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As três internações do meu marido em um centro de reabilitação de drogas. O que nos ajudou em sua recuperação?

5 de maio de 2021 |   Por uma praticante do Falun Dafa na China

(Minghui.org) Após meu marido se embriagar em uma festa em 2009, os seus assim chamados “amigos” lhe aplicaram injeções com drogas.. Durante os seis anos seguintes, a polícia o levou três vezes ao centro de reabilitação de drogas local. Ele continuou tendo recaídas até começar a ler os livros do Falun Dafa com a minha mãe e comigo. Sete meses depois, ele era uma nova pessoa e até voltou ao trabalho. Antes de compartilhar sua história, vou contar a minha primeiro.

Eu tive problemas de saúde desde criança. Depois de uma cirurgia cardíaca aos sete anos de idade, fui atormentada por dores de cabeça crônicas. Consegui terminar o ensino médio, mas não pude continuar devido à minha saúde precária.

Naquela época, minha mãe começou a praticar o Falun Dafa. Várias das suas doenças foram curadas, incluindo doenças cardíacas, traqueíte, artrite e enxaquecas. O seu temperamento também melhorou e a nossa família estava mais feliz do que nunca. Impressionada por suas mudanças positivas, comecei a ir a um parque local com ela para fazer os exercícios do Falun Dafa todas as manhãs. Também lia com ela o Zhuan Falun, o principal ensinamento do Falun Dafa.

O casamento

Em 1997, minha tia abriu um negócio em uma cidade litorânea e perguntou-me se eu podia ajudar. Eu disse que sim, apesar de ter apenas 17 anos. Enquanto estava lá, aos poucos parei de fazer os exercícios e de estudar os ensinamentos.

Voltei para casa em 2000 e encontrei outro emprego. Naquela época, minha mãe tinha sido enviada para um campo de trabalho forçado porque praticava Falun Dafa. Meu pai a apoiava apesar de não ser praticante. Porém, após a perseguição iniciada em 1999, a propaganda caluniosa o enganou. Suas palavras negativas também me afetaram e afastaram-me do Dafa. Não conseguia entender porque ela estava tão determinada a continuar a praticar sob uma repressão nacional. Todos os dias eu simplesmente saía com os meus amigos e bebia com eles para passar o tempo.

Um colega de trabalho me apresentou a alguém que mais tarde se tornaria meu marido. Depois de namorarmos durante algum tempo, meus pais foram se informar e souberam que ele tinha uma má reputação, ele era quase como um membro da máfia. Ele nem tinha terminado o ensino médio e passava o dia apenas jogando com seus amigos. Sua família estava preocupada com as suas brigas, a bebida e o jogo, mas não podiam fazer nada a esse respeito.

Eu estava confusa naquela época. Para mim, ele era bonito e tinha uma conversa agradável. Ele me tratava bem e me levava a bons restaurantes. Também tinha muitos amigos e podia encontrar ajuda sempre que eu precisava. Minha mãe sempre pedia que eu terminasse com ele, mas eu a ignorei. Meu pai ficou muito perturbado e acabou por desenvolver doenças cardíacas. Minha mãe não teve outra escolha senão concordar em me apoiar.

Só depois de casarmos eu vi que os meus pais estavam certos. Há um velho ditado chinês que diz: "Se não ouvires o velho, muito em breve sofrerás". Todos os dias meu marido comia, bebia e perdia tempo com seus amigos. Ele normalmente só voltava para casa altas horas da noite. Ele não se importava nenhum pouco comigo e não ficava contente quando estava em casa. Era como se ele fosse uma pessoa diferente.

Um dia, quando ele ficou fora durante várias horas, fui até onde ele estava e pedi-lhe que voltasse para casa. Julgando ter sido humilhado em frente dos seus amigos, ameaçou me bater apesar de eu estar grávida de oito meses. Depois do nascimento do nosso filho, ele ainda não se importava em viver como uma família, então criei o nosso filho sozinha.

A minha sogra estava mal saúde e não podia me ajudar. Perguntei à minha mãe se ela cuidaria da criança para que eu pudesse trabalhar. Apesar de eu ter me recusado a ouvir meus pais, minha mãe concordou em me ajudar porque o Falun Dafa lhe ensinou a compaixão e o perdão. Além de ajudar com o meu filho, ela também tentou me ajudar. Ela disse que eu estava sob muito estresse. Lembrou-me também de ter consideração pelos outros em vez de reclamar.

Fiquei comovida com a sua capacidade de me perdoar. Ela explicou que a prática do Falun Dafa lhe ensinou a compaixão, mas o Partido Comunista Chinês (PCC) persegue o Falun Dafa e os seus princípios Verdade, Compaixão e Tolerância.

