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​[Fahui do Minghui] Alcançando um entendimento mais claro do verdadeiro cultivo

14 de julho de 2021 |   Por um praticante do Falun Dafa ocidental

(Minghui.org) Saudações, Mestre! Saudações, colegas praticantes!

Eu cultivo o Dafa há 10 anos.

Em 2017, recebi o convite para participar do Minghui em espanhol, o que ainda considero uma honra. Nesses quase quatro anos, posso distinguir que existe um antes e um depois em meu cultivo, como resultado de minha participação no Minghui.

Minha tarefa no projeto é revisar e corrigir as traduções antes que elas sejam carregadas no site. E quando é necessário, eu também faço trabalhos de tradução.

Enquanto cumpria essas tarefas, minha compreensão sobre o "meu" cultivo foi questionada, desafiada e iluminada pelo o Fa do Mestre, pela diligência dos meus colegas praticantes e pelo conteúdo das experiências que tive que traduzir ou revisar.

Nesse documento, eu gostaria de compartilhar o processo de alcançar o verdadeiro cultivo enquanto colaboro com o Minghui, como eu o entendo em meu próprio nível.

As armadilhas da rotina e do conforto mesmo no meio de um trabalho exigente e de um ambiente de cultivo

Durante esses 4 anos de colaboração no projeto, vivenciei diferentes estados. Passei do entusiasmo inicial de participar e compreender as instruções de trabalho, acrescentando minha vontade e minhas habilidades para coordenar bem, sentindo a urgência da responsabilidade do trabalho enquanto participo ao mesmo tempo de projetos exigentes como Shen Yun e também experimentei o peso do tempo que pouco a pouco, cria uma falsa ilusão na rotina diária.

Nos anos anteriores ao lockdown causado pela pandemia do vírus PCC, minha participação no Minghui foi pontual, embora devesse ser diária como eu a expressei inicialmente. Em nossa região há poucos praticantes e somos quase sempre as mesmas pessoas que participam das atividades face a face ou dos projetos de esclarecimento da verdade nas mídias sociais. Na superfície, esta parecia ser a "razão" da minha colaboração inconsistente no Minghui. Quando olhei para dentro, após meu coordenador apontar isso, aprendi a equilibrar melhor meu tempo, desisti de outros projetos em que não era um membro-chave e decidi dedicar mais tempo ao Minghui espanhol.

Aparentemente, eu estava percorrendo meu caminho de cultivo, olhando para dentro, tomando decisões racionais, avaliando meu comportamento em linha com Zhen-Shan-Ren. Mas, minha atitude não mudou profundamente. Eu terminava meus deveres, mas não sentia que estava assimilando o Fa enquanto estudava, não conseguia me concentrar quando enviava pensamentos retos ou os dias passavam facilmente sem que eu praticasse os exercícios.

O Mestre disse:

“Hoje em dia, as pessoas se tornaram muito astutas. As pessoas de hoje em dia sabem como esconder seus corações de apego. E mais, encobrem o fato de que escondem os seus corações de apego. Quando vejo este tipo de pessoa, sei que é muito difícil salvá-la. Quando lhe dou uma pista sobre isto, ela nem sequer se dá conta do encobrimento que utiliza para manter o apego dela escondido. Além disso, quando eu aponto para o seu real problema, quando meus Fashen apontam o problema real dela, ela tenta enganar meus Fashen como se estivesse lidando com pessoas comuns. Ela finge e diz: “Oh, estive fazendo mal”. Logo, ela encontra outra forma de encobrir aquilo que ela esconde; ela usa outro disfarce.” ("Ensinado o Fa na Conferência para os Assistentes em Changchun")

Descobrindo corações mais profundos

Essa situação de rotineiramente fazer as coisas, mesmo acreditando que minha consciência principal está desperta e forte, foi exacerbada durante a pandemia do vírus PCC. Tive a oportunidade de postar artigos online esclarecendo a verdade sobre o Dafa, sobre o vírus e como o espectro do comunismo governa nosso mundo, já que naquela época eu estava trabalhando em casa.

Sem me dar conta, comecei a fazer atividades relacionadas ao Dafa como uma rotina, acreditando que se tratava de cultivo.

O ponto de virada foi quando percebi que, apesar de minhas obrigações com o Minghui, e enquanto tentava equilibrar isso com outras atividades, como morar com a família, trabalhar, participar de atividades face a face, me sentia estagnado.

O Mestre disse:

“Como alguém assim pode ser salvo? Agora, vocês têm o Mestre ensinando e guiando os discípulos aqui. Mas, nesses templos onde não há ninguém cuidando delas, como elas podem se cultivar? Os humanos chegaram a este ponto; você diria que se pode fazer o que?”("Ensinado o Fa na Conferência para os Assistentes em Changchun")

As palavras do Mestre ecoaram profundamente na minha mente e no meu coração.

Definitivamente, eu não tinha os milhares de agentes da Agência 610 à minha porta, nem o governo do meu país iniciou uma perseguição, mas as velhas forças e meus próprios apegos à rotina, que mostraram meu apego ao conforto e à preguiça, nada mais são do que um reflexo de apegos mais profundos e podres como ciúmes, luxúria, raiva e sentimento de desesperança.

Por fora, eu podia parecer diligente e ativo para meus colegas praticantes, estável, forte e eu parecia um praticante que "dava um passo à frente".

