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Mudar a mentalidade de ser perseguida

17 de março de 2022 |   Por uma praticante do Falun Dafa na província de Liaoning, China

(Minghui.org) [Ouça esta experiência] 

Por cultivar, fui presa, detida ilegalmente e condenada. Assim tive assim medo de ir a gabinetes de segurança pública, delegacias de polícia e comitês de bairro. O pessoal das delegacias de polícia e dos comitês de bairro perguntaram aos meus familiares sobre a minha situação e enviaram-me mensagens pedindo que os visitasse. Tentei evitá-los uma e outra vez, e pedi aos meus familiares que lhes respondessem superficialmente. No entanto, os meus familiares sentiam-se pressionados e tornaram-se cada vez mais impacientes, dizendo que eu não estava disposta a tratar do assunto, e que estava lhes causando problemas. Percebi que já não podia mais fugir e que eu mesma precisava resolver o problema.

Antes de ir para a comissão de bairro, estudei os princípios do Fa sobre como negar a perseguição imposta pelas velhas forças. Recordei o que ocorreu em 2006. Fui levada para a delegacia de polícia por distribuir materiais de esclarecimento da verdade. Nessa época, pensava que a delegacia de polícia era apenas um local para registro ou certificação, por isso não tive medo. Não fazia ideia de que a polícia espancava pessoas, utilizava instrumentos de tortura e outros afins na delegacia de polícia. Também podia ser que o Mestre tivesse impedido minha mente de compreender o assunto naquela época.

A polícia contou os materiais de esclarecimento da verdade do Dafa na minha sacola à minha frente. Recusei-me a responder a todas as suas perguntas, por isso deixaram de perguntar. Sentei-me no sofá, e eles não prestaram muita atenção em mim.

Falta de compreensão das questões persecutórias

.As velhas forças perceberam que eu não compreendia esta questão, por isso criaram uma cena que me faria perceber como as pessoas comuns viam a natureza e o papel da delegacia de polícia.

Dois grupos de pessoas que estavam bebendo e brigando foram trazidos para a delegacia de polícia. Um homem que estava com o rosto sangrando apontou para outro homem e disse: "Foi ele que me fez isto." Outros testemunharam a seu favor. O homem que foi acusado negou. Um agente da polícia disse: "Arraste-o para cima, e ele admitirá lá em cima." Vários agentes arrastaram o homem para o andar de cima. Tudo isto aconteceu diante de mim como uma cena de um filme. Eu assisti, mas não compreendi: "Qual é o objetivo de levar aquele homem lá para cima? Porque é que ele tem de ir lá para cima para admitir isto?"

Tempos depois, ouvi dizer que alguns praticantes tinham sido torturados naquela delegacia de polícia. A polícia exigiu que os praticantes revelassem a fonte dos seus materiais do Dafa. Perguntei-me porque não fui forçada a revelar a fonte dos meus materiais naquele momento.

Compreendo agora que as delegacias de polícia são agências coercivas que espancam e torturam pessoas. Não tinha medo da polícia ou das delegacias, por isso ninguém me obrigou a fazer nada, e fui tratada de uma forma relativamente amável. Nessa época, porém, tinha a noção de que a distribuição de material do Dafa me levaria a ser perseguida em um campo de trabalho forçado, então a polícia não me deixaria sair. Não tendo clareza sobre os princípios do Fa, permaneci em um estado de desamparo passivo.

Uma vez falei com uma praticante sobre como fui perseguida por reclusas quando estava na prisão. Ela pareceu surpresa e perguntou-me: "Porque não foi informar o capitão da prisão?" Quando ouvi isso, pensei que ela era bastante ingênua; como poderia o capitão me tratar bem?

Grande parte da perseguição foi instigada pelo capitão, então como ele poderia castigar as reclusas? A praticante disse então que teve conflitos com as reclusas durante o tempo em que esteve ilegalmente presa, e o capitão sempre disse que as reclusas estavam erradas. Uma vez ela teve um grande conflito na oficina com a reclusa que era chefe da cela sobre se iria ou não realizar trabalho forçado. Chamaram vários capitães para encerrar a questão. Finalmente, os capitães repreenderam a chefe da cela e a retiraram da sua posição, e a praticante continuou a não participar do trabalho forçado de lá.

