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Fahui da China | Sentença injusta é rejeitada com cultivo firme e perseverança

8 de dezembro de 2022 |   Por uma praticante do Falun Dafa na China

(Minghui.org) Depois que meu filho nasceu, eu lutei contra todo tipo de doença; eu tinha quase 20 anos. Eu tinha neurastenia, batimento cardíaco irregular, dor nas costas, baixo nível de açúcar no sangue e artrite reumatóide. Eu me sentia cansada e tonta. Nada ajudou, mesmo depois de tomar remédio por quatro anos. Eu me sentia infeliz por ser igual à minha mãe, que ficava doente o tempo todo.

Além do sofrimento físico, minha relação tensa com minha sogra também causava conflitos entre mim e meu marido.

Perdi a esperança até que comecei a praticar o Falun Dafa em 1998 por recomendação de um amigo. Em menos de um mês, todas as minhas doenças desapareceram, inclusive a sinusite que eu tinha desde a infância.

Porém, com o passar do tempo, eu lentamente relaxei em meu cultivo e ainda ansiava por uma vida boa sem perceber meus vários apegos humanos.

Em 2015, entrei com uma ação contra Jiang Zemin, ex-chefe do Partido Comunista Chinês, por lançar a perseguição ao Falun Dafa em julho de 1999. Depois que a polícia descobriu, eles me prenderam e invadiram minha casa. Depois de ficar detida em um centro de detenção por uma semana, recebi um mandado de prisão formal.

Só então despertei e percebi que estava indo mal no meu cultivo. Olhei para dentro de mim e descobri todos os tipos de apegos: buscar conforto, buscar por fama e ganhos, ser competitiva, guardar ressentimento, se exibir, ser invejosa e ter forte sentimentalismo.

Acalmei-me, parei de pensar em quanto tempo ficaria detida e decidi aproveitar a oportunidade para me cultivar. Concentrei minha energia em memorizar o Fa, enviar pensamentos retos e falar com as pessoas sobre o Dafa.

Enviando pensamentos retos

Enviei pensamentos retos cerca de 20 vezes por dia, quase a cada hora. Quanto mais eu fazia isso, mais lúcida ficava. Consegui acordar cinco minutos antes do início de cada hora e voltar a dormir depois de enviar pensamentos retos por 15 minutos. Se estivesse de guarda por duas horas, enviaria pensamentos retos por duas horas seguidas.

Enviei pensamentos retos para que o mal por trás de qualquer agência governamental encarregada do meu caso fosse eliminado. Minha visão celestial revelou que as forças do mal em outras dimensões pareciam uma grande árvore de metal enquanto meu caso estava na delegacia de polícia local. A árvore não se mexeu por vários dias. Não fiquei abalada e continuei a enviar pensamentos retos.

Depois que meu caso foi transferido para a procuradoria, vi com meu olho celestial que um grande equipamento de metal de seis andares com um sistema de engrenagem e um pilar de metal no meio. Eu senti que esse era o mecanismo das velhas forças meticulosamente arranjado. Porém, eu tinha o poder sobrenatural do Dafa que o Mestre me concedeu. Estava determinada a negar as velhas forças e não temia isso.

Ao enviar pensamentos retos tantas vezes, senti meu campo se limpando dia após dia.

Memorizando o Fa

Memorizei o Fa todos os dias quando éramos forçadas a ficar sentadas quietas por longos períodos de tempo. Lamentei não ter estudado e memorizado o Fa suficiente no passado. Eu só podia estudar e memorizar o Fa com outras praticantes à noite.

Mais tarde, a colega praticante Yuan foi designada para minha cela. Ela havia memorizado muitos ensinamentos do Fa. Eu aprendi o Fa com ela à noite e memorizei durante o dia. Mesmo sendo difícil, me senti realizada. Muitas vezes senti uma energia quente passando por todo o meu corpo. Eu tropecei devido ao meu relaxamento no cultivo, mas o Mestre não abandonou sua discípula, ainda me protegendo e me apoiando. Várias vezes, senti que o Mestre vinha me ver, e ficava parado no corredor. Eu estava cercada pela compaixão do Mestre.

Salvando as pessoas

Usei todo o meu tempo livre para esclarecer a verdade às outras detidas tanto quanto possível. Ao testemunharem minhas palavras e ações e reconhecerem que eu era uma boa pessoa, elas se dispuseram a conversar comigo. Quase 90% delas concordaram em renunciar ao PCC e  às suas organizações relacionadas.

Yan era uma agricultora na casa dos 50 anos, honesta e gentil. Sua família tinha dificuldades financeiras. Ela trabalhava em um restaurante durante o período de entressafra para ganhar algum dinheiro extra, mas o chef e outros a intimidavam. Ela se vingou do chef escondendo sua scooter elétrica. Ele estava muito preocupado com isso. Sua atitude melhorou e ela disse a ele onde procurar a scooter. Ele encontrou, mas a denunciou por roubo.