O Mestre disse:

“Por isso, não falo destas coisas com vocês. Você deve somente trabalhar firme em seu coração, em sua mente; seu aprimoramento verdadeiro depende completamente do seu coração, de sua mente. Se o coração e a mente do cultivador não se elevarem, tudo terá sido em vão.” ("Ensinado o Fa na Conferência para os Assistentes em Changchun")

Transformando dificuldades e quedas em oportunidades

Mesmo com esta luta interior, eu não parei de trabalhar para o projeto, comecei a enviar pensamentos retos com mais firmeza, a estudar o Fa com maior concentração e, se possível, em voz alta. Também não deixei de participar do estudo presencial do Fa do grupo local e do estudo semanal, assim como do estudo do Fa e da troca de experiencias nas reuniões que temos com a nossa equipe do Minghui.

O último artigo do Mestre, "Racionalidade" me mostrou que, apesar da ilusão externa e da minha real ou aparente falta de diligência, eu tinha que continuar a me esforçar ao máximo para me cultivar.

Em uma camada mais profunda, entendi que "Meu cultivo" é uma frase que expressa um ego disfarçado. De fato, eu já sabia que trabalhar para o Dafa, "fazer" coisas não é "cultivar". Eu sabia que no Ocidente temos uma circunstância diferente do que na China continental que eu deveria aproveitar, mas ao mesmo tempo um ambiente tranquilo pode trazer outros problemas e testes. Minha principal consciência deve estar alerta, acordada, vigilante.

Me culpar e sentir remorso pelo que faço bem e pelo que não faço é um padrão do velho cosmos. É um padrão das velhas forças e este não é o momento apenas para o cultivo pessoal. Este é o momento de me cultivar, salvando seres sencientes e ajudando Shifu. E, através da minha responsabilidade no Minghui, que oferece esperança às pessoas e fortalece os praticantes que virão para ler nosso website.

Devo fazê-lo com um coração mais puro para realmente alcançar a sabedoria pura, ser mais diligente, retornando ao meu verdadeiro eu com o padrão de Zhen-Shan-Ren.

As palavras do Mestre me deram luz e força,

“...você deve corrigir o seu comportamento. Se após expressar o seu remorso, você sai pela porta e volta a ser como era antes, para que serve você expressar o seu remorso? Quando você diz ao Mestre que se arrepende de algo, deve ter a determinação para se corrigir." ("Ensinado o Fa na Conferência para os Assistentes em Changchun")

Quando você diz ao Mestre que se arrepende de algo, deve ter a determinação para se corrigir. ("Ensinado o Fa na Conferência para os Assistentes em Changchun")

O Minghui é uma terra pura

Ao rever uma tradução, li que uma praticante da China continental compartilhou que durante 20 anos ela enviou pensamentos retos para eliminar substâncias que interferiam na salvação de seres sencientes para acreditar que o Falun Dafa é bom e abandonar o partido comunista. Sua cunhada sempre se mostrou relutante em desistir. Sem persuasão e sem sentimentalismo, ela permaneceu com firmeza em sua fé. E, logo depois que sua cunhada concordou em deixar o PCC, ela entendeu que de fato, nossas ações e pensamentos retos constantes e diários têm um efeito nesta e em outras dimensões. Mesmo que não vejamos efeitos imediatos.

Com essa experiência, entendi que eu tinha que ser firme e não jogar junto com as velhas forças que usam um coração de culpa e perfeccionismo, que busca resultados imediatos no meu desempenho em projetos e no meu cultivo.

O Mestre disse:

“Quem está determinado a cultivar pode suportar qualquer coisa e, diante de todo tipo de benefício e interesse, é capaz de renunciar a apegos e não dar importância a benefícios e interesses. Se você puder fazer isso, não será difícil. Os que dizem que é difícil, simplesmente não querem abandonar essas coisas”. (Nona aula, Zhuan Falun)

Cultivar e ser diligente significa robustez, mas não agressividade em força. Esta é uma noção partidária e eu tive que eliminá-la do meu comportamento e pensamento.

Então, a clareza veio a mim por entender que o melhor ambiente de cultivo e esclarecimento projetado por Mestre para mim, não consiste em um local específico nem é uma questão de conforto de onde me sinto bem, mas de qualquer atividade que faço que envolva a validação do Fa, com meu desempenho, comportamento, capacidade de coordenar ou colaborar etc.

Um cultivo sincero é compreender que, é um processo para aprender a usar da maneira mais diligente e hábil a ferramenta mágica de saber olhar para dentro e de soltar o apego o mais rápido possível.

O Mestre disse:

“Nesta fase final devem fazer ainda melhor, e fazer de forma ainda mais poderosa, não podem afrouxar. Quanto mais tranquilas as circunstâncias, menos vocês devem afrouxar. Quanto mais cômodas se tornem as coisas, mais fácil é surgirem pensamentos de comodidade e mais fácil é afrouxar seus pensamentos e relaxarem. Isto não pode acontecer. É imperativo que façam as coisas bem”. ("Ensino do Fa proferido no Fahui que marca o décimo aniversário da fundação do website Minghui").

Fazer parte da equipe do Minghui é uma grande responsabilidade e cada vez que leio, traduzo ou reviso, é uma forma de esclarecer a Verdade e validar o Dafa posso descobrir onde estou falhando, dar um salto adiante em meu cultivo e, portanto, ser capaz de cumprir melhor esse projeto.

Esse é o meu entendimento atual. Se qualquer coisa que eu tenha dito que não esteja de acordo com o Fa, por favor, me avise.

Obrigado, Mestre. Obrigado colegas praticantes.

(Apresentado durante o Fahui do Minghui de 2021)

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