Retomando a prática

Tocada pelas palavras da minha mãe, assisti aos DVDs que ela me deu sobre o Falun Dafa. Entendi por que os praticantes apreciavam tanto o Dafa. Também fiquei sabendo como um ex-líder do PCC e outros oficiais inventaram mentiras para difamar o Dafa e enganar as pessoas. Minha mãe me lembrou de como a minha saúde precária melhorou depois de eu ter começado a praticar o Dafa, e era por isso que hoje estava saudável e enérgica.

Ela explicou que o verdadeiro propósito da vida não é se divertir e se afundar mais nas coisas mundanas; era tornar-se uma boa pessoa e regressar ao nosso lar celestial. "Para atingir esses objetivos, é preciso cultivar e o Dafa é o melhor e único caminho para isso", acrescentou ela. Em 2007, retomei a prática do Falun Dafa.

Devido às minhas responsabilidades, só estudava os ensinamentos e fazia os exercícios em meu tempo livre. Não conseguia falar a mais pessoas sobre o Dafa e desmascarar a propaganda difamatória como alguns outros praticantes. Ainda assim, o Mestre Li (o fundador do Falun Dafa) cuidava de mim. Sentia-me melhor e já não reclamava do meu marido. Em vez disso, tratava-o bem. Ficava feliz quando ele chegava em casa e não ficava chateada quando ele saía. Também conversei com ele, esperando que ele se tornasse uma pessoa melhor. Disse que deveríamos ser pais responsáveis e criar o nosso filho juntos.

Não sei o quanto ele aceitou do que eu disse ou se ele ao menos estava ouvindo. Eu só queria que ele fosse bom e que tivéssemos uma família feliz.

O começo do nosso pesadelo

Em 2009, meu marido se embebedou com seus "amigos", que lhe aplicaram injeções com drogas sem ele saber. Ele ficou viciado, mas eu não sabia disso. Só sabia que, de repende, ele tinha parado de sair e começou a ficar em casa. Um dia, quando voltei para casa no meio do dia, encontrei-o tomando drogas. Fiquei chocada, porque esse é um caminho sem volta. Se ele continuasse, a sua vida e a nossa família estariam acabadas.

Pedi a meu marido para parar, mas ele se recusou a ouvir. Quando sua mãe soube do seu vício em drogas, ela disse a mesma coisa. Mas ele a ignorou também. Depois de ter ficado sem dinheiro, começou a pedir emprestado a todos os nossos conhecidos para comprar drogas. Contatou meus colegas de trabalho e familiares e todos os que conhecia. Foi até aos amigos do meu pai para pedir dinheiro emprestado em nome dele. Ele penhorou meu casaco de pele. Quando seu pai foi buscar seu salário, foi informado de que o meu marido já tinha levado o dinheiro. Meu marido solicitou um cartão de crédito e fez um empréstimo de 60 mil yuans para ele.

Em 2010 a polícia mandou internar o meu marido em um centro de reabilitação de drogas por dois anos. Antes de ele sair, minha mãe falou com ele e pediu para ele se cuidar. "Vou ajudar a tomar conta de sua mulher e de seu filho. Quando voltar, ainda seremos uma família", disse ela. O meu marido ficou muito sensibilizado.

Para me ajudar, minha mãe foi morar comigo. Isso facilitou para eu fazer os exercícios e estudar o Fa. Ela também começou a imprimir materiais sobre a perseguição para ajudar as pessoas a compreender os fatos sobre o Dafa e a perseguição. Eu tinha medo e não queria participar. Ela explicou a importância de fazer isto, que milhões de pessoas tinham sido envenenadas pelas mentiras do PCC e precisavam saber a verdade

Eu concordei com ela e comecei a ajudar. Comprei suprimentos e, sempre que tinha tempo, imprimia materiais e entregava-os aos praticantes no interior. Como digito bem, os praticantes frequentemente me davam seus artigos e me pediam que os ajudasse a organizá-los. Uma vez, recebi um artigo muito tarde para uma conferência de compartilhamento de experiências que deixaria de aceitar submissões no dia seguinte. Trabalhei até à meia-noite e terminei a tempo para o enviar on-line.

Estudávamos o Fa em minha casa e, a medida que os outros praticantes falavam das suas experiências de cultivo, sentia que melhorava rapidamente. Finalmente devolvi todo o dinheiro que o meu marido pediu emprestado e não tive ressentimentos. Eu sabia que o Dafa tinha me ajudado.

