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​[Fahui do Minghui] Minha jornada de cultivo em 19 anos enquanto redijo artigos para o Minghui

18 de fevereiro de 2022 |   Por uma praticante no Canadá

(Minghui.org) Em 1994, já sabia sobre o Falun Dafa, mas só comecei a praticar em 1999 depois que minha família inteira se mudou para o Canadá. A perseguição começou logo depois. Fiquei extremamente comovida com as histórias sobre a retificação do Fa publicadas no site Minghui. Também esperava um dia poder ajudar o Mestre Li (o fundador) na retificação do Fa.

Redigindo reportagens para o Minghui

Em 2000 entrei para o Minghui, logo me pediram para escrever uma reportagem sobre uma exposição de saúde realizada em minha região, e assim começou minha jornada de 19 anos redigindo artigos para o Minghui. Inicialmente, não sabia redigir reportagens, mas é isso fui designada a fazer e devo escrever bem.

Na escola, do 5º ano até o ensino médio, todos os dias assistia aulas de reforço de idiomas. Meu professor era altamente competente, e bem versado na antiga língua chinesa. Ele fazia seus alunos escreverem uma redação toda semana, para que revisasse. Fiquei interessada na literatura, escrita e cultura tradicional chinesa. Olhando para trás, percebo que isso foi arranjado pelo Mestre. Pois as habilidades e conhecimento de escrita que adquiri quando criança, estabeleceram as bases para meu futuro envolvimento na retificação do Fa.

Muitos eventos importantes ocorreram em Ottawa, capital do Canadá, nos primeiros anos da perseguição. Houve várias atividades realizadas pelos praticantes para expor a perseguição; como protestos pacíficos, desfiles, campanhas de apelo, conferências de imprensa, ações judiciais, várias declarações, audiências no Congresso, visitas de autoridades chinesas, investigações sobre extrações forçadas de órgãos, investigações do governo canadense sobre espiões comunistas chineses, infiltração do Partido Comunista Chinês e assim por diante. Cada dia acontecia algo importante, pois foi uma luta intensa entre o bem e o mal. Senti que o Mestre estava nos empurrando para frente.

Recordo que um coordenador de projeto fez um comentário na época. Metade do impacto dessas atividades realizadas pelos praticantes se deve aos nossos artigos na mídia. Através de nossos artigos, nossos leitores praticantes e pessoas comuns, bem como os perpetradores do mal, ouviram nossas vozes. No processo, esclarecemos a verdade, reduzimos a pressão sobre os praticantes chineses do continente e sufocamos o mal. Entendi a grande responsabilidade que tinha.

As coisas estavam difíceis a princípio. Demorou muito tempo e esforço para publicar uma reportagem: compreensão preliminar do evento, elaboração de um plano para a realização de entrevistas, realização de entrevistas, transcrição, tradução, revisão, redação e edição do relatório, redação de legendas de fotos etc. Frequentemente, uma pessoa executava todas essas tarefas, já que poucos praticantes estavam envolvidos. Para alguém que praticava o cultivo há pouco tempo, estava constantemente sob uma tremenda pressão, lutando para equilibrar os estudos e a família, além de encontrar tempo para praticar os exercícios e estudar o Fa. Frequentemente tinha que trabalhar até 2h a 3h da manhã para terminar um artigo. Às vezes tinha que escrever vários artigos por dia. Graças ao Dafa, às bênçãos e ao apoio do Mestre, bem como o incentivo dos praticantes, consegui superar esses obstáculos.

Livrar-se dos apegos ao trabalhar no Minghui

Costumava me ressentir quando os praticantes apontavam erros nas reportagens que escrevia. Mostrava-me calma na superfície, mas por dentro estava infeliz. Isso continuou até que, um dia, cometi um grande erro: escrevi a data errada. Fui descuidada e irresponsável, mas não gostei quando me disseram que eu estava errada. O feedback dos praticantes não é uma oportunidade para eu melhorar? À medida que amadurecia e melhorava no cultivo, esses erros ocorreriam com menos frequência.

Devido à falta de mão de obra, comecei a escrever para o Epoch Times, e outras plataformas além do Minghui. Além de artigos relacionados ao esclarecimento da verdade, escrevi reportagens sobre atualidade. No entanto, cada vez mais me sentia oprimida com a crescente carga de trabalho.

Em momentos de grandes acontecimentos, para economizar tempo, fazia ajustes simples e enviava a reportagem para várias mídias simultaneamente. Os editores do Minghui comentavam que o que havia escrito parecia mais apropriado para o Epoch Times, enquanto os editores do Epoch Times diziam que a reportagem era mais apropriada para o site Minghui. Estava muito ocupada para fazer meu trabalho corretamente e estava insatisfeita com os artigos que escrevia.

Refleti sobre a situação, e vi que estava determinada a provar meu próprio valor, porém não confiava em outros praticantes para me ajudar. Como praticante veterana, devo incentivar e ajudar mais praticantes a se envolverem em projetos de esclarecimento da verdade. Gradualmente, treinei aqueles que trabalhavam no Epoch Times com habilidades de escrita, tradução e edição. Antes de um evento importante, tentava designar trabalhos a outros praticantes. Assim, podia concentrar minha energia na redação de artigos para o Minghui, permitindo que mais praticantes se envolvessem.

