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Em meus quase dez anos de cultivo da retificação do Fa, percebi que temos frequentemente a tendência de aceitar vários arranjos, testes, ou noções que não vêm do Dafa ou do Mestre, mas das velhas forças. E muitas vezes não percebemos que estamos realizando os testes estabelecidos pelas velhas forças, ou validando as suas ações e interferências, em vez de as rejeitarmos fundamentalmente.
Em casos mais graves, situações extremamente complicadas podem surgir tanto para o praticante, como para os seres sencientes que o rodeiam (afetando sua oportunidade de ter um futuro).
Deixem-me dar alguns exemplos concretos, para ilustrar o problema.
Depois de um período de tempo em que muitas vezes negligenciei o estudo do Fa, resolvi então recuperar minha diligência e novamente ficar bem no cultivo. Então comecei a estudar mais, porém cada vez que pegava no Zhuan Falun, ocorria o seguinte fenômeno: Imediatamente ficava muito sonolento e tonto, mas persistia lutando durante mais de meia hora.
Com muita persistência, me recuperei e pude estudar normalmente, por isso estudava todos os dias. Pensei que por ter ficado para trás no estudo do Fa e não ter sido diligente durante algum tempo, me parecia que era um tipo de teste que tinha de enfrentar, e que era uma espécie de carma. Em resumo, senti que era um peso que precisava suportar, por causa do meu estado ruim de cultivo.
Assim, continuei sendo submetido ao teste por vários dias seguidos, suportando a luta diária.
Como não superava a sonolência, o Mestre arranjou a seguinte situação: Um dia, minha mãe (que também é praticante) veio estudar na sala em que eu estava, e quando esse estado de sonolência me atingiu, também passou para ela. Minha mãe foi instantaneamente alertada quando sentiu que isso se aproximava, já que nunca tinha tido este tipo de problema antes, então imediatamente começou a enviar pensamentos retos, pois percebeu que eu estava no mesmo estado de sonolência.
Naquele momento, ela viu através do seu terceiro olho uma divindade feminina que me descreveu como sendo muito bonita! Quando a divindade viu que minha mãe a tinha visto e estava em posição de enviar pensamentos retos, virou-se para uma outra pessoa que estava acima e fez um sinal que significava: "Ela me viu e está enviando pensamentos retos, tenho que sair agora!" Portanto, a divindade foi embora e o estado de sonolência também desapareceu da sala. Logo, senti quando partiu naquele momento.
Acredito que essa divindade era uma das velhas forças que me perseguia, pois era ela que provocava o estado artificial de sonolência. No entanto, o aceitava como uma espécie de fenômeno inevitável, como sendo um pedaço de carma. Então suportei as dificuldades que ela tinha arranjado para mim! Basicamente, sem perceber seguia os arranjos das velhas forças, pois repetidamente passava pelo mesmo teste.
Por não ter me iluminado com isso, o Mestre me mostrou a atitude que deveria ter como discípulo do Dafa – assim, como a da minha mãe - uma atitude muito firme! Também entendi que desde o início não devia ter aceitado esse tal "teste". Pois, deveria ter recusado a me envolver com ele, e já eliminar o problema, como fez a minha mãe, usando os meus poderes divinos.
Por que suportar sempre essa dificuldade, se já tinha entendido meu erro e estava no processo de me tornar diligente? As velhas forças queriam que eu sofresse pelos meus erros, uma característica das velhas formas de cultivo que se fazia através do sofrimento, o que de fato desperdiçava meu tempo - um recurso tão precioso neste período - bem como minha energia mental. Mas, essa não era a forma que o Mestre queria que as coisas acontecessem. No entanto, as velhas forças foram capazes de fazerem isso, devido à minha falta de compreensão dos princípios do Fa e porque eu mesmo aceitei seu arranjo como parte do meu cultivo.
Tenho visto colegas praticantes aprisionados em todos os tipos de situações difíceis de perseguição de longo prazo, porque seguiram os arranjos das velhas forças, confundindo-os com o caminho que o Mestre lhes arranjou. Eles escolheram involuntariamente suportar as dificuldades que lhes foram impostas, em vez de identificar o problema com base nos princípios do Fa, se posicionando corretamente em relação à situação, e recusando fundamentalmente seguir esse caminho, eliminando o problema com pensamentos retos.
