recebeu telefonemas ameaçadores da secretária do Partido Comunista de seu comitê residencial.

Casos de assédio

Aposentadoria de mulher de 76 anos suspensa devido a sentença injusta por causa de sua fé

A Sra. You Xiuying recebeu uma notificação do Gabinete de Segurança Social de Xangai no final de novembro de 2020 e foi solicitada a comparecer no prazo de até cinco dias com os documentos de sua prisão anterior por praticar o Falun Gong. A notificação advertia que a sua aposentadoria seria suspensa se ela não comparecesse no prazo estipulado para verificar a sua sentença de prisão de um ano em 2016.

Sabendo que o prazo de cinco dias era apenas um pretexto e que as autoridades poderiam suspender a sua aposentadoria, quer ela comparecesse ou não, a moradora de Xangai, de 76 anos, ainda foi ao escritório da previdência social porque queria explicar que não havia base legal para privá-la de seus benefícios de aposentadoria conquistados com dificuldade.

A Sra. You disse aos funcionários do escritório da previdência social que ela não fez nada de errado ao manter sua fé. Todo o processo contra ela após a sua prisão em 2016 foi ilegal e ela nunca assinou nenhum documento ou recebeu qualquer notificação formal de prisão do tribunal.

Apesar do apelo da Sra. You, a equipe do escritório da previdência social insistiu que eles deveriam seguir as ordens de seu supervisor e suspendeu a sua aposentadoria.

A Sra. You foi presa anteriormente em 2006 e recebeu a sentença de um ano de trabalhos forçados por exigir a libertação de sua irmã, a Sra. You Xiuyun, que também pratica o Falun Gong e foi presa.

A Sra. You Xiuying foi presa novamente em 26 de agosto de 2016 e condenada a um ano de prisão. Como ela se recusou a renunciar ao Falun Gong, as autoridades enviaram-na para um centro de lavagem cerebral para perseguição prolongada após o término de sua sentença. A polícia e os trabalhadores comunitários continuaram a assediá-la depois que ela voltou para casa.

O marido da Sra. You, de 80 anos, tem graves de problemas de saúde e esteve várias vezes em estado crítico na última década. Quando a Sra. You foi presa, ele lutou para cuidar de si mesmo. Como ele morava em um apartamento no sexto andar, seu filho alugou um apartamento no primeiro andar. Depois que a Sra. You foi libertada em agosto de 2017, as autoridades forçaram o locador a rescindir o contrato de locação e seu filho teve que procurar outro apartamento para eles. O marido da Sra. You fez recentemente outra cirurgia devido a uma doença cerebral.

Homem de 86 anos e família são perseguidos repetidamente por sua fé no Falun Gong

O Sr. Wang Chengtang, de 86 anos e sua família residentes na cidade de Jinchang, província de Gansu, foram repetidamente assediados por autoridades locais nos últimos meses por sua fé no Falun Gong.

O filho do Sr. Wang recebeu um telefonema em 23 de outubro de 2020 de Liu Guoshuang, o secretário do PCC em sua aldeia. Liu disse que as autoridades municipais exigiram que ele conversasse com ele sobre como fazer seu pai desistir do Falun Gong.

Naquela tarde, o filho do Sr. Wang reuniu-se com três funcionários municipais e disse-lhes que era opção pessoal de seu pai praticar o Falun Gong e que ele não poderia representá-lo. Ele acrescentou que seu pai tem gozado de ótima saúde por causa da prática do Falun Gong.

Os funcionários ameaçaram reter a aposentadoria do idoso se ele se recusasse a desistir de sua prática. O filho do Sr. Wang ainda insistiu que não poderia atender ao pedido deles.

Liu também ligou para a nora do Sr. Wang e tentou pressioná-la. Ela também se recusou a obedecer e disse que Liu deveria falar com o próprio Sr. Wang.

