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Prestar atenção a segurança no telefone é deixar de lado o eu

29 de dezembro de 2024 |   Escrito por um praticante do Falun Dafa na China

(Minghui.org) Ainda vejo praticantes na China ignorando falhas óbvias de segurança, e gostaria de compartilhar algumas das minhas opiniões sobre isso.

Eu sabia pouco sobre vigilância telefônica anos atrás, apenas o suficiente para entender que eu deveria desconectar o telefone fixo antes de falar sobre informações relacionadas ao Dafa perto do telefone. Mas eu acreditava erroneamente que, uma vez que eu desligasse meu celular, ele não poderia ser usado para monitorar minhas conversas.

Visitei um praticante um dia que não via há anos. Ele perguntou se eu tinha um celular comigo, e eu disse que sim, mas que estava desligado. Ele me pediu para remover a bateria, o que eu fiz, mas fiquei um pouco ressentido. Foi muito trabalhoso remover a bateria, e eu acreditava que nossa conversa seria segura se eu simplesmente desligasse o telefone. Meu mal-entendido me fez sentir que o pedido do praticante era desnecessário, e eu estava relutante em obedecer porque estava me apegando ao meu entendimento, pensando que se o telefone estivesse desligado eu estava seguro.

Conforme eu aprendia mais sobre questões de segurança, um policial me contou como era fácil monitorar as pessoas. Testemunhei como as autoridades controlavam meu telefone remotamente e, assim, fiquei mais consciente do problema. Estudei as palestras do Mestre Li sobre segurança de celulares e levei o problema a sério.

Muitos praticantes foram presos porque não prestaram atenção à segurança, mas ficaram cientes disso depois de serem soltos. Depois de um tempo, a atenção da polícia começou a diminuir, e algumas pessoas começaram a falar livremente quando seus telefones estavam por perto.

Alguns praticantes não se importavam em falar sobre assuntos relacionados ao Dafa pelo telefone, acreditando que as autoridades não entenderiam as palavras-código que eles usavam. Alguns praticantes, ao trocar materiais do Dafa fora de suas casas, o que não deveriam fazer, agiram de uma forma que achavam que ninguém notaria, sem saber que até mesmo cidadãos comuns notavam que estavam agindo de forma estranha,  imagina a polícia. Por trás dessas ações estava a noção de "se eu acho que é seguro fazer, então é seguro".

Com base no Fa , há duas razões principais para ignorar riscos óbvios de segurança. A primeira é a emoção e os apegos relacionados a ela. Esses praticantes estavam agindo com base em suas emoções e apegos em vez dos ensinamentos do Fa. Alguns praticantes disseram que suas famílias não entenderiam por que eles não levariam um celular com eles quando saíssem de casa. As várias preocupações e desculpas derivavam de noções e princípios humanos.

Outra razão era que os praticantes se recusavam a basear seu pensamento no racionalidade. Eles agem com base no que acham que sabem. Por exemplo, quando não sabiam ou não acreditavam que celulares e alguns aplicativos poderiam ser facilmente hackeados, eles ousavam usá-los para se comunicar com outros praticantes. Eles também achavam que a polícia não entenderia as palavras que eles substituíam ao falar sobre tópicos relacionados ao Dafa no telefone, ou notaria seus movimentos estranhos ao trocar materiais do Dafa, eles acreditavam que estavam seguros.

Esses praticantes se defendem dizendo: "Estarei seguro porque tenho fortes pensamentos retos, que me protegerão dos males". Pensamentos retos vêm do Dafa, mas ações que vão contra os ensinamentos do Fa não vêm do pensamento reto. Isso me lembra do conto popular: "As roupas novas do imperador", no qual o rei pensou que estava usando roupas novas e luxuosas, enquanto todos os outros viram que ele estava vestindo nada além de sua roupa íntima. Os praticantes que falharam em prestar atenção às questões de segurança pensaram que eram corajosos e tinham pensamentos retos. Em contraste, outros praticantes viram que eram irracionais e se desviavam do Fa.

Acreditar que algo é seguro de se fazer não significa necessariamente que seja seguro de se fazer. Os pensamentos retos de ações autojustificadas não têm impacto sobre o mal. Somente tratando a questão racionalmente é que a segurança dos praticantes pode ser garantida.

Prestar atenção às questões de segurança é, de fato, parte do nosso cultivo. É mais fácil ignorar as coisas, manter o apego ao conforto e pensar apenas superficialmente. Em nosso cultivo, devemos agir com base na razão e nos ensinamentos do Mestre, não em nossas emoções.