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Variante do coronavirus é 50 a 70% mais contagiosa: O que isso significa para nós?

5 de março de 2021 |   Pelo correspondente do Minghui, Wu Tong

(Minghui.org) Após a identificação da variante do coronavírus B.1.1.7 no Reino Unido em 14 de dezembro de 2020, o primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, disse em 19 de dezembro que era de 50% a 70% mais contagiosa do que o coronavírus original, segundo os especialistas.

De acordo com um artigo do Washington Post de 22 de janeiro de 2021 intitulado "A Dinamarca está sequenciando todas as amostras de coronavírus e tem uma visão alarmante da variante do Reino Unido", a nova variante também atingiu fortemente a Dinamarca. "Os casos envolvendo a variante estão aumentando 70 por cento por semana na Dinamarca, apesar de um bloqueio rigoroso," escreveu o artigo.

Tyra Grove Krause, do Instituto de Soro do Estado da Dinamarca, disse que a nova variante representa uma séria ameaça, pois prejudicará os progressos anteriormente alcançados no combate à doença, uma vez que a cepa B.1.1.7 pode dominar o país já em meados de fevereiro. "Este período vai ser um pouco como um tsunami, da mesma  forma de quando se está na praia e, de repente, pode-se ver toda a água retrair... Depois disso, terá o tsunami chegando e lhe oprimindo", relatou o Seattle Times em um artigo de 23 de janeiro de 2021, intitulado "A Dinamarca está sequenciando todas as amostras de coronavírus e tem uma visão alarmante da variante do Reino Unido".

Da mesma forma, o CDC dos EUA alerta que a nova variante pode se tornar a cepa principal no país em março. Boris Johnson anunciou em 25 de janeiro de 2021, que a nova variante é também 30% mais mortal.

Evento sem precedentes: 17 mutações de uma vez

Um cientista descobriu que a B.1.1.7 teve 17 mutações de uma só vez. Isso é algo nunca antes visto, noticiou a revista Science em 20 de dezembro de 2020, citando um estudo de Andrew Rambaut, um biólogo evolutivo molecular da Universidade de Edimburgo.

Patrick Vallance, o Conselheiro Científico Chefel do Reino Unido, explicou o aumento da taxa de mortalidade associada com a nova cepa. "Se tomasse... um homem na casa dos 60 anos, o risco médio é que para mil pessoas infectadas, cerca de 10, infelizmente, morreriam com o vírus. Com a nova variante, para mil pessoas infectadas, cerca de 13 ou 14 pessoas podem morrer", disse ele em uma entrevista em janeiro.

Após a descoberta da B.1.1.7, muitos países impuseram proibições temporárias para viajar ao Reino Unido, mas a variante se alastrou a mais de 70 países. Isso inclui as cidades Chinesas de Pequim, Xangai e Guangdong. Mas as autoridades não forneceram mais informações. Por exemplo, Xindu, Xingguang e algumas comunidades do condado de Daxing em Pequim ficaram confinadas durante mais de duas semanas, mas não foi informado um motivo claro aos residentes.

Vacina contra as novas variantes de vírus

A variante B.1.1.7 não é a única preocupação. Várias outras variantes também estão listadas no site do CDC dos EUA, incluindo a B.1.351 na África do Sul e a P.1 no Brasil. Isso pode potencialmente comprometer o efeito das vacinas.

O artigo de 1º de fevereiro no WebMD intitulado "’Mutações de fuga’ podem levar ao ressurgimento de novos COVID" analisou novos casos de notícias em Maryland e Carolina do Sul relacionadas com a B.1.135, uma cepa identificada pela primeira vez na África do Sul. "Nenhuma das pessoas que pegaram essa versão do coronavírus tinha viajado e não eram parentes, o que mostra que a variante provavelmente já está se espalhando de pessoa para pessoa na comunidade", escreveu o artigo.

