Falun Dafa Minghui.org www.minghui.org IMPRIMIR

Praticantes de Falun Gong cremados sem autorização depois de morrerem em consequência de tortura

10 de março de 2015 |   Por um correspondente do Minghui

(Minghui.org) A sra. Gao Xiufeng (高秀), da província de Heilongjiang, foi presa em 12 de maio de 2001, por fazer uma faixa com informações sobre o Falun Gong. Ela entrou em greve de fome para protestar contra a sua detenção e foi submetida a alimentacão forçada. Ela morreu quando um guarda inseriu o tubo de alimentação no seu pulmão, durante uma sessão de alimentação forçada em 19 de maio. Ela tinha 31 anos.

Sra. Gao Xiufeng

Na mesma tarde, a polícia levou o seu corpo para ser cremado. O crematório foi protegido por policiais armados. Seu marido foi preso e detido durante três dias. Ele foi impedido de vê-la pela última vez.

O chefe-adjunto do Departamento de Polícia de Wuchang lhe propôs: “Se você disser que a sua esposa morreu por praticar o Falun Gong, nós lhe pagaremos 600.000 yuanes [1]

O que a polícia chinesa fez à sra. Gao lembra o tratamento dos nazistas aos judeus durante a 2ª Guerra Mundial. Neste 70° aniversário da libertação de Auschwitz no último 27 de janeiro, algumas poucas pessoas ainda duvidam que o Holocausto ocorreu.

***

Inúmeros testemunhos em primeira mão de sobreviventes de Auschwitz apontam para o fato indiscutível: os nazistas cremaram os corpos dos seus prisioneiros.

Como os nazistas, o Partido Comunista Chinês (PCC) desenvolveu uma abordagem sistemática para esconder ou destruir provas de seu genocídio dos praticantes do Falun Gong.

De acordo com relatos compilados pelo Minghui.org, o PCC frequentemente utiliza as seguintes táticas para encobrir o fato de matar cidadãos cumpridores da lei, apenas por se recusarem a renunciar à sua crença no Falun Gong:

- Destruir evidências diretas

Os restos mortais de praticantes torturados até a morte muitas vezes são cremados sem conhecimento das suas famílias. Quando as famílias recebem o aviso que seus entes queridos faleceram, em geral são comunicadas de que os corpos serão levados para cremação, não importando as suas vontades. A polícia ou força as famílias a assinarem formulários de consentimento ou simplesmente forja suas assinaturas. Em alguns casos, a polícia sequer se incomoda em obter consentimento.

- Destruir evidências indiretas

Após a morte de um praticante devido à tortura, as autoridades muitas vezes transferem os indivíduos envolvidos na tortura, morte e cremação dos corpos para diferentes postos. Todas as provas físicas são destruídas, incluindo documentos, gravações de áudio e vídeo, registros médicos, fotos e cartões de registro do praticante. Algumas vezes, as autoridades chegam ao ponto de prender ou matar testemunhas da tortura ou da morte do praticante.

- Proibir a coleta de evidências

As autoridades também empregam todos os meios possíveis para impedir que as famílias reúnam provas da tortura e morte dos seus familiares. As famílias são proibidas de tirar fotos ou filmar os corpos. Elas tampouco podem contratar seus próprios médicos legistas para realizar autópsias independentes

- Esconder notícias das mortes

As autoridades chinesas se empenham em impedir que o luto das famílias dos praticantes mortos pela tortura seja conhecido publicamente. Amigos, vizinhos, colegas de trabalho e membros da família são muitas vezes constrangidos a permanecerem em silêncio.

Conforme relatado no site Minghui.org, os corpos de pelo menos 446 praticantes do Falun Gong foram cremados sem o conhecimento das suas famílias, ou contra a vontade delas. Muitas famílias foram ameaçadas por tentarem descobrir as causas das mortes e por buscarem justiça para seus entes queridos. [2]

A vítima mais jovem, a sra. Zhao Jing (赵静), da província de Jilin, tinha apenas 19 anos. Ela foi espancada até a morte após ter sido presa em Pequim por haver apelado ao governo central pelo fim da perseguição ao Falun Gong. A polícia cremou o seu corpo no mesmo dia de sua morte e não permitiu que o seu pai fotografasse o corpo coberto de marcas de espancamento. [3]

Sra. Zhao Jing

Dos 446 praticantes mortos, 26% (115) tinham entre 30 e 39 anos de idade e 27% (122) entre 40 e 49. A média de idade dos mortos é de 46 anos, sendo que 54% das vítimas eram homens.

