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​Washington D.C.: Coletiva de imprensa pede o fim da extração forçada de órgãos na China

11 de setembro de 2024 |   Escrito por Li Jingfei, correspondente do Minghui em Washington D.C.

(Minghui.org) No dia 4 de setembro de 2024, os praticantes do Falun Gong em Washington, D.C., realizaram uma coletiva de imprensa no Cannon Office Building da Câmara dos Deputados dos EUA, pedindo o fim dos crimes de extração forçada de órgãos, cometidos pelo Partido Comunista Chinês (PCC) contra o Falun Gong e outros prisioneiros de consciência. Várias autoridades dos EUA condenaram esse crime. Especialistas em Think Tanks (instituições que fazem a ligação entre o conhecimento acadêmico e as políticas públicas) apontaram que a extração de órgãos cometida pelo PCC ainda está em andamento e pediram uma investigação internacional independente.

Uma coletiva de imprensa foi realizada no Cannon Office Building da Câmara dos Deputados dos EUA no dia 4 de setembro de 2024.

No dia 9 de agosto, depois que o praticante do Falun Gong Peiming Cheng, relatou sua experiência de ter sido submetido à extração forçada de órgãos realizada PCC, durante um painel de discussão em Washington D.C., mais de 40 meios de comunicação de língua inglesa noticiaram o fato. Posteriormente, o PCC negou que tenha extraído órgãos do Sr. Cheng.

O Sr. Cheng descreveu sua experiência durante a coletiva de imprensa e disse que agradece a ajuda do governo dos EUA.

O Sr. Cheng nasceu na cidade de Jixi, província de Heilongjiang, em 1965, e trabalhou como mineiro na mina Zhangxin, na cidade de Jixi. Em 1998, ele começou a praticar o Falun Gong e por cinco vezes, foi detido e torturado pelas autoridades do PCC. Em dezembro de 2001, ele foi condenado a oito anos de prisão. Ele foi torturado na Prisão nº 3 de Harbin e na Prisão de Daqing e por pouco escapou da morte.

Em 2015, o Sr. Cheng fugiu da China e chegou aos Estados Unidos em 2020 com a ajuda de funcionários do Departamento de Estado dos EUA. Desde que chegou ao país, ele foi submetido a nove exames de imagem diferentes, incluindo três tomografias computadorizadas, três ultrassons, dois raios X (um com bário) e uma ressonância magnética (MRI). Os resultados mostraram que seu fígado e pulmão esquerdos foram parcialmente removidos.

Na coletiva de imprensa, o Sr. Cheng agradeceu ao governo dos EUA por ter lhe resgatado, o que lhe deu a oportunidade de falar e defender os praticantes do Falun Gong, os quais foram torturados pelo PCC até a morte.

Robert Destro, ex-secretário adjunto de Estado dos Estados Unidos, disse que, quando soube da experiência de Cheng, enviou uma equipe do Bureau de Assuntos do Leste Asiático e do Pacífico do Bureau de Democracia, Direitos Humanos e Trabalho do Departamento de Estado para investigar o incidente e se informar sobre a situação. Depois de determinar que o caso merecia uma investigação mais aprofundada, o Departamento de Estado iniciou o processo de levar o Sr. Cheng aos Estados Unidos para ser examinado e analisado.

Robert Destro, ex-secretário adjunto de Estado, discursou na coletiva de imprensa.

Robert Destro disse: “Para mim, como Secretário de Estado Assistente, minha realização foi resgatar Cheng Peiming”.

Congressista Gus Bilirakis: Os praticantes do Falun Gong são a principal fonte da extração forçada de órgãos cometida pelo PCC

Congressista Gus Bilirakis.

O congressista americano Gus Bilirakis emitiu uma declaração dizendo que os praticantes do Falun Gong foram perseguidos, intimidados, presos, torturados e até mesmo morreram nas mãos do Partido Comunista Chinês simplesmente por aderirem às suas crenças pessoais. Os praticantes são a principal fonte da extração ilegal de órgãos cometida pelo regime comunista chinês, especialmente nas prisões, campos de concentração e instalações de detenção da China, onde são submetidos a perseguição e tortura brutais.

Ele ressaltou que os Estados Unidos e seus aliados devem enviar uma mensagem forte e inflexível para defender os direitos humanos básicos de todas as pessoas e oferecer-lhes proteção.

A Coalizão Internacional para Acabar com o Abuso de Transplantes na China (AATC): O PCC encobre a extração forçada de órgãos dos praticantes do Falun Gong

Conferência de imprensa no Cannon Office Building da Câmara dos Deputados dos EUA em 4 de setembro de 2024.

