(Minghui.org) O mês de janeiro de 2022 registrou a morte de 20 praticantes do Falun Gong como resultado da perseguição por causa da sua fé, incluindo um caso que ocorreu em 2008, um caso em 2019, 15 casos em 2021 e 3 casos em janeiro de 2022.
Falun Gong, também conhecido como Falun Dafa, é uma prática para a mente e corpo baseada nos princípios da Verdade, Compaixão e Tolerância. Desde sua introdução ao público em 1992, inúmeras pessoas foram atraídas por seus princípios profundos e benefícios para a saúde. Temendo sua crescente popularidade, o regime comunista chinês lançou uma campanha nacional em julho de 1999, tentando acabar com a prática.
Os 20 praticantes falecidos, incluindo 14 mulheres, vieram de 9 províncias da China. Liaoning e Hubei tiveram cinco casos cada, seguidos por dois casos em Jilin, Shaanxi e Sichuan cada uma. Anhui, Heilongjiang, Jiangsu e Mongólia Interior registraram um caso cada.
Entre os 18 praticantes cujas idades eram conhecidas, estavam entre 50 e 89 anos, com média de idade de 70 anos. Quatro praticantes estavam na faixa dos 50 anos, 4 na faixa dos 60, 5 na faixa dos 70 e outros 5 na faixa dos 80.
A maioria dos praticantes foi repetidamente detida e encarcerada nesses 23 anos de perseguição. Cinco deles morreram enquanto ainda estavam sob custódia, incluindo um homem de 80 anos que foi condenado a mais quatro anos logo após cumprir três anos e uma mulher de 50 anos que morreu três dias após sua prisão.
Abaixo estão alguns resumos de alguns dos casos de morte. A lista dos 20 praticantes pode ser baixada aqui (PDF).
Mulher de 50 anos morre três dias depois de ser presa por praticar o Falun Gong
A Sra. Huang Sulan, da cidade de Chengdu, província de Sichuan, foi presa do lado de fora de seu prédio em 20 de janeiro de 2022 por oficiais da cidade de Pengzhou (cerca de 48 quilômetros de distância). Ela foi mantida em um centro de detenção secreto em Pengzhou.
A polícia informou à família da Sra. Huang em 23 de janeiro de 2022 que ela havia morrido mais cedo naquele dia. Seu corpo logo foi transferido para a Funerária da cidade de Pengzhou. Sua família viu seu corpo, mas mais detalhes sobre sua morte permanecem sob investigação.
Antes da última prisão da Sra. Huang, ela já havia sido presa em 10 de julho de 2019, enquanto visitava a praticante Sra. Mao Kun. Embora a Sra. Huang tenha sido libertada em 9 de agosto, a Sra. Mao foi posteriormente condenada a 11,5 anos e morreu sob custódia.
Condenado a quatro anos logo após cumprir três anos, homem de 80 anos morre na prisão
Quando a família do Sr. Li Xiyong foi à prisão para buscá-lo em 9 de abril de 2021, eles ficaram arrasados ao saber que o homem de 80 anos, que acabara de cumprir uma pena de três anos de prisão, havia sido levado pela polícia. Ele foi condenado a mais quatro anos, quatro meses depois, e desenvolveu diabetes e acúmulo de líquido no peito. As autoridades o algemaram e o prenderam à cama do hospital enquanto ele estava sendo tratado.
O Sr. Liu, morador da cidade de Dalian, província de Liaoning, desenvolveu outra condição médica grave em 9 de dezembro. Ele estava em uma cadeira de rodas que foi colocada dentro de uma gaiola de metal na traseira da van enquanto era levado ao hospital. Sua família ficou surpresa ao ver que o rosto, as mãos e os pés do Sr. Liu estavam todos inchados. Ele parecia estar incapacitado e não conseguia falar claramente. Quando sua neta tentou ajustar sua máscara facial, os guardas a intimidaram e não permitiram que a família se aproximasse.
