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Três idosas de Guizhou foram sentenciadas à prisão por praticar o Falun Gong

1 de março de 2024 |   Escrito por um correspondente do Minghui na província de Guizhou, China

(Minghui.org) Três mulheres idosas da cidade de Guiyang, na província de Guizhou, foram sentenciadas à prisão em dezembro de 2023 por praticar o Falun Gong, uma disciplina espiritual que vem sido perseguida pelo Partido Comunista Chinês desde julho de 1999.

A Sra. Wang Guoxiu, na faixa dos 70 anos de idade, recebeu uma pena de dois anos e meio. A Sra. Jin Yunbin, 84 anos, e a Sra. Zhang Changyun, na faixa dos 80 anos, receberam uma pena de dois anos cada uma. As três puderam cumprir a pena fora da prisão.

As sentenças provém das buscas policiais em suas casas no início de outubro de 2022, antes do 20º Congresso Nacional do Partido Comunista Chinês, que estava marcado para começar em 16 de outubro daquele ano. O regime comunista geralmente intensifica sua perseguição aos praticantes do Falun Gong em meados de datas sensíveis politicamente para previnir que os praticantes chamem atenção para a perseguição.

Quando a Sra. Wang retornou do mercado em 7 de outubro de 2022, sua casa estava uma grande bagunça. Ela pensou que um ladrão houvesse invadido sua casa. Seu marido lhe contou que a polícia veio naquela manhã e vasculhou sua casa por volta das 10h da manhã. Ele ouviu uma batida na porta e quando abriu sete ou oito policiais da Delegacia de Polícia de Huanghe invadiram a residência. Eles confiscaram os livros do Falun Gong da Sra. Wang, um retrato do fundador do Falun Gong e dois tocadores de música.

Três policiais da Delegacia de Polícia de Huanghe, junto com Zhang Yan e Hu Yaomei, do Comitê da Rua Xiaohepujiang, assim como o zelador do prédio encarregado do complexo de apartamentos da Sra. Jin, invadiram sua casa em 8 de outubro de 2022. A residência de Sra. Zhang foi vasculhada por policiais daquela mesma delegacia naquele dia.

A polícia não prendeu as três mulheres em outubro de 2022. Eles as levaram sob custódia separadamente na primeira metade de 2023. A Sra. Wang foi apreendida pela primeira vez por um policial à paisana no Mercado de Agricultores de Xinglong em 7 de abril de 2023, quando o policial a viu conversando com pessoas sobre o Falun Gong. Ele a levou para a Delegacia de Polícia de Pingqiao, onde ela ficou detida por vários dias. A Sra. Guo e a Sra. Jin foram presas em maio de 2023 e também foram mantidas sob custódia por cerca de um mês.

Por volta das 14h, em 10 de agosto de 2023, as três mulheres foram interrogadas em suas respectivas casas por pessoas do Tribunal do distrito de Huaxi e da Procuradoria do distrito de Huaxi, assim como por policiais da Delegacia de Polícia de Huanghe e Delegacia de Polícia de Pingqiao, além dos comitês de rua locais. A polícia ameaçou sentenciar as três mulheres por conversarem com vendedores sobre o Falun Gong no Mercado de Agricultores local. Elas foram sentenciadas em dezembro de 2023.

Essa não foi a primeira vez que a Sra. Wang e a Sra. Jin viraram alvos por causa de sua fé. As duas já haviam sido presas anteriormente múltiplas vezes.

Perseguições passadas à Sra. Jin

A Sra. Jin é uma funcionária aposentada da Fábrica de Máquinas Elétricas do distrito de Xiaohe, na cidade de Guiyang. Seu marido, Sr. Tao Xianming começou a praticar o Falun Gong em 1994 e logo se tornou uma pessoa saudável. A Sra. Jin se inspirou e começou a praticar. Ela logo se recuperou de um severo reumatismo e tumor cerebral (que resultou numa baixa contagem de plaquetas e em erupções cutâneas vermelho-púrpura no seu corpo). Seu filho, o Sr. Tao Derong também começou a praticar o Falun Gong posteriormente.

A família, de três pessoas, foi alvo repetidamente por causa de sua fé após o início das perseguições em 1999. Quando a Sra. Jin e seu marido foram para Pequim para apelar pelo Falun Gong por volta de julho de 1999, eles foram presos e levados de volta para Guiyang dois dias depois. Ambos foram mantidos no Centro de Reabilitação de Drogas do distrito de Xiaohe por um período de tempo desconhecido. Depois que foram libertados, a polícia frequentemente os assediou em casa ou os convocou para a Delegacia de Polícia local.

