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​Fahui da China | O poder da compaixão

19 de novembro de 2024 |   Escrito por um praticante do Falun Dafa na província de Shaanxi, China

(Minghui.org) Sou uma pessoa que prefere a solidão. Desde a infância, preferi ficar sozinho, para poder evitar todas as interações, porque não estava disposto a ser controlado pelos outros. Meu maior desejo era me esconder em uma caverna e cultivar longe do mundo. Quando adulto, decidi não me casar nem ter filhos. Um estranho entre meus colegas, tratava meus parentes e amigos com frieza e não estava motivado a trabalhar ou mesmo ajudar outros praticantes. No início, acreditei complacentemente que isso se devia à minha falta de "emoções humanas". Com o tempo, percebi que, para um discípulo do Dafa no período de retificação do Fa, o desejo de praticar sozinho e se recusar a ajudar os outros era uma manifestação de egoísmo. Percebi minha incapacidade de cultivar compaixão.

Ao estudar o Fa, li as palavras do Mestre:

"Você deve ser gentil, tratar os outros com bondade e sempre considerar os outros ao fazer qualquer coisa. Diante de um problema, você deve pensar primeiro se os outros poderão suportar ou não, se serão prejudicados ou não. Faça assim e não será um problema." (Quarta Aula, Zhuan Falun)

Depois de entender esse princípio, tentei colocar em prática o que aprendi nos últimos anos para me tornar mais atencioso com os outros. À medida que gradualmente eliminava meu egoísmo, meu campo de energia reto se fortalecia. Encontrei muitos eventos difíceis que foram facilmente resolvidos.

Compaixão pela equipe da Agência 610

Dois anos atrás, descobri uma restrição imposta ilegalmente que me impedia de viajar para fora da China e decidi visitar a Agência 610 para solicitar sua remoção. Ao visitar a Agência 610, senti verdadeiramente compaixão pela primeira vez. Queria salvá-los com pensamentos retos e impedi-los de cometer crimes contra o Dafa. Mas, ao mesmo tempo, fiquei com muito medo e ressentido com eles, então meus sentimentos de compaixão não foram sustentados de forma alguma.

Durante as negociações, continuei gritando em meu coração: "Mestre, me ajude". De repente, me senti cercado por um forte campo reto. Sem medo ou ressentimento, e sem medo da vida ou da morte, eu estava quase em um estado divino. Os oficiais que estavam clamando para me ver instantaneamente se esconderam e se recusaram a me encontrar.

Eu sabia que o Mestre estava me fortalecendo, mas não que eu havia alcançado esse estado de espírito por meio de meus próprios esforços no cultivo. Voltei para casa deprimido, pensando: "Não me cultivo bem, o Mestre sempre tem que me proteger. Posso nem mesmo atingir a consumação. Não correspondi à compaixão do Mestre e às expectativas dos seres sencientes em meu mundo. Se eu realmente falhar em atingir a consumação, darei o fruto amargo de minhas próprias ações e darei a poderosa virtude que o Mestre me deu aos meus seres sencientes, para que eles possam sobreviver". Assim que esse pensamento se manifestou, comecei a tremer e chorar incontrolavelmente. Eu sabia que aquelas lágrimas não eram minhas, mas dos seres sencientes que pertenciam ao meu mundo. Uma energia indescritivelmente bela pairava em volta do meu corpo, e percebi que esse era o sentimento de compaixão.

Cada rodada subsequente de negociação com a Agência 610 e os policiais da delegacia era um teste para determinar se eu conseguiria eliminar meu egoísmo e o medo para desenvolver compaixão. Eu conseguia sentir a proteção do Mestre trabalhando a cada vez, permitindo-me voltar para casa em segurança. Com a bênção compassiva do Mestre, passei de me sentir desconfortável e nervoso com eles para desejar sua salvação do fundo do meu coração. O que era fundamental para isso era se eu conseguiria seguir os ensinamentos do Dafa, deixar de lado meu ego e pensar desinteressadamente nos outros.

