(Minghui.org) Recentemente, participei de um projeto que parecia simples na superfície, mas que se tornou complicado com o passar do tempo. Senti que estava sob pressão e comecei a ficar irritada. Mais tarde, percebi que isso se devia ao meu apego ao conforto. Eu sabia que isso era errado e que deveria eliminá-lo, mas não o fiz.
A interferência piorou e, em alguns dias, eu estava cheia de ressentimento em relação ao projeto, à minha família ou ao meu trabalho. Foi muito ruim no último fim de semana e fui para a cama pensando: "Como posso eliminar meu ressentimento?"
Quando fiz o segundo exercício por uma hora, pensei várias vezes em minhas queixas. Ficava dizendo a mim mesma que eram todas emoções e que eu deveria me concentrar apenas no exercício. Então, lembrei-me do Fa do Mestre: "Porém, as verdadeiras melhoras vêm da raiz do abandono, não por meio do ganho. " ("Ensinando o Fa na Conferência Internacional de Filadélfia", Ensinando o Fa pelo Mundo Volume II)
Depois que terminei de fazer o exercício, percebi que deveria corrigir meu coração e eliminar meu ressentimento.
O Mestre disse:
"Pensem: se cada um de vocês prestarem atenção a seus pensamentos, perceberão que eles mudam de momento a momento. Muitos pensamentos surgem em um segundo e vocês não têm ideia de onde eles vieram. Alguns pensamentos são muito estranhos; todos eles são diferentes noções de suas vidas passadas. Eles se manifestam quando os problemas surgem." (Palestra do Fa na Primeira Conferência na América do Norte)
Quando eu reclamava com minha mãe sobre meu marido ou colegas de trabalho, uma voz me lembrava: "Reclamar é o que os humanos fazem". De repente, senti-me envergonhada e percebi que meu verdadeiro eu não quer reclamar. Entendi que somente expandindo minha tolerância, eu poderia transformar meu sentimentalismo em compaixão. Eu sabia que precisava melhorar meu caráter.
Ao responder à pergunta "Como se aumenta a capacidade para tolerar?" o Mestre disse:
"Durante o cultivo essa capacidade se expandirá naturalmente, pois isto não é algo feito com intenção. Quanto mais apegos abandonarem, maior se tornará o coração do cultivador e maior se tornará a tolerância do cultivador para com as coisas." (Ensinando o Fa na Conferência do Fa da Austrália.)
Percebi que eu tinha outro apego - o apego ao ganho material. Muitas vezes culpei os membros da minha família por gastarem meu dinheiro, o que também era parte do meu ressentimento.
O Mestre nos ensinou:
"Quando os seres humanos querem se proteger, seus pensamentos surgem do “egoísmo”; de um desejo de se auto-servir. Eles não querem sofrer, querem apenas desfrutar de felicidade". (Palestra do Fa na Primeira Conferência na América do Norte)
No passado, sempre achei que não me importava com dinheiro, pois vinha de uma família que não precisava se preocupar com isso. Quando descobri que estava ficando mais difícil cooperar com os praticantes do projeto e olhei para dentro de mim, percebi que não era verdade que eu não tinha apego ao dinheiro, assim como sempre pensei que não seria pouco cooperativa quando participasse de projetos.
Nos primeiros dez anos depois de começar a praticar o Falun Dafa, eu me esforçava ao máximo em todos os projetos. Entretanto, com o passar do tempo, às vezes eu ia além de minha capacidade física. Certa vez, foi tão sério que eu mal conseguia sair da cama. Devido a várias experiências, desenvolvi medo quando comecei a participar de novos projetos, especialmente quando fazia o trabalho de coordenação. Um dia, tive um pensamento: "Você deve assumir a responsabilidade e fazer bem o trabalho. Não decepcione os seres sencientes". Mas quando os conflitos acontecem, devido a todos os fatores complicados envolvidos, às vezes ainda é difícil para mim superar. Foi somente com o incentivo e a compaixão do Mestre que consegui manter o desejo de fazer melhor e aumentar meus pensamentos retos.
Também percebi que eu tinha o pensamento de fazer coisas para o Mestre. Mas, por trás desse pensamento, encontrei o desejo oculto e astuto de ser recompensada. Quando as coisas não saem como eu quero, meu ressentimento pode explodir.
Devemos nos cultivar, em vez de sermos passivos. Somente se estivermos dispostos a nos cultivar é que poderemos retornar ao nosso lar original. Só podemos fazer isso se estivermos dispostos a suportar as dificuldades e considerar o sofrimento como algo bom.
Minha compreensão dos princípios do Fa era superficial no passado. Agora, meu entendimento é que o Mestre tem grandes esperanças em nós porque ele espera que tenhamos sucesso no cultivo. Tenho fé que podemos fazer isso e entendo que o processo de aumentar minha tolerância é desenvolver compaixão por todos os seres vivos.
Essas experiências me lembraram que nada acontece por acaso no cultivo. Quando resisto ao pensamento de agir impulsivamente ou evitar certos projetos, certos praticantes ou pessoas comuns, sei que estou progredindo. Envio mais pensamentos retos, estudo mais o Fa e faço melhor.
Obrigada, Mestre! Obrigada aos colegas praticantes!