Quando ouvi isso, achei inacreditável. Agora, a compreendo. Porque em sua mente ela pensava que o capitão era gentil e justo, e se houvesse um problema ela obteria uma solução justa e razoável do capitão, sem qualquer pensamento de ser perseguida. É claro que ela não tinha medo, nem uma mentalidade dependente. O capitão então não podia realmente persegui-lá. Esta praticante idosa é tão inocente e pura como uma criança.

Compreender a razão de se encontrar com os oficiais

Depois de melhorar minha compreensão dos princípios relevantes do Fa, tive menos medo e minha mente ficou estável. Senti que agora poderia ir ao escritório do comitê de bairro. No caminho, pensei: “Eles são uma organização que serve as pessoas. Os salários que recebem são do dinheiro dos impostos do povo, então eles devem tratar bem todos os residentes.”

Depois de chegar ao escritório, pedi ao secretário do Partido para não ligar mais para os meus familiares, porque eles estão sob grande pressão no seu trabalho e nas suas vidas. Eu disse que era praticante e o meu Mestre pede-nos para pensarmos nos outros primeiro em tudo o que fazemos, por isso não queria causar problemas aos meus familiares. O secretário expressou a sua compreensão, dizendo a si mesmo que eles estavam apenas servindo a comunidade. Depois fizeram-me algumas perguntas pessoais, algumas das quais eu não quis responder, e eles não insistiram.

Durante a conversa, um pessoa do escritóro fez sinal para outra pessoa sair, e eu fiquei nervosa. Disse então a mim mesma para não ter pensamentos negativos. Eu estava usando um chapéu e uma máscara, e essa pessoa tirou uma fotografia e foi isto que aconteceu. Então o diretor do comitê de bairro veio à porta. Ouvi alguém dizer-lhe que eu tinha ido pessoalmente, e que estava mesmo lá dentro. Mantive a minha mente inalterada, e o diretor não entrou.

Depois de algum tempo sentada, levantei-me para me despedir. Eles se despediram de mim de uma maneira muito amigável. Saí e fiquei muito entusiasmada, sentindo que o processo foi muito suave e fácil. Neste momento o diretor saiu e disse um monte de coisas ruins. Eu sabia que isso era causado pelo meu apego ao fanatismo. Assim, corrigi rapidamente minha mentalidade e aproveitei a oportunidade para convencê-lo a deixar o Partido Comunista Chinês (PCC) e suas organizações juvenis, às quais ele não se opôs ou concordou.

Todos sabemos que os praticantes não têm doenças, e muito menos devemos sofrer perseguição e prisão. Então porque é que a perseguição ainda ocorre?

O Mestre disse,

"Se cada discípulo do DaFa tivesse ações e pensamentos retos enquanto faz as coisas, e pudesse ver as coisas com pensamentos retos sob qualquer circunstância, nenhum de vocês teria medo ao se enfrentar com a perseguição. Se vocês forem assim, quem se atreverá a perseguir vocês?" (Ensinando o Fa em São Francisco)

Atingir o padrão do Fa

O meu entendimento atual é que não chegamos ao ponto de pensar com pensamentos retos, e as nossas mentes não são puras, assim não podemos alcançar pensamentos e ações retos.

Alguns praticantes podem pensar: “Não é muito difícil alcançar o padrão do Fa o tempo todo?” Não estou dizendo que a cada momento temos que alcançar o padrão do Fa. No entanto, quando estamos diante de alguém ou algo, ou uma circunstância inesperada, devemos prestar atenção aos nossos pensamentos, pensar com pensamentos retos e, ao mesmo tempo, não guardar medo, ódio, fanatismo ou outros apegos.

Se a mente não estiver estável, devemos enviar pensamentos retos para deixar que as coisas se encaminhem para uma direção que seja benéfica para a retificação do Fa e a salvação dos seres sencientes. Eu sinto que isso pode evitar perseguição adicional, ou pode parar a perseguição que está ocorrendo. De fato, negar a perseguição do carma de doença é o mesmo princípio.