(Minghui.org) Em sua declaração publicada no site do Epoch Times em março de 2020 para deixar o Partido Comunista Chinês (PCC), o internauta chinês chamado Qu Hudong, lembrou: "Décadas atrás, me juntei a muitos jovens intelectuais no Movimento subir a montanha e descer para o campo. Na extrema selva fria do nordeste da China, sofri sem parar sem lugar para reclamar".
Qu mora em Xangai. Vários anos atrás, ele aprendeu como usar software para contornar o firewall da Internet do PCC e acessar informações sem censura. No YouTube, Epoch Times e outros sites, ele aprendeu como o PCC enganou as pessoas e causou a ele e a outros cidadãos chineses tanta miséria em suas implacáveis campanhas políticas.
"Mostrarei este software aos meus colegas intelectuais que foram exilados na extrema selva do nordeste para que eles saibam quem é o responsável por nossas tristezas e lágrimas", continuou. "Vou sair das organizações do PCC e dizer aos meus filhos e aos filhos deles que não se juntem ao Partido ou às suas organizações juvenis".
A experiência de Qu não é incomum para um cidadão chinês. Depois de décadas de violência e lavagem cerebral nas mãos do PCC, agora eles entendem claramente o que, pessoalmente, o Partido significa para eles e para a China em geral. Abaixo está o que outros escreveram em suas declarações para "Sair do PCC" publicadas no site do Epoch Times.
Em novembro de 2019, um internauta, cujo pseudônimo é Xin Zeqiang, apresentou sua declaração: "Abandone o PCC". Depois de se juntar aos militares e ao PCC há mais de 30 anos, ele aprendeu a história do Partido, a versão do mesmo sobre a história chinesa e todos os ensinamentos marxistas necessários. "Embora essas doutrinas me tenham tornado quase um marxista extremo e membro do PCC, eu tinha um pensamento independente, algo pelo qual agradeço aos meus pais".
Um dos pontos de reviravolta veio após o 16º Congresso Nacional do PCC em 2002, quando foi anunciado que as empresas estatais (SOE) seriam transformadas em entidades privadas. "Fiquei confuso, porque me disseram que os comunistas eliminariam a propriedade privada. Então, por que não continuávamos com as empresas estatais e uma economia planejada? Por que estávamos mudando para uma economia de mercado? Além disso, era difícil explicar por que os países ricos ocidentais eram todos capitalistas".
Mas ele não encontrou nenhuma resposta. Muitos anos depois, após fazer progressos em sua carreira e em sua família, ele encontrou mais tempo para refletir sobre estas questões. Então ele suspeitou que algo estava errado com as narrativas do Partido, a situação na China e a própria teoria comunista.
Xin comprou muitos livros sobre democracia e liberdade, de Montesquieu (um filósofo francês que propôs a teoria da separação de poderes), Alexis de Tocqueville (um diplomata francês que defendia o governo parlamentar) e Adam Smith (o fundador da economia de livre mercado). Em particular, a Constituição da Liberdade de Friedrich Hayek explicou que o princípio da liberdade é o pré-requisito para a riqueza e o crescimento, e não o contrário. Xin também consultou enciclopédias para esclarecer estas ideias.
A verdadeira mudança veio em 2006. "Enquanto eu ia às compras, uma mulher me deu dois DVDs em um envelope. Um deles era uma performance de Shen Yun e o outro era um software que me ajudou a contornar o firewall da Internet", ele escreveu.
Xin foi para casa e assistiu os dois DVDs. "O primeiro me ajudou a ver o que realmente é a verdadeira cultura chinesa e o segundo abriu uma janela para deixar entrar ar fresco e perspectivas que eu nunca tinha visto antes", ele disse. "Depois disso, li muitas informações não censuradas sobre o Epoch Times, NTD e outros sites. Isto me ajudou a entender como o PCC é vicioso e também comecei a contar aos outros.
"Aqui, eu declaro solenemente que me separarei para sempre do PCC e de quaisquer organizações associadas a ele", ele declarou.
Zhang Aiyuan, de Pequim, tem mais de 80 anos. Ela se juntou ao PCC há quase 70 anos. Ela disse em sua declaração: "Neste momento, meu neto está me ajudando a contornar o firewall da Internet e a digitar minha declaração para cortar os laços com o PCC".