Os guardas exigiram que a família do Sr. Liu pagasse todas as suas despesas médicas. Eles alegaram que ele estava com problemas de saúde antes de ser preso e disseram que não tinham responsabilidade por sua condição. Os repetidos pedidos de liberdade condicional de sua família também foram negados.
O Sr. Liu faleceu no hospital em 29 de dezembro. Os funcionários da prisão não permitiram que seu filho levasse seu corpo. Eles mesmos o levaram para uma casa funerária, temendo que sua família apresentasse uma queixa contra eles. A polícia vigiou seu corpo até ser cremado em 1º de janeiro de 2022.
Com o início da perseguição em 1999, o Sr. Liu foi encarcerado repetidamente por defender sua fé e aumentar a conscientização sobre a perseguição. Ele foi condenado a 2 anos de trabalho forçado após uma prisão em abril de 2002 e sentenciado a 3,5 anos após outra prisão em 24 de julho de 2008. Ele foi sentenciado novamente a três anos sem julgamento judicial, após sua última prisão em 9 de abril de 2018. Enquanto sua esposa buscava desesperadamente sua libertação na delegacia local, um policial disse a ela: “Vamos deixá-lo morrer dentro da prisão desta vez!”
Sr. Liu Xiyong
Praticante de Dalian morre na prisão três anos após ser negada sua liberdade condicional
A Sra. Zhong Shujuan, uma moradora de 66 anos da cidade de Dalian, província de Liaoning, morreu na Prisão Feminina de Liaoning em 24 de dezembro de 2021, três anos depois que seu pedido de liberdade condicional médica para tratar seu câncer de mama foi negado. Seu corpo foi cremado na presença da polícia, promotor e juiz que estavam envolvidos em sua sentença.
Nos últimos 22 anos, a Sra. Zhong foi presa sete vezes e encarcerada por um total de 12 anos por defender sua fé. Ela foi detida no Centro de Detenção de Dalian por 18 dias, um centro de reabilitação de drogas por 28 dias, no Campo de Trabalho Forçado de Dalian por dois anos e 40 dias, e no Campo de Trabalhos Forçados de Masanjia duas vezes, por dois anos e quatro meses na primeira vez e dois anos e 16 dias na segunda vez. Além disso, a Sra. Zhong foi mantida no Centro de Lavagem Cerebral de Luotaishan por 21 dias em julho de 2009 e em um hospital por 15 dias em março de 2016. Ela foi condenada a 7,5 anos após sua última prisão em 28 de junho de 2016 e permaneceu detida até falecer.
A Sra. Zhong não foi a única pessoa de sua família afetada pela perseguição. Sua filha, a Sra. Li Xiuli, sofreu um colapso mental em 2007, aos 27 anos, como resultado de um longo período de perseguição por parte das autoridades. Ela nunca se recuperou depois de uma operação policial traumática quando estava sozinha em casa. Após uma das prisões de sua mãe, a Sra. Li e seu pai, Li Kuan, ficaram tão traumatizados que não saíram de casa por mais de 40 dias. Eles não se atreveram a atender telefonemas ou abrir a porta. As pessoas pensavam que tinham morrido e só descobriam que ainda estavam vivos depois de entrarem a força no apartamento.
Após a última prisão da Sra. Zhong em 2016, seu marido foi detido por meio mês e depois condenado a três anos e meio de liberdade condicional. A saúde mental de sua filha piorou ainda mais.
Praticante de Sichuan morre quatro meses depois de ser preso por sua fé
O Sr. Yang Xingye, morador da cidade de Pengzhou, província de Sichuan, faleceu em 10 de dezembro de 2021, quatro meses depois de ser detido novamente por praticar o Falun Gong. A provação de Yang decorreu do que aconteceu com ele em 2017, quando ele foi preso por defender sua fé e libertado sob fiança em julho daquele ano. Depois de permanecer sob fiança por quatro anos, ele foi condenado a quatro anos de prisão em 13 de julho de 2021. A audiência não foi realizada no tribunal local, mas em uma casa de chá.