O Mestre disse na Conferência de Chicago de 2004:
"Certamente, não reconhecemos nenhum arranjo das velhas forças. Eu, seu Mestre, não reconheço. Certamente, os discípulos do Dafa tampouco devem reconhecê-lo. (Aplausos). Não obstante, elas fizeram o que queriam fazer. Os discípulos do Dafa têm que fazê-lo ainda melhor, cultivando bem a si mesmos em meio ao processo de salvar a todos os seres conscientes. Durante as tribulações demoníacas no cultivo, o cultivador tem que olhar a si mesmo, e isto significa não reconhecer o arranjo das tribulações demoníacas das velhas forças e atuar bem durante as tribulações arranjadas por elas; mas não é assim. Nós temos que rechaçar inclusive a aparição das velhas forças e seus arranjos; todos temos que rechaçar até suas existências. Estamos fundamentalmente negando todas suas coisas, e somente as coisas que vocês fazem para eliminá-las é a poderosa virtude. Não se cultivem nas tribulações criadas por elas; caminhem bem o próprio caminho sem reconhecê-las, nem sequer reconheçam a manifestação das tribulações quando as eliminarem. (Aplausos). Então, observando as coisas desse ângulo, o que temos que fazer é negar completamente as velhas forças. Nem Eu nem os discípulos do Dafa reconhecemos as manifestações de sua última luta antes de morrerem."
Segue outro exemplo em que as velhas forças tentaram explorar as brechas do meu entendimento.
A certa altura, um praticante espalhou entre o grupo a ideia de que se ajudar um colega praticante que está sendo perseguido e que tem muitas dificuldades, praticamente acaba por carregar também pedaços dessa dificuldade para si. Sem perceber, aceitei esse conceito em parte, mas quando estava enviando pensamentos retos para ajudar um praticante de outro país - não me lembro de exatamente de que forma ele era perseguido, mas tinha algo a ver com doença - senti dor na mesma parte do corpo que ele tinha problemas.
Nesse momento, identifiquei essa noção enganosa acumulada há algum tempo, e me iluminei ao fato de que não teria que aceitar tal coisa, porque certamente é a perseguição! Porque deveria aceitar a ideia de que tenho que suportar algo, só porque ajudo um colega praticante, quando o Mestre não reconhece desde o início a perseguição e o direito das velhas forças de intervir na retificação do Fa e no cultivo desse praticante?! Quando eliminei este equívoco e enviei pensamentos retos para eliminar todos os elementos e seres negativos que interferiram comigo e com aquele praticante, a dor desapareceu imediatamente.
Essas noções são muitas vezes organizadas pelas próprias velhas forças para nos fazer seguir seu caminho, e acabamos em todos os tipos de situações complicadas.
Lembro-me de como um colega praticante tinha sido enganado por acreditar que uma pessoa muito querida precisava morrer em tormento, para que ela se livrasse de certo apego que tinha! Ou como outro colega achou que era necessário pagar carma mesmo no meio de uma atividade de esclarecimento da verdade, embora o incidente - que envolveu várias pessoas comuns agredindo ele - afetou a atividade e a imagem do Dafa. Há muitos exemplos deste tipo.
Ao contrário das antigas forças, o Mestre organiza sempre as coisas de forma benevolente, para que todos aprendam com essas situações de forma construtiva. Embora às vezes pareçam muito complicadas (porque o cultivo é difícil!). Mas não sofremos perdas entre seres sencientes, e a imagem do Dafa não é afetada negativamente de forma alguma. Em vez disso, as velhas forças não levam essas coisas em consideração, mas apenas veem seus próprios objetivos egoístas.
Agora é o período da retificação do Fa e cultivamos em condições especiais, muito diferentes do período de cultivo pessoal. Devemos sempre ver e julgar as coisas sob essa luz.
Por um determinado tempo, minha mãe ficou um mês inteiro em um estande para vender ingressos para o Shen Yun. Havia muito poucas pessoas para ajudar, por isso ela precisava ficar direto nesse estande. Então foi uma missão difícil, pois suas pernas inchavam diariamente, mas ela foi ajudada pelo Mestre e completou bem o projeto. O Shen Yun foi então um enorme sucesso em nosso país!
No entanto, logo que chegou em casa, ela teve uma hemorragia intensa que durou vários dias, e teve de ficar de cama. Ela estava eliminando o carma, portanto não interferiu em nada. Pelo que entendi, esse foi um arranjo benevolente do Mestre, uma vez que a eliminação do carma e a purificação do corpo vieram imediatamente após essa missão, não durante a mesma. E ela sentiu-se muito bem depois disso.
O Mestre quer que salvemos os seres sencientes. Portanto, é a nossa primeira prioridade na retificação do Fa. Será que o Mestre providenciaria para que nós, por exemplo, pouco antes ou durante uma atividade de promoção da retificação do Fa ou o evento promocional Shen Yun, etc., tivéssemos uma eliminação maciça do carma que nos impediria de cumprir o nosso dever sagrado? Penso que não! Somente as velhas forças arranjariam tal coisa.
