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Praticante de Sichuan morre depois de lutar durante uma década com alucinações devido à administração de drogas sob custódia

9 de junho de 2022 |   Por um correspondente do Minghui na província de Sichuan, China

(Minghui.org)

Nome chinês:郑淑贤
Sexo: Feminino
Idade: 83
Cidade: Chengdu
Província: Sichuan
Ocupação: N/A
Data da morte: 18 de janeiro de 2021
Data da prisão mais recente: 28 de novembro de 2011
Local de detenção mais recente: Centro de lavagem cerebral de Xinjin

A Sra. Zheng Shuxian creditou o Falun Gong por curar a grave dormência na parte inferior do corpo, bem como a sua dor debilitante em todo o corpo. Ela recusou-se a renunciar ao Falun Gong após o regime comunista chinês ter ordenado a perseguição desta antiga disciplina espiritual e de meditação em 1999. Devido a isso, foi repetidamente presa e torturada por causa da sua fé.

Após uma detenção em novembro de 2011, a Sra. Zheng foi detida durante 25 dias num centro de lavagem cerebral onde lhe foram administrados medicamentos tóxicos que lhe causaram tosse grave, coceiras e alucinações. Enquanto a maioria dos sintomas desapareceu após a sua libertação, ela ainda estava assombrada com alucinações persistentes e sentia sempre que estava sendo seguida e drogada.

A luta mental em curso teve um impacto sobre a sua saúde, já afetada pelo abuso sob custódia, e ela morreu em 18 de janeiro de 2021. Ela tinha 83 anos.

Iniciando o cultivo o Falun Gong

A Sra. Zheng, da cidade de Chengdu, província de Sichuan, sofreu muitas doenças antes de iniciar o cultivo do Falun Gong em janeiro de 1999. Devido à dormência nas pernas, não conseguia dobrá-las e sempre molhava as calças quando usava o banheiro. A constante dor no corpo inteiro também a deixou em profundo desespero. Devido ao sofrimento físico, seu temperamento ficou muito ruim e seu relacionamento com os familiares era muito intenso, o que agravou ainda mais sua condição.

Depois de ter sido apresentada ao Falun Gong, a Sra. Zheng viveu segundo os princípios da Verdade, Compaixão, Tolerância, e toda a sua dor desapareceu sem que ela percebesse. Ela estava muito grata ao Falun Gong por ter lhe dado uma segunda chance.

Prisões nos primeiros anos da perseguição

Após o início da perseguição em 1999, a Sra. Zheng foi a Pequim apelar pelo direito de praticar o Falun Gong em 20 de junho de 2000, e foi presa na Praça Tiananmen no dia 22 de Junho. Foi libertada na mesma noite e regressou a Chengdu.

Em 29 de junho, ela se juntou a 17 outros praticantes fazendo os exercícios do Falun Gong em uma praça pública e foi presa novamente. Todos os 18 praticantes foram forçados a ficar ao ar livre das 9h às 18h. quando a temperatura era de 38°C (100,4°F), sem poder beber água, comer ou usar o banheiro. À noite, ela foi levada para um centro de detenção e mantida lá por mais de 40 dias.

Ilustração de tortura: de pé sob o sol escaldante

A Sra. Zheng foi presa em setembro de 2000 e detida durante 15 dias após ter sido denunciada por distribuir material informativo sobre o Falun Gong.

A próxima detenção da Sra. Zheng foi em 20 de janeiro de 2001, seguida de um mês de detenção. Durante os primeiros quatro dias, as autoridades não lhe forneceram qualquer alimento e ela teve de dormir no chão frio de cimento. Quando a polícia tentou levá-la à prisão um mês mais tarde, os guardas recusaram-se a aceitá-la porque as suas pernas estavam gravemente inchadas.

A Sra. Zheng foi detida em outra época,em 25 de setembro de 2001, depois de ter sido denunciada por distribuir material informativo sobre o Falun Gong. Ela foi detida durante dois meses em duas instalações diferentes.

