Falun Dafa Minghui.org www.minghui.org IMPRIMIR

Um devoto imperador budista da história chinesa

26 de janeiro de 2021 |   Por Zhicheng

(Minghui.org) O Budismo floresceu na China durante a Dinastia do Sul, principalmente porque Xiao Yan (464 a 549 d.C.), Imperador Wu de Liang, era um budista devoto. Ele não só promoveu o budismo em todo o país, como também praticou conscientemente o Budismo em sua vida diária e em sua gestão dos assuntos do Estado.

Xiao Yan, após se tornar Imperador, alcançou grandes feitos políticos. Tendo aprendido com o desaparecimento do Estado Qi, foi diligente na gestão dos assuntos de Estado; ele levantava-se sempre cedo todas as manhãs para rever memoriais e documentos oficiais, independentemente do clima ou da estação do ano. No inverno, as suas mãos ficavam tão frias que a pele rachava, mas ele nunca se queixava.

Para ouvir bons conselhos de todos os lados e para fazer o melhor uso dos talentos do seu povo, encomendou duas caixas e as colocou do lado de fora dos portões do complexo Imperial, uma chamada "Bang Mu Han" e a outra, "Fei Shi Han".

Se os melhores funcionários ou pessoas talentosas não fossem devidamente recompensados ou promovidos, eles poderiam colocar suas cartas de apelação na caixa "Fei Shi Han". Se pessoas comuns quisessem fazer comentários críticos sobre assuntos de Estado ou oferecer sugestões, poderiam colocar suas petições na caixa "Bang Mu Han".

O Imperador Wu de Liang, atribuiu grande importância à seleção e nomeação dos funcionários. Ele exigia que os funcionários locais fossem honestos com a consciência limpa e frequentemente os convocava à corte para lembrá-los de que era responsabilidade deles, servir ao país e ao povo.

Para promover altos padrões de governança, o Imperador também enviava decretos para todo o país. Se os magistrados de pequenos condados fossem responsáveis por realizações extraordinárias, eles seriam promovidos a magistrados de grandes condados e os magistrados de grandes condados com méritos extraordinários seriam promovidos ao cargo de líderes em uma prefeitura. Graças a essas sólidas políticas, os funcionários em Liang se saíram bem, e a agricultura, a indústria têxtil de seda e o comércio em Liang desabrocharam.

O Imperador Wu de Liang. acreditava e venerava Buda com toda a sinceridade. Nos primeiros anos, quando passou a maior parte do seu tempo lutando no campo de batalha, não teve tempo para visitar os templos ou para queimar incenso e mostrar o seu respeito pelo Buda. Depois de se tornar Imperador, levou muito a sério a adoração ao Buda e a visita aos templos e tais acontecimentos tornaram-se importantes rituais no seu país.

Em 504 d.C., um ano depois de se tornar Imperador de Liang, ele conduziu 20 mil monges e leigos ao Pavilhão Chongyun e escreveu "She Dao Shi Fo Wen", declarando sua sinceridade na adoração ao Buda.

O Imperador Wu de Liang, também mostrou o seu compromisso com o Budismo na sua vida diária e ganhou o respeito do seu povo. Segundo os livros de história, ele usou o mesmo chapéu durante três anos e usou a mesma túnica durante dois anos antes de os substituir por outros novos. Seguiu uma dieta vegetariana e prestou pouca atenção à comida ou ao vestuário. Usava as mesmas roupas mesmo depois de terem sido lavadas várias vezes. Todas as suas roupas eram feitas de algodão em vez de seda, uma vez que a extração da seda mataria inúmeros bichos-da-seda, o que iria contra a proibição budista sobre matar vidas. Comia sobretudo vegetais e apenas uma refeição por dia. Quando estava muito ocupado, comia apenas mingau quando sentia fome. Nunca bebia álcool nem ouvia música por prazer, apesar dele próprio ser um músico proficiente. Ele foi o Imperador mais "miserável" da história chinesa.

O Imperador Wu de Liang mostrou grande compaixão no seu império. Sempre que o tribunal condenava um criminoso à morte, ele ficava muito triste durante muitos dias. Nos seus últimos anos, declarou que estava disposto a converter-se ao Budismo e, na realidade, ficou quatro vezes no Templo de Tongtai, o maior templo da cidade de Jiankang.

Consequentemente, foi-lhe dado o apelido de "Imperador Bodisatva".

Xiao Yan, o Imperador Wu de Liang, verdadeiramente mereceu o título de "Imperador Bodisatva".

Ele ordenou a construção de muitas torres de templos e estátuas de Buda e promoveu com seriedade o Budismo durante seu reinado. A capital, Jiankang, que cobria uma área de 65 quilômetros em cada direção, abrigava mais de 500 templos, com numerosos pavilhões e pagodes (torres). A Dinastia Liang tinha uma população de cinco milhões de habitantes e só na cidade de Jiankang o número de monges e freiras chegou a 100 mil. Havia também muitos monges e freiras em outros condados e prefeituras.

Havia uma prática comum naquela época, conhecida como "sacrificar a si mesmo". Havia duas maneiras de se fazer isso. Uma era dar seus bens ao templo e a outra era juntar-se ao templo para servir aos monges. Xiao Yan "sacrificou-se" quatro vezes como monge no Templo Tongtai (agora o Templo Jiming, em Nanjing), com duração de quatro a 37 dias. A cada vez, a corte o resgatou com ouro. O valor total pago em resgate ao templo chegou a 400 milhões de moedas de ouro. O Budismo alcançou uma prosperidade sem precedentes durante a Dinastia Liang.

Xiao Yan esteve no trono por quase meio século e seu país e seu povo desfrutaram de notável prosperidade cultural e econômica durante seu reinado. Até mesmo os países inimigos ao norte ficaram espantados e seguiram seu exemplo.

Enquanto o Imperador Wu de Liang estava promovendo vigorosamente o Budismo, o Confucionismo tradicional também atingiu um pico histórico. Todo o país estava permeado por uma atmosfera de cultura confucionista e os estudiosos mostraram um grande interesse nos estudos confucionistas. Desde o Imperador até os príncipes e nobres, todos se orgulhavam de serem graciosos e íntegros e se esforçavam para melhorar culturalmente. 

Devido a isso, durante os pouco mais de 50 anos de Liang, um número impressionante de escritores e poetas de sucesso fizeram contribuições significativas à literatura chinesa, como Xiao Tong, que escreveu "Obras Selecionadas de Zhaoming", Shen Yue, autora de "Song Shu", "Xiao Ziliang, que escreveu "Nan Qi Shu"; Liu Xie, autor de "Wen Xin Diao Long", Zhong Rong, autor de "Shi Pin", assim como muitos outros estudiosos conhecidos, sem mencionar os dois filhos de Xiao Yan que se tornaram imperadores, o próprio Imperador Xiao Gang e o Imperador Yuan Xiao Yi. Em resumo, as realizações literárias durante a Dinastia Liang só podiam ser igualadas pelas prósperas Dinastias Tang e Song do Norte na história chinesa.

O imperador Wu de Liang fez contribuições notáveis para a cultura budista chinesa, a promoção do Confucionismo e a difusão da cultura divina da China.