Jilin, Heilongjiang, Sichuan, Shandong e Liaoning são as cinco principais províncias onde praticantes foram cremados sem autorização. A Figura 2 mostra as 15 províncias com 10 ou mais cremações forçadas.

Os casos a seguir oferecem um vislumbre das táticas usadas pelo Partido Comunista em sua tentativa de destruir provas de que mata praticantes inocentes do Falun Gong.

Corpo cremado sem o conhecimento da família

Sra. Zhi Guixiang

A sra. Zhi Guixiang (支桂香), da província de Jilin, foi interrogada e torturada até a morte em 27 de julho de 2002. Ela tinha 31 anos. A polícia cremou seu o corpo secretamente em 31 de julho. Quando os pais da praticante perguntaram sobre ela, em 13 de agosto, eles foram informados de que a sua filha havia fugido. No entanto, o casal de idosos conseguiu encontrar o registro da cremação da filha dois dias mais tarde. Quando eles confrontaram a polícia, um policial respondeu: “Não me importa que vocês queiram me processar. Eu não tenho medo. Eu apenas estive cumprindo ordens superiores”. [2]

Corpo apreendido na frente da família

O sr. Shi Zhongyan (石忠岩), da província de Liaoning, morreu três dias depois de uma sessão de alimentação forçada em abril de 2003. Ele tinha 45 anos.

Sr. Shi Zhongyan

Logo após da morte do sr. Shi, a polícia apreendeu o seu corpo na frente da sua família e o levou para o crematório antes do amanhecer. A polícia disse à família que, se quisessem ver o corpo, teriam que obter uma autorização. Quatro dias depois, a polícia cremou o corpo contra a vontade da família e nem mesmo as suas cinzas foram devolvidas. [4]

"Nós vamos cremar o corpo quer você autorize quer não!"

O sr. Yu Huaicai (于怀才) foi preso em 15 de novembro de 2006 e condenado a um ano de trabalhos forçados. Ele foi levado para o Campo de Trabalho de Changlinzi em 30 de dezembro de 2006.

Quando sua família foi visitá-lo no campo de trabalho em março de 2007, ele estava extremamente magro: um homem de mais de 1 metro e 80 centímetros, que pesava cerca de 100 kg estava pesando menos de 45 kg. Ele passou a sofrer de incontinência e havia perdido a habilidade de falar.

Ele também desenvolveu um distúrbio mental e ficava repetidamente batendo as mãos contra a parede. A família suspeita que um médico no campo de trabalho o tenha drogado, já que injeções forçadas de drogas psiquiátricas são comumente usadas na perseguição ao Falun Gong.

Ele faleceu apenas um mês após a visita da família em 22 de abril de 2007 com a idade de 43 anos.

Sr. Yu Huaicai

Após da sua morte, a administração do campo de trabalho falsificou a ficha médica para fazer constar que tivesse morrido de doença. As autoridades tentaram forçar o seu irmão, sr. Yu Huaifu, a assinar o atestado. O sr. Yu recusou-se e disse: “O meu irmão era saudável. Vocês o perseguiram até a morte!”

O guarda respondeu: “Nós vamos cremar o corpo dele, quer você autorize quer não!”

O pessoal do campo de trabalho mandou cremar o corpo do sr. Yu Huaicai com assistência do pessoal da Agencia 610. [5]

Corpo cremado com consentimento forjado

A sra. Sun Yuhua (孙玉华) foi drogada e submetida à alimentação forçada quando entrou em greve de fome para protestar contra sua prisão ilegal em 14 de janeiro de 2004. Ela morreu 55 dias mais tarde aos 48 anos. O seu marido nunca foi informado de que o corpo da sua esposa havia sido cremado secretamente. Contudo, mais tarde ele descobriu que alguém tinha falsificado a sua assinatura numa ficha de consentimento para cremação do corpo da sua esposa. [5]

Sra. Sun Yuhua e sua família

Testemunha assassinada

Sra. Zhang Dezhen

A sra. Zhang Dezhen (张德珍), uma professora de 38 anos de uma escola do condado de Mengyin, província de Shandong, foi espancada até a morte no Centro de Detenção do Condado de Mengyin em 29 de janeiro de 2003. Os torturadores disseram à sua família que ela havia morrido de ataque cardíaco.