Mais duas internações no centro de reabilitação de drogas

Quando meu marido voltou para casa dois anos mais tarde, cuidei dele e o encorajei a se conduzir bem. A minha mãe também o encorajou a mudar. Movido pela nossa sinceridade e bondade, meu marido chorou e disse: "Prometo ficar longe das drogas, não vou mais cometer esses erros insensatos." Três meses mais tarde, porém, ele estava novamente nas drogas. Para ganhar mais dinheiro, os traficantes o encontraram e o fizeram tomar drogas novamente. Desta vez, foi ainda pior do que antes.

O diretor do centro de reabilitação de drogas disse uma vez que os viciados em drogas vão tomar qualquer coisa que encontrarem. "Eles morrerão assim mais cedo ou mais tarde", disse ele. Cerca de 10 meses depois de sair, meu marido foi enviado para o centro de reabilitação de drogas novamente. O pai dele ficou tão zangado e chateado que morreu. Pensamos que isso despertaria meu marido e o ajudaria a mudar. Mas ele parecia não entender e tinha pouca expressão em seu rosto. "Ele não é mais um ser humano", disse um de seus parentes.

Lembrei para mim mesma que era uma praticante e não desisti dele. Continuei a visitá-lo. Ele engoliu um isqueiro e precisou de cirurgia. Minha mãe cuidou do meu filho, enquanto eu deixei de trabalhar para cuidar do meu marido até ele sair da sala de emergência. Não reclamei e só disse a ele para não voltar a fazer coisas tolas como essa. Sabia que podia perdoá-lo porque praticava Falun Dafa. Se não, eu o teria abandonado há muito tempo e a nossa família teria sido desfeita.

O Mestre disse,

“Depois que os empregados começaram a aprender o seu Falun Dafa, eles passaram a chegar cedo e sair tarde; agora eles trabalham com diligência e respeito, e fazem bem o trabalho que a chefia solicita; eles pararam de competir entre si por benefícios e vantagens pessoais.” (Quarta Aula, Zhuan Falun)

Depois de começar a praticar de novo, segui diligentemente os princípios Verdade, Compaixão e Tolerância do Dafa na minha vida diária. Além de cumprir meus próprios deveres, também ajudava os outros. Muitas vezes fazia o trabalho que os outros não queriam fazer sem ressentimentos. Era sempre gentil com os colegas e clientes. Os gestores ficavam impressionados com a minha cordialidade e elogiavam a minha simpatia. Durante muitos anos, fui muitas vezes premiada como funcionária de nível provincial e modelo. Sentia que só estava sendo uma praticante responsável.

Dois anos mais tarde, meu marido foi liberado do centro de reabilitação de drogas, mas, foi enviado de volta seis meses mais tarde por mais dois anos. Essa foi sua terceira internação. Ele começou a ter problemas de saúde, então os médicos o liberaram sob fiança médica. Enquanto o meu marido recebia cuidados médicos, eu e minha mãe discutimos o que deveríamos fazer. Ambas concordamos que não podíamos deixar meu marido continuar sofrendo. Precisávamos ajudá-lo.

Meu marido na verdade não era uma má pessoa e tinha uma boa compreensão do Dafa. Ele sabe que a minha mãe é uma praticante e a respeita. Sempre que a polícia começava a prender praticantes, assim que tomava conhecimento, ligava para ela e a alertava. Quando ela foi presa e detida em 2009, o meu marido e a sua irmã iam todos os dias à delegacia pedir sua libertação.

É verdade que o meu marido é um viciado em drogas. Mas ele é também uma vítima. Aqueles traficantes ficavam fazendo maldades com ele e não o deixavam em paz. Sempre que voltava do centro de reabilitação de drogas, ele queria parar. Mas os traficantes tentavam todos os meios para controlá-lo, pressionando-o cada vez mais.

Minha mãe e eu somos praticantes e sabemos que o Dafa não tem limites, por isso queríamos salvar meu marido. A irmã dele também veio até nós. "Só o Dafa pode salvar meu irmão", disse ela, implorando à minha mãe para ajudá-lo a praticar Falun Dafa. Os pais e os irmãos do meu marido testemunharam como os praticantes são bons e eles têm fé no Dafa.

Um novo começo

Como o meu marido confiava em minha mãe, ela conversou com ele. Para nossa surpresa, ele concordou imediatamente. Mas a interferência era enorme. No início, concordamos em ouvir o áudio de uma palestra todos os dias na casa dos seus pais. No primeiro dia, ele foi muito sincero e escutou com atenção. No terceiro dia, porém, disse que precisava fazer algo para um amigo. Deixou de vir e só dizia que estava ocupado.

Sabíamos que era uma interferência que o impedia de ser ajudado. Por isso mudamos o horário para a noite e nós três assistimos aos vídeos das palestras do Mestre em minha casa. Apesar de ser apenas uma hora de cada vez, meu marido às vezes prestava atenção e às vezes não. E também ficava indo ao banheiro. Minha mãe também enviava pensamentos retos para eliminar a interferência.

