(Minghui.org) Continuação da Parte 3.
Nota do editor: O ambiente na China continental está repleto de cultura do Partido Comunista. Imerso em tal ambiente, pode-se gradualmente ser influenciado pela cultura do Partido sem perceber. Esta série de 8 partes explora alguns problemas comumente vistos entre os praticantes que podem ser atribuídos à cultura do Partido. Esperamos que sirva como um lembrete enquanto trabalhamos para nos libertar das garras do Partido Comunista.
Uma das principais características da cultura do Partido é o ódio. O Partido Comunista Chinês (PCC) ensinou: “Morda o seu ódio, mastigue-o e engula-o. Plante o ódio em seu coração para que ele brote.”
Sob o Partido Comunista, as pessoas são criadas com ódio contra os inimigos de classe desde a infância. A crueldade para com os “inimigos do Partido” é elogiada como uma virtude e substitui valores universais como amizade, amor, compaixão, empatia e harmonia entre as pessoas.
O ódio e a luta incitados pelo PCC motivam revoltas e fazem com que o povo chinês tenha uma forte mentalidade competitiva, protejam muito a si mesmos e desrespeitem e ignorem as necessidades dos outros. Quase se tornaram uma segunda natureza.
Às vezes, quando estamos tentando fazer com que as pessoas saibam sobre a perseguição, o ódio ou outros pensamentos negativos derivados da cultura do Partido podem se manifestar em nossas ações e impedir as pessoas de aceitarem o que todos temos a dizer.
Como cultivadores que seguem os princípios “Verdade, Compaixão e Tolerância”, devemos tentar identificar o ódio em nós e removê-lo através do cultivo. Precisamos abrir nossos corações e ter mais consideração pelos outros. Devemos aprender a apreciar quando os outros nos fazem bem e também a tolerar e perdoar quando os outros nos fazem mal, especialmente aqueles que nos perseguem.
Certa vez, uma praticante contou que foi espancada até ficar inconsciente por alguns policiais. Depois que ela acordou, um deles perguntou a ela: "Você nos odeia por bater em você?"
"Não, eu não odeio. Eu só tenho pena de vocês e sinto compaixão por vocês”, respondeu ela.
Ela disse que realmente esperava que eles parassem de fazer o mal. Com grande compaixão, ela os persuadiu a não participarem da perseguição e os encorajou a renunciar ao Partido Comunista.
Fiquei realmente comovido com sua grande tolerância. Comparado a ela, eu ainda não havia perdoado totalmente aqueles que me machucaram ou me perseguiram. Embora eu tenha parado de reclamar deles na superfície, aqueles momentos infelizes ainda voltavam constantemente, se repetindo em minha mente como um filme.
Na verdade, o Mestre me mostrou meus laços cármicos com eles na história e que, quando me causaram grande dano, estavam, na verdade, me dando diamantes brilhantes. O fato de terem me machucado foi, na verdade, um arranjo do Mestre para que eu melhorasse meu xinxing e retribuísse meu carma.
Certa vez, ouvi alguns praticantes dizerem: “Postar pôsteres de esclarecimento da verdade não será útil. Assim que os postarmos, alguém os destruirá”. Alguns disseram: “Quem tirá-los será punido e terá dor nas mãos ou sofrerá outra retribuição”.
Acho que tais pensamentos são um reflexo das queixas e ódio das pessoas que estão envolvidas na perseguição. O pensamento em si é perverso e equivale a xingar as pessoas que tiram os cartazes.
O Mestre disse:
“Porém, vocês sabem o que é uma pessoa boa ou uma má? Com o seu coração cheio de ódio, de maldade, pensem todos, que tipo de vida é essa? Isso se manifesta no comportamento, inclusive em sua face, você acaba sendo visto como um ser perverso.” (“Ensino do Fa proferido no Fahui de São Francisco de 2014”)
Devemos ter em mente que nossos pensamentos carregam energia e podem restringir os não praticantes. Às vezes, é exatamente porque nossos pensamentos não são corretos que os seres conscientes cometem crimes contra o Dafa. Temos que assumir a responsabilidade por isso!
Por outro lado, se pudermos ter pensamentos positivos em relação aos materiais e esperar que qualquer um que os leia mude de ideia sobre o Falun Gong, então os resultados podem ser melhores.
Conheço um menino de seis anos que costuma sair com a mãe para distribuir materiais que esclarecem a verdade. Ele sempre corria para colocar os materiais nas maçanetas das pessoas e não deixava sua mãe fazer isso. Sua mãe ficou curiosa e perguntou o porquê.
Ele disse à mãe que os materiais que distribuía eram dourados e brilhantes. Quando as pessoas com um relacionamento predestinado os liam, o Falun imediatamente elimina os seres que os impedem de serem salvos, e eles nem mesmo pensam em destruir os materiais. No entanto, os materiais dados pela mãe não tinham esse efeito.
Fiquei muito impressionado com o que ele disse. Os jovens discípulos do Dafa têm menos contaminação da cultura do Partido e do mundo humano, então seus pensamentos são muito mais puros e poderosos do que os nossos.
