Falun Dafa Minghui.org www.minghui.org IMPRIMIR

​[Minghui Multilíngue] Ter fé no Mestre e no Fa é a chave para permanecer firme enquanto trabalho no Minghui

7 de novembro de 2022 |   Por uma praticante do Falun Dafa fora da China

(Minghui.org) Saudações estimado Mestre! Saudações colegas praticantes!

Quando me pediram para escrever um artigo para a Conferência de Compartilhamento de Experiências do Minghui Multilíngue, embora tenha incentivado os membros da minha equipe a escrever, eu não sabia o que escrever no início.

A natureza solitária do meu trabalho, junto com meu processo de cultivo bastante solitário, me fez sentir que eu era muito chata e tinha permanecido no mesmo lugar depois de muito tempo. Pensei sobre isso, mas realmente não encontrei nada que valesse a pena compartilhar: Que tribulações experimentei? O que pensei? Como me elevei? Quase esqueci os detalhes de tudo o que aconteceu, então não sabia por onde começar. Assim, li artigos de Conferências do Minghui anteriores para obter algumas ideias. Também fiz uma lista de pontos, mas só escrevi algumas linhas.

Antes de escrever, pedi ao Mestre que me ajudasse a escrever um artigo inspirador o suficiente para compartilhar com outros praticantes para que pudéssemos aprender uns com os outros e nos elevarmos juntos. Então eu pensei, apenas escolha um ponto e comece a escrever enquanto relembra o que aconteceu ao longo do caminho. Deixe as palavras fluírem naturalmente. Gostaria de compartilhar minhas reflexões com vocês.

Valorizando a oportunidade de ingressar no Minghui

Entrei para a equipe do Minghui há quase dez anos. Às vezes eu trabalho sem um dia de folga. Até trabalho em feriados nacionais e durante as férias em família. Quando comecei a praticar o Falun Dafa, li o Minghui em minha língua nativa e senti que se as traduções fossem revisadas com mais cuidado em termos de ortografia e expressas de maneira mais natural, ajudariam os leitores, especialmente as pessoas comuns, a entenderem melhor a beleza do Dafa, o que pode abrir um caminho para eles obterem o Fa.

O Mestre disse,

“(…) penso que, sendo um meio de comunicação, provavelmente seja passado às gerações futuras. Se for passado, ainda assim, a posteridade valorizará muito o termo ‘site Minghui’. No entanto, digo que inclusive pode ser um meio de comunicação principal que opera na sociedade comum. Penso que isto pode ser o caso.” (Ensino do Fa proferido no Fahui que marca o décimo aniversário da fundação do website Minghui)

Sinto que as gerações futuras continuarão a ler o Minghui como uma fonte que documenta a história. Tive então o desejo de me juntar ao Minghui para ajudar a melhorar a qualidade da tradução. Logo fui convidada a trabalhar para o Minghui. O responsável me perguntou em qual seção eu queria trabalhar. Respondi que onde houvesse falta de pessoal, eu aceitaria. Fui designada para trabalhar nas seções Notícias e Eventos e Esclarecimento dos fatos da perseguição.

Como tradutora, muitas vezes me coloco no lugar dos leitores para determinar como apresentar a tradução de uma forma compreensível e natural. Quando me deparo com termos ou conceitos estranhos, faço algumas pesquisas para encontrar equivalentes apropriados e compreensíveis. Tentei concluir minha tradução o mais rápido possível, prestando atenção em todos os aspectos, desde a ortografia, escolha das palavras e formas de expressão até a pontuação. O feedback da pessoa responsável foi que minha tradução quase não exigiu nenhum esforço para revisar.

Depois de um tempo trabalhando como tradutora, percebi que faltavam revisores, por isso apenas alguns artigos eram postados por dia. Eu me ofereci para assumir o trabalho de revisão. Depois disso, fui designada para assumir o comando de uma equipe para entregar traduções nas seções Notícias e Eventos e Esclarecimento dos fatos da perseguição.

Como revisora, meu trabalho é corrigir erros na tradução. Muitas vezes compartilho erros frequentes com os membros da minha equipe e preparo conjuntos de diretrizes de ortografia e formatação para que todos possam usar, para que possamos ter consistência e padrões comuns para nossa tradução.

Quando um novo tradutor se junta à nossa equipe, ofereço-lhe treinamento, corrigindo a sua tradução e sugerindo áreas de melhoria. Há erros repetidos, mesmo depois de muitos anos, e não me importo de corrigi-los de novo e de novo. Passo a passo, os membros da minha equipe se tornaram mais proficientes, a qualidade de nossa tradução também melhorou. Após um período de tempo, um tradutor pôde compartilhar a responsabilidade de revisão comigo, e outro agora está aprimorando suas habilidades revisando artigos simples para outros tradutores.

