(Minghui.org) A exposição internacional A Arte de Zhen, Shan, Ren (Verdade, Compaixão, Tolerância) foi realizada entre 26 de maio e 9 de junho de 2017 na galeria Melefors, na cidade de Linköping, Suécia. Antes do evento, a Embaixada Chinesa ligou para autoridades suecas e demandou que a cidade cancelasse o evento.

Veracidade, compaixão e tolerância são os princípios do Falun Gong, uma disciplina espiritual que tem sido perseguida pelo regime comunista chinês nos últimos 18 anos. Órgãos do regime chinês, no exterior, frequentemente tentam interferir nos esforços dos praticantes que buscam sensibilizar a comunidade internacional sobre a questão da perseguição.

As autoridades da cidade de Linköping se negaram a atender à exigência da Embaixada Chinesa. A cerimônia de abertura da exibição contou com a presença do Sr. Niklas Nåbo, vice-prefeito da cidade, e outros quarenta convidados. O Sr. Nåbo pronunciou um discurso na abertura da exposição no qual destacou a importância do respeito aos direitos humanos.

Sr. Niklas Nåbo (direita), vice-prefeito da cidade de Linköping, e Sr. Ilias (esquerda), anfitrião da exposição de arte, na cerimônia de abertura em 26 de maio de 2017.

O Jornal Linköping Posten noticiou a cerimônia de abertura da exposição. O artigo expõe a tentativa da embaixada chinesa para cancelar o evento.

Na véspera da abertura da exposição, o site Östgöta Correspondenten apresentou uma reportagem sobre o Falun Gong e a perseguição enfrentada na China.

Visitantes da exposição.

Em seu discurso na abertura da exposição, o Sr. Nåbo mencionou a iniciativa da embaixada chinesa e explicou as razões de não a ter atendido e da sua decisão de participar na abertura do evento. Ele disse: “Nós fomos exortados a nos posicionar e proteger os direitos humanos e as liberdades básicas sobre as quais a nossa própria sociedade está assentada”. Ele também salientou que a Suécia deveria ser um exemplo para que outros países se posicionassem e anunciassem suas opiniões sobre as questões de direitos humanos.

Duas das mídias de maior circulação na cidade informaram sobre o evento. Em 31 de maio, o jornal Linköping Posten expôs o modo como a embaixada chinesa tentou interferir para cancelar a exposição e qualificou essa ação como “um ato bizarro”. O artigo também elogiou os anfitriões da exposição, Sr. Ilias e Sr. Michel, pela coragem e determinação de ambos a fim de trazer a exibição de arte Zhen, Shan, Ren para a cidade de Linköping.

“Antes da exposição, a cidade recebeu um telefonema da Embaixada da China dizendo que o evento não era adequado para os cidadãos de Linköping”, diz o artigo. O artigo lembra que a embaixada chinesa já havia interferido na realização de outro evento do Falun Gong, anos atrás. De acordo com a reportagem, na época em que a cidade de Linköping se prepara para receber o show do grupo de dança Shen Yun a Embaixada da China em Estocolmo interferiu para cancelar o programa.

Em 25 de maio, à véspera da exposição Zhen, Shan, Ren, um artigo do jornal Östgöta Correspondenten apresentou o Falun Gong como uma disciplina espiritual e um modo de vida enraizado na cultura chinesa tradicional. A reportagem destaca que o título da exposição é uma referência aos princípios basilares do Falun Gong (verdade, compaixão, tolerância) e que a missão da exibição de arte era expor a perseguição à prática, ainda em andamento na China.

Em suas duas semanas de duração, a exposição atraiu mais de 500 visitantes. Heidi, um guia voluntário na exposição, notou que havia um público muito jovem e interessado. Os jovens foram atraídos para a exibição enquanto caminhavam pela galeria ou depois de receberem folhetos nas ruas. Eles estavam curiosos e queriam saber por que o Falun Gong era perseguido da China. Eles mostraram muita simpatia pelos praticantes chineses.

Um dia, uma jovem de vinte e poucos anos dirigiu-se a Heidi e solicitou que ele a guiasse pela exposição de modo que ela pudesse aprender mais sobre o assunto. Em uma hora ela compreendeu o que acontecia na China e disse acreditar que a bondade eventualmente venceria o mal. Ela disse que, em meio à escuridão, havia luz irradiando de todas as pinturas e dando esperança às pessoas.