Uma viciada em drogas xingava Yan sempre que ela estava chateada. Yan ficou com medo, mas não revidou. Ela suspirou e se perguntou por que era intimidada em todos os lugares. Eu expliquei para ela o princípio de “sem perda, sem ganho” e ela gostou muito.

Ela comentou: “Ninguém nunca me disse essas coisas antes”.

Eu disse a ela: “Quanto mais você não gostar dela [a viciada em drogas], mais ela vai te xingar. Da próxima vez que ela te xingar, apenas sorria em resposta”.

Ela fez o que eu disse a ela. A drogada sorriu ao ver Yan sorrindo. Ela também parou de xingá-la.

Também pedi a Yan que recitasse as frases auspiciosas “Falun Dafa é bom, Verdade-Compaixão-Tolerância são boas” diariamente. Ela me disse que não foi detida em vão e ficou grata por ter aprendido algo tão precioso.

O Mestre viu que eu tinha coragem de salvar pessoas, então arranjou um jeito de eu salvar mais. O centro de detenção frequentemente transferia detentos para diferentes complexos, então consegui alcançar mais pessoas. Durante os mais de 19 meses em que estive detida, convenci cerca de 200 pessoas a renunciarem ao PCC e às suas duas organizações juvenis.

A colega praticante e eu nunca nos separamos e sempre fomos transferidas para a mesma cela. Aprendi muitos ensinamentos do Fa com ela e apreciei muito sua ajuda.

Resistir à perseguição

Nós podíamos ir ao pátio de exercícios para atividades ao ar livre duas vezes ao dia. Havia dança de salão e outras práticas de qigong. Quando nos recusamos a aprender outro qigong e permanecemos firmes no Falun Gong, os guardas não nos deixaram comprar as necessidades diárias, como papel higiênico, absorventes higiênicos e xampu. Eles também nos forçaram a ficar de pé, dia e noite, por duas horas seguidas. As detentas foram proibidas de nos emprestar as necessidades diárias ou mesmo de falar conosco.

Como nos recusamos a cooperar, os guardas proibiram outras detentas de lavar roupa ou de ter tempo livre. Algumas detentas ficaram chateadas e nos culparam por sermos egoístas e imprudentes.

Quando ainda nos recusávamos a cooperar, os guardas pioraram as coisas para nós. Eles levaram comida, utensílios, copos e necessidades diárias das outras detentas. Algumas presas começaram a nos xingar. Algumas nos imploraram para cooperar com os guardas. Algumas descarregaram toda a sua raiva em nós.

Nesse momento, soou o apito para a reunião de emergência e todas ficaram paradas na porta de suas celas, sem saber o que havia acontecido. Todo mundo estava nervoso.

Então vimos uma praticante desfilando pelo prédio. As algemas se arrastaram pelo chão, fazendo um som ensurdecedor. Os guardas a fizeram parar em cada cela e disseram: “Ela promoveu o Falun Gong aqui e violou nossas regras. Ela será mantida em confinamento solitário em algemas por uma semana. Espero que todos possam aprender uma lição!”

Decidi que, mesmo que fosse levada para a solitária, não praticaria outro qigong. Naquela tarde, eu disse a um guarda. “Eu estou presa aqui por praticar o Falun Gong, então continuarei praticando enquanto estiver aqui”.

Quando me disseram: “Organizamos essas atividades de qigong para sua saúde. Se você não participar, é uma violação do regulamento”. Eu pedi para falar com o diretor.

A agente da prisão recusou, dizendo: “Ele pensará que sou incompetente”.

“Nesse caso, apenas me puna e não comprometa a todos”.

Ela ficou furiosa e me deu um turno noturno extra.

A maioria das detentas temia ficar em pé no plantão noturno e sentia dores nas costas e nas pernas depois de ficar em pé por duas horas. Quando foi a minha vez, enviei pensamentos retos e recitei o Fa durante esse tempo, então isso não me incomodou em nada. Pensando nisso agora, percebi que até mesmo esse tipo de perseguição deveria ter sido negada.

Defendendo-me

Quando minha audiência se aproximou, minha família contatou dois advogados, mas ambos queriam me declarar culpada. Dispensei-os e decidi agir como minha própria advogada.

O centro de detenção deu aos praticantes apenas um pedaço de papel para escrever seus argumentos de defesa; todos os outros detidos tinham papel ilimitado disponível. Os guardas também ordenaram que nós, praticantes, submetessemos nossas declarações de defesa a eles para revisão. Dei a minha a uma agente da prisão horas antes da minha audiência. Depois de ler, ela amassou e jogou no chão, gritando comigo: “Não adianta escrever assim. A sentença será severa! Você tem que se declarar culpada para obter uma sentença mais leve!”

Eu a ignorei e enviei pensamentos retos a manhã inteira. A audiência marcada para a tarde foi cancelada. Quando a audiência foi realizada, dois meses depois, minha família contratou outro advogado para me declarar inocente. Dessa vez, pedi dois pedaços de papel para escrever minha declaração de defesa e os guardas concordaram.

