(Minghui.org) [Ouça esta experiência]
Em 2003, li no quadro de avisos de uma universidade um aviso de evento escrito a mão com informações sobre o Falun Dafa, e também o contato, mas só comecei a praticar o Dafa dois anos depois, quando fui apresentada ao Dafa novamente, por dois estudantes chineses.
Nasci e cresci em uma fazenda, me graduei em engenharia da comunicação, conheci meu marido e nos casamos. Fomos à Europa para morar mais perto de nossos pais. Também queríamos criar nosso filho na cultura europeia.
Desisti do meu trabalho técnico e fui lecionar outro idioma. Isso me proporcionou horários flexíveis, e a possibilidade de participar das atividades do Dafa. Quando fui lecionar na escola, inicialmente não tinha uma boa facilidade linguistica, mas agora estou mais interessada em me aprimorar. Isso tem apresentado maior facilidade no meu trabalho de tradução para o Minghui. Por outro lado, o trabalho de tradução no Minghui me deixou mais interessada em aprender outros idiomas.
Um dia, um editor me perguntou se eu queria participar da equipe de tradução multilíngue do Minghui, logo aceitei. No entanto, desisti quando percebi que o processo para traduzir era muito complicado.
Então, dois anos depois entrei para o projeto novamente, só então percebi que fazer parte da equipe do Minghui é uma grande honra.
O coordenador nos pediu para revisar os artigos publicados, e contribuir com feedback, então um editor me treinou. Após passar algum tempo entendendo e aprendendo o processo, comecei a procurar erros nos artigos publicados. Mas, então percebi que as correções sugeridas estavam causando muita confusão e tensão entre os editores, porque alguns dos erros que apontei fizeram com que alguns membros fossem questionados pela equipe.
Fiz uma lista dos erros que encontrei em um artigo, então enviei o artigo com a lista dos erros para a equipe toda, e esperei pela aprovação do editor. Percebi que podia identificar facilmente erros. O Mestre me deu sabedoria para realizar essa tarefa.
O coordenador nos pediu que verificássemos erros nos artigos de destaque das últimas semanas, bem como também os artigos do Fahui da China. Exceto por algumas mudanças, mais tarde descobri que todos os erros que apontava, e que foram aprovados pelos editores, não foram alterados depois de julho de 2017. Durante a Conferência da Europa em 2017, perguntei ao coordenador se as correções foram processadas. Sugeri que, se não tivessem tempo, poderia eu mesma fazê-las, mas ele disse que não seria necessário. Pensei que talvez tivesse algum problema de segurança. Mas, ele continuou me pedindo para seguir procurando erros nos artigos de nossas reuniões semanais.
Durante a temporada de divulgação do Shen Yun, baixava todos os artigos sobre o Fahui da China, e os lia quando estava de folga. Anotava todos os erros em um pequeno caderno, após copiava no computador e armazenava antes de enviar a lista para a equipe de edição.
Em seguida, li todos os artigos sobre Fahui da China em 2017, os artigos de destaque e também alguns artigos regulares. Então, enviava uma lista dos erros que encontrava. Recebi alguns feedback dos editores informando que alguns erros seriam alterados, mas que outros não eram erros e por isso não seriam alterados. No entanto, verifiquei que os erros no site não haviam sido alterados. Perguntei ao coordenador várias vezes, mas nunca recebi uma resposta clara até março de 2018. Nove meses após a Conferência do Fa da Europa, o coordenador finalmente respondeu que não iria alterar os erros no site.
Senti surpresa ao ouvir isso, depois de ler mais de 100 artigos e apontar os erros. Fiquei deprimida, com raiva, extremamente decepcionada e me senti desanimada, o que foi muito doloroso. Simplesmente não conseguia entender, pois queria saber o porquê! Pensei nisso da perspectiva de uma pessoa comum. Achei que isso era um grande desperdício de nossos recursos, e que eles perderam a oportunidade de melhorar a qualidade dos artigos em nosso site.
Inclusive pensei em desistir do cultivo, mas, estou feliz por não ter agido de acordo com esse pensamento, e comecei a estudar o Fa novamente. No entanto, minha meta mensal de traduções caiu de sessenta para zero, pois achava insignificante o que fazia. Muitas vezes chorava ao estudar o Fa, porque queria encontrar uma explicação. Durante esse período, desenvolvi uma opinião muito negativa do coordenador.
Em 2018, retomei a tradução de saudações novamente, com a celebração do aniversário do Mestre. Portanto, não trabalhei nos artigos diários. Sentia que algo estava me bloqueando, mas queria fazer o trabalho para o Minghui, mas, me sentia impotente. Expus meus sentimentos para outra praticante do mesmo projeto, e ela sugeriu que mudasse para outros projetos. Nesse momento, que percebi o quanto é importante para mim participar dos projetos do Minghui. Com muitas dificuldades, em junho, comecei a fazer as traduções diárias novamente, exatamente três meses depois de enfrentar o teste de xinxing.
O Mestre disse:
“Pensem todos um pouco: não é você que sofre conscientemente? Não é seu espírito-original-principal que se sacrifica? Não é você que perde entre as pessoas comuns sabendo que está perdendo?” (Oitava Aula, Zhuan Falun)
“Durante o processo de transformação do carma, para poder manter o controle sobre si e não agir mal como as pessoas comuns, você deve manter a todo instante um coração misericordioso e um estado mental sereno.” (Quarta Aula, Zhuan Falun)
“Por causa dessa pouca qualidade-inata que você trouxe consigo, você chegou a esse estado. Para que você continue a se elevar, o padrão também terá que ser mais alto.” (Quarta Aula, Zhuan Falun)
Entendi que recebi essas tribulações para melhorar meu caminho de cultivo, mas não consegui passar neste teste, e não melhorei.
