(Minghui.org) Desde que lançou uma campanha nacional contra a prática espiritual pacífica em 20 de julho de 1999, o Partido Comunista Chinês (PCC) nunca parou sua perseguição ao Falun Gong. Com a aproximação do 25º aniversário da perseguição, o Ministério da Segurança Pública realizou uma reunião virtual no final de dezembro de 2023 e ordenou uma nova rodada de repressão aos “cultos”.
Embora a ordem não tenha mencionado explicitamente o Falun Gong, ficou claro que o verdadeiro alvo eram os praticantes. Nenhuma lei na China criminaliza a prática ou a rotula como uma seita, mas o regime comunista tem usado esse rótulo para justificar sua perseguição à prática e enganar o público em geral.
Os Comitês de Assuntos Políticos e Legais e as Agências 610 em toda a China, ambas organizações extrajudiciais, receberam o poder de se sobrepor aos sistemas judiciais e de aplicação da lei e levaram os governos locais e a polícia a demonizar o Falun Gong nessa nova série de campanhas de propaganda. As táticas usadas incluíam oferecer recompensas àqueles que denunciassem os praticantes, exigir que as pessoas participassem das campanhas de assinaturas difamando o Falun Gong ou escrevessem promessas de não se envolverem em atividades de culto, postar mensagens contra o Falun Gong no WeChat (uma plataforma popular de mensagens instantâneas e mídia social) e exibir propaganda contra o Falun Gong em quadros de avisos.
Abaixo estão alguns exemplos.
No dia 28 de fevereiro de 2024, o Comitê de Assuntos Políticos e Jurídicos da cidade de Xiangtan e o Departamento de Polícia da cidade de Xiangtan publicaram em conjunto, uma mensagem em vários canais no WeChat. A mensagem pedia que o público em geral denunciasse os praticantes de “cultos malignos”, incluindo o Falun Gong. Foi prometida aos informantes uma recompensa de 500 a 4.000 yuans por cada praticante denunciado.
O Comitê de Assuntos Políticos e Jurídicos da cidade de Xiangtan e o Departamento de Polícia da cidade de Xiangtan também instruíram todos os comitês de rua da cidade a publicar novamente a mesma mensagem em seus próprios canais do WeChat uma vez por mês. As três principais empresas de telecomunicações, incluindo a China Mobile, a China Unicom e a China Telecom, também receberam avisos para enviar a mesma mensagem aos seus usuários regularmente.
Em março de 2024, três agências no distrito de Yuanbaoshan, na cidade de Chifeng, incluindo a Agência 610, o Comitê de Assuntos Políticos e Jurídicos e o departamento de polícia, emitiram em conjunto um aviso pedindo que o público denunciasse os praticantes do Falun Gong e prometeram recompensas para quem desse informações. Os comitês de rua do distrito logo seguiram o exemplo, publicando o aviso em seus canais do WeChat ou em quadros de avisos.
Em meados de abril de 2024, a China Pingmei Shenma Holding Group Co. Ltd, na cidade de Chifeng, ordenou que todos os seus funcionários assinassem um termo de compromisso prometendo não participar de atividades “feudais”, “supersticiosas” ou antimarxistas. Os trabalhadores também devem declarar seus nomes completos e identidades no termo de compromisso. Aqueles que se recusaram a assinar foram ameaçados com demissão do emprego.
Embora o compromisso não mencionasse explicitamente o Falun Gong, ficou claro que as autoridades estavam visando a prática.
No dia 15 de abril de 2024, o Departamento de Segurança Pública da província de Hebei enviou agentes a um determinado condado. De acordo com a diretriz deles, o departamento de polícia do condado exibiu um quadro de avisos no centro da cidade. O quadro de avisos estava cheio de propaganda difamando o Falun Gong. Duas viaturas da polícia estacionadas nas proximidades monitoravam o quadro e as pessoas que o liam.
Um gerente de rede na cidade de Jingzhou, recentemente, publicou no WeChat um artigo sobre o 25º aniversário da repressão ao Falun Gong. (Observação: o sistema de gerenciamento social da China, no estilo de rede, envolve a divisão de cada condado em zonas menores (ou redes) e a tarefa dos gerentes de rede é de monitorar os cidadãos e relatar regularmente, atividades suspeitas aos governos locais).
Outro gerente de rede na cidade de Wuhan publicou uma mensagem contra o Falun Gong na conta do WeChat da associação anticulto e pediu que os habitantes locais assinassem declarações contra a prática.
No dia 17 de abril de 2024, as autoridades da cidade de Jilin ordenaram que todas as áreas residenciais colocassem um aviso em cada prédio residencial. O aviso pedia que os residentes denunciassem os praticantes de cultos malignos e prometia até 5.000 yuans como recompensa. No mesmo dia, os comitês de rua de toda a cidade também foram instruídos a lançar uma campanha de assinaturas on-line, solicitando aos residentes que assinassem declarações difamando o Falun Gong.
Recentemente, a zona de alta tecnologia da cidade de Jilin emitiu um aviso sobre a denúncia de atividades de culto ilegais e criminosas. Ao receber o aviso, os gerentes de rede o retransmitiram para as áreas residenciais, que, por sua vez, o divulgaram para os residentes por meio de seus canais do WeChat.
Recentemente, o distrito de Tiedong, na cidade de Anshan, publicou um link nos canais dos comitês de rua no WeChat. O link direcionava os residentes para uma página de coleta de assinaturas que difamava o Falun Gong.
Cada área residencial da cidade de Yantai tem seu canal do WeChat. Mais de 90% dos residentes se inscrevem nesses canais. Nas últimas semanas, os canais WeChat dos comitês de rua foram preenchidos com artigos contra o Falun Gong, cada um deles com um link para artigos ainda mais caluniosos.
Os comitês de rua estão sob a administração do Comitê de Assuntos Políticos e Jurídicos da cidade de Yantai.
Recentemente, as delegacias de polícia do condado de Quyang emitiram um aviso ordenando que todas as escolas lançassem uma campanha para coleta de assinaturas para difamar o Falun Gong. A escola de ensino fundamental de Xinzhuang, a escola central, a escola de ensino fundamental de Jiahe, o jardim de infância de Chengdongwang e a escola de ensino fundamental de Chengdongwang são algumas das escolas que confirmaram ter iniciado a campanha.
Alguns síndicos de prédios em várias áreas residenciais na província de Heilongjiang publicaram recentemente mensagens ou artigos contra o Falun Gong em seus canais do WeChat.