(Minghui.org) Durante uma audiência judicial em 28 de dezembro de 2020, a Sra. Mao Kun negou mexendo a cabeça quando o juiz ordenou que ela se declarasse culpada pela prática do Falun Gong. "É impossível" disse ela de forma simples.
A Sra. Mao da cidade de Chengdu, província de Sichuan, foi condenada a 11,5 anos por manter sua fé, uma disciplina tradicional para a mente e corpo que tem sido perseguida pelo regime comunista chinês desde 1999. Ela já tinha sofrido duas penas em campos de trabalho forçado e uma pena de prisão pela sua crença, aprisionada por um total de 8 anos e 9 meses.
A Sra. Mao apelou da sentença. Enquanto aguardava o resultado, foi subitamente levada para uma sala de emergência hospitalar por volta do dia 9 de abril de 2021. A sua família foi intimada a requerer a liberdade condicional médica em seu nome. Mas antes mesmo de terem a oportunidade de apresentar o pedido, a Sra. Mao faleceu no hospital, na noite de 11 de abril. Ela tinha 57 anos.
Embora não esteja claro o que lhe aconteceu no Centro de Detenção da Cidade de Chengdu, a família da Sra. Mao suspeita que a tortura possa ter sido responsável pela sua morte repentina.
Sra. Mao Kun
A Sra. Mao, uma contabilista, foi detida em casa por volta das 15 horas do dia 10 de julho de 2019. Cinco outros praticantes que a visitavam, incluindo Huang Sulan, Li Jun, Huang Xiuhua, Jiang Jiefang e Zhang Zhenhua, também foram presos. O braço da Sra. Mao foi quebrado e o seu rosto foi ferido durante a detenção violenta
Dezenas de agentes saquearam a casa da Sra. Mao a partir das 16h do dia da detenção até às 2h do dia seguinte. Muitos objetos pessoais e materiais informativos sobre o Falun Gong foram confiscados. Os pais da Sra. Mao, nos seus 80 anos e que viviam com ela, ficaram aterrorizados com a invasão policial. Choraram no corredor enquanto a polícia estava saqueando a sua casa.
A Sra. Mao, a Sra. Zhang, o Sr. Du Rong e Chen Shigui (gênero desconhecido) foram julgados no Tribunal Distrital de Jinniu em 28 de dezembro de 2020. O Sr. Du e Chen Shigui foram presos em uma invasão policial no mesmo dia que a Sra. Mao e a Sra. Zhang.
Durante o julgamento, a Sra. Mao contou como a polícia a espancou durante a detenção. Ela testemunhou que um grupo de agentes bateu à porta. Antes dela poder abrir a porta, os agentes a arrombaram. Um deles deu-lhe um murro no olho e jogou-a no chão. Seguraram-na e a algemaram pelas costas, quebrando-lhe o braço durante o processo.
O seu advogado perguntou-lhe: "Lembra-se de como era o policial que lhe bateu?" A Sra. Mao disse que sim.
Antes de poder descrever o agente, o promotor a impediu de falar e negou que a polícia tivesse usado violência durante a sua detenção. Afirmou que foi a porta ao cair que a feriu.
Tanto o Sr. Du como a Sra. Zhang testemunharam sobre a forma como a prática do Falun Gong melhorou a sua saúde. Eles relataram como foram levados para o Centro de Lavagem Cerebral de Xinjin após as suas detenções e espancados e interrogados todos os dias. A polícia disse-lhes: "Temos todos os tipos de métodos [para torturar vocês]."
Chen disse numa declaração final: "Tentamos ser boas pessoas, seguindo os princípios Verdade, Compaixão e Tolerância. Não violamos nenhuma lei e somos inocentes. Exigimos ser absolvidos."
O juiz condenou a Sra. Mao a 11,5 anos com uma multa de 20 mil yuans.A Sra. Du foi sentenciada em 9 anos e multada em 10 mil yuans. A Sra. Zhang foi condenada a 8 anos e multada em 8 mil yuans. E Chen recebeu uma pena de 7,5 anos, com uma multa de 6 mil yuans.
Pouco depois do regime comunista chinês ter ordenado a perseguição ao Falun Gong, a Sra. Mao foi condenada a um ano no Campo de Trabalho Forçado de Nanmusi no final de 1999 e a sua pena foi prolongado por nove meses.
Foi novamente presa em 10 de dezembro de 2001, apenas alguns meses depois de ter sido libertada, e sofreu mais um ano no mesmo campo de trabalho forçado. Fez uma greve de fome durante seis meses para protestar contra a perseguição e esteve à beira da morte antes da sua libertação.
A sua próxima detenção foi em 10 de setembro de 2007, após a qual foi condenada a 5,5 anos de prisão pelo Tribunal Distrital de Wuhou em 10 de outubro de 2008.
Four Sichuan Residents Sentenced to Lengthy Terms for Their Faith
Ms. Mao Kun on Hunger Strike to Protest Extended Sentence in Chengdu City
The Persecution of Ms. Mao Kun in Chengdu City
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