Semanas antes da sentença do Sr. Yang, ele havia sido abordado por dois moradores de seu bairro que fingiam estar interessados em aprender o Falun Gong. Eles pararam de contatá-lo depois de obter dele 50 cópias de materiais informativos do Falun Gong. Em retrospectiva, os dois moradores provavelmente foram usados pelas autoridades para reunir provas de acusação contra ele.
O Sr. Yang foi libertado após sua sentença. Duas semanas depois, em 27 de julho, três policiais bateram à sua porta. Quando ele se recusou a deixá-los entrar, eles encontraram um serralheiro para abrir a porta à força e o levaram de volta sob custódia.
Em 14 de agosto, após duas semanas no Centro de Detenção da Cidade de Pengzhou, o Sr. Yang foi levado para o Hospital Popular da Cidade de Pengzhou, enquanto ainda estava algemado. O motivo pelo qual ele foi levado para lá não ficou claro.
A polícia transferiu o Sr. Yang para outro hospital nas proximidades de Chengdu em setembro. Em novembro, eles informaram sua família de que poderiam solicitar sua libertação sob fiança por razões médicas. Como a conta do seguro médico e a pensão do Sr. Yang foram congeladas pelas autoridades, sua família não podia arcar com as despesas médicas para ele. Como eles não pediram fiança e o levaram para casa, a polícia os obrigou a assinar um termo de responsabilidade.
A condição do Sr. Yang se deteriorou ainda mais depois. Ele faleceu em 10 de dezembro de 2021. Os detalhes sobre sua condição permanecem obscuros. Mas de acordo com pessoas que o conheciam, ele era muito saudável antes de ser preso.
Mulher de Jilin morre na prisão enquanto cumpria pena
A família da Sra. Wang Qingwen foi informada pela Prisão Feminina da Província de Jilin em 26 de outubro de 2021 que ela havia falecido. As autoridades cremaram seu corpo no dia seguinte e enviaram suas cinzas para sua cidade natal na cidade de Liaoyuan, província de Jilin. Ela tinha 78 anos.
A Sra. Wang foi anteriormente condenada a três anos de prisão por praticar o Falun Gong. Embora as autoridades tenham permitido que ela cumprisse pena fora da prisão, a polícia a prendeu no Centro de Detenção da Cidade de Liaoyuan em algum momento de 2021.
A Sra. Wang foi posteriormente transferida para a Prisão Feminina da Província de Jilin e desenvolveu sintomas graves. Ela foi levada para o hospital da polícia no final de outubro de 2021 e logo morreu lá. A prisão se recusou a fornecer mais informações sobre sua morte para sua família. Alguns funcionários disseram que ela morreu de câncer retal, enquanto outros disseram que ela morreu de câncer de pulmão.
Notícias tardias: Praticante de Shaanxi morre três anos após ser libertado da segunda prisão
O Sr. Li Zhouwen, um técnico mecânico na cidade de Baoji, província de Shaanxi, morreu em novembro de 2019, três anos depois de ter sido torturado na prisão por se recusar a renunciar à sua fé no Falun Gong. Ele tinha 75 anos.
Sua esposa, a Sra. Zhang Gaixiu, também foi perseguida até a morte depois de ser sentenciada a quatro anos por praticar o Falun Gong. Ela morreu aos 57 anos em 26 de fevereiro de 2008.
Depois que o regime comunista chinês lançou uma campanha nacional contra o Falun Gong em 20 de julho de 1999, a polícia frequentemente perseguia o casal por se recusar a renunciar ao Falun Gong. Eles invadiram sua casa em 11 de setembro de 2001. Sem mostrar suas identidades, eles saquearam sua casa e confiscaram todos os seus livros e materiais do Falun Gong.
O Sr. Li foi levado para um local e detido lá por 23 horas antes de ser transferido para a Delegacia de Polícia de Chenchun, onde foi obrigado a assinar alguns documentos relacionados ao tribunal. Ele foi levado para o centro de detenção do condado após assinar os documentos. Ele foi espancado várias vezes no centro de detenção por praticar a meditação do Falun Gong.