Enquanto negociava com eles, comecei a sentir pena desses policiais. Tendo cometido crimes contra o Dafa sem saber, suas almas enfrentariam a aniquilação no futuro. Quando meu lado compassivo foi totalmente ativado, notei que seus lados despertos se sentiram culpados após ouvir minhas advertências, e imediatamente abordaram seus superiores para cancelar a restrição ilegal que impedia minha saída do país. Sob esse campo de compaixão, eles me trataram com sinceridade educada, comunicaram seu desejo sincero de parar de participar da perseguição e até expressaram simpatia por mim.

Embora a questão da minha restrição de viagem permanecesse sem solução, muitos oficiais pararam de me perseguir depois disso. Contanto que eles pudessem mudar de ideia e até mesmo me ajudassem, mesmo que minha situação permanecesse inalterada, pelo menos esses oficiais poderiam eliminar alguns dos pecados que trouxeram para si mesmos ao perseguir os praticantes do Dafa.

Compaixão pelos companheiros praticantes que ficaram para trás

Por meio do estudo do Fa, percebi que além de focar em meu próprio aprimoramento, também tinha o dever de ajudar os praticantes ao meu redor que permaneceram presos. Com todos avançando em conjunto, podemos salvar mais seres sencientes. Ao longo dos anos, a maioria dos coordenadores em nossa área foram perseguidos até a morte ou foram presos. Espalhados como grãos soltos de areia e devastados pela perseguição, muitos praticantes estudaram o Fa secretamente em casa, recusando-se a sair. Muitos grupos de estudo do Fa também foram dissolvidos. Visitei as casas desses praticantes e os convidei a participar do estudo do Fa em grupo na minha casa.

Descrevi o poder do Dafa e como me senti depois de cumprir com os requisitos do Fa e melhorar em níveis, antes de encorajar todos a saírem e salvarem seres sencientes. Embora meus motivos fossem bons, meus sentimentos de ressentimento, inveja, impaciência e arrogância permaneceram presentes, então não consegui desenvolver compaixão. Como resultado, os conflitos logo surgiram. Alguns praticantes perderam o contato com o cultivo por um longo tempo e possuíam fortes apegos a serem criticados. Quando mencionei um apego de longa data, um praticante de repente pulou e gritou comigo para deixá-lo em paz. Ele se recusou a ouvir meus conselhos, se recusou a ser mais diligente e se recusou a abrir mão de seus apegos humanos.

Diante dessa resposta, me senti ofendido e frustrado. Embora estivesse tentado a desistir, sabia que isso se manifestava por ele ser controlado por noções humanas e não era genuinamente de seu coração. Eu não deveria me deixar influenciar.

O Mestre disse:

"Quando vocês coordenam entre si, são os corações humanos que produzem os conflitos, este é o estado e o comportamento dos cultivadores, isto não significa de forma alguma que algum de vocês realmente não seja bom. O lado bom já não pode ser visto, já foi separado, o que pode ser visto é sempre este lado que não foi cultivado; abracem o coração de misericórdia, não olhem as pessoas sempre de uma maneira fixa." (O que é um discípulo do Dafa)

Abandonei meu ego, deixei de lado suas palavras e olhei para a situação da perspectiva de uma terceira pessoa com os princípios do Fa. Depois que ele se acalmou, respondi: "Sei que essas palavras não foram ditas por seu verdadeiro eu e não as levarei a sério. Mas não importa o que diga, nunca desistirei de você. Mesmo que minha chance de sucesso diminua para apenas 1%, não desistirei, porque não apenas devemos nos salvar, mas também devemos salvar os incontáveis seres sencientes do mundo que representamos. Eles são nosso povo e também seres sencientes sob os cuidados do Mestre. Você deve ser diligente para o bem da sobrevivência deles."