Estava algemada quando fui levada ao tribunal. Devido às minhas repetidas exigências, o juiz finalmente fez sinal para que o oficial de justiça removesse as algemas. Também me recusei a sentar em um banco de tigre de metal e eles o substituíram por uma cadeira almofadada de encosto alto.

Meu advogado entrou com uma declaração de inocência para mim. Ele argumentou que o Falun Gong não estava na lista de cultos identificados pelas autoridades e que nenhuma lei diz que praticar o Falun Gong é crime.

Acrescentei que quase todos os praticantes do Falun Gong foram acusados de violar o Artigo 300 da lei criminal, que afirma que qualquer pessoa que use um culto para minar a aplicação da lei será processada em toda a extensão da lei, mas o promotor nunca explicou qual lei eu prejudiquei nem que dano minha prática causou à sociedade. O promotor não tinha nada a dizer. “Processar Jiang Zemin é nosso direito legalmente protegido”, eu disse.

Em minha declaração final, expliquei como minhas doenças desapareceram ao praticar o Falun Gong e como isso me ajudou a lidar melhor com meus relacionamentos em casa. Pedi ao juiz e ao promotor que parassem de participar da perseguição e ajudassem os praticantes da melhor maneira possível.

Eu os lembrei que a justiça sempre será mantida. Até mesmo a nova “Lei do Servidor Público” responsabilizará os funcionários do governo por seus delitos por até 20 anos [mesmo depois de se aposentarem ou deixarem seus empregos]. Quando a perseguição acabar um dia, eles terão que enfrentar as consequências. Fiz o possível para esclarecer a verdade aos juízes e promotores, aos quais normalmente não tinha acesso.

Eu ainda fui condenada a três anos de prisão. Dois meses depois de interpor o recurso, um juiz e seu assistente do tribunal intermediário vieram conversar comigo.

Eu disse: “Não sei qual lei violei”.

“Se você não infringiu a lei, por que está presa aqui?”, perguntaram eles.

“Vocês podem me dizer qual lei eu violei e como prejudiquei a sociedade?”

O juiz ficou sem palavras e seu assistente ficou furioso. Ele gritou comigo e socou a parede.

Eu disse: “Que direito vocês têm de ficar com raiva de mim? Estou detida aqui há quase dois anos sem motivo. Perdi mais de 40 quilos. Não sei qual lei violei. Só estou pedindo que me dê uma explicação”.

Percebendo que estava ficando emocionada, diminuí o ritmo, abaixei a voz e disse: “Sinto muito. Pratico Verdade-Compaixão-Tolerância e não devo ficar chateada”.

“Falun Gong é praticado e celebrado em todo o mundo, exceto na China, onde é perseguido. Dignitários de todos os níveis em muitos países ao redor do mundo enviaram milhares de proclamações e cartas de apoio ao Falun Gong”.

O juiz não disse nada, apenas ouviu, e o assistente também se acalmou. “Depois que comecei a praticar o Falun Gong, todas as minhas doenças desapareceram. Guiada por seus ensinamentos, resolvi meus conflitos com meus sogros e melhorei meu relacionamento com meu marido. A família é o alicerce da sociedade. Se a família for harmoniosa, a sociedade será estável. Os princípios Verdade, Compaixão e Tolerância do Falun Gong são benéficos tanto para as famílias individuais quanto para a nação como um todo”.

“Espero que, ao lidar com os casos do Falun Gong, vocês nos ajudem da melhor maneira possível. Não estará apenas nos ajudando, mas você também estará fazendo um grande favor a si mesmo e à sua família!”

No final, o juiz perguntou: “O que colocamos no registro da entrevista?”

“Você pode dizer algo como 'Os fatos não são claros, as evidências são insuficientes e a lei não foi aplicada adequadamente'”.

Dois meses depois, uma agente da prisão do centro de detenção me disse: “Toda vez que falo com você, você sorri. Você tem um caráter forte”. Ela também me disse que meu caso havia retornado ao tribunal de primeira instância para um novo julgamento.

Dois meses depois, a procuradoria indeferiu meu caso e retirou a acusação contra mim. Fui formalmente absolvida e libertada após 19 meses de detenção.

Obrigada, Mestre, por proteger sua discípula! A perseguição foi provocada pelo meu coração e por meus apegos humanos. Quando me cultivei solidamente e cumpri os requisitos do Fa em diferentes níveis, o Mestre me mostrou o poder e as bênçãos ilimitadas do Fa.

O Mestre nos disse:

“Se vocês se cultivarem como no princípio, certamente terão êxito!” (“Ensinando o Fa no Fahui de São Francisco”)

Terei em mente os ensinamentos do Mestre. No pouco tempo que me resta, cultivarei firmemente e cumprirei minha missão histórica. Só então posso retribuir a salvação compassiva do Mestre.

Este é o meu entendimento em meu nível. Por favor, aponte qualquer coisa inapropriada.