Crescendo no nordeste da China, Zhang testemunhou a brutalidade da União Soviética. "Os soldados soviéticos frequentemente vinham a nossas aldeias para saquear e estuprar, nos aterrorizando", ela escreveu. Mas devido à pobreza, como outros, ela teve que sair de casa ainda muito jovem para encontrar um emprego. Pouco depois de se mudar para a capital da província, o PCC tomou o poder. Primeiro juntando-se à Liga da Juventude e depois ao próprio partido, Zhang foi considerada uma "jovem progressista" por seus colegas. "Mas em minha mente, eu só queria encontrar comida e ser alimentada", ela escreveu. "Quanto à nossa 'grande irmã' a União Soviética, eu ainda a via como um lugar de bandidos e estupradores".
O terror soviético logo se espalhou por toda a China depois que o PCC ocupou toda a nação. Um exemplo foi 1960 (um ano "Gengzi" de acordo com o calendário lunar chinês e referido novamente abaixo), quando muitos chineses morreram de fome durante a Grande Fome, uma catástrofe feita pelo homem e causada por Mao Zedong. Zhang uma vez desmaiou de fome e quase morreu. A situação no campo era ainda pior.
Após o início da Revolução Cultural, toda sua família foi enviada para áreas rurais no noroeste da China, no programa do Partido "reforma através do trabalho". Era uma terra salgada e árida e raramente víamos outra pessoa, mesmo que se andássemos vários quilômetros. "Não tínhamos comida nem água potável. Para piorar as coisas, minha filha pegou uma pneumoconiose trabalhando em uma fábrica de papel. Por outro lado, meu filho mais jovem, frequentemente, brincava em um lago lamacento para tentar aprender a nadar", ela escreveu. " Somente anos mais tarde, depois que voltamos à cidade, meu filho ousou colocar a cabeça debaixo d'água (não mais lamacenta) e aprendeu a nadar". Eram lembranças tristes, e eu nunca quis voltar ao noroeste da China".
O neto de Zhang muitas vezes compartilhou informações não censuradas que ele havia lido depois de contornar o firewall da Internet. Zhang percebeu que a liderança do PCC tinha se tornado muito fervorosa sobre o avanço da ideologia comunista. "Se isto continuar, é mais que provável que voltemos à era de Mao e nos tornemos outra Coréia do Norte". Isto significa que podemos voltar à era negra quando os membros da família se voltaram uns contra os outros e tudo estava um caos. Na verdade, embora a propaganda do PCC se vangloria da economia, a maior parte da fortuna vai para os funcionários corruptos. Em minha cidade natal, toda a família de meu irmão ainda vive na pobreza," ela escreveu.
Outro ano de "Gengzi" (que ocorre uma vez a cada 60 anos) foi 2020, durante o qual a desinformação e propaganda do PCC permitiu que o coronavírus se espalhasse para o mundo inteiro. "É por isso que eu quero deixar o PCC e a Liga Jovem". Também quero que meus filhos façam o mesmo para que eles possam viver em uma China melhor, livre do PCC", ela escreveu.
No dia 29 de julho de 2020, Xiao Jun, uma professora universitária na China, apresentou sua declaração de saída do PCC. Ela recordou sua difícil infância durante a Revolução Cultural. Na época, seu avô foi alvo como um intelectual e morreu na casa dos 50 anos. Sua família também lhe contou sobre o pesadelo da Grande Fome, que tirou a vida de sua tia e de muitas outras.
O acesso a informações no exterior, como Epoch Times e NTD, ajudou-a a refletir sobre a situação na China. "Uma palavra pode resumir a natureza hipócrita do PCC. Todo mundo diz coisas de forma diferente do que pensa devido à lavagem cerebral. E a propaganda muitas vezes é o oposto do que realmente acontece. Por exemplo, muitos filhos de oficiais emigraram para o exterior, mas ainda defendem publicamente o PCC e denunciam os países ocidentais".
Xiao Jun escreveu que quando estava na pós-graduação, a secretário do Partido da Liga da Juventude em sua escola a persuadiu a se juntar ao PCC. Quando ela não soube como, ele lhe deu um modelo de inscrição e lhe disse apenas para copiá-lo. "Foi assim que me tornei membro do PCC - a coisa mais vergonhosa de toda a minha vida," ela escreveu.