Minha equipe agora é responsável principalmente pelas seções de Notícias e de Comentários, que exigem que as traduções estejam prontas para publicação o mais rápido possível. Nas datas marcantes do Falun Dafa, como 13 de maio ou 20 de julho, e feriados públicos importantes, como o Festival do Meio Outono, Natal, Ano Novo, Ano Novo Chinês, etc, temos que lidar com muitos outros artigos de notícias. Durante os períodos de pico, pode haver mais de 20 artigos por dia e temos que trabalhar intensamente por 2-3 semanas consecutivas.

Sei que colegas praticantes que trabalham para o Minghui Multilíngue, muitas vezes participam de outros projetos de validação do Dafa, além de terem que lidar com seus empregos comuns e assuntos familiares. Então, criei uma folha de registro e pedi que eles estabelecessem suas próprias metas semanais que fossem viáveis para eles e também monitorassem seu próprio progresso. Além disso, pedi aos membros que atribuíssem funções adequadas à capacidade de cada pessoa, de modo que tenhamos pelo menos duas pessoas para cada fase de tradução, revisão e verificação. Esse sistema nos permite coordenar proativamente para garantir a qualidade das traduções e concluir todos os artigos nas seções de Notícias e de Comentários o mais rápido possível. Eles também assumem alguns artigos de compartilhamento de cultivo.

O Minghui é minha missão para ajudar o Mestre na retificação do Fa

Trabalhar para o Minghui me dá acesso a muitas informações e experiências. Quando enfrento um problema em meu cultivo, me deparo com um artigo que espelha meus problemas e isso me ajuda a refletir sobre mim mesma. Quando trabalho em artigos de Esclarecimento dos fatos da perseguição, tenho uma compreensão mais clara e sinto a dor dos colegas praticantes na China, como se a perseguição estivesse bem na minha frente. Certa vez, quando li o Zhuan Falun, senti que o Mestre havia nos avisado com antecedência sobre a perseguição, detalhando até mesmo cada forma de tortura, por que acontecia e como passar por isso. O Mestre previu tudo! Quando trabalho em artigos de Notícias e Eventos, sinto que estou vendo passos graduais no processo de retificação do Fa do Mestre. Às vezes eu caio no choro ou na risada ao ler sobre pessoas que entendem a verdade e apoiam e protegem os praticantes. Talvez seja por isso que dificilmente me sinto solitária. Se meu estado de cultivo é considerado solitário, acho que é um estado que realmente me ajuda a perceber mais claramente os arranjos e dicas do Mestre para mim.

O Minghui é um projeto voluntário e requer um alto nível de confidencialidade. Todos trabalham em silêncio. Nossa equipe não se reúne presencialmente. Toda a comunicação é online. Mesmo eu, como líder da equipe, conheci poucos membros. Nosso trabalho é repetitivo em natureza e conteúdo. Ano após ano, e não temos como medir sua eficácia. Isso pode ser monótono a longo prazo, fazendo com que alguns praticantes percam a motivação e se sintam deprimidos. Alguns até optaram por sair. Por um tempo me senti exausta e não tive tempo suficiente para estudar o Fa ou fazer os exercícios. Fiquei muito triste.

Fui convidada a participar de outro projeto do Dafa por causa de sua urgência e potencial em salvar seres sencientes, concordei. Mas isso significava que eu tinha menos tempo para o Minghui. Então pedi a uma praticante para cobrir meu trabalho no Minghui, pensando que eu teria mais tempo para o outro projeto. No entanto, ela não conseguiu arranjar tempo para assumir minhas responsabilidades. Naquela época, outro revisor do meu grupo estava muito ocupado e nosso trabalho em grupo tinha muitos erros. Percebi que meu estado de cultivo pessoal também saiu dos trilhos. Mais tarde percebi que meu desejo de participar do outro projeto era um apego à fama e a poder ver resultados e obter algum reconhecimento.

O Mestre disse,

“Se algum dos outros meios de comunicação deixasse de existir, outros fariam seu trabalho. Porém, se o Minghui não existisse, nenhum outro meio de comunicação poderia substituí-lo. Por isso digo que o Minghui não tem só que continuar, mas deve ser bem dirigido.” (Ensino do Fa proferido no Fahui que marca o décimo aniversário da fundação do website Minghui)

Do meu entendimento, um projeto do Dafa pode ser um sistema de seres em outra dimensão. Como membro do Minghui, talvez meu ser pertença a esse sistema. Acho que quando negligenciei minhas responsabilidades com o Minghui, estava sendo irresponsável com meus próprios seres.