Prestando atenção a prática dos exercícios

Meu marido não é praticante e, ao longo dos anos, tive muitas lições sobre equilibrar trabalho, vida familiar e cultivo. Há oito anos, percebi que meu corpo estava envelhecendo rapidamente, pois estava exausta, meu cabelo ficou grisalho e estava acima do peso. Só podia praticar a meditação sentada por meia hora. Basicamente, ficava quase adormecida quando trabalhava tarde da noite escrevendo artigos. Meu desempenho no meu trabalho diário também estava sendo afetado.

Lembrei-me das palavras do Mestre:

“Uma prática que integra o cultivo de natureza e vida requer ambos: o cultivo e a prática de exercícios”. (Zhuan Falun)

Se minha condição física estava em um estado tão terrível, como poderia convencer as pessoas ao meu redor de que o Falun Dafa é bom? Decidi praticar os cinco exercícios todos os dias. Por coincidência, alguns de nós decidimos começar a escrever quanto tempo gastávamos estudando o Fa e praticando os exercícios todos os dias. Desde então, não importa o quanto estivesse ocupada, encontrava tempo para praticar todos os exercícios e estudar pelo menos uma lição do Zhuan Falun por dia.

Minha saúde melhorou lentamente e emagreci. Tinha menos rugas e parecia radiante. Um velho amigo, que não me via há 20 anos, disse quando me viu que eu não havia envelhecido com o tempo.

Encontrando inspiração ao escrever artigos sobre o Shen Yun

Desde 2007, a região onde resido tem recebido apresentações do Shen Yun e, todos os anos, sinto que me beneficio muito com minha participação no projeto. No começo, fui responsável por conduzir as entrevistas, editar reportagens e também tive que cuidar da logística da equipe de reportagens; como refeições, acomodações etc. Estava sob muita pressão e muitas vezes não conseguia me concentrar nas edições.

Em 2012, quando as apresentações terminaram, não tinha ideia de como escrever uma reportagem resumida. Havia muito barulho e as pessoas me perguntavam isso e aquilo. Não tive tempo de concluir minha tarefa em casa, então pedi ajuda ao Mestre e enviei pensamentos retos. Gradualmente, meus pensamentos se tornaram claros e uma estrutura completa para o artigo se formou na minha mente. Pensei na cena de abertura do espetáculo e lembrei de alguns dos comentários feitos por políticos que entrevistei. Soube imediatamente o que escrever na edição.

Sempre me esforço para escrever algo novo em minhas edições e evitar repetições. Quando coloco meu coração para escrever artigos do Shen Yun e presto atenção aos detalhes, o Mestre me dá sabedoria e inspiração.

Em 2013, enquanto dirigia ao teatro para o espetáculo de abertura do Shen Yun, vi uma enorme lua emitindo uma luz quente e pacífica. Senti como se estivesse sendo acordada e ganhando muita inspiração enquanto assistia ao espetáculo. Juntamente com os comentários que obtive nas entrevistas do público, consegui escrever um bom artigo naquela noite.

Minha experiência é que, para entender as mensagens retratadas pelas apresentações do Shen Yun e escrever artigos interessantes sobre o espetáculo, é sempre importante estudar bem o Fa, fazer grandes progressos no cultivo e melhorar nossas habilidades.

Conclusão

O Mestre incentivou os envolvidos no Minghui no ano passado em sua palestra durante uma conferência em Washington DC:

“Todas as mídias estão salvando as pessoas, é algo extraordinário, todos conseguiram surtir imensos efeitos no meio da retificação do Fa, a poderosa virtude obtida é imensurável.” (Ensino do Fa em Washington D.C. em 2018)

Mas sei que o que faço está longe de ser suficiente.

Mais de dez anos atrás, ouvi a música "Sente-se ao meu lado” durante uma vigília à luz de velas em Washington D.C. A letra parecia familiar para mim, então percebi que essa letra vinha de um poema escrito por um praticante da Inglaterra que traduzi e editei para o chinês e enviei para o Minghui em 2001. Quem pensaria que uma tradução casual se tornaria a letra de uma música popular entre os praticantes do Dafa?

Isso me levou a pensar nas palavras do Mestre:

"O cultivo é a realização de uma vida." (Ensino do Fa em Washington D.C. em 2018)

Portanto, não devemos desprezar nada do que fizemos silenciosamente. Talvez em um futuro próximo o que fizemos terá um impacto no mundo, porque somos discípulos do Dafa, forjados pela retificação do Fa.

Gostaria de concluir minha experiência com esta frase da música: "Sente-se ao meu lado":

“Juntos, em silêncio.
Nossos desejos podem fazer a diferença".
Agradeço a todos!”

(Apresentado no Fahui do 20º aniversário do Minghui, selecionado e editado)