Novas perseguições em 2011

O secretário da aldeia local ocupou a casa da Sra. Zheng para sediar festas e reuniões em março de 2011, quando ela estava hospedada na casa de seu filho. Ele a ameaçou: “Não ande pela cidade. Não os convide (praticantes do Falun Gong) para vir.” Ele também conseguiu os números de telefone de seus filhos e os instruiu a vigiarem.

Quando a Sra. Zheng voltou da casa do seu filho em abril de 2011, foi seguida por um condutor de triciclos contratado pelas autoridades. Ela esclareceu-lhe a verdade sobre o Falun Gong. Ele deixou de a seguir depois. Mas pouco tempo depois, outra pessoa começou a segui-la.

A Sra. Zheng estava almoçando em casa a 25 de novembro de 2011, quando um grupo de funcionários invadiu a casa e ordenou-lhe que assinasse uma declaração de renúncia ao Falun Gong. Ela recusou. Eles começaram a saquear a sua casa e levaram-lhe os seus livros e DVD de conferências sobre o Falun Gong.

Ela terminou o seu almoço depois dos funcionários sairem, em seguida sentiu-se tonta e desmaiou. Ela vomitou e estava espumando da boca. As quatro galinhas que ela criou pegaram um pouco da comida que ela vomitou e também espumaram pela boca e não comeram por alguns dias. Ela suspeitava que alguém do grupo havia colocado drogas tóxicas em sua comida quando ela não estava olhando.

Administração de drogas no Centro de Lavagem Cerebral de Xinjin

Três dias depois, a Sra. Zheng estava cozinhando em casa quando quatro oficiais apareceram e a levaram para o Centro de Lavagem Cerebral de Xinjin, oficialmente conhecido como o "Centro de Educação Jurídica de Chengdu". Os seus livros e fitas das músicas dos exercícios do Falun Gong restantes foram-lhe tirados. Ela estava com necrose da cabeça femoral durante o exame físico, mas o Centro de Lavagem Cerebral ainda a aceitou.

Duas pessoas foram designadas para monitorar a Sra. Zheng durante 24 horas por dia no centro de lavagem cerebral. Ela foi obrigada a ver vídeos de lavagem cerebral todos os dias e foi-lhe ordenado que escrevesse declarações para renunciar ao Falun Gong.

A partir do segundo dia, ela começou a sentir-se arrepiada depois das refeições. Depois de observar isto, só comeu uma porção de cada refeição, mas ainda sentiu frio depois. Os sintomas duraram cerca de duas semanas. Depois disso, ela começou a tossir e, as vezes, tossiu sangue. À noite, ela também podia ouvir a tosse dos praticantes masculinos do Falun Gong detidos no andar de cima. Ela suspeitava que os guardas também estavam colocando drogas tóxicas nas suas refeições.

A Sra. Zheng recebeu roupas íntimas novas no centro de lavagem cerebral, mas o guarda não  lhe cobrou por nada e disse que era um presente do governo. Assim que ela as vestiu,  sentiu muita coceira e tinha vergões na parte inferior do corpo. Ela parou de usá-las e os sintomas desapareceram alguns dias depois.

Em 22 de dezembro, o seu último dia no centro de lavagem cerebral, sentiu como se inúmeros insetos estivessem a rastejar dentro do seu corpo depois de comer um pouco de carne cozida no vapor. Tendo já perdido uma quantidade significativa de peso após 25 dias de abuso, ela estava extremamente tonta e fraca.

Ao voltar para casa, a Sra. Zheng sofreu de alucinações. Sentia-se sempre como se estivesse sendo seguida e monitorada ou se houvesse pessoas colocando drogas tóxicas na sua cozinha ou no seu poço. Até a luz que descia do seu telhado a fazia sentir que eram as drogas tóxicas caindo. Durante muito tempo, ela não se atreveu a cozinhar em casa e comer na casa do seu familiar. Mas as alucinações ainda a assombravam. Ela também tentou comprar comida de vendedores ambulantes aleatórios e até se mudou da sua própria casa, mas nada disto a ajudou a se livrar dar angústia.

Depois de lutar com o tormento mental por uma década, a Sra. Zheng morreu em18 de janeiro de 2021.

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