Além disso, essa nova versão do coronavírus tem alterações no pico da proteína na superfície do vírus. Conhecida como "mutação de fuga", permite que o vírus ultrapasse a proteção oferecida pelos anticorpos gerados através da vacinação. "Essa mutação, E484K, foi agora encontrada em várias variantes dos novos coronavírus: além da variante P.1 detectada no Brasil, está também na variante B.1.351, e nos últimos dias foi detectada na variante mais contagiosa B.1.1.7 encontrada no Reino Unido", continuou o artigo.

Os cientistas da Universidade de Duisburg-Essen também descobriram que variantes do vírus com mutações múltiplas podem escapar do reconhecimento de anticorpos e reduzir a eficácia da vacina. Mais especificamente, as três variantes acima mencionadas têm uma mutação chamada N501Y que afeta o domínio vinculado ao receptor da proteína spike. Isso permite que o vírus se ligue mais firmemente aos receptores.

Resultados clínicos

O diretor do Instituto Nacional de Alergias e Doenças Infeciosas dos EUA (NIAID), Anthony Fauci, também está preocupado com as mutações que possam escapar às vacinas.

Os dados da pesquisa de vacinas da Johnson & Johnson mostraram que a vacina tinha apenas uma taxa de eficácia de 57%. Da mesma forma, a eficácia da vacina da Novavax caiu para menos de 50% em um pequeno ensaio na África do Sul. Mais especificamente, a Moderna analisou a variante sul-africana e descobriu que a sua vacina produziu seis vezes menos anticorpos neutralizantes contra essa cepa do que contra o vírus original.

As limitações dessas vacinas foram confirmadas por casos positivos pós-vacinação. O Congressista norte-americano Stephen Lynch, de Massachusetts, testou positivo após ter recebido a segunda dose de vacina contra o coronavírus produzido pela Pfizer. Ele também não apresentou nenhum sintoma.

Além disso, "não há provas de que qualquer uma das vacinas atuais do Covid-19 possa impedir completamente as pessoas de serem infectadas, e isto tem implicações para as nossas perspectivas de alcançar a imunidade coletiva", relatou a BBC em um artigo intitulado "Você ainda pode transmitir a Covid-19 após a vacinação?”

"Há dois tipos principais de imunidade que se pode conseguir com as vacinas. Um é a chamada imunidade "eficaz", que pode impedir um agente patogênico de causar uma doença grave, mas não pode impedi-lo de entrar no corpo ou fazer mais cópias de si mesmo. O outro é a 'imunidade esterilizante', que pode impedir completamente as infecções e até prevenir casos assintomáticos", explicou o artigo, "Esta última é a aspiração de toda as pesquisas de vacinas, mas surpreendentemente raramente alcançada."

A situação é ainda mais sombria dadas as variantes emergentes. "Olhando para os nossos resultados, não se pode dizer que isto arruinaria a vacina." Isso seria errado... Mas penso que é igualmente errado dizer que está tudo bem", disse David Ho, que dirige o laboratório do Aaron Diamond Centro de Investigação da AIDS da Universidade de Columbia, que descobriu que as vacinas Pfizer e Moderna eram 6,5 a 8,6 vezes menos potentes contra a mutação sul-africana.

O mundo "permitiu que o vírus infectasse 100 milhões de pessoas … Portanto, são 100 milhões de chances de mutação," disse ele no artigo da Bloomberg de 29 de janeiro intitulado "Variantes que se espalham nos EUA debate a necessidade de 'esmagar' rapidamente o Covid".

Mistérios das vacinas chinesas

A Sinovac Biotech, fabricante líder de vacinas na China, mostrou apenas 50,38% de eficácia nos testes em fase final no Brasil. "Está muito abaixo dos 78% anteriormente anunciados, levantando questões quanto à veracidade dos dados e alimentando o ceticismo sobre a aparente falta de transparência relativamente às vacinas chinesas", relatou um artigo da CNN de 14 de janeiro com o título de "Vacina chinesa Covid-19 é muito menos eficaz do que inicialmente alegado no Brasil, gerando preocupações".

