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Residente de Shandong relata 3,5 anos de prisão ilegal por causa da sua fé

2 de janeiro de 2023 |   Por um correspondente do Minghui na província de Shandong, China

(Minghui.org) Em 27 de abril de 2019, uma senhora residente da cidade de Yantai, província de Shandong, foi detida por praticar Falun Gong e mais tarde transferida para a cidade vizinha de Xuzhou, província de Jiangsu, onde foi condenada a 3,5 anos de prisão por distribuir materiais do Falun Gong. A Sra. Zhang Jinling foi libertada no dia 27 de outubro de 2022, e relata a sua provação abaixo.

O Falun Gong, também conhecido como Falun Dafa, é uma disciplina espiritual que tem sido perseguida pelo regime comunista chinês desde 1999.

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Presa

Recebi uma ligação da minha família em 27 de abril de 2019, para pegar minha identidade e sair de casa para receber um pacote. Saí, e fui imobilizada por quatro policiais à paisana. Sem mostrar suas identidades, eles pegaram minha identidade e me empurraram para dentro do carro da polícia. Eu ainda não sei quem eles eram.

Os agentes me algemaram e me levaram para o meu local de trabalho, onde confiscaram muitos dos meus pertences pessoais. Enquanto estava detida, eles também invadiram a minha casa e não sei o que levaram.

À noite, fui levada para o Centro de Detenção de Yantai. Três dias depois, três oficiais vieram de Xuzhou e me levaram para o Centro de Detenção de Xuzhou. Lá me deixaram algemada durante as dez horas seguintes, incluindo as quase sete horas na estrada e outras três horas para um exame físico no hospital. Não me foi permitido utilizar o banheiro.

Abuso no centro de detenção

No Centro de Detenção de Xuzhou, os policiais Liu Tianzheng e Wang Feng me interrogaram. Eles me acusaram de minar a aplicação da lei e tentaram me forçar a me declarar culpada.

Porque recusei a ceder, os guardas me obrigaram a ficar de pé durante dois dias sem dormir. Outra praticante, a Sra. Wang Lanying de Xuzhou, também foi sujeita a privação de sono. Enquanto ela estava em um estado delirante, o guarda Wang Rui ordenou ao médico do centro de detenção que inserisse agulhas espessas de metal em todos os seus dedos e em ambos os lados do pescoço.

Os guardas Wang Rui e Wang Houxian usavam todas as desculpas possíveis para confiscar dinheiro das contas de caixa dos detidos. Também mandavam os detidos comprarem roupa extra a 100 yuans por conjunto, quando o preço de mercado era de apenas 10 yuans. Aqueles que se recusavam a comprar foram forçados a agachar-se durante horas.

Sentenciada a 3,5 anos

Durante minha audiência no Tribunal Municipal de Xuzhou, o procurador Hou Baichao me acusou de distribuir materiais do Falun Gong. Insisti que não tinha violado nenhuma lei ao praticar Falun Gong ou ao distribuir materiais. Ele perguntou se eu continuaria a praticar o Falun Gong, e respondi: "Sim!"

Embora na véspera recusei ser representada por dois advogados nomeados pelo tribunal, eles ainda apareceram durante a audiência e fizeram uma confissão de culpa por mim. Fui obrigada a assinar o contrato advogado-cliente com eles, e minha família teve de lhes pagar os honorários legais. Ameaçaram prolongar o meu período de detenção ou confiscar os nossos bens, se a minha família não pagasse.

Fui condenada a 3,5 anos e multada em 10.000 yuans alguns meses mais tarde.

Torturada na prisão

Fui levada para a Prisão de Nanjing após mais de um ano no Centro de Detenção de Xuzhou. Os guardas colocaram a reclusa Li Baoyan para me vigiar. A monitorização não parou até restarem apenas dois meses da minha pena. Também tentaram fazer a lavagem cerebral e me forçar a renunciar ao Falun Gong. Recusei a obedecer e fui acusada de ter um problema mental.

O guarda Feng Yanli ameaçou levar a minha mãe incapacitada para a prisão para me persuadir a renunciar à minha fé. Depois das 16 reclusas na mesma cela acabarem de fazer o trabalho intensivo e não remunerado durante o dia, os guardas não lhes permitiram fazer uma pausa, mas as obrigaram a ficar comigo, como forma de incitar o seu ódio contra mim e o Falun Gong. Outro guarda, Zhao Lili, obrigou-me a levantar de manhã cedo todos os dias durante duas semanas e a ficar de pé durante horas antes de poder fazer qualquer outra coisa.

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