Quatro dias depois, na manhã de 27 de outubro de 2020, três policiais bateram na porta do Sr. Wang, fingindo estar realizando um censo. Não está claro se o Sr. Wang lhes abriu a porta.

Outros dois policiais vieram assediar o Sr. Wang novamente em 29 de outubro, mas o Sr. Wang não os deixou entrar.

Em 10 de novembro, Liu visitou pessoalmente o Sr. Wang. A filha do Sr. Wang, Sra. Wang Shuhua, manteve Liu do lado de fora da porta. Liu disse-lhes do corredor que os funcionários do município dariam ao Sr. Wang 3.000 yuans se ele concordasse em renunciar ao Falun Gong. Ele acrescentou que era uma ordem das autoridades de nível provincial.

Pouco depois da partida de Liu, mais dois funcionários da aldeia passaram um após o outro sob o pretexto de realizar um censo.

Uma hora depois, Wu Jinzhang, o secretário do Partido da cidade de Ningyuan, bateu à porta do Sr. Wang. Como Wu já havia vindo para assediar o Sr. Wang em julho, a Sra. Wang se recusou a deixá-lo entrar. Wu disse que veio sozinho e pediu para falar com o Sr. Wang. Depois que Wu prometeu não tirar fotos do Sr. Wang ou chamar a polícia, a Sra. Wang abriu a porta para ele.

Assim que Wu se sentou, Kang Shenghong, outro funcionário municipal, bateu na porta e gritou o nome da Sra. Wang. Ela questionou Wu: "Você não disse que veio sozinho? Quem está lá fora?”

Wu gritou de volta: “Kang Shenghong, pare de gritar. Já estou saindo!” Ele se virou e disse à Sra. Wang: "Veja, eu não o deixei entrar. Você não precisa abrir a porta para ele".

A Sra. Wang disse a Wu: “É um princípio celestial que o bem e o mal sejam recompensados de acordo. Sempre há um preço a pagar quando as pessoas fazem coisas ruins.”

Wu riu e disse: "Estou saindo agora. Eu não tinha nada importante. Era só para verificar se ele está bem.”

“Meu pai está bem”, respondeu a Sra. Wang e abriu a porta para Wu.

Antes que ela percebesse, cinco policiais entraram rapidamente. Um deles segurava um gravador de vídeo e gravou a Sra. Wang.

Depois que dois dos funcionários negaram que estavam com a polícia, a Sra. Wang disse: “Eu conheço você. Seu nome de família é Liao e você é Wang.”

Sem nada a esconder, os quatro policiais seguraram a Sra. Wang e o quinto foi para o quarto do Sr. Wang.

A polícia conduziu a Sra. Wang até ao carro e a levou ao escritório do comitê da aldeia. Ela exigiu falar com o secretário da aldeia Liu Guoshuang, mas foi informada de que ele não estava no escritório. Não está claro se a Sra. Wang foi libertada no momento da redação deste artigo.

Mulher inválida é assediada e recebeu ordem de renunciar à sua fé

Policiais bateram na porta da Sra. Miao Cui em 9 de novembro de 2020. A mulher de 63 anos, que ainda estava lutando com as sequelas de um derrame que sofreu sete anos antes, abriu lentamente a porta da frente e viu os policiais lá fora.

Os policiais pareceram chocados ao ver as queimaduras em suas pernas. A Sra. Miao, residente na cidade de Yueyang, província de Hunan, acidentalmente se queimara em 30 de setembro de 2020, quando suas mãos estavam tão fracas e tremiam tanto que ela derramou uma chaleira de água fervente nas pernas em vez da garrafa térmica. Quando ela tirou as calças, uma grande área de sua pele que grudou nas calças também saiu, então ela teve que usar shorts depois disso. As feridas nas pernas ainda escorriam e sangravam ocasionalmente um mês depois.

Com a porta de segurança ainda fechada, vários policiais gritaram-lhe para deixá-los entrar. Ela se recusou. Um policial ameaçou tirar-lhe uma foto e outro disse-lhe para assinar uma declaração de renúncia à sua fé no Falun Gong.