Minha mãe vinha todos os dias à minha casa trazendo uma comida que meu marido gosta. Por causa das drogas, o fígado dele estava danificado. Após vários dias, o seu estômago estava inchado como uma bola de borracha. Minha mãe disse-lhe para não se preocupar, pois era o Mestre limpando seu corpo. Naquela noite meu marido dormiu profundamente. Todos os dias minha mãe preparava uma comida deliciosa para o jantar e o meu marido estava muito grato.

Às vezes, o vício do meu marido o vencia e ele tomava drogas escondido. Fingíamos não reparar e não o culpávamos. Continuamos a tratá-lo com gentileza. Muitas vezes, eu ficava ansiosa pensando que não havia esperança para ele. Mas minha mãe não desistiu. Eu sabia que isso era sua fé no Dafa e no Mestre, e ela acreditava que o meu marido podia ser salvo.

Um dia minha mãe veio, como de costume, mas meu marido não estava em seu estado normal. Ele usou drogas escondido e ficou no banheiro por mais de uma hora. Depois ficou me criticando e nem mencionou o estudo em grupo. Minha mãe não teve outra escolha senão ir embora. Mas quando que ela voltou no dia seguinte, meu marido continuou como se nada tivesse acontecido no dia anterior.

Fazendo progressos

Passado algum tempo, houve outro tipo de interferência. A polícia prendeu minha mãe por sua crença e a deteve por cinco dias. No dia em que foi libertada, a mãe e a irmã do meu marido foram até ela e imploraram para que ela continuasse o estudo em grupo com ele. Voltamos a assistir aos vídeos e gradualmente o meu marido mudou. Sua saúde melhorou e ele passou a usar drogas cada vez menos.

O Mestre disse,

"Ao consumir drogas, algumas pessoas falam que isso não tem nada de mais, que não faz mal nenhum. Realmente, elas até se sentem bem. Então, elas consomem novamente, e mais uma vez não dá em nada! Mas de repente, sai do controle. Por quê? Aquela substância, ao ser absorvida, constituirá um "você" bem sutil dentro do seu corpo, e isso é possível mesmo experimentando apenas uma única vez, porque seu veneno é forte; ao se usar pela segunda vez, esse "você" bem sutil se tornará um pouco mais denso; ao usar de novo, ele se tornará mais denso ainda; ele se tornará cada vez mais forte à medida que você usar mais. Ele possui até a estrutura do seu corpo, tem até pensamentos, é um "você" de natureza demoníaca totalmente constituído pelas drogas. Claro, é possível que ele não faça nada além disso, mas, em relação às drogas, ele com certeza irá consumi-las. Se a pessoa não consumir drogas, ele não conseguirá resistir. Por quê? Porque ele já está vivo, e depois de ganhar vida, se você não usar drogas, o metabolismo do corpo fará ele se tornar cada vez mais diluído, mais e mais fraco até ele morrer. " ("Ensino do Fa no Fahui de Nova York de 2019")

O vício do meu marido começou gradualmente a enfraquecer. Um dia ele estava bem, mas no dia seguinte queria tomar drogas. Em um momento estava lúcido, mas depois de algum tempo ficava novamente confuso. Mas não estávamos distraídas. Enviávamos pensamentos retos para eliminar a interferência e implorávamos ao Mestre que o salvasse.

Durante esse processo, me iluminei para alguns princípios do Fa. Ou seja, o processo de ajudar o meu marido a deixar as drogas foi também um processo para nós melhorarmos o nosso xinxing. No início, ajudei o meu marido devido ao sentimentalismo e ao cuidado com a nossa família e o nosso filho. Isso mais tarde transformou-se em compaixão. Tratei meu marido como um ser consciente e senti a responsabilidade de salvá-lo. Durante esse tempo também consegui abandonar meu ressentimento e substituí-lo por compaixão.

Após sete meses, meu marido conseguiu ficar longe das drogas e recuperar sua saúde. Seu peso voltou ao normal. Seu temperamento também melhorou, ele estava feliz e cheio de energia todos os dias. Durante a pandemia, trabalhou em uma clínica e ajudou os doentes. Devido à sua boa atitude e ética de trabalho, foi recompensado pelo seu patrão.

Somos todos gratos ao Mestre por salvar meu marido e minha família. Por causa da dependência química do meu marido, a sua mãe ficou perturbada e adoeceu. Agora ela está saudável e feliz. A irmã do meu marido também está muito grata. "O Falun Dafa é ótimo!", diz ela frequentemente às pessoas. "Sem o Dafa, meu irmão teria morrido e nossa família teria sido desfeita." Obrigada, Falun Dafa e obrigada, Mestre Li!"

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