E se você estiver no evento, ou antes, do evento e a dor começar a tomar conta de você, você aceita ou rejeita o acordo? Como é você entende isso? Você vê isso como parte do seu cultivo pessoal e como uma eliminação de carma que deve ser suportada? Mesmo que isso o impeça de cumprir o seu dever como discípulo da retificação do Fa? Alguns arranjos não vêm do Mestre e certamente não temos que validá-los, mesmo depois de acontecerem.
Se tivesse sido arranjado pelo Mestre, você teria pagado sua dívida cármica em um dia em que não tivesse atividades do Dafa. Não no meio de um evento tão sagrado e importante para os seres sencientes. Precisamos examinar muito mais profundamente o que está acontecendo em nosso cultivo - com base nos princípios do Fa - e ter cuidado com os caminhos que escolhemos inconscientemente.
Lembro-me que um praticante veterano levantou certa vez a seguinte questão, que percebeu uma noção perigosa, que teoricamente poderia surgir devido à nossa incompreensão dos princípios do Fa.
Por exemplo, se um praticante que tem a responsabilidade de sair às ruas na China para esclarecer a verdade, e acreditar que ainda tem um medo forte no seu coração, corre o risco de ser enviado para a prisão, porque as velhas forças irão explorar esse apego. Então ele estará fundamentalmente errado na forma como encara o problema.
Aparentemente, isso parece bastante lógico: já que ele ainda tem esse forte apego, então deve-se esperar que as velhas forças aproveitem disso, porque o Mestre nos disse que é assim que eles operam - eles aproveitam de nossos apegos.
Mas, a verdade é que esse mesmo pensamento significa uma aceitação dos arranjos das velhas forças, ou mais precisamente uma aceitação do seu papel no nosso cultivo. Sim, o Mestre nos explicou como agem as velhas forças, por isso também nos disse para negar fundamentalmente seu envolvimento na retificação do Fa, bem como em nosso cultivo.
Em minha opinião, quando esses pensamentos enganosos surgem em nossas mentes, a abordagem correta seria: "Sim, sei que ainda estou com muito medo em meu coração! Mas, afinal é o cultivo e estou confiante de que o Fa me ajudará a acabar com esse apego do medo, pois farei meu melhor para superá-lo e cultivar. Não deixarei que este medo me impeça de esclarecer a verdade, que é minha responsabilidade na retificação do Fa! Tenho um Mestre que me protege e não aceitarei um pensamento tão enganoso. Não terei medo das velhas forças, porque não reconheço seu papel de interferir no meu cultivo, mesmo que eu fosse o praticante mais medroso de toda a China."
Com tais pensamentos, penso que não haveria problema mesmo que o praticante ainda estivesse muito assustado por dentro e ainda tenha um longo caminho a percorrer para eliminar completamente este apego. E cada vez que ele sair para validar o Fa e enfrentar seu medo, ele ficará mais forte, assim o medo será enfraquecido e finalmente, não será afetado por ele.
Em um nível fundamental, a história não é sobre nosso poder de eliminar apegos, mas sobre o poder do Fa para fazê-lo. Existe algum apego que o Fa não possa eliminar? Precisamos confiar no Fa! O Fa refina o praticante, não o contrário. Na verdade, não nos livramos do medo, o Fa elimina essa substância de medo depois que o enfrentamos e tentamos seguir o Fa em nossas ações. Assim, devemos estar calmos e confiantes, não ter medo de enfrentar os problemas que temos no cultivo, portanto deixar que o Fa nos retifique, enquanto fazemos sinceramente nossa parte para nos cultivarmos.
A história do nosso cultivo é sobre o poder do Fa que nos transforma em diamantes, não sobre nosso poder para fazê-lo, que é apenas uma ilusão e uma forma de cultivo com intenção. E as velhas forças não têm o direito de ter qualquer papel em nosso cultivo ou no processo de amadurecimento, não importa o quão longo ou curto que possa ser.
A certa altura, a embaixada chinesa do meu país organizou um evento em um hotel luxuoso, onde muitos líderes políticos importantes foram convidados. O nosso plano era entregar-lhes um livro expondo a extração forçada de órgãos pelo PCC, assim que os convidados saíssem da sala de conferências. Fiquei sentado na sala de espera em frente ao salão onde o evento estava acontecendo. Agentes de segurança, funcionários, a imprensa e outros estavam presentes neste ambiente, mas a pressão nas outras dimensões era enorme. Não conseguia concentrar-me e nem mesmo em estudar o Lunyu, e também não conseguia concentrar-me no envio de pensamentos retos, senti uma enorme pressão interior.