Após acessar informações externas por muitos anos, Xiao disse que tinha chegado a um entendimento muito melhor do PCC. Ela escreveu: "Aqui, declaro minha renúncia ao PCC para que meus pensamentos e minha alma possam ser libertados. Também espero que mais pessoas em todo o mundo reconheçam o que realmente é o PCC. Trabalhando juntos, conseguiremos uma sociedade melhor e um futuro melhor".
Mo Daoke é um funcionário público. No dia 28 de julho de 2020, ele apresentou sua declaração de renúncia ao PCC. Ele escreveu que não tem antecedentes especiais, não tem parentes ou bens no exterior e nunca viajou para fora da China. "Entretanto, olhando para trás, tenho que admitir que fui submetido a uma lavagem cerebral pelo PCC e que tive um interesse especial por ele", ele escreveu. "É por isso que, assim que consegui pagar as contas, fiquei grato ao Partido".
Em 1995, quando ainda nem havia se aplicado, ele já estava inscrito no PCC. Somente dois anos depois, seu supervisor o mandou apresentar um formulário de inscrição retroativo. Seu pai ficou muito chateado porque o avô de Mo, um fazendeiro na China, foi atacado durante as campanhas Três-Anti e Cinco-Anti, no início dos anos 50. "Durante a Grande Fome, ele morreu de fome e nunca encontramos seu corpo", escreveu Mo. "O Festival de Qingming (também conhecido como Dia de Varrer Tumba) é o dia mais doloroso do ano para meu pai", ele continuou.
Mo disse que ele é um trabalhador modelo, graças a seus padrões de honestidade e ao valor do trabalho duro herdado de sua família." É exatamente disto que o PCC precisa, alguém para fazer o trabalho como uma formiga operária e não reclamar", ele explicou. Gradualmente, ele percebeu o que o PCC realmente era odioso, cruel e desonesto. Uma vez ele pediu para deixar o Partido, mas oficiais superiores se recusaram a honrar seu pedido. "Depois disso, sempre que tínhamos cerimônias para renovar o juramento ao Partido, eu escrevia, 'Não' no chão com a ponta do dedo do pé em protesto", ele explicou.
Enquanto Mo continuava a seguir com a vida, acidentalmente, ele obteve uma cópia da história recente da China escrita por um estudioso ocidental. "Recordando as experiências da minha família, eu sabia que todos nós tínhamos sido enganados pelo PCC e isso me deixou muito triste e zangado", ele escreveu. "As pessoas costumam dizer que ler a história ajuda a ganhar sabedoria. Acho que isso só é possível quando se lê a história não escrita por comunistas".
Em janeiro de 2018, Mo aprendeu como quebrar o firewall da Internet para acessar informações não censuradas. "O PCC é pior do que você pode imaginar. É por isso que comecei a contar os fatos sobre o regime para que mais pessoas possam entender claramente", ele disse. Alguns de seus amigos, de brincadeira, o chamam de contra revolucionário e ele se orgulha disso.
Zhao Chongshen é um funcionário do governo municipal na cidade de Zhoukou, província de Henan. "Sei que o PCC está mentindo o tempo todo e sinceramente não gosto disso", ele escreveu em sua declaração apresentada em julho de 2019. "Mas para sobreviver, não tenho escolha a não ser aceitá-lo e viver com ele".
Mas Zhao, cada vez mais, acha difícil de suportar o PCC. Além do trabalho diário e de lidar com todos os tipos de inspeções oficiais, Zhao tem que passar um tempo no Xueqi Qiangguo, um aplicativo obrigatório para as pessoas estudarem os discursos e textos do atual líder do PCC. Em um artigo da BBC em fevereiro de 2019, este aplicativo foi referido como uma versão moderna do "Pequeno Livro Vermelho" de Mao.
"Já basta! Olhando para nossos cidadãos indefesos, eu realmente quero jogar o emblema do Partido no lixo e remover o aplicativo Xueqi Qiangguo do meu celular", escreveu Zhao, "mas o PCC monitora as coisas de tão perto e não deixa ninguém escapar impune. É por isso que estou feliz por haver uma plataforma aqui [no Epoch Times] para as pessoas deixarem o PCC e eu gostaria de ser uma delas".
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