O pessoal da Agência 610, em Mengyin, ordenou à polícia que cremasse o seu corpo, rapidamente. Quando o irmão dela, sr. Zhang Dewen, se recusou a assinar a papelada, ele foi barbaramente espancado. Finalmente, ele foi forçado a assinar o consentimento para a cremação. [6]

A praticante sra. Liu Shufen (刘淑芬) testemunhou o espancamento do sr. Zhang. Alguns dias após a morte da sra. Zhang, a polícia disse que sra. Liu precisava fazer uma operação no cérebro, alegando que ela tinha uma doença cerebral. Ela morreu na mesa de operação, como resultado de hemorragia cerebral. Ela tinha 39 anos. [2]

Após as mortes das duas praticantes, a polícia foi até as suas casas e recolheu todas as suas fotos.

Vídeo de praticante morta é confiscado

A sra. Wang Xiufen (王秀芬), de Yongji, província de Jilin, foi presa em 21 de dezembro de 2001 por distribuir materiais informativos sobre a perseguição ao Falun Gong.

Sra. Wang Xiufen

A polícia aguardou 10 dias até informar à família sobre a sua prisão. Quando os seus familiares foram ao departamento de polícia para visitá-la em 1 de janeiro de 2002, eles foram informados de que a sra. Wang havia sido enviada para um hospital.

Eles correram para o hospital onde a sra. Wang já estava em estado crítico. O seu corpo estava coberto de hematomas. Ela faleceu dez minutos após a chegada da sua família.

De acordo com uma testemunha, a sra. Wang fez greve de fome para protestar contra a sua detenção ilegal e foi submetida à alimentação forçada pela polícia.

Tornou-se óbvio, para a família que a sra. Wang havia sido torturada até a morte. Eles gravaram vídeos de seu corpo durante a autópsia. Quando a polícia descobriu isso, eles não permitiram que a família saísse do hospital e obrigou-a a entregar a fita e a câmera.

Depois que o corpo da sra. Wang foi cremado sem autorização, a polícia assediou a sua família, ameaçou-a e ordenou-a que não divulgasse a notícia da sua morte. [7]

Funeral de praticante é invadido para impedir que a notícia da sua morte se espalhasse

Sra. Duan Shiqiong

A sra. Duan Shiqiong (段世琼), uma praticante do Falun Gong de Chongqing, morreu em consequência de alimetação forçada no Centro de Detenção de Chengdu. Durante seu funeral em 24 de setembro de 2003, dezenas de policiais apareceram, destruíram o seu retrato e saquearam o local. Um praticante local do Falun Gong que assistia o funeral foi preso. O marido da sra. Duan, sr. Wang Zhihai, que também pratica o Falun Gong foi preso mais tarde. Ambos foram detidos por 15 dias. [2]

Informações para este artigo foram compiladas dos artigos seguintes, publicados anteriormente e disponíveis apenas em chinês:

[1] http://www.minghui.org/mh/articles/2015/1/5/恶警灌食窒息害死多人-302059.html

[2] http://www.minghui.org/mh/articles/2013/12/7/中共酷刑虐杀法轮功学员调查报告-1--283668.html

[3] 15 anos de brutalidade implacável: uma análise das mortes confirmadas de 445 praticantes do Falun Gong por espancamento

[4] http://www.minghui.org/mh/articles/2015/1/9/从“强行火化”看中共恶中之恶-302869.html

[5] http://www.minghui.org/mh/articles/2014/8/20/哈尔滨呼兰区法轮功学员十五年被迫害纪实-296231.html

[6] http://www.minghui.org/mh/articles/2014/8/21/由强迫签字、按手印看中共的险恶-296278.html

[7] http://www.minghui.org/mh/articles/2003/12/17/血雨腥风难遮天-吉祥瑞地曙光明(六)-62356.html