Em meio a essa situação extrema, consegui manter um pensamento principal: “Não se trata aqui do meu cultivo pessoal, não importa se não sou suficientemente forte para lidar bem com essa pressão de outras dimensões! Não estou aqui para fazer testes. Em vez disso, trata-se antes de tudo dos seres sencientes e da oportunidade de serem salvos! Então, ninguém tem o direito de interferir comigo a esse respeito, mesmo que meu xinxing não esteja de acordo com os padrões!”
Com este pensamento em mente, negando o direito das velhas forças de intervir neste empreendimento, consegui completar a missão e alcançar esses seres sencientes, mesmo que não tenha conseguido estar acima da minha própria interferência! Somente o Mestre tem o direito de organizar meu cultivo e decidir quando e como devo ser testado; ninguém mais pode fazê-lo!
O meu entendimento é que, muitas vezes, a intervenção das velhas forças ocorre quando falhamos repetidamente em olhar para dentro, não julgamos as coisas de acordo com os princípios do Fa, logo ignoramos as dicas do Mestre sobre o problema! Se, em vez disso, conseguirmos seguir o Mestre mais de perto e prestar mais atenção ao nosso cultivo da retificação do Fa, haverá menos interferência.
Independentemente das falhas que se tenha, as velhas forças não têm o direito de intervir em nosso cultivo. Somente ao Mestre compete esse direito, portanto é o único a corrigir nossos erros. As velhas forças tentam perturbar o vínculo do Mestre e discípulo, que é sagrado; então nos tentam impor suas coisas. Embora eles façam isso quando encontram falhas em nosso cultivo, devemos negar firmemente seu direito de fazê-lo em nossos corações, por mais graves que sejam nossos erros.
Quando o Mestre diz "não é que você esteja se cultivando em meio ás provações que eles criaram"... Penso que seja uma tendência que muitos de nós temos em certas situações difíceis, que, na verdade, decorre de um mecanismo de autoproteção: tentamos nos retificar, para resolver os problemas em questão e superar os problemas mais rapidamente. Isso equivale ao cultivo com intenção e é também uma forma de reconhecimento do teste imposto pelas velhas forças.
Quando percebo que uma situação difícil é causada pelo envolvimento das velhas forças como resultado dos meus apegos, adoto a seguinte abordagem: A primeira coisa que faço é tentar me acalmar e olhar para dentro, para ver onde não estou bem ao cultivar o Fa, ou o fator que também desencadeou a perseguição. Quando encontro meu problema, tento eliminá-lo e assimilar ao Fa, porém não o faço simplesmente para passar no chamado "teste", ou para resolver o problema somente na superfície, mas por causa do meu coração sincero para com o Fa e do desejo de me tornar um só corpo com o Fa. Depois disso, questiono a situação como creio que o Mestre nos ensina: negando o papel das velhas forças nesse caso, e eliminando o problema com pensamentos retos.
"Os pensamentos retos dos discípulos abundam
O Mestre tem o poder de virar a maré”
("Graças Entre o Mestre e os Discípulos", Hong Yin II)
É verdade que vivendo em uma ilusão tão densa, tendemos a esquecer de que somos discípulos do Dafa, portanto que temos grandes poderes. Se pudermos retificar nossos pensamentos e agir de acordo com o Fa, ninguém e nada poderá nos deter! Devemos rejeitar esses arranjos que querem nos fazer sentir fracos e pequenos. Com um único pensamento reto, podemos eliminar as situações difíceis que nos foram impostas. Além disso, quem somos nós? Somos discípulos do Dafa do período da retificação do Fa. Temos missões históricas: devemos salvar os seres sencientes.
As pessoas predestinadas estão à nossa espera para agir. Portanto, a missão deve vir em primeiro lugar em nossas mentes e corações, independentemente de outras responsabilidades e planos que temos no mundo humano. Penso que a essência é a forma como nos posicionamos em relação à retificação do Fa. Nada poderia ser mais importante do que este aspecto.
Obtivemos o Fa e temos a honra de sermos discípulos do Mestre, o que poderia ser mais precioso do que isso? Somos representantes de diferentes corpos cósmicos e inúmeros seres divinos depositaram todas as suas esperanças em nosso sucesso. Não devemos desapontá-los, nem ao Mestre. Precisamos ser mais rigorosos com nós mesmos e fazer o melhor uso do nosso tempo restante.
Estes são meus entendimentos no meu atual nível de cultivo.