A Sra. Miao falou-lhes das coisas básicas sobre o Falun Gong e pediu que não a incomodassem mais. Desde que o regime comunista chinês começou a perseguir o Falun Gong em 1999, ela foi presa várias vezes por defender a sua fé. Ela foi condenada à prisão duas vezes, uma por três anos e novamente por seis anos. Ela quase morreu várias vezes devido a tortura.

Finalmente os policiais foram embora.

A campanha “zerar”

Depois que o Comitê de Assuntos Políticos e Legais (CAPL), uma agência judiciária extra-legal encarregada de perseguir o Falun Gong, iniciou a campanha "Zerar" em todo o país, as autoridades da Mongólia Interior, província de Zhejiang, província de Hunan, província de Hebei, Tianjin e Chongqing têm cumprido as ordens do CAPL para forçar todos os praticantes a renunciar à sua fé.

Cidade de Ningbo, província de Zhejiang

Na manhã de 17 de novembro, um grupo de policiais desligou a Internet, a eletricidade e o abastecimento de água da casa da Sra. Jiang Chunya. Eles esperaram do lado de fora de sua casa e tentaram prendê-la quando ela saiu. Às 14h, quando a Sra. Jiang, de 49 anos, ainda se recusou a sair, a polícia ordenou que um chaveiro abrisse a sua porta e eles invadiram a casa.

Sem um mandado de busca, a polícia vasculhou a casa da Sra. Jiang. Ela foi levada para a delegacia local e interrogada durante a noite. Quando a polícia a liberou na manhã seguinte, eles se recusaram a devolver o seu celular e o computador.

Esta foi a segunda vez que a polícia tentou enganar a Sra. Jiang para prendê-la. Em 16 de setembro de 2019, uma policial bateu na porta da Sra. Jiang e alegou que ela tinha um vazamento no teto de sua cozinha. Quando a Sra. Jiang concordou que a policial viesse verificar os canos da cozinha, três policiais apareceram e a prenderam. Ela foi levada a um centro de lavagem cerebral local e mantida lá durante várias semanas.

Praticantes são perseguidos independentemente da idade

Na cidade de Cangzhou, província de Hebei, as autoridades ameaçaram a sra. Wang Xiuying, uma moradora de 70 anos do condado de Cang. A Sra. Wang estava recolhendo lenha no quintal de sua casa no vilarejo em 16 de novembro de 2020 quando um carro da polícia parou em sua porta e quatro policiais saíram. Eles checaram para confirmar se esta era a casa dela. Ela percebeu por que eles vieram e os confrontou com coragem: “Sou eu. Eu pratico Falun Gong!”

Um policial gritou: "Prenda-a, leve-a!"

A Sra. Wang disse: “Eu não cometi nenhum crime, por que você está me prendendo? Eu apenas faço os exercícios do Falun Gong para me manter em forma. Eu incomodei alguém? Por que você não vai prender esses funcionários corruptos?”

O oficial disse: “Alguém relatou que você distribuiu brochuras e calendários do Falun Gong. Você postou os cartazes nos postes? Precisamos revistar sua casa.”

“Eu não tenho nenhum material.” Ela bloqueou a porta e a trancou.

Um policial a desafiou: “Se você não tem nada, por que tem medo de que façamos buscas em sua casa?”

Ela respondeu: “Embora eu não possua nada ilegal, não posso deixar você vasculhar a minha casa, pois é ilegal. Todos na vila sabem que todas as minhas doenças foram curadas com a prática do Falun Gong, incluindo problemas cardíacos graves, pressão baixa e dores nas costas e nas pernas.”

Outro policial disse: “O futuro de seus filhos foi arruinado por causa de sua prática”.

Ela refutou: “Meus filhos têm sorte porque continuo saudável. Por isso eles não têm que me cuidar ou pagar elevadas contas médicas para mim.”

