Mulher de Sichuan morre oito meses após ser libertada da prisão em estado vegetativo
(Minghui.org)
Nome: Liao Guanghui
Nome chinês: 廖光慧
Sexo: Feminino
Idade: 70
Cidade: Mianyang
Província: Sichuan
Profissão: Funcionária de armazém de alimentos
Data da morte: 23 de março de 2023
Data da prisão mais recente: 20 de julho de 2019
Local da última detenção: Prisão Feminina da Província de Sichuan
A Sra. Liao Guanghui havia se tornado um vegetal quando foi libertada em 20 de julho de 2022, depois de cumprir uma pena de prisão de três anos por praticar o Falun Gong. A residente da cidade de Mianyang, província de Sichuan, morreu oito meses depois, em 23 de março de 2023. Ela tinha 70 anos.
O Falun Gong, também conhecido como Falun Dafa, é uma disciplina espiritual perseguida pelo regime comunista chinês desde 1999.
A Sra. Liao sofreu uma queda em 10 de março de 2021, enquanto estava encarcerada na Prisão Feminina da Província de Sichuan. A prisão negou o pedido de sua família para soltá-la sob condicional médica e a manteve sob custódia até o final de sua pena, apesar de ela permanecer em coma após a queda.
Como o hospital da prisão não consertou adequadamente seu crânio durante a craniotomia, ela ficou com uma grande área afundada no lado direito da cabeça. Ela também tinha um tubo de sucção na garganta, um tubo de alimentação no nariz e um cateter urinário. Seu corpo inteiro estava rígido.
Sem saber como cuidar dela e remover o escarro no tubo de sucção, sua família a levou a um hospital local horas depois que ela foi mandada de volta para casa da prisão em 20 de julho de 2022. Uma semana depois, em 27 de julho, ela teve um convulsão de corpo inteiro e seus lábios e parte superior do corpo ficaram roxos. Embora ela tenha sobrevivido após ser ressuscitada, sua família não tinha dinheiro para mantê-la no hospital para tratamento posterior. Eles a levaram para casa logo depois e cuidaram dela eles mesmos. Eles ficaram arrasados com a morte dela em 23 de março de 2023.
Sra. Liao Guanghui em um coma.
Detenção e sentença de prisão
A Sra. Liao foi presa em casa em 20 de julho de 2019. A polícia passou horas vasculhando sua casa e depois a levou para o Centro de Detenção da Cidade de Mianyang.
O Tribunal do Distrito de Fucheng realizou um julgamento para a Sra. Liao em 1º de setembro de 2020, mas sua família não foi autorizada a comparecer. Quando seu filho entrou na galeria, o juiz ordenou ao oficial de justiça que o retirasse. Enquanto o juiz sentenciou a Sra. Liao a uma pena de três anos de prisão com quatro anos e meio de liberdade condicional no final da audiência, ele mudou de ideia mais tarde e revisou sua pena para três anos de prisão com uma multa de 3.000 yuans. A Sra. Liao foi levada para a quinta ala da Prisão Feminina da Província de Sichuan em 21 de janeiro de 2021.
Inconsciente após a queda
A família da Sra. Liao recebeu uma ligação de um guarda da prisão às 5h do dia 10 de março de 2021 e foi orientada a ir ao Hospital Huaxi para assinar um termo de consentimento para que ela fizesse uma craniotomia. O guarda alegou que ela “caiu e bateu com a cabeça enquanto usava o banheiro”, mas o médico revelou que ela teve ferimentos na traquéia e em um dos pulmões.
Quando o marido da Sra. Liao, o Sr. Li Shuangquan e seu filho a visitaram no hospital em 14 de março, sua cabeça estava enfaixada com gaze e ela estava entubada. Devastado ao vê-la em coma, seu filho a chamou: “Mãe, mãe!”, porém a Sra. Liao não respondeu nem moveu os olhos.
Enquanto ela ainda estava em coma, os guardas da prisão enganaram sua família para assinar o termo de consentimento concordando em transferi-la de volta para o hospital da prisão, que tinha qualidade de atendimento inferior, em 30 de março de 2021. Os guardas prometeram que seria mais fácil para a família ir visitá-la lá, mas eles nunca permitiram que a família a visse nos 493 dias seguintes nem responderam aos seus pedidos, por escrito ou por telefone, para liberá-la em liberdade condicional médica.
Seis dias antes da libertação programada da Sra. Liao em 14 de julho de 2022, seu marido exigiu que a prisão cobrisse seus custos médicos daqui para frente. Contudo a prisão recusou, dizendo que já haviam gasto muito com ela.
O Sr. Li e seu filho foram ao hospital da prisão em 20 de julho de 2022 para buscar a Sra. Liao. Os guardas não permitiram que eles entrassem no hospital da prisão, mas a enviaram para casa em uma ambulância. Só então sua família viu a Sra. Liao pela primeira vez desde sua última visita ao hospital.
Devastação financeira
Enquanto a Sra. Liao estava cumprindo pena, as autoridades suspenderam sua aposentadoria, alegando uma política que impede os aposentados de receberem benefícios durante o encarceramento, porém lei trabalhista chinesa alguma tem tal estipulação.
Seu marido já passou por provações semelhantes e teve sua aposentadoria suspensa entre julho de 2012 e julho de 2017, quando também cumpriu pena por praticar o Falun Gong.
Iniciando o Falun Gong
A Sra. Liao trabalhava em um armazém de alimentos. Seu trabalho era muito estressante, por isso ela tinha muitas doenças, incluindo dor de cabeça, insônia e ansiedade. Ela procurou vários tratamentos, mas nenhum teve muito efeito sobre ela. Posteriormente, ela foi diagnosticada com uma doença ginecológica, que a deixou muito fraca e com o rosto pálido. Ela foi apresentada ao Falun Gong em 1999 e logo recuperou sua saúde.
Por não ter desistido de sua fé, ela foi presa anteriormente em 2002 e condenada a 1,5 anos no Campo Feminino de Trabalhos Forçados de Nanmusi.
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