Enquanto pensava em como o coordenador estava equivocado, percebi que estava olhando para fora. Entendi que quando começo a procurar meus próprios apegos, esse problema desaparece sozinho.
Pedi ao Mestre que me ajudasse a remover as substâncias negativas da minha mente.
Um praticante me sugeriu ler o capítulo sobre inveja no Zhuan Falun. Pois, sempre colocava muito coração e razão ao fazer as coisas, portanto desenvolvia o apego a arrogância e sentia que era melhor que os outros. Isso também estava relacionado à minha mentalidade presunçosa e ao meu desejo de ser reconhecida pelos outros.
Em 2018, durante o Fahui da Europa estava agendado uma reunião com o coordenador. Fiquei um pouco constrangida no início, mas, na verdade, tudo correu muito bem. A troca de experiências de todos os praticantes presentes também se mostrou muito produtiva. Senti que o coordenador estava tentando nos dar mais liberdade, em vez de controlar tudo. Fiquei muito emocionada, até senti meu ressentimento desaparecer. Fiquei surpresa ao sentir a compaixão que emanava dele. Depois dessa reunião, me senti muito tranquila e não estava mais tensa.
Como não temos uma estrutura muito eficiente, não conseguimos alterar qualquer erro em tempo hábil após a publicação dos artigos. Porém, acho lamentável porque acredito que este é uma etapa muito importante, para melhorar a qualidade geral do Minghui. Porém, não estou mais apegada ao resultado.
Depois de receber feedback, não ficava mais preocupada em saber se os erros foram corrigidos após a publicação. Durante uma reunião de equipe no início deste ano, perguntei ao coordenador geral sobre essa questão, porém soube que a equipe chinesa do Minghui estava se encarregando desse assunto.
Agora as coisas estão avançando mais rapidamente. Formamos uma equipe para revisar os artigos antes e depois de serem publicados, também temos praticantes empenhados para fazerem correções após encontrarem erros.
O Mestre disse:
"... quando mais tribulações encontrarem e mais se depararem com assuntos infelizes, mais devem vê-los de forma inversa: essas coisas são todas degraus para vocês poderem se cultivar, degraus para se elevarem. Digam todos, não é assim?" (Os discípulos do Dafa precisam estudar o Fa)
Quero agradecer ao Mestre por me deixar ver esses apegos, e por me ajudar a superá-los através de um teste tão difícil.
Antes de ir para o Fahui da Europa no ano passado, saí para jantar com minha família. Disse a eles que estava sob muita pressão, só de pensar na reunião com o coordenador. Meu filho me perguntou: "Essa pessoa está fazendo algo que vale a pena mencionar?" Respondi que sim, sem dúvida. “Acho que ele nos encoraja a estudarmos o Fa juntos, pois é de muita importância para mim, pois o estudo do Fa é à base de tudo!”
Ao mesmo tempo, também sentia muita pressão apenas em me reunir com a equipe. Mas também fiquei feliz em vê-los. Essa calorosa recepção me comovia, mesmo assim me perguntava: “Por que sinto tanta pressão? Tenho que olhar para dentro, e me livrar desse apego de coagir os outros a concordarem com a minha opinião!”
Nos últimos dias, o Mestre tem usado a boca de outras pessoas para me lembrar dos meus apegos.
Há pouco tempo, liguei para minha irmã e perguntei qual seria o melhor dia para ela assistir ao Shen Yun, pois queria convidar minha sobrinha para o espetáculo. Porém, minha irmã ficou muito irritada, e me disse que eu a estava pressionando, pois ela tinha que decidir por si o que era melhor para sua filha.
Meu filho raramente conversa comigo, porém, ele tem mais intimidade com o pai, além de ter um forte desejo de ser independente. Portanto, me entristecia por ele não conversar comigo. Certo dia, quando estava guardando a louça, ele saiu para ir a escola, mas não o ouvi se despedir. Fiquei aborrecida, e comentei com meu marido. Ele falou para o nosso filho: "Prepare-se, a tempestade está chegando!". Quando ele retornou para casa, meu filho se desculpou, e disse que queria falar comigo. Ele escreveu o que pensava sobre mim no computador. Detalhou suas atividades e rotina diária. Relatou que o motivo de não conversar comigo antes, era porque eu sempre o criticava, e sempre avaliava tudo de forma negativa. Além disso, também imponho a outras pessoas a aceitarem meu raciocínio.
Percebi que tudo o que aconteceu entre mim e minha família também me ajudou a eliminar o meu apego ao sentimentalismo humano.
Então, eles me designaram um artigo. Não notei nada de incomum no início, mas depois me atentei ao título do artigo: "Forçando os outros a aceitar minha opinião". Isso me ajudou a entender que o Mestre nos ajuda a cultivar através do trabalho no Minghui.
A reunião da nossa equipe este ano não apenas nos permitiu conhecer um ao outro, mas também nos ajudou a melhorar nosso cultivo. É um processo intensivo para nos purificarmos, portanto muitos de nossos conflitos de xinxing foram eliminados após a reunião. Consegui conversar racionalmente com meu filho, sem emoção ou apego à família. Acredito não ter mais razão absoluta, nem que tenho que saber tudo ou que eles precisam concordar comigo. Nosso relacionamento familiar se tornou mais harmonioso e nossa comunicação é muito mais fácil.
(Apresentado no Fahui do 20º Aniversário do Minghui, selecionado e editado)