Outra questão é a falta de transparência. "Tanto a Sinovac quanto a o Sinopharm têm enfrentado dúvidas em relação à divulgação de dados. Ao anunciar seus resultados de eficácia, a empresa estatal Sinopharm não forneceu detalhes sobre os dados de seus ensaios clínicos. Um executivo da Sinopharm disse que os dados detalhados seriam divulgados posteriormente e publicados em revistas científicas, sem dar um prazo" ,continuou o artigo.

Tais problemas também foram observados em casos pós-vacinação. Em meados de dezembro de 2020, foi noticiado que mais de 300 trabalhadores da Sérvia e Angola estavam infectados, embora tivessem tomado vacinas da empresa chinesa Sinopharm. Devido ao elevado risco de infecção observado após a vacina, muitos médicos se recusaram a receber estas vacinas, disse Xia, um médico aposentado no distrito de Chaoyang em Pequim.

Ciência e pragas

Durante milhares de anos, as pragas têm sido um desafio constante para a humanidade. Exemplos incluem a Peste de Atenas (430 a.C.), a Peste Antonina (165 a 180 d.C.), a Peste Negra (1346 a 1353) e muitas outras.

Combater as doenças não tem sido fácil. Edward Jenner, um médico e cientista inglês, criou a vacina contra a varíola há mais de 200 anos. Mas a doença foi erradicada na década de 70. Durante este período, o mundo foi infectado com febre amarela, malária, tifo, escarlatina, cólera, gripe espanhola, AIDS, ebola e agora coronavírus.

Enquanto celebrava o sucesso da penicilina, estreptomicina e várias vacinas, agentes patogênicos como os vírus também desenvolveram novas vias de infecção. Até agora, apenas duas doenças infecciosas foram erradicadas com sucesso:e a varíola e a peste bovina.

Dando um passo para atrás, provavelmente perceberíamos que nossa confiança em derrotar doenças e pragas vem da ciência. Mas se a história servir de indicação, foi muito difícil erradicar uma doença. Muito frequentemente, à medida que uma doença diminuía, outra surgia no horizonte.

A razão fundamental é que, negligenciando a consciência e a moralidade, a ciência nos levou a nos concentrarmos na posse material. Quando nos entregamos ao prazer terreno e nos permitimos desviar dos princípios morais, mais cedo ou mais tarde enfrentamos consequências.

Fonte das pragas

As pragas apareceram muitas vezes na história e foram frequentemente atribuídas a várias razões culturais. Desde o século I D.C. até 312 D.C., os cristãos foram fortemente visados no Império Romano. Nero, por exemplo, armou o Grande Incêndio de Roma em 64 e culpou os cristãos por incêndio criminoso para justificar a sua massiva supressão aos mesmos. Várias pragas ocorreram então, tais como a peste do outono em 65, a Peste Antonina (165 a 180) e a Peste de Cipriano (250 a 270).

A perseguição religiosa também levou a graves consequências na história da China. O Imperador de Wuzong na Dinastia Tang minou o budismo em 845. Sob a sua ordem, mais de 4 mil templos foram demolidos e cerca de 265 mil monges ou freiras sofreram secularização forçada. No ano seguinte, o imperador de 33 anos morreu e, em um movimento sem precedentes, os oficiais reais ignoraram os seus cinco filhos e escolheram o seu tio como o próximo imperador para restaurar o budismo.

A Dinastia Tubo no Tibete também era grande e forte na época. Mas depois de Langdarma se tornar rei em 838, forçou monges a caçar, transformou templos sagrados em matadouros, destruiu estátuas de Buda e as jogou nos rios. Logo se seguiram terremotos, deslizamentos de terras e pragas, deixando a poderosa Dinastia Tubo em ruínas.

