(Minghui.org) A praticante do Falun Gong, Sra. Zhang Yuhua, estava entre os 27 sobreviventes de perseguição religiosa que se reuniram com o presidente Donald Trump na Sala Oval da Casa Branca, em 17 de julho de 2019.
Os 27 sobreviventes de perseguição religiosa participaram da segunda reunião ministerial para promover a liberdade religiosa, realizada no Departamento de Estado dos EUA em Washington D.C. entre 16 a 18 julho de 2019.
Praticante do Falun Gong, Sra. Zhang Yuhua, cumprimenta o presidente Trump.
Esta é a primeira vez que o presidente Trump se encontra oficialmente com um praticante do Falun Gong na Casa Branca, desde que assumiu o cargo em 2017.
A Sra. Zhang, de 59 anos, contou ao presidente Trump sobre a perseguição de seu marido, o Sr. Ma Zhenyu, que atualmente cumpre um mandato de três anos na Prisão de Suzhou, na província de Jiangsu.
O Sr. Ma, 56 anos, foi preso em setembro de 2017 e condenado à prisão em junho de 2018 por “escrever sete cartas aos líderes do governo central para apelar a favor do Falun Gong”, conforme declarado em seu veredito.
A Sra. Zhang disse ao presidente Trump que está muito preocupada com o marido. Ela conhecia outro praticante que ficou preso durante três anos na mesma instalação. Esse praticante vomitou muito sangue e morreu dois dias depois de ser libertado.
Ela pediu ao presidente Trump para tomar medidas contra a China, com urgência, devido aos abusos dos direitos humanos e a extração forçada de órgãos.
O presidente disse: "Sim, eu entendo".
Durante sua introdução, o presidente Trump expressou sua solidariedade aos sobreviventes de perseguição religiosa e reafirmou seu compromisso em protegê-la.
“Cada um de vocês sofreu tremendamente por sua fé. Vocês sofreram assédio, ameaças, ataques, julgamentos, prisões e torturas. Cada um de vocês se tornou testemunha da importância de promover a liberdade religiosa em todo o mundo”, disse ele.
“Na América, sempre entendemos que nossos direitos vêm de Deus, não do governo. Em nossa Declaração de Direitos, a primeira liberdade é a liberdade religiosa. Cada um de nós tem o direito de seguir os ditames da nossa consciência e as exigências da nossa convicção religiosa.”
“Para todos aqui, vocês passaram por muito mais do que a maioria das pessoas poderia suportar e quero parabenizá-los. É realmente uma honra estar com vocês e eu ficarei lado a lado com vocês para sempre.”
Mais cedo naquele dia, na Ministerial, a Sra. Zhang promoveu a liberdade religiosa e contou a perseguição que ela e seu marido estão sofrendo.
A Sra. Zhang faz um discurso na conferência.
Subsecretário de Estado adjunto, Scott Busby, na conferência.
A Sra. Zhang, ex-professora de idioma russo na Universidade Normal de Nanjing, foi presa quatro vezes e sentenciada a sete anos e sete meses por praticar o Falun Gong. Ela foi severamente torturada na prisão, o que incluiu choques com cassetetes elétricos, privação de sono, injeções forçadas de drogas desconhecidas e permanecer correndo sob o sol escaldante durante horas.
Seu marido, o Sr. Ma, um engenheiro de design de radar, foi preso várias vezes e cumpriu sete anos de prisão antes de seu último mandato.
Mr. Ma Zhenyu
Como as autoridades estão impedindo os advogados de se encontrarem com o Sr. Ma e vários advogados que o representaram antes foram retaliados, a Sra. Zhang disse que se preocupa dia e noite com ele.
“Ele talvez seja torturado até a morte como milhares de outros praticantes do Falun Gong. Ele talvez seja assassinado devido a extração forçada de seus órgãos como [outros] praticantes do Falun Gong, que desconhecemos o número.”
Ela pediu ao governo dos EUA que imponha sanções sob a Lei Global Magnitsky às autoridades chinesas "conhecidas por terem detido, torturado e matado ilegalmente praticantes do Falun Gong".
“Espero que o governo dos EUA, a mídia internacional e grupos de direitos humanos possam ajudar a libertar meu marido e centenas de milhares de praticantes inocentes, mas presos, do Falun Gong”, disse ela.
Secretário de Estado, Mike Pompeo, discursa na cerimônia de abertura da Ministerial para o Avanço da Liberdade Religiosa, em 16 de julho de 2019.
O embaixador-geral dos EUA para a liberdade religiosa internacional, Sam Brownback, disse em 16 de julho que a repressão de pessoas por suas crenças é uma crise global que recebe pouca atenção.
A presidente da Câmara dos EUA, Nancy Pelosi, também participou da conferência. Ela teve uma discussão de uma hora com o ex-congressista, Frank Wolf, concentrando-se nas violações de direitos humanos na China.
Discussão entre a Sra. Pelosi e o Sr. Wolf, moderada pelo Sr. Brownback.
Na discussão, Pelosi chamou a perseguição da liberdade religiosa na China como “um desafio à consciência do mundo”. Ela disse que, se os Estados Unidos não estão dispostos a chamar a China pelos seus abusos de liberdade religiosa, então ele perde sua capacidade para chamar outros países para abusos semelhantes.
Ela acrescentou: "As violações são de tamanha escala e tão grandes; e os interesses comerciais são tão significativos que, às vezes, temperam nossos valores sobre como devemos agir sobre isso".
Frank Wolf, ex-congressista, expressou sua preocupação com a escalada da repressão à liberdade religiosa na China e como as empresas dos países ocidentais estão trabalhando com o regime chinês para desenvolver tecnologias usadas na repressão a grupos religiosos, como a tecnologia de vigilância em massa e inteligência artificial.
"Nenhuma empresa no Ocidente deveria cooperar com os chineses para fazer isso", disse Wolf. "Eu acho que eles deveriam ser processados". Ele disse que as pessoas devem entrar com ações judiciais contra essas empresas e os danos devem ser concedidos a grupos de vítimas, como os uigures, tibetanos e praticantes do Falun Gong.
Pelosi apoiou a proposta e disse que as empresas precisam ser chamadas para ajudar os abusos dos direitos humanos.
“Nós temos que brilhar uma luz e dizer: 'Vocês são cúmplices de ações muito más'. Você quer ser conhecido por isso?”, disse ela.
O porta-voz do Falun Gong, Sr. Zhang Erping, disse em seu discurso na conferência que este 20 de julho marca o 20º aniversário da resistência pacífica do Falun Gong contra a perseguição.
Ele disse que o princípio orientador da prática, Verdade-Benevolência-Tolerância, e o esforço dos praticantes em aumentar a consciência pública da perseguição têm sido amplamente reconhecidos pela comunidade internacional.
"Os praticantes do Falun Gong têm lutado por sua liberdade de crença e por proteger o valor universal da Verdade-Benevolência-Tolerância, que é a base da moralidade humana", acrescentou.
O Sr. Zhang espera que mais pessoas se posicionem contra as violações dos direitos humanos e lutem por um futuro brilhante para todos.
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