Em resposta ao PCC sobre o caso do Sr. Cheng, vítima da extração forçada de órgãos cometida pelo Partido, a professora Wendy Rogers, presidente do Conselho Consultivo da AATC, e o advogado de direitos humanos de renome internacional David Matas emitiram uma declaração. Na mesma, eles apontaram que a resposta do PCC mostra que o Partido acredita que o caso do Sr. Cheng é sério o suficiente para exigir comentários.

A resposta do PCC não veio do hospital em que Cheng Peiming foi perseguido (Hospital Daqing), embora o hospital fosse o mais provável a comentar sobre a cirurgia que Cheng fez. Em vez disso, a resposta do PCC veio do Departamento de Segurança Pública Municipal de Tianjin. É amplamente conhecido que Tianjin é uma importante área envolvida na extração forçada de órgãos e no turismo de transplante dos mesmos. A resposta da Secretaria Municipal de Segurança Pública de Tianjin mostra que ela está se desculpando demais, o que demonstra que eles querem encobrir algo, não apenas para encobrir a experiência do Sr. Cheng, mas também para encobrir a extração forçada de órgãos dos praticantes do Falun Gong.

A evidência de que Cheng Peiming foi forçado a se submeter a uma cirurgia e que alguns dos seus órgãos estão parcialmente ausentes é irrefutável. A resposta da Secretaria Municipal de Segurança Pública de Tianjin não pode responder a esses fatos incontestáveis.

Shea, diretora do Hudson Institute: Não acredito no regime do PCC

Nina Shea, diretora de liberdade religiosa do Hudson Institute, um centro de estudos com sede em Washington, fala em uma coletiva de imprensa em 4 de setembro de 2024.

Nina Shea, Diretora de Liberdade Religiosa do Hudson Institute, um Think Tank de Washington, disse durante a coletiva de imprensa: “Eu saúdo o Sr. Cheng por sua coragem. Ele é o único sobrevivente, da extração forçada de órgãos, a se posicionar publicamente contra essa atrocidade horrível, e precisamos ouvir sua voz”.

Shea disse que, quando se encontrou com o Sr. Cheng na semana passada, viu de perto as cicatrizes deixadas pela operação em seu corpo, verificou os exames e leu os relatórios do médico e dos especialistas. Shea disse: “Eu acredito nele, acredito que ele é um sobrevivente da extração forçada de órgãos, realizada pelo PCC. Não acredito no governo chinês, não acredito no PCC, porque o mesmo sempre mentiu, confundiu o público, espalhou informações falsas e encobriu os fatos”.

O ex-congressista Frank Wolf discursou na coletiva de imprensa.

Durante 34 anos, Frank Wolf, que foi congressista dos EUA, expressou sua raiva em relação à grande mídia dos Estados Unidos por evitar a questão da extração forçada de órgãos das pessoas na China. Ele perguntou na coletiva de imprensa: “Onde está o The Washington Post?”

Ele agradeceu ao Sr. Cheng e disse: “É preciso muita coragem. Se uma pessoa passou por tudo isso, ela gostaria de esquecer completamente”.

Wolf disse que a extração forçada de órgãos, realizada pelo PCC, é conhecida há muitos anos, e que as pessoas ficaram sabendo disso em manifestações e outros eventos, e que já é de conhecimento de todos. Ele disse: “Nessa questão, nosso governo falhou com o povo chinês”.

Assim como o congressista Wolf, a diretora do Hudson Institute, Shea, está preocupado com isso. “Nossas excelentes escolas e universidades de medicina se tornaram cúmplices, fornecendo programas de pesquisa e treinamento para a China.” Os registros da Doctors Against Forced Organ Harvesting (DAFOH) mostram que as universidades americanas treinaram 344 médicos (chineses) em transplantes.

Shea disse que as faculdades de medicina ouviram falar desse crime contra a humanidade, mas nem sequer questionaram, nem perguntaram à China a procedência dos órgãos, nem pediram que confirmassem a origem dos mesmos.

Para acabar com esse crime, Wolf propôs entrar com uma ação legal contra médicos, instituições, hospitais, centros de treinamento nos Estados Unidos e em outros países ocidentais que participaram da extração forçada de órgãos realizada pelo PCC.

Shea disse que, a extração forçada de órgãos, ainda está acontecendo e ela não acredita que vá parar a menos que haja uma equipe de investigação internacional independente para averiguar.