Um policial foi até a casa da Sra. Jin e ordenou que ela colocasse suas digitais em um documento. Quando ela se recusou e ele lhe deu um soco no rosto, fazendo com que ela caísse no chão, seu rosto inchou imediatamente. Ela foi levada para um local e mantida junto com usuários de drogas.

A Sra. Jin foi visitar uma amiga na noite de 28 de abril de 2022. Enquanto subia um lance de escada para chegar ao apartamento da amiga, ela cruzou com Sun Haizhou, chefe de segurança do seu local de trabalho, que estava descendo. Sun a acusou de estar distribuindo materiais de divulgação do Falun Gong naquele prédio e a reportou para o chefe de seção Chen Dengliang, do Departamento de Polícia do distrito de Xiaohe.

Chen imediatamente vasculhou a casa da Sra. Jin e prendeu seu marido e seu filho. Ele então ordenou que pessoas ficassem de tocaia do lado de fora da sua casa. Assim que ela retornou da visita à sua amiga, eles invadiram e vasculharam sua casa novamente.

A família composta de três pessoas foi interrogada no departamento de polícia. A Sra. Jin se recusou a responder qualquer uma das perguntas e o oficial Wang Yuxiang lhe deu um soco no rosto, que ficou inchado. No dia seguinte ela foi levada para o Centro de Detenção Lannigou, onde ficou detida por 26 dias.

Seu filho, o Sr. Tao Derong, foi levado para o Centro de Reabilitação do Distrito de Xiaohe. Por ter se recusado a renunciar ao Falun Gong, os guardas o colocaram em um confinamento solitário. Algemaram suas mãos ao batente da janela e lhe deram inúmeros socos e chutes.

O Sr. Tao desenvolveu uma doença mental após repetidas torturas. Apenas então ele foi libertado. Seus pais o levaram para um hospital e sua condição não melhorou até seis meses depois. Levou mais um ano até que ele estivesse bem o suficiente para voltar ao trabalho.

O empregador da Sra. Jin continuou assediando-a e a sua família e ordenou que eles renunciassem ao Falun Gong. Eles foram forçados a viver longe de suas casas por mais de um ano.

Em julho de 2013, funcionários da comunidade local foram até a casa da Sra. Jin e demandaram retirar sangue dela e de seu marido. Ela questionou porque eles, que não tinham nenhum treinamento médico, iriam querer coletar amostras de seu sangue. Eles não deram uma explicação e disseram que estavam apenas seguindo ordens de seus supervisores. Eles pressionaram a Sra. Jin e seu marido e retiraram seu sangue com seringas não estéreis.

A Sra. Jin foi até o gabinete comunitário local para processar alguns papéis em 1º de abril de 2020. Os funcionários lá tiraram fotos dela à força, mesmo que os papéis não requeressem fotos.

A polícia posteriormente ordenou que o vizinho da Sra. Jin monitorasse suas atividades diárias. O vizinho a reportou à polícia e ao gerente de propriedades na manhã de 25 de abril de 2022, depois que ela retornou de executar uma tarefa. O grupo de policiais logo chegou. Dois policiais seguraram a Sra. Jin enquanto seis policiais do sexo masculino vasculharam sua casa, confiscando seus livros do Falun Gong, um tocador de música, um gravador de DVD e um tocador de DVD. Um deles disse que era o chefe Wang da Delegacia de Polícia de Huanghe. Eles a levaram para o Departamento de Polícia do distrito de Xiaohe para um interrogatório e não a libertaram até as 23h do dia seguinte.

A perseguição sem fim impactou na saúde do marido da Sra. Jin. Ele faleceu em uma data desconhecida.

Perseguição passada à Sra. Wang 

A Sra. Wang é uma funcionária aposentada da Fábrica de Ferramentas Gerais do Sudoeste. Ela recebeu uma pena de três anos de trabalho forçado após sua prisão em dezembro de 2003.

Ela estava andando na rua na manhã de 25 de abril de 2022 quando foi de repente apreendida pela polícia. Eles vasculharam sua casa e a levaram para o Departamento de Polícia do distrito de Xiaohe. Ela não foi libertada até a noite seguinte.

Artigo relacionado em chinês:

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Artigo relacionado em inglês:

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