O Sr. Li foi posteriormente condenado a sete anos, e sua esposa foi sentenciada a quatro anos. Como suas antigas doenças voltaram devido ao abuso na detenção, ela foi autorizada a cumprir pena fora da prisão.
O Sr. Li foi detido na Prisão de Zhuangli entre 2002 e 2005 e na Prisão de Weinan durante o resto da sua prisão. Ele foi submetido a tortura e lavagem cerebral em ambas as prisões, também foi forçado a escrever uma declaração de garantia renunciando à sua fé.
Devido à pressão mental da perseguição e discriminação da sociedade, o filho do casal tornou-se hostil ao Falun Gong e não permitiu que o Sr. Li saísse livremente de casa ou falasse com outros praticantes do Falun Gong depois que ele foi libertado em dezembro de 2007.
Enquanto a Sra. Zhang estava cumprindo pena fora da prisão, os oficiais do Departamento de Segurança Pública foram até sua casa e a assediaram todos os meses. Ela ficou aterrorizada e ansiosa, e desenvolveu um transtorno mental. Ela morreu em 26 de fevereiro de 2008, aos 57 anos.
Os oficiais da Divisão de Segurança Doméstica e da Agência 610 continuaram a assediar o Sr. Li depois que ele foi libertado em 2007. Como ele se recusou a renunciar à sua fé, a polícia o prendeu em 6 de maio de 2009 e o manteve em uma hospedaria do governo até 22 de maio, antes de levá-lo ao centro de detenção local. Ele foi posteriormente condenado a 4,5 anos na prisão de Weinan.
As duas penas de prisão de 11 anos causaram um enorme dano mental ao Sr. Li. Sua família sofreu discriminação da sociedade e também perdas financeiras (o Sr. Li costumava ganhar 10.000 yuans por mês antes de ser preso).
Quando o Sr. Li foi libertado em 2016, ele estava incapacitado e não conseguia cuidar de si mesmo. Ele faleceu em novembro de 2019.
Praticante de Heilongjiang morre após anos de perseguição por sua fé
Quando a pena de cinco anos de prisão do Sr. Tian Chengjun por praticar o Falun Gong expirou em 18 de junho de 2013, as autoridades continuaram a detê-lo em um local secreto por anos. Ele estava extremamente fraco e emaciado quando foi libertado. Ele se trancou em casa e não se atreveu a sair para se encontrar com ninguém. Como a polícia continuou a assediá-lo, ele foi morar com sua irmã, mas faleceu em 27 de fevereiro de 2021, após sofrer um ataque cardíaco. Ele tinha 53 anos.
O Sr. Tian, um residente do condado de Baoqing, província de Heilongjiang, foi preso em casa em 18 de junho de 2008, menos de dois meses antes dos Jogos Olímpicos de Pequim. As autoridades alegaram que o estavam impedindo de ir a Pequim para apelar pelo direito de praticar o Falun Gong. Vários outros praticantes locais também foram presos na mesma época e tiveram suas casas saqueadas.
A Procuradoria do Condado de Baoqing aprovou sua prisão em meados de agosto de 2008 e o indiciou uma semana depois. Ele compareceu ao Tribunal do Condado de Baoqing em 18 de novembro e foi condenado a cinco anos em 4 de dezembro. Outros sete praticantes também foram condenados com ele: Liu Junzhong, na casa dos 40 anos, e a Sra. condenado a dez anos; O Sr. Yu Zhanhong foi condenado a nove anos; A Sra. Tian Xiaoxuan foi condenada a oito anos; e a Sra. Jiang Jie, na casa dos 30 anos, o Sr. Meng Xianguo, 48 anos, e sua esposa, a Sra. Wang Yarong, na casa dos 40 anos, receberam sete anos cada.
O Sr. Tian foi transferido do Centro de Detenção do Condado de Baoqing para a Prisão de Lianjiangkou em 7 de maio de 2009. Ele foi forçado a fazer trabalho não remunerado e submetido a várias formas de tortura.