Durante esse tempo, continuei tendo uma sensação de desconforto, como se estivesse faltando alguma coisa, e meu cultivo pessoal também foi afetado. Afinal, o Minghui é o primeiro projeto do Dafa que eu desejei participar. No fundo do meu coração, sempre acredito que o Minghui é minha missão de ajudar o Mestre a retificar o Fa. Esse provavelmente é o meu voto, então preciso cumpri-lo.

Reorganizei meu trabalho com o outro projeto para dar tempo ao Minghui. Logo depois disso, recuperei meu estado de cultivo diligente. Percebi também que o Mestre cuida de nós o tempo todo. Por exemplo, se permanecermos impassíveis e fizermos o nosso melhor diante da escassez de mão de obra, o Mestre providenciará novos integrantes para nos ajudar. Talvez isso também fosse um teste para ver se eu era persistente e tinha senso de responsabilidade pelo Minghui.

Acreditar firmemente no Mestre e no Fa é a chave

Em agosto de 2020, quando minha filha e eu enviávamos pensamentos retos, ela viu quatro caracteres chineses que não entendemos. Eu estava começando a aprender chinês e não conseguia entender esses caracteres. Pedi à minha filha para desenhá-los e pedi a outro praticante que os explicasse para mim. Essas quatro palavras chinesas eram “zūn móu yǒu dào”, que eu interpretei como “O Mestre sempre tem um caminho para seus discípulos”.

Antes disso acontecer, por algum motivo, eu não tinha motivação para ler o Zhuan Falun no meu idioma local. Às vezes me deparava com uma palavra ou frase que me fazia sentir que poderia haver algo mais a que me iluminar. Comparei com a versão chinesa com a ajuda de uma ferramenta de tradução. Então quis ser capaz ler o Zhuan Falun em chinês, pensando que depois de esperar e sofrer por tantas eras enquanto reencarnava, o processo de Retificação do Fa terminaria em breve. Seria um grande arrependimento se eu não tivesse a chance de estudar o Fa em sua língua original. Além disso, tenho que trazer o Dafa do Mestre de volta para casa para os seres sencientes que esperam por mim em outras dimensões.

Além disso, enquanto trabalhava nos artigos de compartilhamento do Minghui, percebi que, em muitos casos, a versão chinesa tem mais detalhes e deve ser mais fácil produzir uma tradução mais próxima e vívida em comparação com a versão em inglês, porque muitas palavras no meu idioma têm suas raízes no chinês. Eu queria ser capaz de traduzir a partir da versão chinesa para dar aos leitores a tradução mais próxima para sua melhor compreensão da experiência, para que eles pudessem aprender com o autor e progredir em seu próprio cultivo.

No entanto, eu não sabia chinês e não tinha tempo de ter aulas para aprender. Eu gostaria de poder combinar meu aprendizado de chinês e o estudo do Fa aprendendo a ler o Zhuan Falun em chinês. Então, uma série de arranjos milagrosos me levaram a trilhar esse caminho. Era como subir uma montanha – cada vez que subia um degrau, havia uma situação que me obrigava a dar mais um passo à frente e assim sucessivamente até chegar ao meu destino.

Então pratiquei a tradução de artigos do Minghui chinês usando uma ferramenta de tradução. No início, eu não estava familiarizada com a gramática chinesa e o processamento de texto, então minha tradução tinha muitos erros. Só ousei usar alguns pontos na versão chinesa para acrescentar à tradução da versão inglesa. Aos poucos fui conseguindo traduzir parágrafos mais longos. Por persistir em estudar e memorizar o Fa em chinês todos os dias, agora consigo traduzir do chinês, com algumas referências à versão em inglês. Levei muito tempo para traduzir um parágrafo em chinês. Com o tempo, especialmente quando estou em um bom estado de cultivo, posso entendê-lo à medida que leio e me sinto conectada com os autores, e posso produzir traduções mais corretas.

Todo o processo do meu aprimoramento é bastante tranquilo e não fiz nenhum esforço especial, mas sempre pude sentir a orientação compassiva e o encorajamento do Mestre, me empurrando ao longo do caminho. Olhando para trás, descobri que dei mais um passo adiante no estudo do Fa e no trabalho de tradução.

Além dessas conquistas, ainda há muitos outros aspectos em que não tenho feito bem. Mas acredito que enquanto eu trilhar o caminho traçado pelo Mestre, tudo ficará bem.

Obrigada, compassivo Mestre! Obrigada, colegas praticantes!

(Apresentado no Fahui Multilíngue do Minghui de 2022)