Enquanto falava, senti uma energia compassiva correndo para envolver meu entorno. Este colega praticante imediatamente se acalmou, refletiu sobre seus erros e caiu em um estado de profunda contemplação. Subsequentemente, nós encorajamos uns aos outros a memorizar o Fa, deixar de lado nossos medos e sair com sucesso para salvar seres sencientes. Corrigimos muitos comportamentos e noções humanas por meio do estudo e discussões do Fa, ajudando assim uns aos outros a melhorar. Com o tempo, mais pessoas se juntaram ao nosso grupo de estudo do Fa. Embora não haja muito tempo restante, seguiremos em frente da melhor forma possível, pois cada um de nós tem uma enorme responsabilidade de viver de acordo com as expectativas do Mestre e dos seres sencientes.

Compaixão pelas pessoas comuns

Originalmente, comecei a esclarecer a verdade pessoalmente porque o Mestre nos pediu para salvar seres sencientes. Eu não tinha compaixão pelas pessoas, especialmente aquelas que se recusavam a renunciar ao Partido Comunista Chinês (PCC) apesar das minhas explicações. Eu condenava essas pessoas em meu coração, acreditando que elas estavam além da esperança e não mereciam uma segunda chance.

Conheço muitos jovens, e um grande número deles são ateus convictos. Depois que desenvolvi um coração de compaixão, meus fortes pensamentos retos me permitiram parar de me preocupar com como eles se sentiriam ou reagiriam. Meu único desejo era esclarecer os fatos e salvá-los. Quando eles tinham perguntas, o Mestre me dava sabedoria para resolver suas dúvidas uma por uma. Algumas pessoas me diziam: "Não tenho certeza do porquê acredito em suas palavras. Parece que você está aqui para me salvar." Várias pessoas comuns até fizeram perguntas sobre começar a prática de cultivo. Um campo de compaixão pode desencadear mudanças em pessoas comuns e torná-las mais fácil de salvá-las.

O Mestre disse:

"Seres que não foram retificados pelo Fa, por outro lado, usarão os princípios do velho cosmos para fazer as coisas, e os usarão para avaliar os discípulos do Dafa. Eles só se sentirão bem com isso quando você atender aos padrões que eles reconhecem; só então eles deixarão você progredir para cima livre de interferências; e só então eles pensarão que você está qualificado para salvá-los." ("20º Aniversário do Ensinamento do Fa", Ensinamentos Coletados Dados ao Redor do Mundo Volume XI)

"É por isso que o discípulo do Dafa deve se conduzir de forma reta em seu caminho, pois só assim poderá salvar seres e completar seu caminho; é difícil assim; sem isso criam-se dificuldades para salvar seres." (Vinte anos de transmissão do Fa)

Depois que meu nível de cultivo melhorou, aqueles que antes eram mais resistentes se tornaram mais fáceis de salvar. O nível de cultivo de um praticante tem um efeito correspondente ao salvar seres sencientes, e esta é a razão pela qual o Mestre encorajou nossa melhoria contínua no cultivo. Esta é a única maneira de salvar mais pessoas.

O poder da compaixão

Antes de descobrir o poder da compaixão, sempre que eu encontrava conflitos ou perseguições, eu abordava a situação com raciocínio humano, resultando na manifestação de apegos humanos, como combatividade e ressentimento. A cultura arraigada do PCC também me levou a acreditar que dominar os outros com força era a única maneira de influenciar os outros a seguirem minha opinião.

Estes últimos dois anos me levaram a perceber o poder da compaixão. Este campo de compaixão mudou muitas das minhas ações e comportamentos egoístas e até mesmo desencadeou mudanças positivas nas pessoas ao meu redor, trazendo à tona sua gentileza inata.

Nossos caminhos de cultivo não são mais de natureza pessoal, pois nossos caminhos envolvem a sobrevivência de incontáveis seres sencientes. Quanto mais progredimos em nossos caminhos de cultivo, mais pesadas são nossas responsabilidades. Devemos ser rigorosos e cultivar-nos bem para melhor auxiliar o Mestre na retificação do Fa e cumprir nossas missões de vida.