Quando sua pena expirou em 18 de junho de 2013, a prisão o transferiu para outro centro de detenção não revelado fora da cidade. Não está claro por quanto tempo exatamente ele ficou detido além de sua pena de prisão.
Homem de 89 anos morre após último assédio
O Sr. Liu Yongcun, da cidade de Shulan, província de Jilin, foi denunciado por falar com as pessoas sobre o Falun Gong e distribuir calendários com informações sobre o Falun Gong na cidade de Fate na mesma província no inverno de 2020. A polícia saqueou sua casa e o forçou assinar uma declaração para renunciar ao Falun Gong. O Sr. Liu estava apavorado. Ele sofreu um derrame e ficou acamado desde então.
A polícia voltou novamente em 12 de maio de 2021 para saquear sua casa. Muitos de seus itens pessoais foram levados. A polícia tentou prendê-lo, mas cedeu ao ver sua condição física.
Lutando contra o declínio da saúde, ele faleceu em 10 de setembro de 2021. Ele tinha 89 anos.
Praticante de 81 anos morre após várias prisões e assédio por causa da sua fé
A Sra. Yuan Yuzhen, uma ex-professora premiada na cidade de Nanjing, província de Jiangsu, morreu em 19 de novembro de 2021, depois de suportar duas décadas de perseguição por causa da sua fé no Falun Gong. Ela tinha 81 anos.
Depois que o regime comunista chinês ordenou a perseguição em 1999, a Sra. Yuan foi a Pequim três vezes para apelar pelo direito de praticar o Falun Gong. Ela foi presa todas as vezes e teve sua casa saqueada. Ela também recebeu um ano de trabalho forçado depois de ser levada de volta a Nanjing. As prisões, a detenção e o subsequente assédio afetaram sua saúde e, eventualmente, tiraram sua vida.
A Sra. Yuan foi presa pela primeira vez em abril de 2000, quando foi a Pequim apelar. Ela foi mantida em uma gaiola de metal e acorrentada a uma cadeira de metal. Os pregos na corrente a cortaram profundamente. Ela foi condenada a um mês no Centro de Detenção da Cidade de Nanjing depois de ser transferida de volta para Nanjing. Sua casa também foi saqueada.
A Sra. Yuan foi a Pequim para apelar pela segunda vez em outubro de 2000. A polícia de Pequim bateu em sua cabeça, fazendo-a inchar. Seu rosto estava machucado e seus dentes sangravam. A polícia também pisou em seus dedos, pendurou-a pelos pulsos com os braços atrás das costas e lhe deram choques com bastões elétricos. Ela desmaiou com os choques elétricos. Mais tarde, foi levada de volta a Nanjing e teve sua casa saqueada novamente.
Reencenação da tortura: pendurada e recebendo choques com bastão elétrico
A Sra. Yuan voltou a Pequim para apelar pela terceira vez em dezembro de 2000. Ela foi presa enquanto segurava uma faixa na Praça da Paz Celestial. Ela foi detida pela primeira vez na delegacia de polícia de Tiananmen e depois transferida para uma delegacia de polícia no distrito de Haidian. Os guardas a espancaram e a torturaram quando ela se recusou a revelar seu nome e endereço. (Nota: Devido à política de implicação do regime chinês, os praticantes do Falun Gong muitas vezes se recusam a revelar seus nomes para proteger membros da família, colegas de trabalho e outros associados.)
Uma semana depois, a polícia de Pequim transferiu a Sra. Yuan para um centro de detenção na província vizinha de Liaoning. Eles também tentaram levá-la a um hospital psiquiátrico, mas o médico se recusou a aceitá-la. Ela foi então levada para uma prisão e mantida com prisioneiros no corredor da morte, antes de ser levada de volta ao centro de detenção, onde foi forçada a falar seu nome.
Depois que ela foi levada de volta para Nanjing, a Sra. Yuan recebeu um ano no Campo de Trabalho Forçado Feminino de Judong, depois de um mês no Centro de Detenção da Cidade de Nanjing. Os guardas do campo de trabalho a espancaram, puxaram seus cabelos, bateram sua cabeça contra a parede e lhe bateram no rosto. Ela também foi levada para um centro de lavagem cerebral e quase perdeu todos os dentes por causa dos espancamentos que sofreu lá.
