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Jornalista afegã: Um livro milagroso mudou minha vida (Parte 1)

16 de junho de 2022 |   Pelo correspondente do Minghui, Zhang Yun

(Minghui.org) Como jornalista da Euronews no Afeganistão, Maryam Shahi passou por muitas situações perigosas. Embora ela não tenha sido fisicamente ferida pelas explosões e tiros ao seu redor, ela ficou psicologicamente traumatizada por anos. Para agravar seu estresse, quando a pandemia de COVID chegou, ela teve sintomas semelhantes aos da gripe por três meses.

Durante aqueles dias mais difíceis, Maryam ouviu falar do Falun Dafa por meio de um vídeo que circulou nas redes sociais. A história da recuperação milagrosa de uma pessoa com COVID a deixou curiosa sobre a prática. “Fiquei tão inspirada pela história”, lembrou ela. “Foi como se no final da vida eu visse uma porta para um novo futuro.”

Maryam deseja compartilhar sua história.

Maryam Shahi trabalhou como jornalista da Euronews no Afeganistão.

Experiência traumática

A fim de cobrir uma manifestação e marcha de protesto em Cabul, capital do Afeganistão, Maryam foi a uma praça pública para gravar vídeos. “Recebi um telefonema de um editor de notícias francês”, lembrou ela. “Ele me pediu para entrevistar o membro do conselho supremo de uma organização que estava participando do comício.”

Mal sabia ela, mas o telefonema salvou sua vida. “Para entrevistar o membro do conselho, tive que sair da multidão e ficar em um lugar menos barulhento”, explicou Maryam. “Mas em dois minutos de entrevista, uma explosão e depois uma segunda explosão ocorreram no lugar exato onde eu estava antes”.

Enquanto corria para uma parede em busca de proteção, metralhadoras começaram a disparar contra os manifestantes de um local escondido não muito longe dela. “Achei que os terroristas poderiam atirar em mim”, acrescentou ela, “mas de alguma forma sobrevivi ao incidente.”

Mas a cena trágica causou um trauma duradouro – tanto física quanto mentalmente. “Dois meses depois, comecei a ter uma grave falta de ar”, disse ela. “Então comecei a ter sintomas de doença cardíaca e dor abdominal grave que durou meses”.

Esses sintomas aumentavam e diminuíam de intensidade. Os médicos em Cabul disseram que foram causados por estresse e prescreveram sedativos. Os remédios apenas aliviavam a dor, mas não a faziam desaparecer. Em 2018, ela foi ao Irã para tratamento. “Um psiquiatra disse que eu tinha transtorno de estresse pós-traumático (TEPT) e tinha de tomar antipsicóticos por seis meses”, disse ela.

Uma voz do coração

Maryam ainda sofria de depressão, embora não tão grave quanto antes. “Quando li sobre a poluição dos recursos naturais e como o sistema ecológico da Terra está se deteriorando, senti que a Terra estava morrendo”, explicou ela. “Eu estava tão preocupada com o futuro e as gerações futuras.”

No entanto, em seu coração ela sempre teve um sentimento - como se ela tivesse algo importante para fazer. “Tive esse pensamento por anos, embora eu não soubesse exatamente o que eu deveria fazer. Mas as principais decisões da minha vida foram tomadas com base nessa voz do meu coração.”

Ela queria seguir a voz, mas não sabia exatamente como. Amigos ao seu redor compartilhavam suas experiências. Eles sugeriram que ela se concentrasse no trabalho e aprendesse inglês para poder ganhar mais dinheiro ou encontrar um emprego como funcionária do governo. “Mas eles não entenderam – não era isso que eu queria”, disse Maryam.

Com o passar do tempo, ela se viu à deriva. Ela sentiu como se estivesse perdendo o controle de si mesma. “Quando me sentia triste, facilmente perdia a paciência”, disse ela, “ficava irritada e muitas vezes desabafava minha raiva nas pessoas próximas a mim.”

Um dia, no início de 2020, Maryam teve um sonho. “Era como se eu estivesse deslizando sobre rodas. A velocidade aumentou e perdi o controle”, lembrou. “Então, abeira de um abismo, uma força me empurrou para trás e eu parei. Acordei assustada – se aquela força não tivesse me parado eu teria caído daquele penhasco.”

Ela não sabia o que aquele sonho significava até vários meses depois.

Encontrando esperança nos dias mais difíceis

Quando a primeira onda de COVID-19 chegou ao Afeganistão em março de 2020, Cabul implementou medidas de isolamento. “Eu estava preparando minha dissertação de mestrado, então estava sob intensa pressão mental”, disse ela.

Durante os três meses seguintes, todos os dias ela acordava tossindo e com a garganta dolorida. Isso continuou todos os dias até a noite, o que a deixava exausta. Ela tomava medicamentos, incluindo medicamentos chineses, mas eles não ajudavam. “Minha irmã mais nova teve férias de verão, então ela saiu de férias com meus pais”, disse Maryam. “Eu estava sozinha em casa – me sentia solitária e deprimida. Felizmente minha doença não era COVID; caso contrário, poderia ter morrido.”

Durante esses dias difíceis, ela frequentemente navegava nas mídias sociais. Um dia, ela viu um vídeo em persa (farsi) sobre a perseguição ao Falun Dafa na China, mas não terminou de assistir.

Então ela notou um post sobre como as pessoas se recuperaram do COVID recitando “Falun Dafa é bom” e “Verdade, Compaixão, Tolerância são boas. Embora não tivesse o vírus, fiquei curiosa e me perguntei se isso poderia me ajudar – estava sofrendo assim há meses, mas nenhum dos remédios que tomei fez qualquer diferença.” Maryam pensou: “Vou tentar isso porque não há nada a perder.”

Naquela manhã ela começou a recitar as frases em persa. “Depois de alguns minutos, comecei a espirrar e senti que meu corpo não estava mais tão pesado”, explicou ela. “Quando recitei as frases à tarde, comecei a espirrar novamente. Meu corpo ficou mais leve e me senti muito confortável.”

Para saber mais sobre o Falun Dafa, ela entrou em contato com um praticante cujas informações ela encontrou em um site do Falun Dafa. “Com a ajuda dele, baixei o Zhuan Falun e a música para as cinco séries de exercícios”, disse ela.

Novos entendimentos

A primeira noite em que ela leu o Zhuan Falun foi memorável e Maryam disse que estava animada demais para dormir. “Minha mente foi purificada. O conteúdo do livro também me fez repensar os conhecimentos que aprendi na escola, bem como as religiões”, disse ela. “Na verdade, descobri que alguns princípios que aprendi na vida eram condizentes com os ensinamentos do Falun Dafa.”

Durante aqueles dias sob a política de ficar em casa, ela passou muitas horas lendo o Zhuan Falun e fazendo os exercícios todos os dias. “Às vezes, mesmo quando estava meio acordada, podia sentir que o Mestre Li (fundador do Falun Dafa) estava purificando meu corpo e me ajudando a melhorar no cultivo”, lembrou Maryam.

(Continua)