Infelizmente, uma situação semelhante também aconteceu na China de hoje. Profundamente enraizado na cultura tradicional chinesa, o Falun Gong (também conhecido como Falun Dafa) é um sistema de meditação baseado nos princípios Verdade, Compaixão, Tolerância, e atraiu cerca de 100 milhões de aprendizes. Mas o Partido Comunista Chinês (PCC) começou a suprimir os praticantes do Falun Gong em julho de 1999, a perseguição continua inabalável até hoje. Um grande número de praticantes foi detido, preso e torturado. Alguns também foram vítimas de abuso psiquiátrico e da extração forçada de órgãos.

Pode não ser coincidência que o coronavírus tenha surgido em Wuhan. Wuhan, o primeiro epicentro da pandemia do coronavírus, desempenhou um papel crítico na perseguição dos praticantes do Falun Gong. Quando o antigo líder do PCC, Jiang Zemin, decidiu suprimir o Falun Gong em 1999, os seus seguidores instruíram a estação de televisão Wuhan a produzir um vídeo difamatório de seis horas para atacar o Falun Gong e o seu fundador, o Sr. Li Hongzhi. O vídeo calunioso não só silenciou os membros do Politburo que de outra forma se teriam oposto à perseguição, como também tornou o público em geral contra o Falun Gong.

Várias profecias também previram a ocorrência da pandemia. O filósofo francês Nostradamus, por exemplo, previu em As Profecias uma grande catástrofe em 2020 e uma situação agravada em 2021. Isto inclui chuva, sangue, fome, peste e mortes. "Poucos jovens: meio-mortos no início", escreveu. Dato Anthony Cheng, empresário na Malásia, tinha previsto o evento da SRAS de 2003. Ele também disse que o coronavírus pode sofrer mutações e que as variantes aumentariam muito o número de vítimas.

Profecias semelhantes também existiam na China. Leshan Giant Buddha é uma estátua de 71 metros (ou 233 pés) na província de Sichuan, construída na dinastia Tang. Há um ditado que, quando a água submergisse os pés da estátua, haveria um grande caos e desastres. Em 18 de agosto de 2020, o nível da água atingiu o pé da estátua, o que foi interpretado como um mau presságio.

Não há meio termo na batalha entre o bem e o mal

Muitas pessoas se perguntam porque muitos cidadãos comuns, que permanecem neutros em assuntos importantes, tais como a perseguição aos cristãos e ao Falun Gong, também se tornaram vítimas de pragas.

Uma maneira de ver a situação é que, à semelhança de outros regimes totalitários como os nazistas, o PCC conseguiu suprimir pessoas em numerosos movimentos políticos porque muitas pessoas, incluindo cidadãos comuns e o público em geral, permaneceram em silêncio ou seguiram cegamente a sua política. Da mesma forma, na perseguição contínua contra o Falun Gong na China, depois que o PCC difamou a prática e a rotulou de inimiga do Estado, muitos praticantes, juntos com suas famílias, estão sendo discriminados na escola, no trabalho e na sociedade. De certa forma, muitas pessoas têm permanecido em silêncio na perseguição ao Falun Gong, o que permitiu que tal perseguição e discriminação acontecesse.

Durante milhares de anos, a civilização pôde continuar devido aos valores tradicionais e ao bem comum. Mas quando a sociedade dominante ignora a batalha entre o bem e o mal, e permanece em silêncio perante as violações dos direitos humanos ou outros crimes, o público em geral está essencialmente agindo como cúmplice dos perpetradores. Cada um de nós seria considerado responsável e enfrentaria as consequência, no final.

Dante Alighieri escreveu uma vez, "Os lugares mais quentes do inferno estão reservados para aqueles que em tempos de grandes crises morais mantêm a sua neutralidade". Quando os grupos vulneráveis depositam suas esperanças no público em geral e são rejeitados, todos acabam se tornando vítimas.

Defender a justiça e rejeitar regimes totalitários como o PCC, nos afastará das catástrofes. E cada um de nós escolhe o seu próprio futuro, como já aconteceu na história.