Um grupo de policiais invadiu sua casa por volta de abril de 2007 e a manteve no Centro de Lavagem Cerebral do Distrito de Gulou por 12 dias.
A Sra. Yuan foi presa novamente em 16 de março de 2011, por conversar com pessoas fora de um supermercado. Dois policiais à paisana a empurraram para dentro de um carro e pulverizaram seu rosto com um composto nocivo.
Durante sua detenção no Centro de Lavagem Cerebral do Distrito de Gulou, a polícia ligou para seu marido, Sr. Li Wankun, e insistiu que ele falasse com eles. O Sr. Li disse que não estava disponível naquele dia e falaria com a polícia no dia seguinte. Quando voltou para casa mais tarde naquele dia, ficou arrasado ao descobrir que a polícia havia invadido sua casa e virado tudo de cabeça para baixo. Ele questionou a polícia sobre porque eles invadiram sua casa sem ninguém por perto. A polícia respondeu: “Não podemos parar de trabalhar só porque você não estava em casa”. O Sr. Li ficou tão furioso que quase desmaiou. A polícia continuou a assediá-lo a partir de então, deixando o idoso traumatizado e vivendo com medo.
A Sra. Yuan foi assediada e intimidada novamente em junho de 2015, depois que a polícia soube que ela apresentou uma queixa criminal contra Jiang Zemin, o ex-chefe do regime comunista que ordenou a perseguição ao Falun Gong. Ela começou a sofrer de pressão alta depois disso. Às vezes ela tinha dificuldade para respirar e tremia incontrolavelmente. Ela vivia com um medo enorme, e sua saúde declinou rapidamente. Ela faleceu em 19 de novembro de 2021.
Praticante da Mongólia Interior morre em deslocamento longe de casa
A Sra. Zhang Fengyun, da cidade de Chifeng, Mongólia Interior, foi forçada a viver longe de casa, depois que a polícia saqueou sua casa em 25 de setembro de 2018, ao descobrir que sua filha, Sra. Song Sijuan, iria para Nova York para participar de uma competição vocal apresentada pela NTDTV, uma estação de TV americana conhecida por relatar notícias sem censura sobre a China, incluindo a perseguição ao Falun Gong.
A Sra. Zhang e sua filha não estavam em casa durante a operação e escaparam das prisões, seu marido, Sr. Song Xiandong, foi preso e depois sentenciado a dez meses. A polícia enviou um grande número de policiais para rastrear as duas mulheres.
Com sua pensão suspensa pelas autoridades, a Sra. Zhang viveu uma vida miserável enquanto se escondia. A pressão mental afetou sua saúde. Ela faleceu por volta de 15 de dezembro de 2021.
Praticante de Liaoning morre dois anos após ser libertada da segunda prisão
Depois de cumprir duas penas de prisão e uma pena em um campo de trabalho forçado por se recusar a desistir da sua fé no Falun Gong, a Sra. Wu Naiying faleceu em 16 de dezembro de 2021, dois anos depois de ser libertada de uma pena de três anos. Ela tinha 66 anos.
Sra. Wu Naiying
Depois que o regime comunista chinês começou a perseguir o Falun Gong em 1999, a Sra. Wu, da cidade de Shenyang, província de Liaoning, foi presa cinco vezes. Ela foi condenada a dois anos em um campo de trabalho e duas vezes condenada à prisão por um total de sete anos.
A Sra. Wu foi presa pela primeira vez em 2000 e detida por 15 dias. Ela foi presa novamente em 2001 e mantida no Centro de Lavagem Cerebral do Distrito de Shenhe.
Ela foi sentenciada a dois anos no Campo de Trabalho Forçado de Longshan em agosto de 2003 após sua outra prisão. Os guardas a espancaram e uma vez a eletrocutaram com três bastões elétricos.
