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​Encontrando e eliminando a cultura do Partido Comunista em mim mesmo

21 de setembro de 2024 |   Escrito por Wan Zhen, praticante do Falun Dafa fora da China

(Minghui.org) Recentemente, tive algumas percepções em meu cultivo que gostaria de compartilhar com meus colegas praticantes.

Precisamos nos lembrar de sempre considerar os outros

Na semana passada, quando estava esclarecendo a verdade a um grupo de ocidentais, alguém me perguntou sobre a infiltração e o controle da religião pelo Partido Comunista Chinês (PCC). Havia uma chinesa na plateia que me refutou em inglês na hora, dizendo que ela tinha ido a muitas igrejas na China e que elas não eram diferentes das igrejas que ela tinha visitado fora da China.

Naquela ocasião, senti certo ressentimento em meu coração por ela ter interferido em minha conversa e até me perguntei se ela era uma agente secreta. Hoje, estudei o artigo do Mestre “Despertar súbito” e percebi que meus pensamentos não eram gentis. 

Talvez a igreja chinesa que ela freqüentava fora da China também tenha sido infiltrada pelo PCC, de modo que ela realmente sentia o mesmo em casa e no exterior. A julgar por suas palavras, ela sofreu de fato uma lavagem cerebral do PCC. Assim como muitos chineses que foram para os Estados Unidos, eles ainda acessam o WeChat todos os dias para obter notícias e também acham que a China é tão livre quanto qualquer nação ocidental.

Quando esclareci os fatos, não levei em conta o fato de que poderia haver chineses do continente na multidão. Se tivesse levado em conta os sentimentos dela, teria sido mais cuidadoso com minhas palavras, de modo que ainda pudesse esclarecer os fatos aos ocidentais sem despertar o ressentimento dos chineses do continente. Descobri que essa era uma área em que precisava melhorar.

Eliminação da cultura do partido

Muitos praticantes chineses não sabem como se livrar da cultura do PCC. Zhenzhen, uma colega praticante, recentemente me contou como ela identificou e se livrou da cultura do partido em si mesma.

Ela ajudou alguns praticantes ocidentais a dar uma aula sobre o Falun Dafa na biblioteca local. Os praticantes ocidentais eram muito silenciosos ao fazer seu trabalho e movimentar as coisas; não eram tão barulhentos como os praticantes chineses.

Os praticantes ocidentais também eram muito educados e pediam permissão aos funcionários da biblioteca até mesmo para as menores coisas, ao contrário dos praticantes chineses, que tomavam as coisas como certas e iam direto para o trabalho. Sem ver outra maneira de se comportar, é difícil enxergar a própria cultura do partido, muito menos saber como removê-la. Ela ficou profundamente comovida com isso.

 Tive uma experiência semelhante. Há muitos anos, uma colega praticante de Taiwan, Jieyu, organizou uma exposição de Arte sobre Zhen Shan Ren. Aproveitei e me inscrevi para ser um dos guia. No dia da exposição, houve um vento forte que derrubou árvores na rodovia e causou engarrafamentos. Por causa do trânsito, cheguei uma hora atrasado.

Achei que ela ficaria chateada e com raiva de mim. Achei que ela me culparia por não ter saído de casa mais cedo por causa da tempestade. Se eu fosse o organizador, teria ficado ressentido e com raiva. Mas ela não só não ficou brava como até me consolou por ter dirigido em forte tempestade.

A exposição naquele dia foi muito bem-sucedida, com a presença de muitas pessoas, e o ambiente estava particularmente tranquilo. Essa foi a primeira vez que percebi claramente em mim a cultura do Partido em contraste com a bondade de Jieyu.

Jieyu era muito calma e eficiente. Nunca a vi perder a paciência; não importava o quão apertado fosse o cronograma, ela era sempre organizada e rápida para terminar o que precisava ser feito.

Em contrapartida, vejo que minha própria falta de cuidado e impaciência são manifestações da cultura do partido. Quando estou com pressa, falo alto e sou completamente insensível aos sentimentos dos outros.

Também descobri que a cultura do Partido em mim vem porque consumi muitos filmes e literatura chineses desde criança. Senti que, ao agir da mesma forma que os personagens, que expressava minha individualidade, e também gostava de ser diferente. Encontrava a desculpa para meu temperamento explosivo, disfarçando-o de “ser direto” e dizendo a mim mesmo que tinha boas intenções e uma mente inocente.

Se não tivesse trabalhado com as pessoas de Taiwan e da sociedade ocidental, teria sido muito difícil para mim perceber a cultura do Partido que adquiri, e muito menos saber como deveria ser a sociedade humana comum.

Espero que os colegas estrangeiros compartilhem mais de suas experiências nesse sentido.