Nós, praticantes adultos, realmente precisamos trabalhar mais em nossas mentes, melhorar a nós mesmos e purificar nossos pensamentos humanos. Se não nos cultivarmos bem, desperdiçamos muitos recursos do Dafa e impedimos que os seres sencientes sejam salvos.
Havia uma praticante idosa que tinha conflitos com sua família e queria ficar com uma jovem praticante por um tempo. A jovem praticante a rejeitou e reclamou dela na frente de muitos praticantes, que então fizeram todos os tipos de comentários sobre a senhora.
A praticante idosa ficou muito chateada e não queria mais se cultivar.
Eu vi suas queixas se transformarem em substâncias pretas e formarem brechas entre os praticantes. Quando aqueles que concordaram com a praticante mais jovem fizeram comentários casuais sobre a praticante idosa, um grupo de monstros parecidos com bico de pato entrou em seus campos dimensionais e se replicou infinitamente. Esses praticantes incorreram em mais carma quando não cultivaram sua fala.
O Mestre disse:
“O carma é produzido pelas coisas erradas que se fez nesta vida e nas vidas passadas. Por exemplo: matar, maltratar, prejudicar interesses, falar mal dos outros pelas costas, ser antipático, e assim por diante, pode criar carma.” (Falun Gong, Capítulo III “Cultivo e refino do xinxing”)
Se de fato a praticante idosa desistisse do cultivo por causa dos conflitos entre os praticantes, então ela e as vidas que ela representa seriam destruídas. Que assunto sério é esse! Em vez de culpá-la e dizer coisas ruins sobre ela pelas costas, devemos realmente apoiá-la com pensamentos retos.
Na verdade, essas duas praticantes foram mãe e filha em uma vida anterior. O Mestre estava usando o conflito para resolverem seus laços cármicos e melhorar o xinxing delas. Foi também uma oportunidade para os praticantes que se envolveram no assunto se aperfeiçoassem. Tudo o que acontece ao nosso redor está relacionado ao nosso cultivo.
O Mestre também disse:
“Alguns sempre insistem: “Ai, por que essa pessoa sempre tem uma atitude assim? Por que se comporta assim com todos?” Também há aqueles que dizem: todos o criticam. Porém, se perguntarem a mim, vosso Mestre, lhes direi que estão todos equivocados. Quando todos deixarem esse apego de querer ouvir palavras boas, puderem manter o coração inabalável quando forem insultados, olhem e vejam se aquela pessoa pode continuar agindo assim com você. Justamente por terem esses apegos é que existem elementos que golpearão vossos corações; é precisamente devido ao fato de seu coração ter sido provocado que você se irrita; quando todos têm esses apegos, surge a situação onde todos estão irritados com a pessoa que golpeia seus corações. Se todos puderem estar serenos ao serem atacados com palavras fortes, sem serem afetados por nada, vejam se ainda existem tais elementos.” (“Ensino do Fa no Fahui de Chicago de 2004”)
Depois dos conflitos, visitei aquela praticante idosa três vezes. Ela estava muito chateada com os outros falando sobre ela e não queria voltar para o grupo de estudo do Fa. Eu encorajei que ela ainda poderia se cultivar em casa.
Era verdade que ela ainda tinha pensamentos humanos e precisava melhorar. Mas foi nossa atitude pobre e falta de compaixão que a impediram de retornar ao grupo.
Por outro lado, também vi um exemplo de como uma praticante que não era bem quista e não era bem-vinda em muitos grupos de estudo do Fa mudou quando os praticantes de um novo grupo de estudo a trataram com gentileza e não a culparam pelas interrupções que causou a seu estudo do Fa.
Outros praticantes são um espelho de nós mesmos. Quando vemos os outros não sendo racionais, mentindo ou perdendo a paciência, precisamos olhar para dentro e mudar a nós mesmos. Se realmente fizermos as coisas de acordo com os requisitos do Mestre, as coisas mudarão para melhor!
O Mestre disse:
“Quando você se confronta com tribulações, ter um coração de grande bondade e compaixão ajuda você a superá-las.” (Falun Gong, Capítulo III)
O Mestre também disse:
“Portanto, independentemente do ambiente ou situação em que você encontrará problemas, você deve manter um coração compassivo e misericordioso ao lidar com tudo. Se você não conseguir amar o seu inimigo, então você não poderá atingir a consumação. (Aplausos) Então por que é que quando uma pessoa comum o deixa zangado, você não pode perdoá-la?! E, em vez disso, você discute e briga com ela como uma pessoa comum? Acaso isto não é uma verdade para os praticantes?” (“Ensinando o Fa na Conferência do Fa da Austrália”)
Nosso ambiente de cultivo com outros praticantes é precioso e sagrado. Devemos ajudar e apoiar uns aos outros para melhorar nosso cultivo. É algo que vai além de qualquer relacionamento no mundo humano.
Quando abandonamos o apego a nós mesmos, teremos um coração mais amplo e os conflitos ou ódio entre os praticantes irão embora. Espero que todos possamos melhorar juntos com base no Fa, eliminar as brechas entre nós e verdadeiramente formar um só corpo e apoiar uns aos outros para completar a última etapa de nossa jornada de cultivo.
Continua na Parte 5.