A Sra. Wu foi presa novamente em 10 de agosto de 2008. A polícia cobriu sua cabeça com um capuz preto e algemou suas mãos atrás das costas. O Tribunal Distrital de Dadong a condenou a quatro anos em 29 de outubro de 2008. Ela foi submetida a abuso verbal, trabalho forçado e outras torturas depois de ser levada para a Prisão Feminina da Província de Liaoning em 13 de janeiro de 2009.
A Sra. Wu apresentou uma queixa criminal em 15 de junho de 2015 contra Jiang Zemin, ex-chefe do Partido Comunista Chinês que ordenou a perseguição. Ela foi presa novamente em 14 de novembro de 2016, enquanto estudava os livros do Falun Gong em casa com três outros praticantes. Muitos de seus pertences pessoais foram confiscados. As autoridades também a acusaram de colocar um pôster informativo sobre o Falun Gong, depois de gravá-la em câmeras de vigilância.
A polícia a prendeu pela primeira vez no Centro de Detenção da Cidade de Shenyang. Em pouco tempo ela sofreu uma pressão arterial perigosamente alta e foi hospitalizada por duas semanas antes de ser levada de volta ao centro de detenção.
A Sra. Wu foi condenada a três anos e multada em 20.000 yuans pelo Tribunal Distrital de Shenhe em 29 de setembro de 2017. Ela foi levada para a Prisão Feminina da Província de Liaoning em 9 de janeiro de 2018.
Quando foi libertada em novembro de 2019, ela não conseguia falar de forma coerente e perdeu grande parte da memória. Certa vez, ela lembrou que tinha dificuldade em respirar por ter sido torturada na prisão. Ela também tinha dores nos pés e nas pernas, assim como constipação severa.
Depois de lutar com problemas de saúde, ela faleceu por volta da 1h da manhã do dia 16 de dezembro de 2021.
Praticante de 73 anos condenada à prisão por sua fé, morre três meses depois
Uma moradora da cidade de Hefei, província de Anhui, foi condenada a três anos e dez meses logo após sua prisão no início de setembro de 2021 por praticar o Falun Gong. Devido à sua saúde precária, a prisão local se recusou a aceitá-la. A saúde da Sra. Li Cuiping continuou a se deteriorar depois que ela foi condenada a cumprir pena em casa. Ela faleceu em meados de dezembro de 2021, aos 73 anos.
A Sra. Li iniciou a prática do Falun Gong em 1997 e atribuiu à prática a cura de seu câncer uterino. Como ela se recusou a renunciar ao Falun Gong diante da perseguição, ela foi presa e detida várias vezes, antes de finalmente sucumbir à pressão mental de décadas.
Ela foi presa pela primeira vez em 2003 e condenada a três anos na Prisão Feminina da Província de Anhui, onde foi forçada a fazer trabalho não remunerado e assistir a vídeos difamando o Falun Gong, ela era espancada pelas presas da mesma cela.
Ela foi presa mais duas vezes, às 23h em 20 de julho de 2007 e em 24 de junho de 2011, respectivamente, por falar com as pessoas sobre o Falun Gong.
Ela foi recusada pelo centro de detenção local após outra prisão em 2 de janeiro de 2020. Sua casa foi saqueada e seus livros do Falun Gong e materiais relacionados foram confiscados. A polícia a colocou em prisão domiciliar e voltou várias vezes para assediá-la.
Tanto a Sra. Li quanto seu filho, o Sr. Ma Shan, foram presos em casa em 3 de novembro de 2020. Sua casa foi saqueada e eles foram novamente colocados em prisão domiciliar.
A sua última prisão foi no início de setembro de 2021, enquanto ela sacava dinheiro em um banco. Ela foi mantida em um centro de lavagem cerebral por duas semanas e liberada quando estava extremamente fraca. Pouco tempo depois, ela foi condenada a comparecer no Tribunal Distrital de Shushan em 24 de setembro. Como ela estava fraca demais para andar sozinha, vários oficiais de justiça a carregaram para o carro e a levaram ao tribunal.