Os quatro policiais não tiveram mais argumentos para discutir com ela e foram embora.

Em Chongqing, uma mulher de 77 anos foi submetida a sete visitas de assédio em três semanas. A Sra. Liu Changxiu mora na Península de Rongqiao, no distrito de Nan'an, e é trabalhadora aposentada do Chongqing Changjiang Electric Group. A polícia a prendeu em 21 de outubro de 2020, enquanto ela falava com outras pessoas por que a perseguição ao Falun Gong era errada. Ela foi liberada 11 horas depois.

No dia seguinte, dois funcionários da comunidade local foram à casa da Sra. Liu pela manhã e novamente à noite. A Sra. Liu se recusou a cooperar com eles.

Um policial e um funcionário local foram à casa da Sra. Liu em 3 de novembro e olharam ao redor. Três dias depois, duas pessoas vieram, mas ela não estava em casa. As mesmas duas pessoas que vieram no dia 3 de novembro apareceram novamente no dia 10 de novembro enquanto ela preparava o almoço. Ela se recusou a ir com eles para a delegacia. Dois dias depois, duas pessoas vieram vê-la e ela não estava em casa.

Na manhã de 13 de novembro, sete policiais e autoridades locais invadiram a casa da Sra. Liu. Eles alegaram que só queriam vê-la. Ela os avisou que tentar forçá-la a desistir de sua prática era inconstitucional e que era seu direito praticar o Falun Gong.

Autoridades assediam família de praticante

Membros da família de alguns praticantes também foram assediados. Na cidade de Fengcheng, província de Liaoning, as autoridades foram à casa da Sra. Jiang Hong na manhã de 27 de outubro de 2020. Apenas a filha da Sra. Jiang estava em casa. Eles pediram que ela assinasse uma declaração renunciando ao Falun Gong pela sua mãe, mas ela recusou.

A filha da Sra. Jiang disse: “O Falun Gong curou as doenças da minha mãe. Como ela pode não praticar?” Quando Yang Guang tentou forçá-la a assinar a declaração, ela disse: “Você não tem o direito de me forçar a assiná-la”. Ela também compartilhou que o Falun Gong não se envolve em política. Foi o Partido Comunista Chinês que iniciou a perseguição e os cidadãos têm o direito de expressar suas preocupações.

Nessa altura, a Sra. Jiang voltou para casa. Yang pediu que ela assinasse a declaração de renúncia ao Falun Gong. A Sra. Jiang disse: “Não, não vou assinar. Se eu assinar, não fará nenhum bem para você.” Ela então esclareceu-lhes os fatos sobre o Falun Gong.

No dia seguinte, Yang e Zhou foram ao local de trabalho da neta da Sra. Jiang para assediá-la e ameaçaram que isso afetaria o futuro dela se ela não assinasse a declaração em nome da Sra. Jiang. A neta também se recusou a obedecer.

Reportagens relacionadas:

Em outubro de 2020, 1.077 praticantes do Falun Gong foram presos devido à sua fé

964 praticantes do Falun Gong são alvos de perseguição por causa de sua fé

1.184 praticantes do Falun Gong se tornam alvo por causa da sua fé em agosto de 2020

1.410 praticantes do Falun Gong perseguidos por causa da sua fé em julho de 2020

938 praticantes do Falun Gong são perseguidos por causa de sua fé em maio de 2020

1.178 praticantes do Falun Gong foram assediados por causa de sua fé em abril de 2020

747 praticantes do Falun Gong foram perseguidos por causa de sua fé em março de 2020

Apesar da pandemia do coronavírus, a perseguição ao Falun Gong continua na China

194 praticantes do Falun Gong perseguidos por causa da sua fé em janeiro de 2020

Reportagem relacionada em inglês:

5,313 Falun Gong Practitioners Targeted for Their Faith in First Half of 2020

Artigo relacionado em chinês: 

宁夏贺兰县政法委操控有关人员持续骚扰法轮功学员