A Sra. Li foi posteriormente condenada a três anos e dez meses. A prisão se recusou a aceitá-la devido ao seu estado de saúde. Ela voltou para casa e faleceu três meses depois.
A Sra. Hu Yanbo sofria de transtorno mental quando foi libertada da Prisão Feminina da Província de Liaoning em 2006, depois de cumprir quatro anos por praticar o Falun Gong. Como ela não conseguia cuidar de si mesma, seu pai a mandou para um hospital psiquiátrico. Depois de lutar por 16 anos, ela faleceu em janeiro de 2022. Ela tinha 50 anos.
A Sra. Hu, da cidade de Fushun, província de Liaoning, foi presa quatro vezes entre 1999 e 2002, incluindo uma prisão em 2000 por ir a Pequim apelar pelo direito de praticar o Falun Gong.
Ela foi condenada a quatro anos após sua última prisão em outubro de 2002. Ela foi mantida no Campo de Trabalho Forçado de Masanjia por três anos e depois transferida para a Prisão Feminina da Província de Liaoning.
Os guardas da prisão usaram todos os tipos de tortura tentando forçá-la a renunciar ao Falun Gong, incluindo espancamentos, até um mês de privação de sono e amarrando-a a uma prateleira de metal no banheiro em posição de cócoras. Uma praticante que também foi presa lá contou uma vez que os guardas forçaram a Sra. Hu a ficar no banheiro para transformá-la. A tortura começava a partir das 22h e ninguém sabia quanto tempo durava todas as noites.
A Sra. Hu mais tarde adoeceu. Os guardas ordenaram as internas que adicionassem drogas desconhecidas à sua comida, o que a deixou tonta e incapaz de sair da cama. Ela quase morreu por causa da tortura e administração involuntária de drogas.
Ela estava em estado de delírio quando foi libertada. Ela também foi demitida por seu empregador. Como sua mãe havia falecido há muito tempo, seu pai a encaminhou para um hospital psiquiátrico, pois ainda precisava trabalhar para sustentar a família.
Na primeira semana de 2022, seu pai recebeu uma ligação do hospital e foi informado de que ela havia acabado de falecer. A enfermeira que cuidava dela disse que ela se recusava a comer carne e só comia picles. O pai idoso ficou arrasado ao ver seu corpo emaciado.
Praticante de Liaoning morre após duas décadas de perseguição
A Sra. Qu Cailing, da cidade de Fushun, província de Liaoning, foi severamente torturada enquanto cumpria uma pena de 1,5 ano no campo de trabalho e uma pena de 9 anos de prisão, por defender sua fé no Falun Gong. Incapaz de suportar a pressão da perseguição, o marido da Sra. Qu se divorciou dela e recebeu a custódia exclusiva de sua filha adolescente. Seu local de trabalho suspendeu sua pensão em 2000, depois que ela foi presa pela primeira vez por sua fé. Depois de sofrer anos de sofrimento mental e dificuldades financeiras, ela faleceu em 22 de janeiro de 2022. Ela tinha 70 anos.
A Sra. Qu trabalhava no escritório de planejamento familiar em Fushun. Ela sofria de várias doenças e tinha que ser hospitalizada várias vezes por ano. Em fevereiro de 1997, ela optou por se aposentar cedo, aos 45 anos. Dois meses depois, ela foi apresentada ao Falun Gong e sua saúde se recuperou logo depois.
Depois que o regime comunista chinês ordenou a perseguição em 1999, a Agência 610 local, funcionários de seu local de trabalho e trabalhadores comunitários continuaram a assediá-la e tentaram forçá-la a renunciar ao Falun Gong. Ela foi detida na delegacia local três vezes e sua família foi extorquida em 1.000 yuans. Yu Manchang, diretora da Agência 610 do distrito Shuncheng, pressionou o marido da Sra. Qu e ordenou que ele a vigiasse ameaçando suspender seu emprego como professor se não cumprisse a ordem.
Relatado em 2021: 132 praticantes do Falun Gong morrem devido a perseguição por causa da sua fé